Educação

Hospitais e a Biofilia: Como a Natureza Pode Ajudar na Cura

Hospitais e a Biofilia como Aliada na Cura

Quando você pensa em um hospital, o que vem à sua cabeça?

Muitos associam hospitais a ambientes frios e estéreis. Existem inclusive pessoas com fobia do ambiente hospitalar. Essas fobias podem ser geradas a partir de más experiências ou pelo próprio ambiente.

Infelizmente, a maioria dos hospitais hoje não são espaços convidativos, muitos menos que remetem à cura. Isso prejudica tanto os pacientes, quanto os funcionários.

Essa característica é bastante problemática. Uma vez que sentimentos como nervosismo, preocupação e até mesmo luto são frequentes nesse espaço.

O ambiente que nos envolve afeta diretamente a maneira como nos sentimos. Ele tem potencial de acentuar ou atenuar sensações.

Por esse motivo, é muito importante que um hospital seja um espaço terapêutico e que ajuda na cura de seus pacientes.

A biofilia surge como uma alternativa para tornar espaços hospitalares mais humanizados.

Hospitais que adotam estratégias biofílicas podem apresentar, inclusive, redução de custos. Isso acontece através da maior eficiência dos trabalhadores e redução de permanência dos pacientes.

Neste artigo você vai aprender porque os hospitais se tornaram como são hoje. Além de algumas estratégias biofílicas para melhorar os ambientes internos. Iremos falar sobre:

1. Histórico: como os hospitais deixaram de ser saudáveis.

2. A volta à natureza

3. Como a biofilia pode reduzir os custos

4. Estratégias de biofilia em hospitais

Embora hoje diversos hospitais sejam ambientes frios, eles nem sempre foram assim.

1. Histórico: como os hospitais deixaram de ser saudáveis

Por volta de 1920, havia uma epidemia de tuberculose na Europa. As causas da doença eram tidas como falta de ventilação, enclausuramento, sedentarismo e falta de luz solar.

Na época, o movimento moderno da arquitetura vinha se desenvolvendo. Como resultado, foram construídos hospitais para ajudar na recuperação dos pacientes. Esses hospitais possuíam grandes janelas, cores claras e solários para que os pacientes pudessem pegar sol.

Hospitais biofilia
Exemplo: Hospital Paimio Sanatório, na Finlândia.

Contudo, ao passar dos anos e dos avanços da medicina, essa preocupação com espaços terapêuticos e de prevenção foi se perdendo.

As principais causas foram a invenção dos antibióticos e a necessidade de construir hospitais mais baratos. Como já existiam remédios, adotou-se um pensamento de que as pessoas não precisariam de cuidados e prevenção.

Aliado a isso, a redução dos custos para a construção de hospitais ocasionou o surgimento de hospitais insalubres. Espaços escuros, sem iluminação ou ventilação natural, muitas salas de recuperação não possuíam ao menos janelas.

Mais tarde, por volta de 1970, os sistemas de ar condicionado e iluminação artificial evoluíram. Ou seja, as janelas definitivamente não eram mais uma prioridade.

Isso ocasionou um efeito cascata. As más condições dos hospitais prejudicavam a recuperação dos pacientes. Estes, acabavam por ficar mais dias internados e demandavam mais remédios.

2. A volta à natureza

Em 1984, Roger Ulrich publicou um artigo sobre como as janelas influenciavam a recuperação de pacientes.

A partir desse período, passou-se a estudar a importância do contato com a natureza. As pessoas começaram a perceber como esse contato era saudável e ajudava a prevenir doenças.

Também foram realizados estudos sobre a disseminação de micróbios. Pesquisadores descobriram que os micróbios não toleram luz do sol e variações de temperatura. Isso significa que ambientes mal iluminados e com temperaturas constantes são propícios para sua proliferação.

Ou seja, já estava claro que ambientes hospitalares mal planejados acarretam:

  • Aumento da disseminação de doenças;
  • Maior permanência dos pacientes;
  • Estresse em pacientes e funcionários;

Tudo isso aumenta os custos de um hospital.

Portanto, hoje já se busca trazer de volta essas estratégias biofílicas. Afinal, elas diminuem os custos e ampliam os benefícios.

3. Reduzindo custos de um Hospital com biofilia

Segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), os principais custos de um hospital são os funcionários e os medicamentos.


Distribuição da despesa total segundo tipo de despesa (%) – Média dos hospitais. Anahp. Fonte: SINHA/Anahp.

Analisando essa tabela, é possível definir estratégias de redução de custos. Estas envolvem maior eficiência dos funcionários e a prevenção de doenças.

O investimento em medicina preventiva ajuda na diminuição dos custos de um hospital a longo prazo.

Essa medicina preventiva está diretamente ligada a um estilo de vida mais saudável da população em geral. Ela não depende somente do ambiente hospitalar. Mas sim dos ambientes residenciais, corporativos e da cidade na totalidade.

Cidades caminháveis e arborizadas incentivam seus habitantes a fazer trajetos a pé e ter contato com a natureza. Essas atitudes aumentam a imunidade e previnem diversas doenças.

Da mesma maneira, terraços verdes ou jardins externos em hospitais podem somar na cura de doenças. Já que eles são espaços terapêuticos.

Mas quais são as estratégias eficientes para o ambiente hospitalar interno?

4. Estratégias de Biofilia em Hospitais

Agora que está claro como a natureza é importante para a saúde, o desafio é inserir essa natureza em um ambiente hospitalar.

Um hospital, antes de tudo, deve ser um ambiente limpo e saudável. Portanto, ao utilizar materiais naturais, é preciso cuidar com questões sanitárias.

Em geral, um hospital possui diversas alas, desde salas de espera até salas de cirurgia. Esses diferentes espaços vão exigir diferentes cuidados.

Hospitais e a Biofilia
Hospital Sarah Kubitschek, do arquiteto João Figuiras Lima (Lelé)

Na imagem acima, a sala de espera do hospital possui um grande jardim verde. Esse elemento tem potencial de tranquilizar visitantes, por exemplo.

A natureza, contudo não precisa estar presente em sua forma literal. Ela pode se apresentar através de diferentes maneiras:

Cores

Tons terrosos e neutros são elementos biofílicos, pois remetem à natureza. As cores azul e verde também, além de serem cores da natureza, transmitem paz e calma.

As cores podem ser usadas para diferenciar as alas, ajudando na orientação espacial. A acessibilidade também inclui a interpretação do espaço. As pessoas se sentem mais seguras em ambientes onde podem se orientar sozinhas. Isto é, chegar no local e saber para onde se dirigir, onde estão os sanitários, refeitórios, salas de cirurgia, entre outros.

Texturas

Texturas naturais incluem a madeira, pedras ou tecidos naturais. Contudo, por vezes as exigências sanitárias impedem o uso desses elementos em hospitais.

Como solução, há materiais que imitam texturas naturais, como laminados e vinílicos.

Formatos

Os formatos naturais podem se apresentar como adesivos em vidros, papéis de parede, silhuetas e formatos em mobiliários e assim por diante. Embora não sejam verdadeiros, causam efeitos semelhantes aos elementos reais.

Parede verde

Assim como os jardins, as paredes verdes não podem ser aplicadas em todas as áreas de um hospital. Porém, um hospital na Noruega passou a utilizar um musgo estabilizado em espaços de saúde. Esse musgo não absorve impurezas ou junta poeira, o que possibilita seu uso em mais áreas hospitalares.

Outras plantas apropriadas são as tulipas, os cactos e as orquídeas.

Hospitais e a Biofilia
Nessa imagem, observa-se uma textura natural amadeirada, formatos naturais e uma parede verde.

Ilusões de ótica

As ilusões de ótica ajudam a criar a sensação de estar próximo à natureza. Ela pode ser criada através de painéis digitais ou retroiluminados. Ou ainda com quadros e pôsters.

Porém, alguns cuidados são necessários. É preciso garantir que a ilusão faça sentido. Se você deseja criar uma ilusão de céu, os painéis precisam estar no teto. Mas se você pretende criar uma ilusão de paisagem, ela deve estar na parede.

Hospitais e a Biofilia
Ilusão de céu criada acima de uma máquina de exames, onde as pessoas costumam ficar nervosas.

Vistas

Não podemos deixar de mencionar a importância das janelas. As janelas permitem iluminação e ventilação natural. Além de ajudar na saúde, a luminosidade natural regula o ciclo circadiano do corpo. Assim, ajuda o corpo a sentir seu momento de descanso.

Ao contrário do que muitos pensam, uma vista de qualidade não precisa ser necessariamente para a natureza. Uma vista da cidade também é positiva, pois permite que o paciente se distraia e observe o movimento.

Os Hospitais estão se curando

É controverso o fato de os hospitais terem se tornado ambientes hostis. De fato, os cuidados com limpeza e higiene são necessários. Porém, é preciso mudar a forma como os ambientes internos são planejados.

Gradualmente, a arquitetura hospitalar avança para oferecer espaços saudáveis aos pacientes. Em paralelo, minimiza os altos custos que um hospital arca mensalmente.

É um sistema em que todos os lados ganham. Os funcionários do hospital tem um ambiente de trabalho agradável, os pacientes se recuperam mais rápido e os custos diminuem.

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Educação

Conforto Acústico: Fundamentos de Som e Ruído

Som x Ruído: os fundamentos do conforto acústico

Neste artigo você irá aprender como funciona o som. Assim, poderá elaborar projetos com melhor conforto acústico.

Porque o conforto acústico é tão importante?

Vamos contextualizar o problema.

Antigamente, na idade média, o maior problema das cidades era o mau cheiro. Como as cidades não possuíam saneamento, os odores eram muito difíceis de controlar. Isso prejudicava o bem-estar dos habitantes.

Hoje, pode-se dizer que poluição sonora é um dos problemas mais difíceis de controlar nas cidades. Ela está presente de tantas formas que quase não nos damos conta.

E da mesma forma que os odores das cidades antigas, o ruído causa desconforto.

Carros na rua, música alta, pessoas conversando, eventos, são muitas as fontes de som na cidade.

Diversos problemas podem partir de questões acústicas. O excesso de ruído por vezes atrapalha a concentração ou o sono. Além disso, reduz a privacidade de espaços comerciais ou residenciais.

