A sustentabilidade está se tornando um tema central no mundo de hoje, à medida que nos tornamos mais conscientes do impacto de nossas ações no meio ambiente.
Uma área em que a sustentabilidade é essencial é nos produtos sustentáveis que usamos em nossas vidas diárias.
Sejam os produtos que compramos, os móveis que usamos ou os prédios em que moramos, os materiais que os compõem podem impactar significativamente o meio ambiente.
Muitos recursos estão disponíveis para nos ajudar a fazer escolhas mais sustentáveis. Este artigo analisará alguns dos melhores sites de produtos sustentáveis.
Desde a certificação de produtos até a redução de resíduos, esses sites fornecem informações, recursos e ferramentas valiosas para nos ajudar a fazer escolhas mais ecológicas.
Continue lendo se quiser saber mais sobre produtos e como você pode fazer a diferença!
Cradle to Cradle é uma organização que certifica e promove produtos projetados com a sustentabilidade em mente.
Esses produtos sustentáveis são avaliados por meio de uma estrutura chamada design Cradle to Cradle, que analisa os impactos ambientais e sociais do desenvolvimento ao longo de todo o seu ciclo de vida.
O site fornece informações sobre o processo de certificação e os produtos certificados, além de recursos e ferramentas para empresas e indivíduos interessados em design sustentável.
O site criado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos oferece uma riqueza de informações sobre gerenciamento de produtos sustentáveis.
O site cobre a redução de resíduos, reciclagem e gerenciamento de materiais ao longo de seu ciclo de vida. Ele também inclui ferramentas e recursos para empresas e indivíduos interessados em gerenciamento de produtos.
O International Living Future Institute é uma organização que promove produtos sustentáveis e design regenerativo por meio de educação, defesa e ferramentas.
Eles oferecem uma variedade de programas e certificações, como o Living Building Challenge e o Living Product Challenge, que visam ajudar organizações e indivíduos a criar edifícios e produtos altamente sustentáveis.
O site oferece informações sobre esses programas, certificações, recursos e estudos de caso para design sustentável.
dos Recursos Naturais (NRDC) é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para proteger o meio ambiente e a saúde pública por meio de defesa e educação.
A organização atua em muitas áreas, incluindo mudanças climáticas, poluição da água e do ar e gerenciamento de produtos sustentáveis.
O site fornece informações sobre esses tópicos, recursos e ferramentas para indivíduos e organizações interessadas na proteção ambiental.
BuildingGreen é um site que orienta produtos e materiais de construção, com foco em seu impacto ambiental e sustentabilidade.
O site oferece um extenso banco de dados de produtos sustentáveis, onde você pode encontrar informações sobre uma ampla gama de produtos, como isolamento, coberturas, pisos e muito mais.
O site também fornece análises de produtos escritas por especialistas e projetadas para ajudá-lo a tomar decisões mais informadas sobre os produtos que você usa.
O site também inclui informações sobre códigos e regulamentos de construção sustentável e orientação sobre programas de certificação de construção verde.
A missão da BuildingGreen é capacitar arquitetos, construtores e outros profissionais da indústria para fazer escolhas mais ecológicas e criar edifícios mais sustentáveis.
GreenSpec é um site que oferece informações sobre produtos e materiais, enfatizando a sustentabilidade e o impacto ambiental.
Este site é mantido pelo Building Research Establishment (BRE), uma organização de pesquisa independente e imparcial com sede no Reino Unido.
O GreenSpec fornece informações e orientações para arquitetos, construtores e outros profissionais da construção e visa ajudá-lo a escolher os produtos e sistemas certos para seus projetos de construção sustentável.
O site abrange muitos produtos sustentáveis, incluindo isolamento, coberturas, pisos, etc. O site também inclui análises de produtos, estudos de caso e outros recursos para ajudá-lo a tomar decisões mais informadas sobre os produtos que você usa.
O site é atualizado regularmente e inclui as informações mais recentes sobre produtos e materiais sustentáveis.
No geral, o GreenSpec é um excelente recurso para profissionais da indústria da construção que procuram informações sobre produtos e materiais de construção sustentáveis.
A Building Transparency é uma organização sem fins lucrativos que promove a transparência e rastreabilidade em produtos sustentáveis para criar edifícios mais saudáveis e sustentáveis.
Seu site, buildingtransparency.org, é um recurso valioso para arquitetos, construtores e qualquer pessoa envolvida na indústria da construção que queira aprender mais sobre como criar ambientes construídos mais saudáveis e sustentáveis.
O site oferece uma riqueza de informações sobre diferentes produtos e materiais, incluindo seu impacto ambiental e rastreabilidade.
Isso nos permite selecionar materiais e produtos sustentáveis alinhados com objetivos sustentáveis. Além disso, o site apresenta um banco de dados de produtos, um diretório de fornecedores, bem como recursos e ferramentas para integrar transparência e rastreabilidade aos processos de projeto e construção.
É uma plataforma essencial para profissionais e indivíduos acessarem informações confiáveis e precisas para tomar decisões informadas sobre materiais sustentáveis na indústria da construção.
Sites de produtos sustentáveis: uma conclusão
Concluindo, materiais sustentáveis são cruciais para criar um futuro mais sustentável. À medida que continuamos a usar mais recursos, devemos garantir que os estamos usando de uma forma que não prejudique o meio ambiente.
Os sites discutidos neste artigo são ótimos recursos para aprender mais sobre os produtos e como usá-los.
Esses sites oferecem informações e ferramentas valiosas para ajudá-lo a fazer escolhas mais ecológicas, desde a certificação de produtos até a redução de resíduos. E lembre-se que educação e conhecimento são essenciais para fazer melhores escolhas em produtos sustentáveis.
É por isso que nossa consultoria e cursos de construção ecológica são projetados para capacitar profissionais e indivíduos com as habilidades e conhecimentos necessários para projetar, construir e manter edifícios sustentáveis que atendam às necessidades de nossas gerações atuais e futuras.
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A educação ambiental é a base para um futuro mais sustentável. Desde cedo, é muito importante que as crianças aprendam sobre a importância da natureza.
Dessa forma é possível caminhar rumo a uma sociedade mais consciente.
Edifícios sustentáveis são essenciais atualmente. Contudo, escolas sustentáveis, são ainda mais necessárias.
Com estratégias de sustentabilidade, as escolas se transformam em laboratórios. Onde os alunos aprendem, na prática, maneiras de respeitar o meio ambiente.
O desempenho das escolas está diretamente ligado ao conceito de transmitir conhecimento. Em ambientes adequados, os professores ensinam melhor e os alunos aprendem mais.
Um estudo realizados pela ONU observou 86% de melhora no desempenho dos alunos inseridos em ambientes sustentáveis.
Isso porque a sustentabilidade não é somente sobre a eficiência de um edifício. Mas sim, sobre suas influências no usuário.
Na Rio 92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a educação foi considerada essencial para nossa permanência no planeta terra. Ela foi definida como uma prioridade para os anos seguintes.
Existem diversos conceitos que ilustram escolas sustentáveis. Desde a qualidade da acústica e da iluminação, até a acessibilidade e o envolvimento com a comunidade.
A seguir, conheça alguns projetos de escolas sustentáveis e suas estratégias.
Colégio Fazer Crescer – Recife (Brasil)
O Colégio começou em uma pequena casa e foi aumentando de acordo com a demanda.
Recentemente, a escola precisou se adaptar para atender alunos do ensino médio. Então, a escola recebeu um projeto de ampliação que contou com diversas estratégias sustentáveis.
A reforma contribuiu diretamente no desempenho dos alunos. Em 2017, a escola ficou entre as 5 primeiras na classificação do ENEM.
Já na entrada, ela possui uma escultura no formato de árvore. Essa escultura pode ser considerado um elemento biofílico, que remete à natureza.
O telhado verde abriga diferentes tipos de horta. Lá, os alunos ajudam no cultivo de quase 4 mil mudas de hortaliças anualmente.
Parte da horta é cultivada em canteiros, onde o sistema de irrigação é por gotejamento e utiliza água de reuso. Outra parte da horta é cultivada no sistema hidropônico. Nesse sistema, as plantas ficam com suas raízes diretamente na água.
A escola conta com placas fotovoltaicas, responsáveis por quase metade da energia consumida no edifício.
Ela possui um projeto de gerenciamento de resíduos. Os resíduos recicláveis são separados e encaminhados. Enquanto os resíduos orgânicos são compostados. As composteiras produzem fertilizantes, que são posteriormente usados na horta.
Escola “Nave Terra” em Jaureguiberry, Canelones (Uruguai)
Com 270 metros quadrados, a primeira escola 100% sustentável do Uruguai foi construída em 2016.
O método construtivo utilizado foi desenvolvido pelo arquiteto Michael Reynolds. O arquiteto possui um estilo muito próprio de construção, e chama suas obras de “Nave Terra”. 60% da construção é composta por materiais reciclados, entre garrafas, latas e papelão.
Segundo ele, a nave terra busca aproveitar ao máximo a energia do sol, do vento e da terra. Ao norte, a escola possui um corredor envidraçado, aproveitando a luz do sol para uma horta interna.
A energia é captada através de painéis solares. Ao sul, o edifício possui um espesso muro de contenção, que colabora para a inércia térmica do interior. Outra estratégia de conforto térmico é a possibilidade de ventilação cruzada na escola.
A cobertura possui um sistema de captação de água da chuva. Essa água é utilizada nas pias e para irrigação das hortas. As águas negras são tratadas através de uma fossa séptica criada com materiais reciclados.
A escola foi construída em 7 semanas e contou com a participação da comunidade. Dessa forma, o conhecimento do método construtivo foi transferido a mais de 150 pessoas envolvidas na construção.
Colégio Estadual Erich Walter Heine – Rio de Janeiro (Brasil)
A primeira escola brasileira que obteve certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é uma escola pública do Rio de Janeiro. Ela está localizada em Santa Cruz, um bairro com baixo índice de desenvolvimento humano.
Fazendo jus às estratégias de sustentabilidade, o colégio possui o segundo melhor rendimento escolar do estado.
O projeto foi uma parceria da prefeitura com a ThyssenKrupp CSA. Através de um investimento de R$ 16 milhões no projeto, a construção objetivou reduzir 40% do consumo de energia. Para isso, utilizou estratégias de aproveitamento de recursos naturais e eficiência energética.
O colégio conta com coleta seletiva dos resíduos e captação de energia solar. Todo o edifício conta com lâmpadas LED, que são mais econômicas.
A água da chuva é coletada e utilizada nos sanitários, jardins e para a limpeza. O telhado verde, além de absorver água, é um espaço de aprendizagem. Toda sua estrutura é acessível para pessoas com necessidades especiais.
Essa escola impressiona qualquer um, a primeira vista, não é? A exuberância de sua construção de bambu, fugindo de qualquer modelo tradicional, transformou a escola em uma referência de arquitetura.
A ideia que originou a escola surgiu dos ambientalistas e designers John e Cynthia Hardy. O seu objetivo era incentivar as comunidades da região a construir de maneira mais sustentável. Apresentado a ela materiais naturais como o bambu.
Para construir a escola, eles se afiliaram a outras instituições que promovem o uso do bambu.
A escola verde é um laboratório gigante e está localizada em ambos os lados do rio Ayung em Sibang Kaja, Bali. O local é rodeado por uma floresta exuberante com plantas nativas.
A construção é alimentada por fontes alternativas de energia. Entre elas estão inclusas um gerador movido a energia hidrelétrica e painéis solares. A escola conta com salas de aula, academia, espaços para reuniões, alojamentos para professores, escritórios, cafés e banheiros.
Diversos espaços abertos permitem reuniões comunitárias, convivência e troca de saberes.
O bambu, cultivado na região, é usado de maneiras inovadoras e com múltiplas funções na arquitetura.
Conclusão
Essas escolas são exemplos da importância da sustentabilidade em ambientes educacionais. Adotando estratégias sustentáveis, a escola se torna um lugar de respeito ao meio ambiente.
Todos os exemplos confirmaram a contribuição da sustentabilidade no desempenho escolar dos alunos. As vantagens, no entanto, vão além disso. Escolas sustentáveis:
Atraem professores talentosos e engajados
Reduzem custos de manutenção e operação
Apresentam redução no índice de faltas
Influenciam positivamente na comunidade como um elemento social
Cada uma adaptada ao seu contexto, as instituições atendem às necessidades da comunidade onde estão inseridas. Se o objetivo é um futuro mais sustentável, o foco deve estar nas escolas e na educação.
Você sabe quais são os materiais realmente eficientes em questões acústicas?
Um bom desempenho acústico vai muito além de utilizar espumas acústicas no forro de uma sala. Ele depende da qualidade dos materiais, do cuidado na instalação, e de bons projetos.
Afinal, o ruído é uma questão bastante específica. Portanto, é importante que ele seja planejado de acordo com a demanda.
Este artigo vai desvendar as propriedades dos materiais que isolam ou absorvem ruídos.
E claro, com um olhar especial voltado para a sustentabilidade.
Também vamos desmitificar materiais que são considerados isolantes, como o isopor e a caixa de ovos.
Leia este artigo até o fim para aprender a aplicar os materiais acústicos corretos em seus projetos.
Neste outro artigo, estão explicados todos os fundamentos do som. Leia se você ainda não estiver familiarizado com o assunto.
Em geral, os materiais acústicos atuam para dois fins: isolamento e absorção.
Isolamento
O isolamento acontece quando a fonte de ruído é externa. Ou seja, ele tem a função de proteger (isolar) o ambiente interno dos ruídos de fora.
Essa questão é muito abrangente, porque sempre dependerá das características da fonte de ruído.
O isolamento acústico consiste em promover perda sonora. Para isso, deve haver massa. Quanto mais massa, maior o isolamento.
Ou seja, quanto mais grossas forem as paredes, mais isolado estará o ambiente. Contudo, paredes muito espessas ficam pesadas, o que pode encarecer a estrutura do edifício.
Hoje se utiliza um sistema de parede sanduíche para promover isolamento acústico. São feitas duas camadas de parede, com uma camada de um material isolante entre elas. Outra opção seria utilizar materiais mais leves, como o drywall, para melhorar o isolamento.
Exemplo de parede dupla com camada isolante (Fonte: Aknors)
Como a parte do isolamento fica por dentro das paredes, ele deve ser previsto já no projeto, antes da construção.
Caso você queira isolar uma construção já pronta, a alternativa seria aumentar as paredes. Contudo, com essa solução você vai acabar diminuindo a área dos ambientes internos.
Materiais Isolantes
Materiais isolantes têm propriedades que absorvem as vibrações. Os materiais mais comumente utilizados são:
Lã de vidro
Lã de rocha
Lã de pet
A lã de rocha é feita a partir de rochas vulcânicas. Já na lã de vidro, são utilizados sílica e sódio. Ambos os processos envolvem fundir o material a altas temperaturas e depois centrifugá-lo para que seja transformado em fibra. Essas fibras são misturadas com resinas e aditivos.
Ou seja, são materiais processados. Além disso, o processo de instalação desses materiais é muito delicado. O material não pode sujar ou umedecer.
A lã de PET surgiu como uma alternativa mais sustentável para o isolamento acústico. Ela é produzida a partir da reciclagem de garrafas PET. O processo de instalação da lã de PET também é mais rápido.
Hoje, com a evolução da tecnologia, estão sendo produzidas versões mais sustentáveis da lã de rocha e lã de pet. Como exemplo temos a Biolã e o polietireno verde.
Outros cuidados do Isolamento
De nada adianta construir uma ótima parede isolante e deixar alguns cuidados de lado.
As frestas presentes em portas e janelas acabam permitindo a passagem de muito ruído. Portanto, sempre confira se as esquadrias estão fechando corretamente.
Caso hajam frestas ou fissuras, a tinta látex é uma solução posterior. Ela irá ajudar no isolamento ao tampar essas frestas.
Cuide também para não focar somente no conforto acústico e esquecer da iluminação e ventilação.
As janelas com vidro duplo, por exemplo, isolam muito bem a acústica. Contudo, se elas receberem sol, podem acabar esquentando demais o ambiente interno. E isso irá transformá-lo em uma estufa.
Se o seu problema é com o vizinho de cima que faz barulho, saiba que não é eficiente colocar elementos isolantes na laje. Isso se deve ao fato de que o ruído é mecânico, e irá descer pelas paredes.
Absorção
A absorção de som visa melhorar a qualidade acústica interna de um ambiente. Nesse caso, a fonte de ruído está dentro do local.
A absorção do som proporciona uma permanência agradável para o indivíduo. Isso é importante principalmente em locais com grande número de pessoas. Restaurantes, salões de evento, teatros, cinema, todos esses locais precisam de elementos que absorvem o som.
Materiais absorvedores
Os materiais absorvedores são materiais porosos e fibrosos. Eles absorvem o som ao não permitir que as ondas sonoras reflitam de volta para o ambiente. Dessa forma, o som perde sua intensidade.
As espumas são um exemplo de material poroso. Por isso, todos os objetos que contém espumas acabam absorvendo ruído. Quanto mais sofás e cadeiras estofadas em um ambiente, melhor será seu desempenho acústico.
Quando os objetos não são suficientes, é possível inserir alguns materiais que ajudam na absorção.
Espumas acústicas
As espumas acústicas possuem diversos modelos e podem ser instaladas tanto no piso quanto nas paredes. Elas podem ser usadas em forma de placas, ou no modelo Baffle.
O som mais grave (baixa frequência) precisa de espumas mais espessas para ser absorvido. Já o som mais agudo (maior frequência), é absorvido mais facilmente.
Forro mineral
O forro mineral também tem sua versão acústica, que é mais porosa e irá ajudar a absorver ruídos.
Esse produto possui os índices SRA e NRC. Esses índices correspondem, respectivamente, em tradução livre, à redução de fala e redução de barulho.
Cortiça
A cortiça é outro material poroso que pode ser utilizado como revestimento. Além de ajudar na acústica, é um material natural e reciclado. Sua textura colabora com a biofilia dos ambientes.
Materiais que não são acústicos
Embora muitos afirmem que sim, esses dois materiais não interferem na acústica dos ambientes: isopor e caixas de ovos.
O isopor, embora possa parecer, não é poroso. Portanto, ele não absorve ruído. Além disso, o isopor também é um material inflamável. Isso torna seu uso na arquitetura perigoso.
As caixas de ovos muitas vezes são colocadas nas paredes para absorver ruídos. Mas, da mesma forma, elas não contribuem na acústica por não serem porosas.
Concluindo
A questão acústica deve ser pensada desde a fase de concepção de um projeto. Assim já se pode prever quais paredes receberão um isolamento acústico e evitar retrabalhos.
Cada situação irá depender de quais são as fontes de ruído externas. Por isso, é importante que o arquiteto conheça presencialmente o terreno de seu projeto.
O conforto acústico é uma questão abrangente, e a solução dependerá do contexto e do usuário específico.
Preste atenção para não confundir soluções de isolamento com soluções de absorção de ruído. Cada material cumpre uma função diferente.
Utilizando os materiais corretos, você proporciona conforto para as pessoas. Isso pode aumentar o rendimento do trabalho em um escritório, atrair mais clientes para um restaurante, e até fazer você dormir melhor a noite.
A certificação AQUA-HQE é um processo de gerenciamento ambiental que visa garantir a qualidade do meio ambiente em novas edificações e obras de construção.
Desenvolvida originalmente na França em 1974 e adaptada para o Brasil em 2008 pela Fundação Vanzolini, ela é considerada uma das certificações ambientais mais importantes do mundo.
O objetivo da certificação AQUA-HQE é promover o uso eficiente da água e da energia elétrica, além de assegurar o conforto e bem-estar dos moradores e da comunidade ao redor.
Para obter a certificação AQUA-HQE, o projeto deve passar por três auditorias presenciais realizadas pela Fundação Vanzolini, nas fases de pré-projeto, projeto e execução.