Você já sentiu dificuldade de ter uma conversa em um restaurante muito barulhento?

Um tratamento acústico com certeza resolveria esse problema.

Mas o que é, afinal, ruído?

Som x Ruído

Antes de entender o que é ruído, vamos esclarecer o que é o som.

Som é uma vibração em algum meio, que é percebida pelo ouvido humano. Esse meio pode ser ar, água, metal… Quanto mais denso for o meio, mas rápido o som irá se propagar.

O ruído é um som considerado desconfortável e incômodo.

Ou seja, ruído é um termo subjetivo.

Cada pessoa tem uma diferente sensibilidade para cada som.

Por exemplo, você pode se incomodar com o barulho dos carros na rua, mas não com crianças brincando. Por outro lado, seu colega pode se incomodar com as crianças, mas não com os carros.

Portanto, o conforto acústico é bem específico.

Existe também o chamado “ruído de fundo”. Esse é o som ambiente, de pessoas conversando ao fundo, música baixa, som da chuva e assim por diante. Em geral, esse ruido não é intenso ao ponto de incomodar.

Para compreender melhor como o som se comporta, entenda os conceitos que o envolvem.

Conceitos do som

  • Frequência

O som vibra através de ondas sonoras. Frequência é a quantidade de ondas sonoras em um determinado tempo.

Conforto acústico
Sons mais graves têm frequência menor. E sons agudos têm frequência maior.

Essas ondas são medidas em Hertz (HZ). O ouvido humano compreende os sons que estão entre 20 Hz e 20.000 Hz (Hertz). Abaixo de 20 Hz está o infrassom e acima de 20.000 Hz temos o ultrassom.

A voz humana fica em torno de 500Hz.

Por serem mais espaçadas, as ondas graves ultrapassam obstáculos com mais facilidade. Ou seja, é mais fácil barrar sons agudos do que sons graves.

  • Direcionalidade

A direção do som vai depender de qual é sua fonte.

Uma fonte pontual, como um objeto caindo, irá distribuir o som igualmente para todos os lados. Isso acontece se não houverem barreiras.

Já a nossa boca, por exemplo, é uma caixa que direciona o som para frente. Então, quando estamos falando, o som sai em uma direção específica.

Se alguém está atrás de você, essa pessoa terá dificuldade em ouvir sua voz. Ela irá ouvir o som depois de refletido nas superfícies do local.

  • Amplitude

A amplitude das ondas sonoras irá definir o volume do som, que é a intensidade sonora.

Conforto acústico
Quanto maior a amplitude, mais intenso será o volume do som.

O próximo passo é entender os diferentes tipos de ruído. Assim, você poderá aplicar corretamente os conceitos do som na arquitetura.

Tipos de Ruído

  • Propagação:

Campo aberto: em locais abertos o som vai igualmente para todos os lados. Perde intensidade rapidamente.

Campo fechado: em locais fechados o som é mais intenso. Bate nas superfícies e reflete, ficando mais tempo no local.

  • Meio de transmissão:

O ruído pode ser transmitido tanto pelo ar, como também por outros meios.

O ruído mecânico é aquele transmitido pela estrutura de um prédio. Geralmente são os ruídos de impacto: quando o seu vizinho arrasta móveis, por exemplo.

A solução, nesse caso, é utilizar materiais de construção que ajudam a amortecer esse impacto. A borracha é um ótimo material para essa finalidade. Afinal, ela é resiliente, sempre voltando ao seu estado original após sofrer uma deformação.

As borrachas podem ser colocadas entre elementos da estrutura, como pilares e vigas. Outra opção é utilizar a borracha junto ao revestimento do piso.

  • Origem:

Ruído interno é quando fonte de ruído e o receptor estão no mesmo ambiente.

No caso de problemas com ruído interno, o ideal é trabalhar com superfícies que absorvem ruído. Assim, ele fica mais suave. Essa é uma boa opção para restaurantes e escritórios compartilhados, por exemplo.

Já o ruído externo é quando a fonte de ruído vem de outro lugar.

Se você se incomoda com ruídos da rua, ou de vizinhos, precisa melhorar o isolamento do local.

O som consegue atravessar superfícies. Contudo, quanto mais densa é uma divisória, mais ela irá atuar como barreira. Tome cuidado com as frestas de portas e janelas. Geralmente, elas são as maiores responsáveis pelo excesso de ruído.

Para entender melhor como aplicar esses conceitos, veja as principais propriedades do som.

Propriedades do som

  • Reflexão

Como já mencionado, o som é refletido por superfícies planas.

Dependendo de nossa intenção em um projeto, podemos atenuar ou suavizar o som com essas superfícies.

Em estádios de futebol, a posição da arquibancada pode refletir o som de modo que ele fique ainda mais forte.

Já em locais mais tranquilos, é possível colocar materiais que absorvem o som nas superfícies. Assim, ele irá refletir menos e perder sua intensidade.

Aqui, já entramos na segunda propriedade:

  • Absorção

Superfícies porosas irão absorver o som. Quanto mais porosa, mais absorve e menos reflete.

Você já percebeu que quando está em uma sala vazia, o som fica diferente?

Os objetos, em geral, absorvem som. Inclusive as pessoas absorvem som. Quanto mais objetos estiverem em um ambiente, mais suave será a questão acústica.

Itens como sofás, espumas e tapetes, por serem mais porosas, absorvem mais som.

Por fim, o ruído…

É uma questão muito subjetiva. O conforto acústico deve ser planejado de acordo com as demandas de cada usuário.

As estratégias de conforto acústico dependem dos seguintes itens:

  • fonte sonora
  • entorno
  • local
  • atividades realizadas no ambiente.

Entendendo como o som se comporta, você define melhores materiais e soluções para problemas de acústica.

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Educação

Água Preciosa: Como Economizar Esse Recurso Valioso

Como economizar água

A preocupação de economizar água é recente na história da humanidade. Durante anos, as pessoas puderam consumir água potável à vontade.

Hoje, a poluição de rios e as mudanças climáticas estão diminuindo a oferta de água doce no mundo. A importância de economizar água vai muito além de gastar menos dinheiro.

Economizar água é demonstrar respeito para com o planeta.

Hoje, o maior gasto de água se encontra em atividades industriais e de agricultura. Contudo, atitudes conscientes devem partir de casa também.

No Brasil existe a Lei das Águas. Essa lei incentiva o uso racional da água e a captação de água da chuva.

Diversos estados brasileiros já contam com leis específicas que regulamentam o uso de água. Essas leis obrigam algumas construções a recolherem água da chuva, por exemplo.

São inúmeras as possibilidades de se economizar água. Isso pode ser feito tanto em ações cotidianas como em projetos de arquitetura.

Nesse artigo, você verá:

  • 9 Atitudes para economizar água em seu cotidiano
  • Como instalar um sistema de coleta de água da chuva
  • Alternativas de paisagismo para economizar água

Leia este artigo até o fim e passe a economizar muito na conta de água.

1. 9 Atitudes para economizar água em seu cotidiano

Atitudes sustentáveis começam dentro de casa. Em nosso cotidiano, podemos fazer diversas escolhas que demonstram nossa consciência ambiental.

Abaixo, veja algumas atitudes simples para adotar hoje mesmo:

  • Reutilizar a água da máquina de lavar roupa e do chuveiro antes de esquentar;
  • Tomar banhos mais curtos;
  • Não deixar a torneira aberta desnecessariamente;
  • Lavar os carros com balde;
  • Prestar atenção em vazamentos, sempre realizando as manutenções necessárias;
  • Lavar a roupa com menos frequência, somente quando a máquina estiver cheia;
  • Varrer as calçadas ao invés de lavar
  • Inspecionar a caixa d’água com frequência;
  • Dar preferência para equipamentos mais econômicos.

Quais seriam esses equipamentos mais econômicos?

O vaso sanitário com válvula de descarga na parede consome cerca de 14 litros de água por descarga.

Já o modelo com caixa acoplada, pode consumir de 3 a 6 litros. Esse modelo ainda tem uma variação em que é possível escolher entre uma descarga mais fraca ou mais forte.

Para torneiras e chuveiros, existem redutores de vazão. Esses redutores podem ser aquelas redes metálicas que direcionam a água e também válvulas redutoras.

Na questão de água, o chuveiro elétrico é mais econômico em relação ao chuveiro aquecido a gás. Isso porque o chuveiro elétrico aquece a água no próprio equipamento. Assim, não é preciso esperar até que a água esquente.

A dica para o chuveiro a gás é recolher a água fria em um balde para reutilizar. Essa é uma técnica manual. Porém, até que não sejam lançadas tecnologias que otimizem esse processo, adotamos as soluções possíveis.

Outra técnica comum em locais públicos ou comerciais são os temporizadores de torneira. Sua função é desligar a torneira automaticamente após alguns segundos. Ao adotar temporizadores, é muito importante garantir a manutenção frequente deles.

Por último, a técnica mais eficiente para economizar água é adotar sistemas de coleta de água da chuva.

2. Como instalar um sistema de coleta de água da chuva

A água da chuva não é considerada potável. Por isso, utiliza-se essa água para atividades de limpeza, rega do jardim ou descargas.

Quando não há coleta de água da chuva, a água que cai no telhado vai para a canalização de águas pluviais da cidade. Essa água é canalizada até o curso de água mais próximo. Esses cursos d’água podem ser córregos, rios ou o mar.

Ao recolher a água da chuva, você armazena ela em uma cisterna. A partir dessa cisterna, é possível direcionar a água para alguns pontos da casa.

Abaixo estão alguns exemplos de cisterna. Ela pode ficar acima do solo ou enterrada no chão.

Economizar água

Exemplo de cisterna sobre o chão. (Fonte: tecnotri.com.br)

Economizar água

Exemplo de cisterna enterrada. (Fonte: cec.com.br)

Dependendo do caso, será necessário bombear essa água para outra caixa d’água mais alta. Deste modo, a água ganha pressão para ser usada em descargas, por exemplo.

A primeira água da chuva que cai no telhado geralmente traz bastante sujeira. Essa sujeira também pode conter folhas que foram se acumulando. Por isso, é importante que haja um filtro de folhas e que essa primeira água seja descartada.

Hoje existem sistemas que realizam essa função automaticamente.

Economizar água

Exemplo de filtro de folhas e impurezas. (Fonte: fortlev.com.br)

Para garantir que o seu sistema de coleta seja eficiente, invista em um bom projeto. Um profissional de arquitetura ou engenharia pode definir a melhor forma de funcionamento.

Com esse sistema instalado, você poderá economizar até 50% na conta de água.

Afinal, não faz sentido utilizar água potável para dar descarga ou molhar as plantas, não é mesmo?

Falando em molhar as plantas, essa é outra atividade que consome muita água.

Dependendo do clima de sua região, pode haver épocas de pouca chuva. Nessas épocas é necessário regar as plantas para que elas não morram.

3. Alternativas de paisagismo para economizar água

Um jardim bonito exige diversos cuidados e manutenção.

Se você precisa de muita água para manter seu jardim vivo, talvez esteja na hora de repensar o paisagismo.

Existem algumas plantas que precisam de muita água para se manterem vivas e bonitas. Já outras, preferem uma terra mais seca.

O Xeriscaping é uma técnica de paisagismo que busca adotar um paisagismo que não precisa de irrigação. São escolhidas plantas adaptadas ao clima da região. Essas plantas geralmente sobrevivem somente com a água da chuva.

Essa técnica é mais utilizada em regiões secas. Em locais com chuvas frequentes é preciso tomar cuidado para não “afogar” as plantas.

Economizando água

Nesse artigo você viu como é fácil tomar atitudes simples para economizar água dentro de casa. Quanto menos desperdício, mais garantimos água potável para as gerações futuras.

Até este ponto, você já deve ter repensado algumas atitudes, não é?

Educar as crianças desde cedo a utilizar água com responsabilidade é muito importante.

Junto a essas atitudes, aposte na coleta de água da chuva e no xeriscaping. Essas técnicas farão uma grande diferença em sua conta de água no fim do mês.

Se você trabalha com grandes empreendimentos, fique atento à legislação de sua cidade e estado. Em diversos lugares já é obrigatória a instalação de sistemas de coleta de água da chuva.

Gostou desse artigo?

Comente aqui quais atitudes você já toma para economizar água.

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Educação

“Construindo um Hospital Sustentável: 6 Passos para o Sucesso

Por ser um espaço de cura, um hospital ganha muito ao ser planejado de forma sustentável.

Você pode estar se perguntando o que a sustentabilidade tem a ver com a cura de doenças.

E nós já adiantamos: tem tudo a ver!

Neste artigo você vai entender onde estão as oportunidades de aplicar a sustentabilidade no ambiente hospitalar. Iremos abordar o tema dentro destes 6 aspectos:

  1. Processo Integrativo: a melhor maneira de projetar um hospital sustentável
  2. Estratégias passivas: como economizar dinheiro nas contas de luz e água
  3. Materiais: cuidados na hora de escolher materiais não tóxicos
  4. Acessibilidade e ergonomia
  5. Acústica: controle de ruídos internos e externos
  6. Resíduos: a questão do lixo hospitalar

Após ler este artigo você vai saber como planejar um hospital de alto impacto na saúde das pessoas. E de quebra, com um baixo impacto no meio ambiente.

1. Processo Integrativo: a melhor maneira de projetar um hospital sustentável

O projeto de qualquer hospital tem um grande nível de complexidade. São inúmeras normas, equipamentos e funções que devem ser consideradas.

Estratégias sustentáveis aumentam ainda mais essa complexidade.

Dessa forma, muitos profissionais se envolvem no processo que vai desde o projeto até a execução e manutenção do edifício.

A equipe de profissionais inclui: arquiteto, paisagista, engenheiro, eletricista, decorador, entre outros.

Porém, se cada profissional fizer sua parte de forma independente, o processo é ineficiente. Além disso, aumentam as possibilidades de retrabalhos e erros de execução.

Processo integrativo é um método de projeto.

Nesse método, os profissionais trabalham de forma colaborativa e conjunta. A maior comunicação entre todas as disciplinas do projeto garante sua funcionalidade.

A equipe de um processo integrativo entende a importância de buscar uma sinergia. Assim, consegue oferecer soluções mais eficazes para o cliente.

Por outro lado, de nada adianta haver um hospital muito bem executado se a equipe que vai usar o edifício não souber como os equipamentos funcionam.

Para garantir essa integração dos sistemas e o correto uso do edifício, existe a opção de comissionamento.

Comissionamento no processo Integrativo de um Hospital Sustentável

O agente comissionador é uma pessoa que acompanhará desde o projeto arquitetônico até a fase de uso e manutenções do edifício. Ou seja, ele vai garantir qualidade e eficiência.

Ele participa desde o momento do projeto arquitetônico, conferindo o programa de necessidades com a parte técnica. Assim, garante que todos os equipamentos tenham suporte para funcionar corretamente.

Com o edifício finalizado, o agente comissionador irá realizar testes e ajustes para conferir se os equipamentos estão funcionando.

Por fim, vai treinar a equipe para que os equipamentos sejam utilizados corretamente.

O ideal é que haja uma central de controle de energia. Nessa central será possível controlar os gastos de energia e perceber possíveis problemas.

Por exemplo, equipamento de ar condicionado que está gastando mais energia que o normal pode estar com algum defeito.

Falando em energia, vamos para o nosso segundo tópico:

2. Estratégias passivas: como economizar dinheiro nas contas de luz e água.

“Os hospitais funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano. Tudo o que implica eficiência da edificação tem impacto direto não só nos custos, mas na produtividade e no maior bem dos seres humanos, a vida” – Eleonora Zioni

Estratégias passivas visam evitar a sobrecarga do sistema. Elas abrangem desde a escolha de equipamentos mais eficientes, até o uso de fontes passivas de energia, como o sol e o vento.

Vamos falar aqui sobre os principais sistemas:

  • Eletricidade: Iluminação e refrigeração
  • Hidráulico: uso consciente da água

Iluminação

A principal estratégia de iluminação passiva é utilizar a luz natural como apoio. Janelas grandes colaboram para deixar os ambientes bem iluminados e salubres.

Outra estratégia é dar preferência para lâmpadas de LED, que consomem menos energia. Além disso, é possível instalar sensores de presença em salas de pouca permanência, como depósitos, por exemplo.

Um cuidado importante a ser tomado é o da iluminação da cidade que pode iluminar o interior das salas à noite. Essa luz, em excesso, tem potencial de atrapalhar o sono dos pacientes em recuperação.

Nesse caso, o ideal seria pensar no posicionamento dos quartos em relação à cidade no momento do projeto. Ou, no caso de um edifício existente, instalar boas cortinas tipo “blackout”.

Refrigeração

Um hospital requer um alto nível de conforto térmico para os pacientes. Muitas vezes, estratégias de ventilação natural não são suficientes. Mas isso não significa que elas não devem ser consideradas.

Vamos tomar como exemplo o hospital Sarah, projetado pelo arquiteto Lelé. Nele, a climatização mecânica é minimizada com as estratégias de ventilação natural.

Hospital Sustentável

Hospital Sustentável

Hospital Sarah Kubitschek Salvador / João Filgueiras Lima (Lelé). Fonte: Archdaily

Vale mencionar a importância de limpar com frequência os filtros dos ares condicionadores para evitar a proliferação de bactérias.

Água:

Embora em hospitais essa estratégia exija cautela, é possível utilizar água de reuso para algumas atividades. Um exemplo é usar para irrigação de jardins na área externa.

A economia de água deve ser considerada desde o momento do projeto, na especificação de metais e louças. Uma boa estratégia é a de torneiras com arejadores e temporizadores. Contudo, é muito importante que esses mecanismos sejam monitorados com frequência.

Inclusive, o próximo tópico é sobre a especificação de materiais.

3. Materiais: cuidados na hora de escolher materiais não tóxicos.

A presença de toxinas em ambientes hospitalares é ainda mais grave do que em situações comuns.

Por isso, é importante tomar cuidado no momento de escolher revestimentos, móveis e até os produtos de limpeza.

Podemos atentar para a Declaração de Saúde do Produto. Essa declaração traz todos os elementos químicos utilizados na fabricação de um produto, assim como seus efeitos na saúde das pessoas.

Procuraremos, por exemplo, produtos com compostos orgânicos voláteis baixos ou inexistentes. Esses compostos podem estar presentes em tintas, colas e até nas espumas de colchões.

Por isso, em um hospital é preferível adquirir colchões preenchidos com látex.

Outro detalhe é evitar que os materiais sejam finalizados dentro do hospital. Quanto menos cola e tinta for aplicada dentro do ambiente hospitalar, melhor. Prefira materiais que já chegam na obra estando finalizados.

Estratégias de design biofílico tem grande potencial de serem utilizadas para a cura de pacientes. Existem muitos estudos acadêmicos que vêm comprovando os benefícios do contato com a natureza para a saúde humana.

Não é muito recomendável inserir plantas dentro do ambiente hospitalar. Portanto, a natureza pode ser representada através de cores, formatos e texturas naturais. Ou até através de uma vista da janela.

4. Acessibilidade e ergonomia para um Hospital Sustentável

Os materiais também são interessantes na questão da acessibilidade. Eles podem ser utilizados para criar transições de ambientes, por exemplo.

A questão da acessibilidade envolve tanto a parte física e motora, como também a questão visual e de compreensão do espaço.

Cores, contrastes e iluminação ajudam na leitura do ambiente.

É importante que tudo seja acessível por cadeiras de rodas em um local onde diversas pessoas estão com restrições motoras. Além disso, o piso não pode ser escorregadio.

O excesso de ruídos também pode prejudicar a comunicação de uma pessoa com problemas de audição. Confira sempre se o seu projeto está de acordo com a NBR 9050 – Norma de Acessibilidade.

5. Acústica: controle de ruídos internos e externos

O desconforto acústico, ou seja, o excesso de ruído, pode desencadear estresse e até doenças como a depressão.

Em relação aos níveis de ruído medidos em decibéis, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que os níveis não passem de 30 dB em um ambiente hospitalar.

Já a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estabelece níveis entre 35 e 55 dB para hospitais.

O ruído dentro de um hospital pode vir tanto da parte interna quanto da parte externa.

Se for um ruído externo, esquadrias bem vedadas e um preenchimento acústico na parede dificultam a entrada de barulho.