Para garantir a manutenção do certificado AQUA-HQE, é necessário monitorar periodicamente as rotinas de gestão predial do empreendimento em uso e em plena operação. É fundamental que o empreendedor esteja comprometido com o processo de certificação desde o início do projeto.
Uma breve história da Certificação AQUA-HQE
A história da Certificação AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental) começa na França nos anos 1990, quando a preocupação com a sustentabilidade e o impacto ambiental dos edifícios começou a ganhar destaque.
A certificação tem suas raízes na abordagem francesa “HQE” (Haute Qualité Environnementale), que foi inicialmente desenvolvida pelo CSTB (Centre Scientifique et Technique du Bâtiment) em colaboração com a associação francesa para a construção sustentável.
A HQE foi estabelecida como uma metodologia para promover a construção sustentável, abordando questões como a eficiência energética, o conforto dos usuários e a redução do impacto ambiental dos edifícios. Com o tempo, a HQE se tornou um sistema de certificação reconhecido na França e, posteriormente, em outros países.
Em 2008, a Fundação Vanzolini, uma organização brasileira sem fins lucrativos focada em gestão, tecnologia e certificações, e a Cerway, uma subsidiária do CSTB, firmaram uma parceria para adaptar e implementar a certificação HQE no Brasil.
O resultado dessa colaboração foi a criação da Certificação AQUA-HQE, que considera as particularidades e necessidades locais, incluindo o clima, os materiais de construção e as práticas construtivas.
A Certificação AQUA-HQE foi oficialmente lançada no Brasil em 2009 e rapidamente ganhou reconhecimento como uma das principais certificações de construção sustentável no país. Desde então, a certificação tem sido aplicada em diversos tipos de projetos, como edifícios residenciais, comerciais, industriais e infraestruturas.
Ao longo dos anos, a Certificação AQUA-HQE tem evoluído e se adaptado às novas tendências, tecnologias e regulamentações do setor da construção sustentável.
A metodologia e os critérios de avaliação foram aprimorados para abordar questões como a economia circular, a resiliência climática e a promoção da biodiversidade, refletindo o compromisso contínuo em melhorar a qualidade ambiental e a qualidade de vida dos usuários.
Hoje, a Certificação AQUA-HQE é reconhecida como uma referência em construção sustentável no Brasil e em outros países, demonstrando a importância da colaboração internacional e da adaptação de metodologias e sistemas de certificação às realidades locais para promover a sustentabilidade no setor da construção.
Quais são os custos da certificação AQUA-HQE?
A análise do custo-benefício da Certificação AQUA-HQE envolve a consideração dos custos iniciais e a longo prazo associados à obtenção da certificação e os benefícios econômicos, sociais e ambientais que ela pode proporcionar:
Custos de projeto e consultoria: Os custos iniciais podem incluir a contratação de consultores especializados em sustentabilidade para auxiliar na elaboração do projeto e na implementação das estratégias e soluções sustentáveis necessárias para atender aos critérios da certificação.
Custos de construção: Dependendo das especificidades do projeto, os custos de construção podem ser ligeiramente maiores para um empreendimento certificado AQUA-HQE devido à necessidade de utilizar materiais e tecnologias sustentáveis, sistemas de energia e água eficientes e práticas construtivas de baixo impacto.
Taxas de certificação: A obtenção da Certificação AQUA-HQE envolve o pagamento de taxas associadas ao processo de certificação, como taxas de inscrição, auditoria e emissão do certificado.
Quais os benefícios da certificação AQUA-HQE?
A certificação AQUA-HQE traz vários benefícios, como a redução de custos de operação e manutenção, aumento da competitividade no mercado imobiliário e a garantia de um empreendimento sustentável e responsável ambientalmente.
Além disso, ela contribui para a conservação dos recursos naturais e para a criação de um ambiente de trabalho e vida mais saudável.
Obter a certificação AQUA-HQE envolve a implementação de um sistema de gerenciamento de empreendimento (SGE) e o atendimento a 14 categorias de qualidade ambiental do empreendimento (QAE).
Quais são as categorias da certificação AQUA-HQE?
A certificação AQUA-HQE é aplicável a uma ampla gama de projetos, como edifícios residenciais, comerciais e industriais. Ela é organizada em 14 categorias, cada uma abordando diferentes aspectos da construção e operação sustentável:
Relação com o entorno: A categoria avalia a integração do projeto com o ambiente construído e natural, considerando aspectos como a mobilidade sustentável, a preservação de espaços verdes e a contribuição para a biodiversidade local.
Escolha dos produtos, sistemas e processos construtivos: Essa categoria aborda a seleção de materiais e técnicas construtivas que minimizem o impacto ambiental e promovam a economia circular, levando em conta critérios como durabilidade, reciclabilidade e baixa emissão de poluentes.
Canteiro de obras de baixo impacto ambiental: Visa minimizar o impacto ambiental do canteiro de obras, considerando questões como a gestão de resíduos, a redução da poluição sonora e atmosférica, e a minimização do uso de recursos naturais.
Gestão da energia: A categoria foca na eficiência energética e no uso de fontes de energia renovável, incentivando a redução do consumo de energia e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
Gestão da água: Aborda a conservação e a eficiência no uso da água, promovendo práticas como a captação de água da chuva, a reutilização de águas cinzas e a adoção de dispositivos economizadores de água.
Gestão dos resíduos de uso e operação: Visa minimizar a geração de resíduos durante a operação do edifício e promover a reciclagem e o reaproveitamento de materiais, incluindo a implementação de sistemas de coleta seletiva e ações de conscientização dos usuários.
Manutenção – Perenidade dos desempenhos ambientais: Essa categoria aborda a importância da manutenção e da gestão do edifício para garantir que os desempenhos ambientais sejam mantidos ao longo do tempo, incluindo a capacitação dos responsáveis pela operação e a disponibilidade de informações atualizadas.
Conforto higrotérmico: A categoria avalia o conforto térmico e a qualidade do ar interior, considerando aspectos como a ventilação, a iluminação natural e o controle da temperatura e da umidade.
Conforto acústico: Visa garantir um ambiente acusticamente confortável, abordando aspectos como a redução da transmissão de ruídos entre espaços e a minimização de ruídos externos.
Conforto visual: Essa categoria foca na qualidade da iluminação, tanto natural quanto artificial, e na promoção de ambientes visualmente agradáveis e saudáveis.
Conforto olfativo: Visa garantir a qualidade do ar interior e evitar odores desagradáveis, abordando aspectos como o controle de emissões de poluentes e a seleção de materiais e acabamentos com baixas emissões de compostos orgânicos voláteis (COV).
Qualidade sanitária dos ambientes: Essa categoria aborda a prevenção e o controle de contaminação biológica e química nos ambientes internos, considerando questões como a ventilação, a filtragem do ar e a limpeza adequada.
Qualidade sanitária do ar: Foca na prevenção e no controle de poluentes no ar interior, promovendo a seleção de materiais e sistemas construtivos que minimizem a emissão de substâncias nocivas e a implantação de sistemas de filtragem e ventilação eficientes.
Acessibilidade e adaptação ao uso: A categoria avalia a capacidade do edifício de atender às necessidades e preferências de seus usuários, considerando aspectos como a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, a adaptabilidade dos espaços e a facilidade de uso das instalações.
As categorias da certificação AQUA-HQE são projetadas para garantir uma abordagem abrangente e integrada à construção e operação sustentável, promovendo a melhoria contínua dos desempenhos ambientais e a qualidade de vida dos usuários.
Os projetos certificados são avaliados e classificados de acordo com seu desempenho nessas categorias, sendo atribuídos diferentes níveis de certificação, como AQUA-HQE “Bom”, “Muito Bom” ou “Excelente”.
Como obter a certificação AQUA-HQE?
A obtenção da Certificação AQUA-HQE envolve um processo estruturado que inclui várias etapas, desde a fase de projeto até a operação do edifício. A seguir, descrevemos as etapas-chave do processo:
Comprometimento e planejamento: Na fase inicial, o empreendedor e a equipe de projeto se comprometem com os objetivos da certificação AQUA-HQE e definem as metas ambientais específicas para o projeto. Nesta etapa, é importante identificar as partes interessadas e envolvê-las no processo, bem como elaborar um plano de gestão ambiental que detalhe as ações necessárias para atingir as metas estabelecidas.
Projeto: Durante a fase de projeto, a equipe de projeto desenvolve soluções técnicas e estratégias para atender aos requisitos das 14 categorias da certificação AQUA-HQE. As soluções propostas devem ser integradas ao projeto arquitetônico, estrutural e de instalações, garantindo que sejam tecnicamente viáveis e economicamente sustentáveis.
Análise e avaliação: A equipe de projeto realiza uma análise detalhada das soluções propostas, verificando se atendem aos requisitos da certificação AQUA-HQE e se são compatíveis com os objetivos e metas ambientais estabelecidos. A avaliação pode incluir simulações energéticas, análises de ciclo de vida dos materiais e estudos de impacto ambiental.
Revisão e ajuste: Com base na análise e avaliação realizadas, a equipe de projeto revisa e ajusta as soluções propostas, se necessário, para garantir o atendimento aos requisitos da certificação AQUA-HQE. Essa etapa pode envolver a redefinição de metas, a seleção de materiais alternativos ou a adoção de tecnologias mais eficientes.
Condução da obra: Durante a fase de construção, a equipe de projeto e a construtora devem garantir que as soluções e estratégias definidas sejam implementadas corretamente, seguindo as especificações e diretrizes estabelecidas. Isso pode incluir a realização de treinamentos e a adoção de práticas de gestão ambiental no canteiro de obras.
Verificação e comissionamento: Após a conclusão da obra, a equipe de projeto realiza uma verificação detalhada para garantir que todos os requisitos da certificação AQUA-HQE tenham sido atendidos e que os desempenhos ambientais esperados sejam alcançados. O comissionamento das instalações e sistemas é essencial para garantir o correto funcionamento e a eficiência energética do edifício.