Entretanto, se o problema for o ruído de dentro do próprio hospital, ele é um pouco mais complicado de resolver.

Quando o ruído se origina do mesmo ambiente que você está, a ideia será reduzir sua intensidade e o tempo de permanência. Ou seja, dispor de superfícies que absorvem o ruído, evitando que ele reverbere.

Espumas e superfícies acolchoadas são ótimos absorvedores de ruído. Por conta da limpeza, não é possível inserir esses materiais no piso e nas paredes. Portanto, a alternativa é inserir materiais acústicos no forro.

Por último, vamos falar daquilo que resta.

6. Resíduos: a questão do lixo hospitalar

O problema do lixo hospitalar é que ele é tóxico e pode transmitir doenças. Por esse motivo, seu tratamento é feito com incineração.

Mas a incineração libera poluição que é prejudicial ao meio ambiente.

Desta forma, é importante que haja uma separação correta do lixo dentro do hospital. Muitas vezes, acontece de o lixo reciclável ou orgânico ser descartado como lixo hospitalar.

Quando isso acontece, resíduos que poderiam ser reciclados ou compostados passam pela incineração sem necessidade.

A separação correta demanda uma conscientização da equipe, dos pacientes e dos visitantes.

Conclusão

Nesse artigo você aprendeu como a sustentabilidade pode colaborar na recuperação de pacientes. Da mesma forma, colabora na saúde da cidade, consumindo menos energia e descartando resíduos corretamente.

Um sistema de controle e monitoramento vai garantir que tudo funcione da maneira correta. Manutenções frequentes são fundamentais para garantir um bom desempenho do edifício.

A sustentabilidade cura. Quando percebemos isso, fica clara que a dimensão de um projeto sustentável vai muito além de questões apenas ambientais.

Afinal, sustentabilidade abrange aspectos ambientais, sociais e econômicos.

Vale mencionar também que um hospital sustentável irá atrair bons médicos e mais pacientes. Ou seja, é um investimento que vai garantir o sucesso da instituição.

Fontes:

OMS

ABNT

Archdaily

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Educação

Solução para o Plástico: O Potencial do Bioplástico

Bioplástico é a solução para o problema do plástico?

Se você acompanha as novidades que envolvem sustentabilidade, já deve ter ouvido falar do bioplástico. Mas você sabe o que é, realmente, esse material?

O bioplástico surgiu como uma alternativa para o problema da poluição da natureza pelo plástico.

Que as sacolas plásticas estão com os dias contados, todos já sabemos.

O plástico é um material que pode demorar mais de 400 anos para se decompor. Se considerarmos que ele começou a ser produzido há menos de 400 anos, quase todo o plástico que já foi produzido ainda existe.

Esse excesso de plástico, somado a falta de sistemas de reciclagem eficientes, é um grave problema ambiental.

As exigências do mercado e da legislação apontam a necessidades de criar alternativas que substituam o plástico convencional.

Mas será que o bioplástico é uma alternativa que resolve esse problema de fato?

Neste artigo você vai aprender:

  • Onde está o problema do plástico convencional
  • O que é bioplástico
  • Como é um bioplástico ideal
  • A reciclagem do plástico
  • Outras soluções para o problema do plástico

Depois de ler este artigo, com certeza você vai se tornar um consumidor ainda mais consciente.

1. Plástico convencional – onde está o problema

O plástico convencional é um produto que deriva do petróleo, matéria-prima não renovável. Além disso, sua produção é responsável por altos índices de emissão de carbono na atmosfera.

Ou seja, os principais problemas são:

  • Modo de produção: uso de matéria-prima não renovável e emissão de carbono.
  • Descarte: longo período para decomposição, poluindo rios e mares e causando desequilíbrio ambiental.

Como você verá a seguir, os diferentes tipos de bioplásticos trazem soluções para esses dois principais problemas.

2. O que é o bioplástico

Bioplásticos contemplam uma grande lista de materiais. Esses materiais possuem diferentes propriedades e aplicações. A associação European Bioplastics representa os interesses da indústria do bioplástico na Europa. Entretanto, diversos países pelo mundo adotam seus conceitos

Segundo essa associação, um material é classificado como Bioplástico se ele for à base de plantas ou se ele for biodegradável. Ou ainda, essas duas opções juntas.

Plástico à base de plantas

Um plástico a base de plantas é um plástico que contém biomassa em sua constituição. Ele pode ser produzido com cana-de-açúcar, milho, soja, e até algas marinhas.

Ainda não existe uma porcentagem mínima de biomassa exigida na composição para que um plástico seja considerado à base de plantas. Então mesmo que um plástico tenha 2% de sua composição à base de plantas, ele poderá ser considerado bioplástico.

Considerando que plantas são sequestradoras de carbono, elas reduzem a pegada de carbono desses bioplásticos.

Contudo, um plástico a base de plantas não é, necessariamente um plástico biodegradável.

Plástico Biodegradável

Para que um material possa ser considerado biodegradável, ele deve apresentar um período de decomposição de no máximo 18 meses. Nesse processo, o material deve se transformar em produtos atóxicos, como a água e o dióxido de carbono.

Entretanto, seu descarte deve ser feito da maneira correta. Um produto biodegradável deve ser compostado, e não enviado a aterros sanitários.

Ou seja, um material pode ser feito somente com matéria-prima de origem fóssil, mas se for biodegradável, será considerado um bioplástico.

Como seria então, um bioplástico ideal?

3. Como é um Bioplástico ideal

Juntando essas vantagens, o melhor bioplástico é aquele de fonte renovável e biodegradável ao mesmo tempo.

A European Bioplastic produziu um gráfico separando os diferentes tipos de plástico em suas categorias. Abaixo, podemos ver quais são os bioplásticos mais sustentáveis.

Bioplástico

Fonte: European Bioplastic

Até aqui já foi possível perceber que o Bioplástico está longe de ser uma solução perfeita. A indústria tem muito a evoluir para desenvolver cada vez produtos mais sustentáveis.

4. Bioplástico no Brasil

Não existem dados relacionados à produção ou venda de bioplásticos no Brasil. Contudo, o país é responsável por uma grande produção de bioplástico com origem renovável, utilizando cana-de-açúcar e etanol.

A Braskem é uma empresa que produz o plástico I’m Green no Brasil, utilizando cana-de-açúcar como base. Suas indústrias têm capacidade de produzir até 200mil toneladas de bioplástico por ano. Essa quantidade representa cerca de 10% da produção mundial de bioplástico.

Esse produto possui as mesmas propriedades do plástico convencional e é 100% reciclável.

Você pode estar se perguntando: se o plástico convencional também é reciclável, a solução não poderia ser somente reciclar?

5. Reciclagem do plástico

Na verdade, em cada processo de reciclagem o plástico perde qualidade. Ou seja, um produto de plástico, ao ser reciclado, não se transforma em outro produto igual. Ele se transforma em algo de qualidade inferior.

Além disso, o próprio processamento para reciclar esse plástico é um processo que emite carbono na atmosfera.

Portanto, mesmo que a reciclagem seja classificada como uma ação sustentável, ela também não é uma solução perfeita.

6. Outras soluções para o problema do plástico

A produção de bioplásticos ainda precisa enfrentar diversas barreiras. A principal delas é o custo. O bioplástico custa em média 3 vezes o valor do plástico convencional.

Além disso, temos uma grande indústria completamente estruturada na produção contínua de plásticos convencionais.

Com o apoio de políticas públicas e com a educação dos consumidores, a pressão para que a indústria se adapte tende a aumentar.

Enquanto isso, algumas atitudes que você pode adotar para diminuir o consumo de plástico são:

  • Levar suas próprias sacolas de pano ao supermercado;
  • Reclamar com fornecedores que utilizam embalagens de maneira exagerada;
  • Carregar seus próprios utensílios como garrafa de água, talheres e canudos para não precisar utilizar os descartáveis
  • Descartar corretamente seus resíduos para que eles sejam encaminhados para a reciclagem.

Concluindo…

O bioplástico ainda está longe de ser uma alternativa verdadeiramente eficaz contra o problema do plástico. A passos lentos a indústria vai se adaptando.

Se a sua cidade realiza a reciclagem de plástico, se responsabilize por descartá-lo corretamente. Caso contrário, o ideal é que você diminua ainda mais o consumo de embalagens plásticas.

Agora você já sabe para quais embalagens pode dar preferência: as de bioplástico de fontes renováveis e biodegradável. A responsabilidade não é só da indústria, é nossa também.

Fontes:

Pesquisa Fapesp

European Bioplastics

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Educação

Escritórios Sustentáveis: Princípios e Vantagens

Os Princípios e as Vantagens de um Escritório Sustentável

Você já imaginou como seria trabalhar em um escritório sustentável?

Hoje, muitas pessoas passam grande parte do dia trabalhando dentro de escritórios. Além disso, passam muitos anos de suas vidas nessa situação.

As consequências de um ambiente de trabalho desconfortável podem gerar graves problemas de saúde. Muitas empresas já se conscientizaram sobre a importância de espaços bem planejados.

Um escritório sustentável é um espaço confortável para trabalhar. Ele tem boa iluminação, acústica e uma temperatura agradável. Ao mesmo tempo, ele é planejado de forma responsável com o planeta, adotando medidas de eficiência energética e responsabilidade ambiental.

Um escritório sustentável traz vantagens que vão além do bem-estar dos funcionários. Os lucros da empresa tendem a aumentar. Ao mesmo tempo, os gastos diminuem.

E é curioso que muitas pessoas tomem atitudes sustentáveis em suas casas. Porém, no ambiente de trabalho não dão tanta importância a essa questão. Pequenos incentivos são suficientes para mudar atitudes.

Neste artigo, você verá como ter um escritório sustentável é mais simples do que parece.

Vamos apresentar:

  • As principais vantagens de um escritório sustentável.
  • Como projetar um escritório sustentável em 6 passos.
  • Atitudes do dia-a-dia para um escritório sustentável.

Prepare-se para transformar sua rotina de trabalho.

1. As principais vantagens de um escritório sustentável

Mas por que, afinal, você deve investir em sustentabilidade no ambiente de trabalho. As vantagens são inúmeras, entre elas estão:

  • Economia

Sim, você pode economizar sendo sustentável. Isso porque a sustentabilidade visa a otimização energética. Além disso, ela prega o uso consciente dos recursos naturais.

Ou seja, as estratégias sustentáveis farão você economizar nas contas de água e luz.

Continue lendo este artigo para saber quais são essas estratégias.

  • Maior produtividade

Trabalhar em um ambiente agradável afeta a concentração e rendimento das pessoas. Isso irá fazer com que a empresa evolua mais rapidamente.

  • Valores

Uma empresa que adota a sustentabilidade como um valor será mais bem vista por seus clientes.

Hoje os consumidores já estão conscientes da importância da sustentabilidade. Desta forma, muitos dão preferência a empresas preocupadas com o meio ambiente.

  • Vantagens competitivas

Em alguns locais, já é possível obter redução de impostos ao adotar algumas atitudes sustentáveis. Como, por exemplo, utilizar energia de fontes renováveis.

Está convencido?

Agora, vamos ver como funciona um escritório sustentável.

2. Como projetar um escritório sustentável em 6 passos

Siga os passos abaixo para projetar um escritório sustentável. Ou ainda, para adaptar um escritório para que ele se torne mais sustentável.

1. Distribuição de luz natural

A luz natural é muito importante. Mas alguns cuidados são necessários. Em escritórios com muitas mesas de trabalho, essa luz pode ficar mal distribuída.

Em mesas muito próximas de janelas, também é preciso cuidar com o ofuscamento.

Ou seja, as janelas precisam ser projetadas com bons tamanhos. Se necessário, venezianas ou brises ajudam a controlar a entrada de luz. Para que essa luz seja bem distribuída, use cores claras dento do ambiente, principalmente no teto.

Confira na imagem abaixo algumas dicas de iluminação natural:

escritório sustentável

2. Vistas de qualidade

Ainda sobre as janelas, ofereça vistas de qualidade. Uma vista de qualidade é quando você tem uma vista agradável da sua mesa de trabalho. Geralmente ela envolve elementos naturais, paisagens bonitas, o céu e assim por diante.

A nossa mente responde bem quando há elementos naturais em seu campo de visão.

Os postos de trabalho devem ser organizados para que todos tenham vistas de qualidade. Se não for possível voltar todas as mesas para a janela, aposte em elementos naturais dentro do escritório.

3. Biofilia

Siga os princípios do design biofílico. Segundo eles, tudo o que remete à natureza tem boa influência sobre as pessoas.

Esses elementos podem ser texturas, formas e materiais. Ou ainda, a própria natureza, como plantas.

Existem algumas plantas específicas para ambientes internos. Elas melhoram a aparência do escritório e ainda purificam o ar.

4. Ventilação

Existem algumas estratégias que otimizam a ventilação natural. A vantagem é a economia no uso de ar condicionado.

Uma boa ventilação irá melhorar o conforto térmico dos trabalhadores.

Veja neste artigo quais são essas estratégias.

5. Acústica

Na maioria dos escritórios, a questão acústica é essencial. O silêncio garante concentração e foco aos trabalhadores.

A dica é apostar em elementos que absorvem ruído. Esses elementos podem ser espumas acústicas ou cadeiras estofadas, por exemplo.

6. Mobiliário

Ao escolher os móveis, escolha fornecedores responsáveis. Você pode também optar por opções de móveis de material reciclável. Ou ainda, móveis que já foram reciclados.

O melhor a fazer é adotar essas dicas no momento de projetar o escritório. Assim, é possível pensar em todos os detalhes. Na etapa de projeto, é mais fácil testar diferentes opções. E se houver alguma mudança, você não precisa quebrar uma parede.

Nessa etapa, o ideal é realizar simulações energéticas para testar as melhores soluções.

Se você quiser adaptar seu escritório, talvez precise investir em uma reforma. Contudo, as vantagens compensam o investimento.

Por fim, iremos mostrar algumas atitudes cotidianas sustentáveis. Essas atitudes você pode adotar hoje mesmo em seu escritório.

3. Atitudes do dia-a-dia para um escritório sustentável

  • Reciclar o lixo

Separar o lixo reciclável do lixo orgânico é uma atitude muito fácil de ser adotada.

Pesquise sobre como funciona a reciclagem em sua cidade. Em escritórios, é comum haver bastante papel. Para que o papel seja reciclável, o ideal é que ele não seja amassado.

Conscientize os funcionários sobre os requisitos de reciclagem de sua cidade.

  • Reuniões à distância

Algumas questões não precisam de encontros pessoais para serem resolvidas. Com reuniões online, você evita emitir os gases poluentes emitidos pelo transporte.

  • Reduzir consumo de material descartável

Incentive os funcionários a trazer uma garrafa de água.

Encaminhar o plástico para a reciclagem não garante que ele será reciclado. Por isso, antes de pensar em reciclar, é preciso pensar em reduzir o consumo.

O mesmo vale para papéis. Incentive o uso das duas faces de uma folha. Deixe papéis usados para rascunho.

  • Meios de propaganda

Se você utiliza cartões de visita, ou folhetos de propaganda, use papel reciclado. Se não for possível, certifique-se que seu fornecedor tem responsabilidade ambiental.

  • Carona solidária

Incentive seus funcionários a oferecer carona. Ao compartilhar a locomoção, estará economizando combustível e dinheiro.

Um escritório sustentável…

Traz inúmeras vantagens para a empresa e para os funcionários. Invista em um bom projeto sustentável e realize simulações energéticas. É importante pensar na iluminação, ventilação e acústica para garantir conforto.

O design biofílico é um grande aliado para tornar o ambiente de trabalho mais agradável. Preste atenção na escolha de plantas. Elas devem ser adaptadas para ambiente internos.

Por fim, incentive os funcionários a tomarem atitudes sustentáveis no dia a dia. Você pode estar os influenciando para tomar as mesmas atitudes em suas casas. Escritórios sustentáveis são o futuro das empresas.

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Biofilia
Educação

Construções Autossuficientes: Os 3 Passos para Alcançá-las

Os 3 passos para uma construção autossuficiente

Você sabe o que é uma construção autossuficiente?

Já pensou não precisar comprar alimentos no mercado? E nem pagar contas de água ou energia?

Antigamente isso era bastante normal. Antes do surgimento das cidades, cada residência era responsável por seu sustento. A única saída era ser autossuficiente.

Com o surgimento das cidades, várias pessoas passaram a compartilhar do mesmo espaço. Ao mesmo tempo, o fornecimento de água, alimento e energia foi setorizado.

Hoje nós dependemos da infraestrutura da cidade. É a cidade que providencia energia e água para nossas casas.

Porém, em busca de ter maior independência, muitas pessoas estão buscando construir casas autossuficientes.

1. O que é uma casa autossuficiente

Ser autossuficiente significa não depender de nada externo.

Imagine uma casa normal. Ela precisa ser alimentada com insumos que vem de fora para que você viva nela. A água e a energia geralmente são fornecidas pela prefeitura. Já os alimentos, você traz do mercado ou da feira.

Ao mesmo tempo, você devolve tudo para a cidade em forma de resíduo. Como o lixo e o esgoto. Essa cadeia não é sustentável.

A consequência é escassez de água potável e combustíveis fósseis no mundo inteiro. Esses recursos estão se esgotando em um ritmo muito acelerado. E as cidades têm uma grande parcela dessa responsabilidade.

Casas autossustentáveis utilizam a água de chuva, o sol, os ventos e as plantas de maneira inteligente. A questão não é o estilo construtivo. Mas sim, uma arquitetura pensada para coletar todos os recursos disponíveis.

Assim, é possível depender menos do da infraestrutura da cidade. Por consequência, você ainda economiza dinheiro.

É muito difícil ter uma casa completamente autossustentável. Mas elas existem, você verá um exemplo no final deste artigo.

Fique tranquilo, existem alternativas para tornar a sua casa mais autossuficiente. Mesmo que ela já esteja construída.

A seguir você aprenderá algumas estratégias para aplicar na sua casa.

São três aspectos pelos quais uma casa pode ser autossuficiente: energia, água e alimentos.

2. Autossuficiência de energia

Existem casas capazes de produzir toda a energia que consomem. Também existem casas que produzem mais do que consomem. Nesse último caso, algumas conseguem vender esse excedente para a cidade.

Se você quer ter uma casa autossuficiente de energia, precisa observar alguns itens:

  • Recursos disponíveis em sua região

Analisar a insolação e os ventos do lugar onde você mora é o primeiro passo.

  • Equipamentos e serviços acessíveis

As tecnologias para gerar energia de fontes renováveis ainda são novas. Principalmente em pequenas escalas, como para uma casa.

Por esse motivo, pode ser que na sua cidade não haja fornecedores dos equipamentos necessários. Ou mesmo mão de obra especializada.

É importante verificar o que há disponível em sua região.

Exitem três principais maneiras principais de gerar energia em uma casa ou edifício.

  • Energia Solar

Essa é maneira mais comum de captar energia em residências. São instaladas placas solares na cobertura da casa.

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Exemplo de telhado com placas solares. (Fonte: g1.globo.com)

Antes de fazer a instalação das placas, é importante observar a carta solar da cidade. A carta solar irá mostrar qual a direção que recebe mais insolação.

O sol esquenta essas placas. E esse calor, então, é transformado em energia.

Você pode utilizar placas solares para gerar energia, ou somente para aquecer a água.

  • Energia eólica

Hoje já existem geradores de energia eólica em pequena escala.

autossuficiente

Gerador de energia eólico em condomínio de Florianópolis, SC (Fonte: revista.zapimoveis.com.br)

Para que esses geradores forneçam energia, suas turbinas precisam se movimentar. Em locais de ventos muito intensos, o movimento das turbinas pode causar ruído.

Por isso, é necessário ficar atendo ao local de instalação dessas usinas.

  • Biogás

O biogás é produzido a partir da decomposição de matéria orgânica. Esse gás pode ser transformado em energia elétrica.

Exatamente, você pode transformar o seu lixo orgânico em energia.

autossuficiente

Biodigestor em escala residencial. (Fonte: biomassabioenergia.com.br)

Os biodigestores são mais eficientes quando utilizados em comunidade. Assim, obtém-se mais eficiência para gerar boas quantidades de energia elétrica.

É incrível perceber como temos os recursos necessários para gerar energia para nossa casa, não é?