Certificação: Uma vez concluídas todas as etapas anteriores, a documentação do projeto e os resultados das avaliações e verificações são submetidos à entidade certificadora AQUA-HQE, que analisa as informações e, se atendidos os requisitos, concede a certificação. A certificação pode ser concedida em diferentes níveis, como “Bom”, “Muito Bom” ou “Excelente”, dependendo do desempenho do projeto nas 14 categorias.
Monitoramento e manutenção: Após a obtenção da certificação, é importante monitorar e manter o desempenho ambiental do edifício ao longo de sua vida útil. Isso envolve a implementação de um plano de manutenção e gestão, que inclua ações como a verificação regular dos sistemas e instalações, a realização de ajustes e melhorias conforme necessário, e a conscientização e capacitação dos usuários e responsáveis pela operação do edifício. Essa etapa é crucial para garantir que os benefícios ambientais e a qualidade de vida proporcionados pelo projeto certificado AQUA-HQE sejam mantidos a longo prazo.
Recertificação (opcional): Dependendo dos requisitos específicos do projeto e das partes interessadas, pode ser desejável obter a recertificação AQUA-HQE após um determinado período de tempo (por exemplo, a cada 5 ou 10 anos). A recertificação envolve a reavaliação do desempenho ambiental do edifício e a atualização das estratégias e soluções conforme as novas tecnologias, regulamentações e expectativas do mercado.
O processo de obtenção da Certificação AQUA-HQE requer um compromisso contínuo por parte do empreendedor, da equipe de projeto e dos responsáveis pela operação e manutenção do edifício.
Através desse compromisso e de um planejamento cuidadoso, é possível alcançar uma construção sustentável que atenda aos requisitos da certificação e promova a melhoria da qualidade de vida e a preservação do meio ambiente.
Quais os benefícios do AQUA-HQE para empreendedores e usuários?
A Certificação AQUA-HQE oferece diversos benefícios para empreendimentos que buscam adotar práticas de construção e operação sustentáveis. Além de demonstrar um compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental, a certificação proporciona vantagens econômicas, sociais e ambientais para o projeto e seus stakeholders.
A seguir, estão alguns dos principais benefícios da certificação AQUA-HQE:
Redução do impacto ambiental: Projetos certificados AQUA-HQE promovem a redução do consumo de recursos naturais, como energia e água, e minimizam a geração de resíduos e emissões de gases de efeito estufa. Isso contribui para a conservação do meio ambiente e a mitigação das mudanças climáticas.
Eficiência energética: A certificação incentiva a adoção de soluções que otimizam o desempenho energético dos edifícios, como isolamento térmico, sistemas de iluminação eficientes e aproveitamento de energia renovável. Essas medidas resultam em menor consumo de energia e menores custos operacionais ao longo da vida útil do empreendimento.
Economia de água: Projetos AQUA-HQE implementam soluções para a conservação e reuso da água, como dispositivos economizadores, sistemas de captação de água da chuva e tratamento de águas cinzas. Isso reduz a demanda por água potável e diminui os custos relacionados ao seu consumo.
Conforto e bem-estar dos usuários: A certificação considera aspectos como conforto térmico, acústico, visual e olfativo, garantindo um ambiente saudável e agradável para os ocupantes. Isso pode resultar em maior satisfação e produtividade dos usuários, além de reduzir problemas de saúde relacionados à qualidade do ar e ao estresse térmico e acústico.
Valorização do empreendimento: Edifícios certificados AQUA-HQE tendem a ter maior valor de mercado devido à sua sustentabilidade, eficiência e qualidade. Isso pode atrair investidores e clientes conscientes das questões ambientais e proporcionar um retorno financeiro maior para os empreendedores.
Atendimento à legislação e incentivos fiscais: A certificação AQUA-HQE ajuda a garantir que o empreendimento esteja em conformidade com as regulamentações ambientais e de construção aplicáveis. Além disso, em algumas localidades, projetos sustentáveis podem ser elegíveis para incentivos fiscais ou outros benefícios.
Responsabilidade social e reputação: Empreendimentos certificados AQUA-HQE demonstram um compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social, melhorando a imagem e a reputação da empresa no mercado e fortalecendo sua posição como líder em construção sustentável.
Melhoria contínua: O processo de certificação AQUA-HQE promove a melhoria contínua do desempenho ambiental e a inovação no setor da construção, incentivando a adoção de novas tecnologias e práticas sustentáveis e a capacitação dos profissionais envolvidos.
Em resumo, a Certificação AQUA-HQE oferece benefícios significativos para empreendimentos que buscam alcançar um alto padrão de sustentabilidade e qualidade ambiental. Esses benefícios abrangem uma ampla gama de aspectos, desde a redução do impacto ambiental até a valorização do empreendimento e a melhoria do conforto e bem-estar dos usuários.
Além disso, a certificação AQUA-HQE promove a inovação e a adoção de novas práticas e tecnologias no setor da construção, contribuindo para o desenvolvimento de uma indústria mais sustentável e responsável.
Empreendimentos que adotam a Certificação AQUA-HQE demonstram um compromisso com a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida das comunidades em que estão inseridos, destacando-se no mercado e atraindo o interesse de investidores, clientes e profissionais comprometidos com a sustentabilidade.
Empreendimentos certificados AQUA-HQE pelo mundo
Embora a Certificação AQUA-HQE seja originalmente francesa e tenha sido adaptada e amplamente adotada no Brasil, vale destacar que a metodologia HQE também tem sido aplicada em projetos ao redor do mundo, especialmente na Europa e África.
Abaixo, apresentamos alguns exemplos de empreendimentos certificados AQUA-HQE ou HQE ao redor do mundo:
França – Sede da Bouygues Immobilier (HQE): A sede da Bouygues Immobilier, localizada em Issy-les-Moulineaux, França, é um exemplo de empreendimento que recebeu a certificação HQE. O edifício de escritórios possui uma fachada de vidro com isolamento térmico, iluminação natural otimizada, sistemas de ventilação e ar-condicionado eficientes, além de painéis solares para aquecimento de água.
Brasil – Edifício Eco Berrini (AQUA-HQE): O Eco Berrini, localizado em São Paulo, é um exemplo de empreendimento certificado AQUA-HQE no Brasil. O edifício comercial possui sistemas de captação e tratamento de água da chuva e águas cinzas, iluminação eficiente, fachada com vidros de alto desempenho térmico e sistemas de ar-condicionado de alta eficiência. O projeto também inclui áreas verdes e bicicletário para incentivar práticas sustentáveis.
Marrocos – Casa Green Town (HQE): Casa Green Town é um projeto residencial de grande escala em Casablanca, Marrocos, que adota a certificação HQE. O empreendimento inclui habitações de baixo consumo energético, áreas verdes, sistemas de captação e tratamento de água da chuva, infraestrutura para reciclagem de resíduos e transporte público integrado.
Senegal – Diamniadio Lake City (HQE): Diamniadio Lake City é um projeto urbano de uso misto em Diamniadio, Senegal, que recebeu a certificação HQE. O empreendimento inclui escritórios, residências, comércio, serviços e áreas verdes. O projeto aborda questões como eficiência energética, gestão de água e resíduos, conforto dos usuários e promoção da biodiversidade.
Esses exemplos demonstram que a Certificação AQUA-HQE e a metodologia HQE são aplicáveis a uma ampla variedade de empreendimentos, incluindo edifícios comerciais, residenciais e projetos de desenvolvimento urbano.
Essa versatilidade permite que projetos em todo o mundo adotem práticas de construção e operação sustentáveis, melhorando o desempenho ambiental e a qualidade de vida dos usuários e comunidades envolvidas.
A adoção da Certificação AQUA-HQE em diferentes setores e regiões
A Certificação AQUA-HQE tem sido adotada em diversos setores da construção e em diferentes regiões, principalmente no Brasil, onde foi adaptada para o contexto local. Embora seja mais comum no Brasil, a metodologia HQE original também tem sido aplicada em projetos em outras regiões, como Europa e África.
A seguir, detalhamos a adoção da Certificação AQUA-HQE em diferentes setores e regiões:
Residencial: A Certificação AQUA-HQE tem sido aplicada em empreendimentos residenciais, como edifícios de apartamentos, condomínios horizontais e habitações unifamiliares. Os projetos residenciais certificados abrangem desde moradias de interesse social até empreendimentos de alto padrão, demonstrando a versatilidade da certificação em atender a uma ampla gama de necessidades habitacionais.
Comercial: Edifícios comerciais, como escritórios, centros comerciais, hotéis e hospitais, têm adotado a Certificação AQUA-HQE para melhorar seu desempenho ambiental e a saúde e conforto dos usuários. Esses empreendimentos buscam reduzir o consumo de energia e água, melhorar a qualidade do ar interno e incorporar práticas de gestão sustentável.
Industrial: A Certificação AQUA-HQE também tem sido aplicada em projetos industriais, como fábricas e centros de distribuição. Os empreendimentos industriais certificados geralmente buscam otimizar processos produtivos, reduzir a geração de resíduos e emissões atmosféricas, e promover o bem-estar e saúde dos trabalhadores.
Infraestrutura e desenvolvimento urbano: Projetos de infraestrutura e desenvolvimento urbano, como escolas, estações de transporte público, parques e áreas de lazer, têm adotado a Certificação AQUA-HQE para garantir a sustentabilidade e integração com o entorno. Esses projetos buscam criar espaços públicos e infraestruturas que promovam a qualidade de vida das comunidades e reduzam o impacto ambiental.
Regiões onde é utilizada a Certificação AQUA-HQE:
Brasil: Como mencionado anteriormente, a Certificação AQUA-HQE foi adaptada para o contexto brasileiro e tem sido amplamente adotada no país. Desde sua implantação no Brasil em 2008, a certificação tem crescido constantemente em popularidade, com projetos certificados em várias regiões, incluindo as principais cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Europa: A metodologia HQE original tem sido aplicada em projetos em toda a Europa, particularmente na França, onde foi desenvolvida. Além disso, outros países europeus, como Portugal, Espanha, Itália e Bélgica, têm adotado a metodologia HQE em alguns projetos, demonstrando seu alcance e aplicabilidade além das fronteiras francesas.