O próximo recurso abundante que podemos aproveitar é a água da chuva.

3. Autossuficiência de água

Um sistema de captação de água da chuva pode ser responsável por grandes economias de água. A autossuficiência vai depender muito do regime de chuvas da sua região, mas também é possível.

Para recolher a água da chuva, é necessário encaminhar a água que cai no telhado para uma cisterna.

A partir da cisterna, há duas opções:

  • Utilizar a água da chuva para jardim, limpeza e descargas.
  • Tratar e transformar em água potável para todas as funções da casa.

Por mais que possa parecer, a água da chuva não é potável. E principalmente depois de cair no telhado, ela fica bastante suja.

Portanto, se a intenção for utilizar a água da chuva na casa inteira, ela precisa ser tratada primeiro.

A instalação desses sistemas possa ter um custo inicial alto. Mas a longo prazo, a economia de água e energia compensam.

Além disso, você estará consciente que consome recursos de fontes renováveis.

O próximo item é o mais difícil de alcançar autossuficiência. Principalmente se você mora em uma zona urbana.

4. Autossuficiência de alimento

O cultivo de alimentos exige bastante trabalho. É necessário dispor de bastante terra para que se consiga uma variedade de culturas. Por isso, é muito difícil que alguém produza todos os alimentos que consome.

Mas esse aspecto pode englobar uma região maior. Se pensarmos como cidade e comunidade, a logística fica mais fácil. Uma cidade autossustentável é também aquela que produz sua própria energia e alimento.

Hoje já existem vilas autossustentáveis. Nessas pequenas comunidades, as pessoas compartilham entre si suas produções.

5. Exemplo de comunidade autossustentável.

Michael Reynolds é um arquiteto que constrói residências autossustentáveis. Ele ficou famoso por promover comunidades autossustentáveis no mundo inteiro.

O documentário “Garbage Warrior” conta sua trajetória. Ele desafiou as autoridades com seus projetos. O arquiteto construiu casas que não necessitavam de fornecimento de energia ou água.

Um exemplo é a casa “Nave Terra”, construída na Argentina.

Nave Terra, construção autossustentável de Michael Reynolds. (Fonte: Archdaily)

Essa residência foi construída com materiais recicláveis, como pneus, latas e garrafas plásticas e de vidro.

A massa térmica da casa permite que ela mantenha uma temperatura agradável. Durante todo o ano, a casa oscila entre 18º e 22º C.

A construção também possui:

  • Coleta, filtragem e limpeza da água da chuva
  • Produção de frutas e verduras;
  • Abastecimento com energia eólica e solar.

Ou seja, ela possui todos os princípios de uma casa autossustentável.

Concluindo…

Pelo exemplo acima percebe-se que casas autossustentáveis são possíveis. Você precisa de um bom planejamento de acordo com o clima de sua região.

Também é possível transformar uma construção existente para que ela se torne mais autossustentável. Adotando algumas técnicas desse artigo você depende menos de recursos externos. Além de ser uma opção mais sustentável, você irá economizar dinheiro.

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Biofilia
Educação

Biofilia: como aplicar o design biofílico em sua casa e em seus projetos

Biofilia: como aplicar o design biofílico em sua casa e em seus projetos

Em um mundo cada vez mais urbanizado, arquitetos e designers de interiores buscam constantemente formas inovadoras de reconectar as pessoas com a natureza.

Inspirado na atração humana inata pela natureza e pelos sistemas vivos, o design biofílico está emergindo como uma forte tendência de design que cria harmonia entre o ambiente construído e o mundo natural.

Neste artigo abrangente, exploraremos o conceito de biofilia na arquitetura, discutiremos seus benefícios e princípios e forneceremos exemplos práticos e estudos de caso para inspirar seu próximo projeto.

Seção 1: Compreendendo a biofilia

1.1 Definindo Biofilia

Biofilia, termo cunhado pelo biólogo E.O. Wilson, refere-se à afinidade humana inata pela natureza e pelos sistemas vivos. É uma resposta evolutiva à nossa dependência da natureza para sobrevivência e bem-estar.

À medida que a urbanização e os avanços tecnológicos levam a uma desconexão com a natureza, a biofilia tornou-se um elemento de design essencial para promover o bem-estar e aumentar nossa conexão com o meio ambiente.

1.2 Biofilia: a interseção da natureza e da arquitetura

O design biofílico é uma abordagem de arquitetura e design de interiores que busca integrar a natureza ao ambiente construído. Isso pode ser alcançado incorporando elementos, materiais e formas naturais e criando espaços que evocam uma sensação de conexão com a natureza. Ao fazer isso, o design biofílico visa promover o bem-estar, a sustentabilidade e a sensação de pertencimento.

Seção 2: Os benefícios da biofilia

2.1 Melhor bem-estar e produtividade

Estudos demonstraram que a incorporação de elementos biofílicos no design pode impactar positivamente a saúde mental e física. A exposição a elementos naturais, como plantas, luz natural e ar fresco, tem sido associada à redução dos níveis de estresse, aumento da produtividade e aumento da criatividade. Isso é particularmente importante em ambientes de trabalho, onde estresse e esgotamento são preocupações comuns.

2.2 Sustentabilidade

O design biofílico promove eficiência energética, conservação de recursos e adaptação climática ao integrar elementos e sistemas naturais à arquitetura. Estratégias passivas de projeto, como ventilação natural e iluminação natural, podem reduzir significativamente o consumo de energia de um edifício. Além disso, a incorporação de telhados verdes, paredes vivas e outros sistemas naturais pode ajudar a mitigar o efeito da ilha de calor urbana e melhorar a biodiversidade local.

2.3 Experiência de usuário aprimorada

O design biofílico cria espaços que não são apenas funcionais, mas também emocionalmente e esteticamente atraentes. Elementos e materiais naturais podem evocar uma sensação de calma, conforto e conexão, resultando em uma experiência de usuário mais envolvente. Isso é particularmente valioso em espaços públicos, como hotéis, restaurantes e ambientes de varejo, onde a qualidade da experiência do usuário pode afetar diretamente a satisfação e a fidelidade do cliente.

2.4 Benefícios econômicos

O potencial de aumentar os valores das propriedades, aumentar a satisfação dos funcionários e reduzir os custos de saúde tornam o design biofílico um bom investimento para empresas e incorporadores imobiliários. Um espaço bem projetado e repleto de natureza pode atrair inquilinos e clientes, melhorando a retenção e a produtividade dos funcionários. Além disso, os benefícios para a saúde associados ao design biofílico podem levar à redução dos custos de saúde e do absenteísmo.

Quais as vantagens da Biofilia

Porque a biofilia se tornou uma tendência tão grande?

Com certeza isso se deve às inúmeras vantagens que ela proporciona. A biofilia melhora nossa saúde, produtividade e aumenta o lucro de estabelecimentos comerciais.

Confira as principais vantagens da biofilia para cada ambiente:

Em hospitais:

  • Acelera a recuperação de pacientes
  • Funcionários trabalham mais satisfeitos
  • Melhora a imagem pública do hospital

Em escolas:

  • Ajuda na concentração dos alunos
  • Melhorias cognitivas
  • Incentiva a curiosidade e observação

Em escritórios

  • Melhora o rendimento dos trabalhadores
  • Maior lucratividade para empresas

Em lojas ou supermercados:

  • Valoriza os produtos
  • Atrai clientes

Em residências:

  • Melhora o humor dos habitantes
  • Previne ansiedade

Isso demonstra como o design biofílico é uma ferramenta eficiente em qualquer ambiente.

Inserir a biofilia nos espaços não é muito simples. Listamos abaixo os 6 elementos que abrangem esse conceito.

Seção 3: Princípios da Biofilia

Para incorporar o design biofílico na arquitetura, considere os seguintes princípios:

3.1 Experiência Direta da Natureza

Incorpore elementos naturais como plantas, água, luz solar e ar fresco em seu design. Isso pode ser alcançado por meio de telhados verdes, paredes vivas, espelhos d’água e grandes janelas que fornecem ampla luz natural e vistas para o exterior.

3.2 Experiência Indireta da Natureza

Use materiais, cores, padrões e texturas naturais que evoquem a sensação de estar na natureza. Isso pode incluir o uso de madeira, pedra e outros materiais orgânicos, incorporando padrões inspirados na natureza, como fractais e cores que refletem o mundo natural.

3.3 Condições de Espaço e Lugar

Projete espaços que facilitem a conexão com o meio ambiente, como vistas, perspectivas e áreas de refúgio, e espaços que estimulem a exploração e o movimento. Crie uma sensação de profundidade e dimensão incorporando diferentes alturas, níveis e complexidade visual.

3.4 Relações Humano-Natureza Evoluídas

Integrar aspectos culturais e históricos que refletem as relações homem-natureza, como arte, símbolos e biomimética. Considere como a história, as tradições e os valores culturais locais podem ser expressos por meio do design para criar uma conexão mais profunda com o ambiente natural.

3.5 Integração de Sistemas Naturais

Incorpore sistemas naturais, como coleta de água da chuva, reciclagem de águas cinzas e ventilação natural, em seu projeto para promover a conservação de recursos e reduzir o impacto ambiental.

Seção 4: Exemplos práticos de biofilia

4.1 Paredes Vivas

Os jardins verticais, também conhecidos como paredes vivas ou paredes verdes, são uma maneira visualmente deslumbrante de introduzir a vida vegetal em espaços internos e externos. Melhoram a qualidade do ar e servem como isolamento natural, reduzindo o consumo de energia.

4.2 Iluminação Natural

Otimize o uso da luz do dia através da colocação estratégica de janelas, clarabóias e prateleiras de luz. Isso reduz os custos de energia e cria uma atmosfera mais confortável e convidativa.

4.3 Características da Água

A integração de recursos aquáticos como fontes, lagoas e cachoeiras pode criar um ambiente calmo e relaxante. O som e o movimento da água podem ajudar a reduzir o estresse e criar uma sensação de tranquilidade.

4.4 Materiais Biofílicos

Use materiais sustentáveis e naturais, como madeira, pedra e bambu, para criar uma conexão com a natureza. Esses materiais também têm um impacto ambiental menor do que as alternativas sintéticas.

4.5 Padrões e cores inspirados na natureza

Incorpore padrões e cores encontrados na natureza, como formas orgânicas, fractais e tons de terra, para evocar uma sensação de conexão com o mundo natural.