África: Países africanos, como Marrocos, Senegal e Cabo Verde, têm aplicado a metodologia HQE em projetos de construção, visando melhorar o desempenho ambiental dos edifícios e promover a sustentabilidade no continente. Esses projetos geralmente levam em consideração as condições climáticas e os recursos locais, adaptando-se às especificidades de cada país e região.
Outros países de língua portuguesa: A Certificação AQUA-HQE também tem sido adotada em alguns projetos em outros países de língua portuguesa, como Angola e Moçambique, refletindo a crescente conscientização sobre a importância da construção sustentável nessas regiões.
Em resumo, a Certificação AQUA-HQE tem sido adotada em diversos setores da construção e em diferentes regiões, com maior presença no Brasil e em países onde a metodologia HQE original é aplicada.
A adoção da certificação em diferentes setores e regiões demonstra seu potencial em promover a sustentabilidade na construção e melhorar o desempenho ambiental dos edifícios, adaptando-se às necessidades e condições locais.
À medida que a demanda por construção sustentável continua a crescer globalmente, é provável que a adoção da Certificação AQUA-HQE e da metodologia HQE se expanda ainda mais, abrangendo novos setores e regiões.
Comparando a certificação AQUA-HQE com outras certificações
A Certificação AQUA-HQE é uma das várias certificações de construção sustentável disponíveis no mercado.
Abaixo, apresentamos uma comparação entre a Certificação AQUA-HQE e outras duas importantes certificações de sustentabilidade: LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method).
AQUA-HQE: A Certificação AQUA-HQE é uma adaptação da certificação francesa HQE para o contexto brasileiro, com foco em práticas de construção e operação sustentáveis. A certificação analisa 14 categorias de critérios, incluindo gestão de energia, água e resíduos, conforto e saúde dos usuários e integração com o entorno. A certificação é aplicável a uma ampla gama de projetos, como edifícios residenciais, comerciais, industriais e infraestruturas.
LEED: Desenvolvido pelo US Green Building Council (USGBC), o LEED é uma das certificações de construção sustentável mais reconhecidas e amplamente adotadas no mundo. O LEED avalia o desempenho ambiental dos edifícios em várias áreas, como energia, água, materiais e recursos, qualidade do ar interno, localização e transporte, inovação e processo de design. O LEED oferece diferentes níveis de certificação (Certificado, Prata, Ouro e Platina), com base na pontuação alcançada pelos projetos nos diversos critérios.
BREEAM: Criado pelo Building Research Establishment (BRE) no Reino Unido, o BREEAM é uma das certificações de construção sustentável mais antigas e amplamente utilizadas na Europa. O BREEAM avalia o desempenho ambiental dos edifícios em diversas categorias, como gestão, saúde e bem-estar, energia, transporte, água, materiais, resíduos, uso ecológico do terreno e poluição. A certificação é aplicável a uma variedade de projetos, incluindo edifícios novos, reformas e construções existentes.
Vamos as principais comparações da certificação AQUA-HQE
Origem e aplicabilidade geográfica: AQUA-HQE tem origem francesa e é mais aplicável no contexto brasileiro. LEED e BREEAM têm origem nos EUA e Reino Unido, respectivamente, e são mais amplamente adotados globalmente.
Estrutura e categorias: Todas as três certificações avaliam o desempenho ambiental dos edifícios em diversas categorias. AQUA-HQE e BREEAM possuem uma abordagem semelhante em termos de categorias de critérios, enquanto o LEED possui uma estrutura um pouco diferente.
Níveis de certificação: LEED possui diferentes níveis de certificação com base na pontuação alcançada pelos projetos. AQUA-HQE e BREEAM também possuem níveis de certificação, mas a estrutura e os requisitos variam entre os sistemas.
Flexibilidade e adaptação local: AQUA-HQE é adaptado especificamente para o contexto brasileiro, levando em consideração as particularidades locais, como clima, materiais e práticas construtivas. LEED e BREEAM são mais genéricos, mas permitem certa flexibilidade para adaptação às condições locais.
Requisitos de pré-certificação e processo de certificação: Os três sistemas de certificação exigem que os projetos atendam a determinados requisitos de pré-certificação antes de avançar no processo de certificação. O processo de certificação em si envolve uma avaliação rigorosa do desempenho ambiental dos edifícios, com base nos critérios estabelecidos por cada sistema. AQUA-HQE, LEED e BREEAM possuem diferentes abordagens em termos de documentação e etapas do processo de certificação, mas todos buscam garantir a conformidade dos projetos com os padrões de sustentabilidade estabelecidos.
Reconhecimento e adoção no mercado: LEED é atualmente a certificação de construção sustentável mais reconhecida e amplamente adotada no mundo, especialmente nas Américas e na Ásia. BREEAM é muito popular na Europa e também tem presença em outros continentes. AQUA-HQE é mais focado no contexto brasileiro, mas também tem sido aplicado em outros países de língua portuguesa e em projetos na Europa e África que seguem a metodologia HQE original.
Impacto e benefícios: Todas as três certificações têm como objetivo promover práticas de construção e operação sustentáveis, reduzindo o impacto ambiental dos edifícios e melhorando o conforto e a saúde dos usuários. Os benefícios específicos de cada certificação podem variar, mas em geral, os empreendimentos certificados tendem a apresentar melhor desempenho ambiental, maior valorização no mercado e maior satisfação dos usuários e comunidades envolvidas.
Em conclusão, a Certificação AQUA-HQE, LEED e BREEAM são sistemas de certificação de construção sustentável que avaliam e promovem práticas sustentáveis no setor da construção.
Cada sistema possui suas particularidades e áreas de foco, e a escolha da certificação mais adequada depende do contexto do projeto, das prioridades e dos objetivos específicos de sustentabilidade.
A relação da certificação AQUA-HQE e o desenvolvimento sustentável
A Certificação AQUA-HQE está diretamente relacionada ao desenvolvimento sustentável, uma vez que seu objetivo principal é promover práticas de construção e operação sustentáveis, reduzir o impacto ambiental dos edifícios e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
O desenvolvimento sustentável é um conceito amplo que engloba o equilíbrio entre o crescimento econômico, a preservação do meio ambiente e o bem-estar social.
A Certificação AQUA-HQE contribui para o desenvolvimento sustentável de várias maneiras:
Eficiência no uso de recursos: A certificação AQUA-HQE incentiva a eficiência no uso de recursos, como energia, água e materiais, por meio da adoção de tecnologias e práticas construtivas que minimizem o consumo desses recursos e reduzam o desperdício.
Redução de impactos ambientais: A AQUA-HQE promove a redução dos impactos ambientais dos edifícios, como emissões de gases de efeito estufa, poluição da água e do ar, e geração de resíduos sólidos, por meio de práticas de construção e operação sustentáveis.
Conforto e saúde dos usuários: A certificação considera o conforto e a saúde dos ocupantes dos edifícios, incentivando a qualidade do ar interno, conforto térmico e acústico, e acesso a espaços verdes e áreas comuns. Isso contribui para o bem-estar social e a qualidade de vida das pessoas que vivem e trabalham nos empreendimentos certificados.
Integração com o entorno: A AQUA-HQE estimula a integração dos empreendimentos com seu entorno, levando em consideração aspectos como mobilidade, acessibilidade e a relação entre o edifício e o espaço público. Isso resulta em projetos mais integrados e harmoniosos com o ambiente urbano, promovendo o desenvolvimento sustentável das cidades.
Inovação e disseminação de conhecimento: A certificação AQUA-HQE fomenta a inovação e a disseminação de conhecimento em construção sustentável, incentivando a adoção de novas tecnologias e abordagens que possam melhorar ainda mais o desempenho ambiental e social dos edifícios.
Conscientização e engajamento: A obtenção da Certificação AQUA-HQE pode aumentar a conscientização sobre a importância da construção sustentável e engajar diferentes atores, como construtoras, projetistas, investidores e usuários, na busca por práticas mais sustentáveis no setor da construção.
Em suma, a Certificação AQUA-HQE contribui para o desenvolvimento sustentável, incentivando a construção e a operação sustentáveis, minimizando os impactos ambientais e promovendo o bem-estar social.
Ao adotar a Certificação AQUA-HQE, os empreendimentos demonstram seu compromisso com a sustentabilidade e com a construção de um futuro mais sustentável para todos.
Perspectivas futuras e inovações em construção sustentável com a certificação AQUA-HQE
À medida que a consciência sobre a importância da construção sustentável aumenta e os desafios ambientais se tornam mais urgentes, é provável que a Certificação AQUA-HQE continue evoluindo e se adaptando às necessidades futuras.
Algumas perspectivas futuras e inovações em construção sustentável relacionadas à certificação AQUA incluem:
Atualização e expansão dos critérios de certificação: A certificação AQUA-HQE pode expandir e atualizar seus critérios de avaliação para incorporar novos conhecimentos e abordagens em sustentabilidade, como resiliência climática, economia circular e biodiversidade.
Integração com outras certificações e padrões: A AQUA-HQE pode buscar maior integração e harmonização com outros sistemas de certificação de construção sustentável e padrões de desempenho, facilitando o reconhecimento mútuo e a adoção de práticas sustentáveis em diferentes contextos regionais e setoriais.
Adoção de tecnologias emergentes: A certificação AQUA-HQE pode incentivar a adoção de tecnologias emergentes e inovadoras em construção sustentável, como materiais de construção avançados, sistemas de energia renovável, automação e monitoramento inteligente do desempenho do edifício.
Construção digital e BIM (Building Information Modeling): A integração de ferramentas digitais e BIM nos processos de certificação AQUA-HQE pode facilitar a simulação, análise e otimização do desempenho ambiental dos edifícios, permitindo uma abordagem mais eficiente e eficaz para a construção sustentável.
Adoção de estratégias de adaptação às mudanças climáticas: A certificação AQUA-HQE pode incentivar a adoção de estratégias de adaptação às mudanças climáticas, como sistemas de resfriamento passivo, captação e reutilização de água da chuva, e paisagismo resiliente, a fim de garantir que os edifícios sejam capazes de lidar com eventos climáticos extremos e condições futuras.
Participação dos usuários e comunidades locais: A certificação AQUA-HQE pode promover maior participação dos usuários e comunidades locais na definição de metas e estratégias de sustentabilidade, garantindo que os empreendimentos certificados atendam às necessidades e expectativas das pessoas que vivem e trabalham neles.
Foco na reabilitação e retrofit de edifícios existentes: A certificação AQUA-HQE pode expandir seu foco para incluir a reabilitação e retrofit de edifícios existentes, incentivando a renovação e modernização de edifícios antigos para melhorar seu desempenho ambiental e prolongar sua vida útil.
As perspectivas futuras e inovações em construção sustentável relacionadas à Certificação AQUA-HQE são promissoras, e a certificação pode continuar a desempenhar um papel importante na promoção da construção sustentável e no avanço do desenvolvimento sustentável em todo o mundo.
AQUA-HQE: Conclusão
Ao optar por um empreendimento certificado pela AQUA-HQE, é possível contribuir para a conservação dos recursos naturais, promover o conforto e bem-estar das pessoas e valorizar seu imóvel no mercado.
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O PBQP-H é uma certificação que tem como principal objetivo organizar o setor da construção civil e promover a melhoria da qualidade do habitat no Brasil.
Ele é exigido pela Caixa Econômica e outras instituições financeiras para acesso a financiamento construtivo, e também é necessário para participar de licitações públicas.
Além disso, o PBQP-H estrutura a modernização do setor, promovendo a inovação tanto em tecnologia quanto em organização e gestão de empresas.
Para obter o certificado, as empresas devem passar pelo processo de avaliação do SiAC (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras), que avalia a qualidade da empresa de acordo com a norma ISO 9001.
Obter o PBQP-H é fundamental para garantir a qualidade das construções de edifícios e para aumentar a competitividade das empresas no mercado da construção civil.
Como o regimento do SiAC é dividido?
O SiAC, regimento do PBQP-H, é dividido em dois níveis: Nível A e Nível B.
O Nível A do PBQP-H
O Nível A corresponde a 100% dos requisitos da norma SiAC implementados pela empresa.
Para obter o certificado, é necessário contratar um organismo certificador que realizará uma auditoria para verificar a conformidade da empresa.
O Nível A do PBQP-H é necessário quando é um requisito obrigatório para a empresa, e tem validade de 3 anos.
Anualmente, a empresa passa por uma auditoria de manutenção para renovar o certificado. O Nível B do PBQP-H, por outro lado, corresponde a cerca de 70% dos requisitos da norma SiAC implementados.
Ele é destinado para empresas que não têm o número suficiente de serviços para apresentar durante a auditoria de certificação do Nível A do PBQP-H.
O Nível B do PBQP-H
O Nível B também tem validade de 3 anos e requer auditorias de manutenção anuais. Após esse período, as empresas podem evoluir seus sistemas de gestão para o Nível A.
Aderir ao PBQP-H é fundamental para ter acesso a financiamento em instituições de crédito públicas e privadas e para participar do programa “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal, que exigem o PBQP-H como pré-requisito para a concessão de benefícios.
Quais objetivos do PBQP-H?
O PBQP-H tem como objetivos:
Ampliar o estoque de moradias de qualidade no país
Incentivar a garantia da qualidade em projetos e obras
Promover a qualidade de materiais e sistemas construtivos
Estimular o inter-relacionamento entre agentes do setor da construção
Combater a não-conformidade técnica intencional
Apoiar a formação e requalificação da mão-de-obra
Aperfeiçoar a elaboração e difusão de normas técnicas
Coletar e disponibilizar informações sobre o setor e o programa
Incentivar a introdução de tecnologias inovadoras
Melhorar a qualidade de gestão em projetos e obras habitacionais
Promover a articulação internacional, especialmente com países do Cone Sul
As empresas construtoras precisam aderir ao PBQP-H para ter acesso a financiamentos em instituições de crédito públicas e privadas e participar do programa “Minha Casa, Minha Vida”, além de poder licitar em municípios e estados.
Além disso, o PBQP-H aumenta a competitividade no mercado da construção civil por meio da otimização dos recursos e diminuição de desperdícios e retrabalhos.
Qual a importância do PBQP-H para a construção civil?
O PBQP-H é uma ferramenta de grande importância para o setor da construção civil, pois tem como objetivo promover a qualidade e produtividade no habitat.
Além disso, o PBQP-H é exigido por diversas instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal, para ter acesso a financiamentos e para participar de licitações públicas.
O programa é composto pelo SiAC (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras), que tem como principal objetivo avaliar a conformidade da qualidade das empresas de construção civil.
Ele é dividido em dois níveis: Nível A e Nível B. O Nível A é o máximo do PBQP-H e exige 100% dos requisitos implementados, enquanto o Nível B exige cerca de 70%.
Quais são as vantagens de implementar o PBQP-H?
As principais vantagens de aderir ao PBQP-H são: aprovação de projetos e financiamentos, participação no programa “Minha Casa, Minha Vida”, habilitação para participação em licitações municipais e estaduais e obtenção de benefícios junto ao BNDES.
Além disso, a implementação e certificação do PBQP-H também traz benefícios para a empresa, como construção mais rápida, redução de custos e melhoria da imagem da empresa, entre outros.
Atualmente, cerca de 3.000 construtoras estão ativas no PBQP-H, o que demonstra o alto grau de aceitação e credibilidade conquistados pelo programa no mercado.
Quer transformar a sua construtora em uma referência de qualidade? O PBQP-H pode ser a chave para isso!
Mas como implementar esse programa de gestão da qualidade do PBQP-H?
Nós te explicamos tudo o que você precisa saber:
Comece pela gestão estratégica e abordagem de processos: para se adequar ao PBQP-H, é preciso entender a estratégia da sua empresa e a forma como ela opera.
Depois, é hora de organizar os documentos gerais: nesta etapa, definimos como será a estrutura de informação da sua empresa e como os funcionários terão acesso às informações relevantes.
Em seguida, é importante entender os empreendimentos em andamento e verificar se eles estão de acordo com a NBR 15575 e o PBQP-H.
Depois, é hora de planejar as obras de acordo com o PBQP-H: nesta etapa, definimos o método para o planejamento das obras e a adequação das obras em andamento conforme os requisitos legais, além de garantir o armazenamento correto dos materiais.
Na etapa de compras, é preciso definir critérios claros para a compra de materiais, contratação de serviços e homologação dos fornecedores.
As novas mudanças do PBQP-H
Se você está pensando em implementar o PBQP-H na sua empresa, é importante ficar por dentro das mudanças que ocorreram recentemente no Sistema de Avaliação das Construtoras (SiAC).
Algumas das principais alterações são:
A obrigatoriedade de comprovar o desempenho da empresa em segurança, habitabilidade e sustentabilidade
A necessidade de realizar uma auditoria por um organismo certificador para obter o certificado do PBQP-H;
A possibilidade de se certificar também pela norma ISO 9001;
A inclusão de novos requisitos para o Plano de Qualidade da Obra do PBQP-H;
A ampliação da lista de serviços controlados.
Fique atento a essas mudanças do PBQP-H e entenda como elas podem beneficiar a sua empresa.
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A expressão em inglês pode ser traduzida para “mini casas”. As tiny houses são, de fato, casas pequenas.
A ideia nasceu nos Estados Unidos, a partir de Jay Shafer. Ele construiu uma mini casa de aproximadamente 8 m² em 1999. Essa casa reduzida resultou de sua ideia de remover todas as partes desnecessárias de uma casa.
Tiny House de Jay Shafer. (Fonte: tinyhousetalk.com)
As tiny houses estão intimamente ligadas ao conceito do minimalismo e do desapego.
A ideia de abandonar uma casa maior e mudar para uma casa pequena envolve mudar o estilo de vida. Exige que as pessoas se desprendam de bens materiais. E então, passem a valorizar mais os momentos e as relações pessoais.
Mas será que viver em uma casa pequena é realmente sustentável? Será que vale a pena?
Neste artigo, você vai aprender tudo o que envolve uma tiny house:
Entendendo o conceito das tiny houses
Como funciona uma tiny house
As tiny houses são sustentáveis?
Exemplos de tiny houses
Com esse guia completo iremos desmistificar as tiny houses e mostrar que elas não são tão simples assim.
1. Entendendo o conceito das tiny houses
Quanto maior é uma casa, mais materiais e infraestrutura ela possui. Portanto, uma casa grande vai demandar mais gastos e mais manutenção.
Uma das ideias que o estilo de vida minimalista prega, é a de que quanto mais bens você tem, mais você terá que se preocupar.
Hoje, o consumo de qualquer bem material se tornou muito fácil. O resultado é um grande número de casas lotadas de itens sem uso.
A partir dessa ideia, morar em uma casa menor envolve ter menos coisas e menos preocupações.
Pessoas que decidem ir morar em casas pequenas acabam doando ou vendendo grande parte de seus itens pessoais.
Por outro lado, ganham a flexibilidade de um estilo de vida mais aberto a mudanças e experiências.
Inclusive, existem modelos de casas sobre rodas. Essas permitem que ser transportadas para diferentes lugares.
2. Como funciona uma Tiny House
Uma casa pequena exige um bom aproveitamento de espaço. Para isso, elas possuem o mínimo de cômodos possível e ambientes integrados e flexíveis.
Geralmente a sala é integrada com a cozinha. O espaço vertical deve ser bem aproveitado, possibilitando mezaninos.
Tiny House Araúna.
Os móveis também são flexíveis e podem ser adaptados para diferentes usos. Um armário que serve de escada, mesas dobráveis, bancos com espaço para armazenamento, e assim por diante.
A iluminação precisa ser bem aproveitada. Mesmo havendo poucos cômodos, é importante garantir luz e ventilação natural em todos eles.