4.6 Luz Dinâmica e Difusa

Incorpore fontes de luz dinâmicas e difusas que imitam a luz solar natural, como sistemas de iluminação LED sintonizáveis, para criar um ambiente mais natural e confortável.

4.7 Espaços Externos

Projete espaços ao ar livre, como terraços, varandas e pátios, permitindo que os usuários se conectem com a natureza e desfrutem do ar puro e da luz natural.

 

Seção 5: Estudos de caso sobre biofilia

Biophilia Case Study 1: The Eden Project, Cornwall, Reino Unido

Esta atração icônica, localizada em dois grandes biomas, apresenta a maior floresta tropical coberta do mundo e um ambiente mediterrâneo. Com seu design inovador, o Eden Project demonstra com sucesso o poder da arquitetura biofílica na criação de espaços imersivos, educacionais e envolventes.

Biophilia Case Study 2: Hospital Khoo Teck Puat, Singapura

Este hospital incorpora extensa área verde, luz natural e recursos hídricos em todo o seu projeto, criando um ambiente de cura para os pacientes e um local de trabalho agradável para a equipe. Os jardins e varandas da cobertura da instalação oferecem descanso e relaxamento, enquanto seu projeto de eficiência energética minimiza o impacto ambiental do edifício.

Biophilia Case Study 3: The Bullitt Center, Seattle, EUA

Apelidado de “edifício comercial mais verde do mundo”, o Bullitt Center incorpora vários elementos de design biofílico, incluindo telhado verde, ventilação natural e estratégias de iluminação natural. O edifício coleta água da chuva, gera energia e processa resíduos, estabelecendo um alto padrão de design sustentável.

Biophilia Case Study 4: Bosco Verticale, Milão, Itália

Essas torres residenciais premiadas apresentam mais de 900 árvores e 2.000 plantas, criando uma floresta vertical urbana. A vegetação não só absorve CO2 e produz oxigênio, mas também ajuda a reduzir a poluição sonora e regular a temperatura do edifício.

Biophilia Case Study 5: Pixel Building, Melbourne, Austrália

Este edifício de escritórios inovador é um excelente exemplo de design biofílico em um ambiente comercial. O Pixel Building apresenta telhados verdes, paredes vivas e uma fachada única que incorpora painéis coloridos inspirados na natureza. O edifício também foi projetado para máxima eficiência energética, com foco em luz natural, resfriamento passivo e geração de energia renovável.

Biophilia Case Study 6: Parkroyal em Pickering, Singapura

Este hotel de luxo combina perfeitamente arquitetura e natureza com seu design exclusivo. O edifício apresenta extensa área verde, incluindo exuberantes jardins no céu, paredes verdes e elementos aquáticos. A incorporação de elementos e materiais naturais cria uma atmosfera de resort, proporcionando aos hóspedes uma experiência tranquila e rejuvenescedora.

Biophilia Case Study 7: The Spheres, Seattle, EUA

O espaço de trabalho exclusivo da Amazon, The Spheres, consiste em três cúpulas de vidro interconectadas que abrigam mais de 40.000 plantas em todo o mundo. Elementos de design biofílicos, como vegetação exuberante, fontes de água e luz natural, criam um ambiente de trabalho relaxante e inspirador que incentiva a criatividade e a colaboração dos funcionários.

Seção 6: Biofilia e design sustentável: uma relação sinérgica

6.1 A natureza interconectada do design sustentável e da biofilia

A biofilia e o design sustentável compartilham um objetivo comum: criar ambientes construídos que estejam em harmonia com o mundo natural e promovam o bem-estar dos seres humanos e do planeta. Enquanto a biofilia promove conexões homem-natureza e aumenta o bem-estar, o design sustentável enfatiza a conservação de recursos, eficiência energética e responsabilidade ambiental.

Quando essas duas abordagens são combinadas, surge uma relação sinérgica, resultando em espaços restauradores e sustentáveis.

6.2 Elementos da Biofilia que Melhoram a Sustentabilidade

Muitos elementos de design biofílico contribuem diretamente para a sustentabilidade de um edifício ou espaço. Por exemplo:

Telhados verdes e paredes vivas:Esses recursos reconectam os ocupantes com a natureza, fornecem isolamento, reduzem o escoamento de águas pluviais e melhoram a qualidade do ar.

Iluminação e ventilação naturais:Ao priorizar a luz natural e a circulação do ar, o design biofílico reduz o consumo de energia e cria ambientes internos mais saudáveis.

Recursos hídricos e captação de água da chuva: A incorporação de elementos de água e sistemas de coleta de água da chuva pode conservar os recursos hídricos e criar espaços relaxantes e tranquilos.

Uso de materiais sustentáveis:O design biofílico geralmente enfatiza o uso de materiais naturais, de origem local e renováveis, que têm um impacto ambiental menor em comparação com as alternativas sintéticas.

6.3 Estratégias de Desenho para Combinar Sustentabilidade e Biofilia

Para criar espaços biofílicos e sustentáveis, arquitetos e designers podem empregar as seguintes estratégias:

Seleção e orientação do local:Escolha um local que integre elementos naturais, como corpos d’água ou espaços verdes, e projete a orientação do edifício para maximizar a luz natural e as oportunidades passivas de aquecimento/resfriamento.

Projeto Integrativo:Colaborar com equipes multidisciplinares, incluindo ecologistas, arquitetos paisagistas e engenheiros ambientais, para desenvolver soluções de design holístico considerando princípios biofílicos e sustentáveis.

Reutilização adaptativa e renovação:Preserve e reaproveite as estruturas existentes, quando possível, para reduzir o desperdício e a energia incorporada. Integre elementos biofílicos para melhorar o bem-estar dos ocupantes e a conexão com a natureza.

Design baseado em desempenho: Use métodos e ferramentas de projeto orientados por dados, como simulações de desempenho de edifícios, para otimizar a eficiência energética e o conforto dos ocupantes, incorporando elementos biofílicos.

Envolvimento e educação da comunidade:Envolva a comunidade local no processo de design e ofereça oportunidades educacionais para promover a conscientização sobre os benefícios do design biofílico e sustentável.

A relação entre biofilia e design sustentável ressalta a importância de uma abordagem holística para arquitetura e design de interiores.

Ao incorporar princípios biofílicos e sustentáveis, os designers podem criar espaços esteticamente atraentes, emocionalmente ressonantes, ambientalmente responsáveis e eficientes em termos de recursos. Em última análise, esta relação sinérgica promove um futuro mais sustentável, onde o ambiente construído apoia o bem-estar humano e a saúde do nosso planeta.

Biofilia: a conclusão

A biofilia na arquitetura oferece uma oportunidade única para arquitetos e designers de interiores criarem espaços esteticamente agradáveis, funcionais, ambientalmente sustentáveis e emocionalmente ressonantes. Ao adotar os princípios de design biofílico, podemos melhorar a qualidade de nossos ambientes construídos e promover uma conexão mais profunda entre os humanos e o mundo natural.

À medida que nossas cidades crescem e evoluem, devemos priorizar a integração do design biofílico em nossas práticas arquitetônicas. Fazer isso pode criar um futuro onde o ambiente construído alimenta nosso bem-estar, apoia os ecossistemas do nosso planeta e promove uma relação mais sustentável e harmoniosa com a natureza.

Como arquitetos e designers de interiores, vamos abraçar o poder do design biofílico e tornar o mundo um lugar mais saudável, bonito e conectado para todos.

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Educação

Pegada ecológica: o que é e como calcular a sua.

Pegada ecológica: o que é e como calcular a sua.

 
Você já ouviu falar em pegada ecológica?
 
O termo se refere justamente à “pegada”, ou seja, ao impacto que a existência de cada indivíduo gera no planeta terra.
 
O estilo de vida atual conta com diversas “regalias”. Mesmo que elas não sejam acessíveis a todos, elas permitem que muitos consumam além de suas necessidades básicas de sobrevivência.
 
Tomar banho quente, ter um automóvel e consumir uma grande diversidade de alimentos diariamente. Essas são ações que geram impactos, pois demandam a exploração de recursos naturais.
 
Água, terra, ar, árvores, animais, combustíveis fósseis e o sol sempre foram recursos necessários para a sobrevivência. A questão é que alguns são renováveis, isto é, são rapidamente renovados pelo próprio planeta, outros não.
 
Desde os anos 60, a humanidade vem consumindo mais recursos do que o planeta pode regenerar em um ano. Isso significa que seria necessário mais de um planeta para abastecer nosso estilo de vida. Ou seja, vivemos de forma insustentável.
 
E agora? Como saber o quanto meu estilo de vida impacta no planeta? O que pode ser feito para reduzir esse impacto?
 
Neste artigo iremos mostrar o raciocínio por trás da pegada ecológica. Assim, você conseguirá calcular qual é a sua pegada, e ver as alternativas possíveis para diminuí-la.
 
Você vai aprender:
 
  • O que é pegada ecológica
  • Como é feito o cálculo da pegada ecológica;
  • O que é o dia de sobrecarga da terra;
  • Quais países geram os maiores impactos;
  • Como saber qual é a sua pegada ecológica;
  • Como diminuir sua pegada ecológica através de atitudes individuais;
 

1. O que é Pegada Ecológica

 
O termo “pegada ecológica” foi criado em 1990 pelos cientistas canadenses Mathis Wackernagel e William Rees. Hoje, ele é internacionalmente conhecido. Portanto, se relaciona ao desenvolvimento sustentável e ao uso racional dos recursos naturais.
 
Pegada ecológica é uma forma de medir os recursos naturais que seus hábitos cotidianos exigem. O resultado é dado em quantidades de planetas terras. Ou seja, quantos planetas terras seriam necessários para suprir seu estilo de vida.
 
A pegada ecológica de um país, portanto, será uma média das pegadas ecológicas de sua população.
 

2. Como é feita a conta da pegada ecológica

 
A Global Footprint Network é a organização que oferece recursos para o cálculo da pegada ecológica.
 
O cálculo feito para descobrir quantos planetas são necessários para manter nosso estilo de vida adota a medida de hectare global. São consideradas as áreas de atividades de agricultura, pecuária, áreas urbanas, florestas e quantidade de carbono.
 