3. As tiny houses são sustentáveis?
A sustentabilidade está ligada às tiny houses de diversas maneiras.
A primeira delas é a redução do consumismo ligada a um estilo de vida mais minimalista.
Sua construção também envolve pequenas quantidades de carbono incorporado. Afinal, quanto menor a casa, de menos materiais ela irá precisar. Além disso, consome menos energia na iluminação artificial ou climatização.
Elas podem ser construídas através da reciclagem de contêineres. Ou sinda, utilizando estruturas recicláveis e desmontáveis, como o steel frame.
Além disso, geralmente a concepção das tiny houses está ligada com conceitos de autossuficiência.
As tiny houses costumam ser casas móveis. Por isso, quanto mais elas forem autossuficientes em relação à energia e água, melhor.
Sistemas de reutilização de água e sanitários secos colaboram para uma independência de coleta de esgoto.
Imagine uma cidade onde a maioria das pessoas mora em tiny houses. A redução dos espaços privativos causaria um aumento na utilização dos espaços públicos das cidades. Dessa forma, incentivaria a convivência em comunidade.
4. Exemplos de tiny houses
O movimento das tiny houses começou nos Estados Unidos. Hoje já existe o movimento “Tiny Houses Brasil”, que incentiva e apoia a construção de casas pequenas no Brasil.
Confira abaixo alguns exemplos de tiny houses que foram construídas no Brasil e no exterior.
Esta é a casa de Robson, Isabel e o filho João Pedro. O casal foi o precursor do movimento das tiny houses no Brasil.
A partir da construção de sua própria casa, eles criaram o canal “Pés Descalços”, onde compartilham suas experiências.
A casa possui 27 m² e custou cerca de 180 mil reais. Sua estrutura é em aço (steel frame), com cinco camas de isolamento térmico e acústico. Ela é conectada a uma rede externa para abastecimento de água e energia.
O banheiro é seco, e está ligado a um sistema de compostagem.
A casa possui uma cozinha integrada com a sala, um banheiro e dois quartos. As janelas iluminam e ventilam todos os cômodos.
Os móveis se adaptam para aproveitar o espaço de maneira otimizada. As mesas são embutidas, o sofá é modular, e a escada é em parte embutida e outra parte serve como armário.
Essa casa de férias se localiza na Bulgária, a tiny house foi projetada pela arquiteta Hristina Hristova.
Com apenas 9 metros quadrados, a casa possui somente dois cômodos, e foi pensada como uma casa de férias. Ou seja, ela foge um pouco do conceito por não ser uma habitação permanente. Mas não deixa de ser uma tiny house.
Ela possui um cômodo com uma pequena cozinha e um sofá-cama, e um banheiro. Como a casa e sobre rodas, eles a estacionam em lugares tranquilos e podem aproveitar a parte externa.
Essa casa de 25 m² foi projetada pelos arquitetos Alexandra Lima e Rodrigo Vargas Souza.
Construída na região rural da cidade de Florianópolis, essa tiny house é fixa. Ela possui estrutura em madeira e foi construída pelos próprios arquitetos, que também são os moradores da casa.
“Fui para a mata porque queria viver deliberadamente, enfrentar apenas os fatos essenciais da vida e ver se não poderia aprender o que ela tinha a ensinar, em vez de, vindo a morrer, descobrir que não tinha vivido”.- Alexandra Lima
As tiny houses
São uma ótima opção para quem procura um estilo de vida mais leve, flexível e está disposto ao desapego.
Se você gostou da ideia, pode começar em pequenos passos. Primeiro, se desapegando de tudo o que você não usa ou não precisa mais. Para que a transição seja tranquila, é possível primeiro se mudar para um local um pouco menor. E assim por diante até estar pronto para encarar uma tiny house.
Peça ajuda de um arquiteto para conferir as questões legais de sua tiny house. Assim como o método construtivo e as possibilidades de autossuficiência de recursos.
As nossas casas são um reflexo completo de nosso estilo de vida. Pessoas mais sustentáveis habitam casas mais sustentáveis.
Hoje, a tecnologia permite viver com conforto em casas pequenas. Assim, é possível ter uma vida confortável sem causar grandes impactos no planeta.
Aposto que tem sempre teve vontade de ter sua própria horta, mas possui várias dúvidas, não é mesmo?
Existem várias escolhas que você precisa fazer para tornar sua horta sustentável e que atenda suas necessidades.
A verdade é que uma horta sustentável pode ser montada em qualquer lugar. Na sua casa, em escolas, em praças e assim por diante.
Ela permite que você tenha alimentos frescos e saudáveis sempre disponíveis.
Hoje, diversas cidades já possuem hortas comunitárias. Em comunidades, as hortas unem os moradores e transformam espaços abandonados.
Ao contrário do que muitos imaginam, não é necessário ter um grande espaço para uma horta. Ela pode ser cultivada em pequenos canteiros e até em vasos dentro de casa.
Inclusive, existem sistemas de horta que nem precisam de terra.
Neste artigo vamos ensinar a ter uma horta sustentável onde você quiser.
Você vai aprender:
Os principais tipos de horta
Como começar: escolhendo o local adequado
Cuidados gerais
Sugestões de alimentos, hortaliças e temperos para cultivar
Dicas para organizar uma horta comunitária
Você precisará dar um pouco de cuidado e atenção diariamente para uma horta. Mas o cultivo de alimentos tem diversas vantagens.
1. Os principais tipos de horta
Canteiros no chão
Essas são as mais comuns. Você só precisa separar espaços para plantio em seu jardim.
Canteiros no chão. Fonte: Revista Casa e Jardim
Geralmente, esses canteiros ficam um pouco elevados da grama. Assim, você separa a grama do cultivo. Evitando que o gramado avance para o canteiro.
Para fazer essa elevação, você pode utilizar madeira, bambu, pedras e até restos de construção.
Canteiros elevados
Uma opção para hortas mais confortáveis são as hortas elevadas. Elas são ergonômicas porque você não precisa abaixar para manusear o canteiro. Ele fica na altura das mãos.
Exemplo de Horta elevada. Fonte: Jardim do Mundo
Hortas elevadas podem ser feitas tanto em áreas externas quanto internas. Em apartamentos, você irá precisar de vasos.
Horta em vasos
Uma horta sustentável também pode significar alguns alimentos plantados em vasos. Se você não tem um quintal, esses vasos podem ficar dentro de casa. Eles podem compor, inclusive, um jardim vertical.
Horta em vasos. Fonte: Casa Vogue
Jardins verticais são conformados por um conjunto de plantas na vertical. Geralmente, elas também cumprem função decorativa.
Já imaginou uma casa com decoração comestível? O potencial das plantas vai muito além de decorar a casa.
Aquaponia
Nesse sistema as plantas ficam diretamente na água. Ou seja, as plantas não vão ficar sujas com terra.
Sistema de Aquaponia. Fonte: SIRAN
Entretanto, você vai precisar de um sistema que renove a água periodicamente. Além disso, essa água precisa receber nutrientes específicos.
Uma boa ideia é utilizar água da chuva para esse fim. Já que essa água não é potável. Você pode integrar os dois sistemas e assim economizar água.
Hortas comunitárias
Hoje muitas comunidades estão se organizando para cultivar hortas comunitárias. Praças ou terrenos abandonados são ótimos locais para isso.
Horta comunitária em Sapucaia do Sul. Fonte: Jornal do comércio.
A ideia vai muito além de cultivar alimentos. As hortas comunitárias unem as comunidades. E podem transformar terrenos abandonados em locais bonitos. Inclusive, valorizando uma área ou um bairro.
2. Como começar – escolhendo o lugar adequado
Antes de montar os canteiros, é necessário escolher um bom local para plantar.
Geralmente as hortaliças precisam de bastante sol. Contudo, sol demais também pode ser prejudicial. De preferência, eles devem receber entre 6 a 8 horas de sol diariamente. O ideal é escolher um lugar onde as plantas recebem o sol da manhã.
O lugar perfeito para uma horta é voltado para o leste e sombreado na parte oeste.
Cuidado com o vento. Em excesso ele pode ressecar a terra e impedir o crescimento das plantas. Se o local disponível receber muito vento, crie barreiras. Elas podem ser arbustos, muros, etc.
Atente-se à disponibilidade de água. Se a sua horta é dentro de casa, você será responsável por regá-la sempre que necessário. Já em áreas externas, as regas precisam ser feitas em dias secos, sem chuva.
Portanto, confira se há alguma fonte de água disponível próximo de sua horta.
Pense em sua rotina de cultivo da horta, colheita e preparo dos alimentos. Da horta, o alimento vai direto para a cozinha, certo? Então, quanto mais próxima estiver a horta da cozinha, mais fácil.
3. Cuidados gerais de uma horta sustentável
Alguns cuidados são necessários para uma horta sustentável funcionar. Você precisa garantir que a terra esteja sempre úmida, mas com uma boa drenagem. Ou seja, não pode ficar muito alagada.
Cada planta pode precisar de cuidados diferentes. Algumas precisam de mais sombra, outras precisam de mais sol. Além disso, elas possuem épocas de plantio e colheita. Tenha isso em mente no momento de organizar seu canteiro.
Diferentes plantas podem ser cultivadas juntas no mesmo canteiro. Assim, a terra não se desgasta.
Para deixar a terra mais nutritiva, você pode adicionar compostos orgânicos.
Já ouviu falar em compostagem? Nós temos um artigo completo sobre o tema.
A compostagem gera um líquido preto chamado chorume. Esse líquido, misturado com água, é muito benéfico para as plantas. Assim você garante que elas tenham uma terra saudável e rica em nutrientes.
4. Sugestões de alimentos, hortaliças e temperos para cultivar
Aqui, trouxemos sugestões do que você pode plantar em sua horta sustentável.
Para hortas em apartamentos:
Salsa
Cebolinha
Hortelã
Alecrim
Tomate Cereja
Alface
Rúcula
Agrião
Couve
Morango
Gengibre
Se você tem um quintal ou espaços mais amplos, as opções aumentam. Além dos mencionados acima, você pode plantar:
Brócolis
Batata Doce
Cenoura
Pepino
Milho
Beterraba
Essas são algumas sugestões. Mas as possibilidades vão além disso. Escolha alimentos que você gosta de consumir. E então, pesquisem sobre época de plantio e cuidados necessários.