Hoje, a média da pegada ecológica mundial é de 2,7 hectares globais por pessoa. Enquanto isso, a biocapacidade de fornecimento do planeta gira em torno de 1,8 hectare global por pessoa. Esses dados apontam a necessidade de 1,5 planetas para abastecer nossas necessidades.
 
No gráfico abaixo nota-se como esse número vem crescendo, e qual a previsão para 30 anos.
Pegada ecológica
 

Projeções (Global Footprint Network, 2010)

 
Esses números apontam uma situação preocupante. À medida que esse problema se agrava, intensificam as disputas por recursos.

3. O que é o dia de sobrecarga da terra

 
A pegada ecológica está diretamente relacionada ao dia de sobrecarga da terra. Essa é a data em que o planeta esgota toda a quantidade de recursos que ele pode regenerar em um ano.
 
No ano de 2020, essa data está prevista para dia 22 de agosto. Isso deixa claro que precisaríamos de mais que um planeta para manter nossos hábitos de consumo.
 

4. Países e suas pegadas ecológicas

 
Ao contrário do que você deve estar pensando, os Estados Unidos não estão em primeiro lugar na lista da pegada ecológica. Mas o país perde apenas para os Emirados Árabes, que ocupam o primeiro lugar. A Austrália ocupa a terceira posição na lista de países que causam o maior impacto no planeta.
 
Outro dado interessante é que o Japão precisaria de 8 vezes sua própria área para garantir os recursos naturais que sua população demanda.
 
A média do Brasil é de 2,9 hectares globais por habitante, estando um pouco acima da média mundial de 2,7 gha/cap. Isso nos coloca como um país que tem hábitos de consumo mais intensos que a média mundial.
 
Agora, voltando o olhar para mais perto, já pensou em calcular sua própria pegada ecológica?
 

5. Calculando a sua pegada ecológica

 
O cálculo realizado para medir a pegada ecológica de cada um considera alguns hábitos cotidianos.
 
Alguns exemplos de hábitos considerados são:
 
  • Consumo de carne,
  • Se você possui um automóvel e com qual frequência o utiliza
  • Se você oferece ou pega caronas
  • Quantas vezes por mês costuma comprar roupas ou aparelhos eletrônicos,
 
Existem testes online em que você responde algumas perguntas e descobre sua pegada ecológica. Isto é, quantos planetas seriam necessários se todos tivessem o mesmo estilo de vida que o seu.
 
Você pode realizá-lo nesses sites:
 
 

6. Como reduzir sua pegada ecológica

Se você já realizou o teste, provavelmente percebeu que seu estilo de vida causa grande impacto no planeta, não é mesmo?
 
Mas quais são as alternativas para reduzir esse impacto e, ainda assim, ter uma vida confortável?

Alimentação:

O consumo de carne vermelha demanda grandes áreas de pasto para a criação de gado. Desde modo, é um dos motivos principais que levam ao desmatamento de florestas.
 
Reduzir o consumo de carne vermelha é uma ação simples e que pode causar grande impacto positivo.

Bens materiais:

Consuma bens materiais de forma consciente. Isso significa prestar atenção na origem, qualidade e matérias-primas utilizadas para a fabricação. Ou seja, dar preferência a produtores locais, coisas duráveis e comprar somente o que é realmente necessário.
 
Neste artigo explicamos detalhadamente uma maneira fácil de adotar um estilo de vida mais minimalista.
 
No momento de escolher eletrônicos, é importante prestar atenção no gasto de energia. Dê preferência aos que consomem menos energia e são mais eficientes.

Transporte:

Se você tem um carro e o utiliza bastante, considere começar a oferecer caronas para seus colegas de trabalho. Se você pensa que poderia abrir mão do automóvel, pode começar a utilizar mais o transporte público de sua cidade. Outras alternativas são andar de bicicleta e até pegar caronas com seus conhecidos

Arquitetura:

Morar em uma casa bem planejada é uma forma de reduzir sua pegada ecológica. Estratégias de conforto térmico que visam menor consumo de energia são características de uma casa sustentável.
 
Outras características são:
 
  • Recolhimento de água da chuva,
  • Aquecimento solar,
 
Essas estratégias são essenciais para otimizar o consumo de recursos naturais.

Resumindo…

 
Saber nossa pegada ecológica é o primeiro passo para começar a adotar atitudes sustentáveis. Considerando a urgência dessas atitudes, é importante mobilizar não só a população, mas também a indústria e as autoridades governamentais.
 
Como você viu aqui, ter uma rotina menos impactante ao planeta terra não é tão simples, contudo, é necessário. Essas atitudes positivas garantem a nossa permanência em um planeta saudável por mais tempo.
 
Renunciando a pequenos hábitos insustentáveis, você colabora para a regeneração do planeta e dos recursos naturais.
Fontes:
SCARPA, Fabiano. Pegada Ecológica: qual é a sua? / Fabiano Scarpa; Ana Paula Soares. São José dos Campos, SP; INPE, 2012. 24p.
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Educação

Ar Condicionado Inverter: quais as vantagens?

Ar Condicionado Inverter: vantagens e desvantagens.

 
O ar condicionado inverter surgiu para melhorar os sistemas de ar condicionado split. Ele foi desenvolvido com o intuito de consumir menos energia e ser mais eficiente.
 
O modelo inverter controla a velocidade do compressor do motor através de um inversor (daí o nome), que regula a temperatura.
 
Se você pretende economizar na conta de luz, sugerimos que você leia este artigo até o fim.
 
Por mais que uma casa possua estratégias de conforto térmico, muitas vezes o uso do ar condicionado se faz necessário. Principalmente em locais onde o calor é intenso.
 
Algumas técnicas colaboram para melhorar a eficiência de um ar condicionado, como:
 
  • Boas vedações nas portas e janelas;
 
  • Potência do aparelho adequada à dimensão do ambiente.
 
  • Quantidade de máquinas de acordo com a demanda.
 
E, principalmente,
 
  • A compra de um bom equipamento.
 
Neste artigo vamos analisar as diferenças entre o ar condicionado split convencional e o inverter. Mostraremos as vantagens e desvantagens de cada um.
 
Além disso, você vai aprender em quais especificações deve prestar atenção no momento de escolher um aparelho.
 

1. Economia de Energia

 
Estima-se que o ar condicionado inverter seja de 40% a 60% mais econômico que o ar condicionado convencional.
 
A economia se baseia na extinção de picos de energia em seu funcionamento. Isso se deve a uma placa que fica na unidade externa e controla a frequência do compressor.
 
O que são picos de energia?
 
É comum percebermos que os ares condicionados comuns desligam ao atingir a temperatura correta. E ligam novamente quando a temperatura aumenta. Deste modo, cada vez que ele liga, ele gera um pico de energia.
 
O ar condicionado inverter possui uma placa que controla a frequência do compressor. Isso quer dizer que ele não desliga durante o funcionamento. Mas sim, mantém um funcionamento contínuo e pouco variável.
 
Podemos ver essa diferença nos gráficos abaixo:
 
Ar condicionado inverter

Ar condicionado convencional. Imagem: Frigelar

Ar condicionado inverter

Ar condicionado inverter. Imagem: Frigelar

 

2. Conforto térmico e acústico

 
A frequência contínua do equipamento também garante maior conforto térmico e evita que você precise ficar colocando e tirando o casaco. Isso porque a temperatura se mantém constante no ambiente.
 
Outra vantagem dessa característica do modelo Inverter é a redução de ruído. Como o funcionamento é constante, o ruído também é suave e sem variações. Ideal para quem se incomoda com barulho.
 

3. Velocidade de resfriamento de um Ar Condicionado Inverter

 
O ar condicionado Inverter atinge a temperatura desejada mais rápido que o convencional. O motivo é o fluido refrigerante (gás) circular pelo aparelho com maior pressão, otimizando a troca de calor.
 
Por outro lado, quando um ar condicionado convencional atinge a temperatura certa, ele desliga. Ou seja, essa demora de regulagem acontece repetidamente.
 

4. Gás Refrigerante

 
Você sabia que o funcionamento de um ar condicionado depende do uso de gases refrigerantes?
 
Até um tempo atrás, utilizava-se o R22, gás nocivo à camada de ozônio. Isso tornava o ar condicionado um grande vilão da pegada de carbono e do aquecimento global.
 
Hoje, a maioria dos aparelhos já substituiu o R22 pelo R410a. Esse último é mais eficiente e não afeta a camada de ozônio.
 

5. Manutenção de um Ar Condicionado Inverter

 
O ar condicionado convencional apresenta maior facilidade de manutenção. Sua estrutura é mais simples e o modelo está há mais tempo no mercado.
 
Já o ar condicionado inverter possui elementos eletrônicos mais complexos. Essa questão exige profissionais mais qualificados para a manutenção. Desta forma, os custos são geralmente maiores.

6. Durabilidade

 
A durabilidade dos aparelhos de ar condicionado geralmente varia de 10 a 15 anos. Isso depende muito dos cuidados de conservação e manutenção periódica.
 
Contudo, se você mora em uma região litorânea, deve tomar alguns cuidados extras.
 
Como a placa do ar condicionado é externa, ela fica suscetível ao desgaste da maresia. Isso pode causar a queima do aparelho em um menor período de uso. Por isso, cuidados e manutenção devem ser mais frequentes nesse caso.
 

7. Custo-Benefício de um Ar Condicionado Inverter

 
Falando em custo, o ar condicionado inverter pode ser um pouco mais caro. Porém, seu valor tem diminuído bastante e hoje não apresenta uma diferença tão grande em relação ao convencional.
 
Dependendo da frequência de uso, em poucos meses a economia na conta de luz irá compensar o investimento no modelo Inverter.

 

Concluindo

 
É muito importante considerar os benefícios a longo prazo na escolha desses equipamentos. Além disso, a escolha deve ser feita considerando a dimensão do ambiente, a potência do aparelho e o clima do local.
 
O ar condicionado split convencional e o inverter são visualmente iguais e apresentam a mesma potência de resfriamento. A diferença está apenas no sistema de funcionamento.
 
Na questão da sustentabilidade, é possível afirmar que o ar condicionado Inverter será geralmente mais adequado. Mesmo possuindo um custo maior, ele ganha na eficiência energética e no conforto para os usuários.
 
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