5. Dicas para hortas comunitárias
Para que uma horta em comunidade funcione, é necessária uma boa organização. Estabeleça pessoas e horários para cuidar do espaço.
Organize dias de colheita e a distribuição de alimentos. Assim, todos que contribuem na horta têm direito aos alimentos que são cultivados.
Observe se o terreno que for utilizado é público ou particular. Se for particular, peça autorização ao proprietário.
Preze pelo bom convívio entre a comunidade. Uma horta sustentável é um ótimo lugar de encontro e trocas de saberes.
Concluindo
Dependendo do lugar que você tem disponível, pode escolher entre os diferentes tipos de horta. Preste sempre atenção na incidência de sol nas plantas.
Não esqueça que as plantas são seres vivos, elas precisam de sol, água e nutrientes.
Uma horta sustentável é uma ótima fonte de alimentos frescos e saudáveis. Com alguns cuidados diários, você pode ter alimentos orgânicos em sua própria casa.
Existem inúmeras estratégias sustentáveis que podem ser adotadas em edifícios. Cada projeto considera as opções mais adequadas ao seu contexto.
Um telhado verde, sozinho, não garante que um edifício seja sustentável, por exemplo. É necessário um conjunto de técnicas que melhoram o desempenho do edifício e se complementam.
A sustentabilidade precisa considerar aspectos ambientais, sociais e econômicos. Por isso, é muito difícil criar critérios que avaliam a sustentabilidade.
Hoje, existem diversos parâmetros e certificações que atestam a eficiência de edifícios. Esses parâmetros consideram itens como:
Eficiência energética
Água
Carbono
Resíduos
Impactos sociais
Cada vez mais, percebe-se os benefícios dessas estratégias. Construções que otimizam recursos naturais são uma grande tendência e necessidade para o futuro.
Acompanhe neste artigo essas tendências, com os edifícios sustentáveis que se destacaram no ano de 2020.
A lista é feita pelo American Institute of Architecture Committee on the Environment. Ela traz edifícios localizados nos Estados Unidos.
Essa seleção é uma das mais importantes do segmento de arquitetura sustentável no mundo. Isso significa que os projetos abaixo são referências de construções sustentáveis do ano.
O instituto ressalta que os edifícios são responsáveis hoje, pela emissão de 40% das emissões de CO2 do planeta. Por este motivo, é urgente que eles sejam realmente sustentáveis.
Clicando em cada título, você pode saber mais sobre os projetos.
Projetada pelos arquitetos Flato e Shepley Bulfinch, a biblioteca foi planejado de acordo com o contexto do local.
As duas principais metas para esse edifício eram a iluminação otimizada e conservação de água para os edifícios da região.
Desta forma, ele possui um sistema de coleta de água da chuva com capacidade de 1500 litros. Uma parte dessa água é utilizada em um terraço jardim que atrai insetos polinizadores.
A biblioteca possui um átrio de seis andares que faz a função de iluminar seu interior com luz natural. Além disso, as varandas e mesas ao ar livre proporcionam o contato das pessoas com a natureza.
O projeto é certificado com LEED Platinum, classificação mais alta do programa.
Um projeto bem desafiador e diferente, foi projetado pelo escritório Richter Architects.
Consiste em um porto de entrada bastante movimentado no deserto de Chihuahuan, no México. Pedestres, veículos e mercadorias transitam pelo local diariamente.
Além de ser uma fronteira segura e eficiente, o local pretende transmitir as virtudes para quem chega no país. A arquitetura inspira, respeita, preserva os recursos naturais e valoriza diferentes culturas.
Para transmitir essa mensagem, estratégias sustentáveis estão atreladas ao design.
Os painéis fotovoltaicos no telhado acompanham as formas das montanhas. Os tijolos coloridos e o aço desgastado imitam os padrões da terra e da grama presentes na paisagem. O paisagismo conta a história da escassez e da colheita de água no deserto.
A sombra no exterior e a luz natural no interior do edifício aproveitam o sol da melhor maneira possível.
Em 2019, a pré escola foi adicionada a um Centro Ambiental que já existia no local. Ambos foram projetados pelo escritório LPA, Inc.
O Centro ambiental funcionava com o intuito de fornecer educação ambiental, na prática. A escola, então, foi adicionada para oferecer uma educação voltada para a natureza a crianças entre 2 e 5 anos.
“Ele apresenta às crianças a sustentabilidade responsável em uma idade jovem. É um lugar onde as pessoas vão querer enviar seus filhos. Ele faz todas as coisas certas – água, biofilia, resiliência e ótimas escolhas materiais.” – Comentário do júri
O projeto foi desenvolvido através de uma abordagem de design holística. Envolveu a equipe de arquitetos, engenheiros, paisagistas e designers de interiores da empresa.
Possui estratégias de ventilação natural e painéis fotovoltaicos na cobertura.
Esse projeto envolveu a reforma de um edifício antigo em Brooklyn, (Nova Yorque).
A reforma buscou manter a maior parte da estrutura já existente. Foi dada preferência a materiais locais e o edifício utiliza energia solar. Ele possui uma cobertura com jardins, que é um espaço de convívio para os funcionários.
O interior da empresa possui diversas estratégias biofílicas. Foram trazidos materiais e cores naturais para os ambientes comuns e de trabalho. A sede também possui diversas peças que foram produzidas artesanalmente na região.
A empresa tem uma filosofia que busca cuidar da saúde de seus funcionários.
Este projeto, assim como o anterior, foram projetados pelo escritório Gensler.
Este também é uma reforma de um edifício antigo. Muitos materiais foram preservados e o edifício foi adaptado para melhorar sua funcionalidade. A abordagem de design reflete os valores centrais da fundação de transparência, colaboração, inclusão e capacitação.
Muitos espaços foram abertos ao público, e as janelas proporcionam transparência para o exterior.
A água da chuva é coletada e utilizada para regar os jardins e para resfriamento interno. Estratégias de eficiência energética foram adotadas, responsáveis por uma economia de energia de 35%.
Projeto de Leers Weinzapfel Associates abriga departamentos da Universidade de Massachusetts.
O edifício promove a colaboração entre arquitetura, construção civil, paisagismo e planejamento regional. O seu design sustentável explora as tecnologias emergentes de construção com madeira.
Diversas estratégias de design passivo aumentam a eficiência energética. Dessa forma, reduz-se a energia utilizada e a energia incorporada em sua construção.
Este é maior edifício acadêmico de madeira laminada cruzada (CLT) dos Estados Unidos. Ele demonstra a sustentabilidade e beleza da madeira como material de construção renovável.
O prédio em si é tanto um ambiente de aprendizado quanto uma ferramenta de ensino. Demonstrando a simplicidade, o poder e a beleza da sustentabilidade.
O projeto consiste na restauração de um edifício histórico, pelos escritórios Farr Associates e Woodhouse Tinucci Architects.
O edifício foi integrado à comunidade de seu entorno, com novas entradas e caminhos. A fachada de vidro permite entrada de luz natural. Em simultâneo, possui uma tecnologia que evita que os pássaros esbarrem no vidro.
Um átrio central maior de quatro andares serve a várias funções.
O Keller Center é um laboratório de aprendizagem. Nele, estudantes de políticas podem testemunhar desafios e soluções do mundo real por meio do design.
Esse centro educacional foi projetado após o furacão Katrina e outras tempestades destruírem a estrutura antiga.
A estrutura é dividida entre diversas construções de pequena escala. Elas são elevadas, de forma a resistir a possíveis cheias do rio.
As instalações incluem salas de aula ao ar livre, laboratórios, escritórios administrativos, espaços de montagem, áreas de exposição e uma ponte suspensa para pedestres.
Os edifícios foram localizados na copa das árvores existentes. Permitem assim, que as árvores funcionassem como um amortecedor natural do vento. A equipe selecionou materiais de baixo impacto para a saúde dos ocupantes e para evitar a contaminação do oceano em caso de desastre natural.
O edifício foi projetado para abrigar moradores de rua e ex veteranos de guerra. Como muitos inquilinos possuem deficiências físicas, o local foi completamente adaptado.
The Six foi projetado considerando estratégias de iluminação e ventilação natural. Possui também painéis solares para captação de energia.
O design tira a ênfase de um layout recluso e isolado em favor de um espaço interativo voltado para a comunidade.
Upcycle significa reciclar um material sem comprometer sua qualidade.
O terceiro projeto dessa lista do escritório Gensler, é um espaço criativo para escritórios.
Antigo prédio de reciclagem, ele foi transformado em um espaço lúdico. Todos os elementos do local foram reaproveitados.
Ele atingiu o objetivo de contar a história dos materiais e ser um local atrativo para pessoas e escritórios. As claraboias permitem entrada de luz natural e um sistema de ventilação reduz a necessidade de climatização.
Concluindo
Esses projetos mostram como a sustentabilidade depende de cada contexto. Assim como das soluções presentes no local.
Cada projeto, de sua maneira, transformou estratégias sustentáveis em edifícios completos. Sempre levando diversos fatores em consideração, como preservação, vida em sociedade, eficiência energética, saúde e assim por diante.
Porque a biomimética é o futuro do design sustentável
A demanda por soluções de design sustentável nunca foi tão alta, pois o mundo continua a enfrentar os desafios das mudanças climáticas, esgotamento de recursos e urbanização.
A biomimética, a abordagem inovadora de imitar as estratégias da natureza para resolver problemas humanos complexos, oferece muitas oportunidades para arquitetos, designers de interiores e empresas de construção se manterem à frente do mercado.
Este guia abrangente investiga o fascinante mundo da biomimética para o design sustentável, respondendo às perguntas mais frequentes e fornecendo informações práticas para profissionais da indústria.
“Quando olhamos para o que é verdadeiramente sustentável, o único modelo real que funcionou por longos períodos de tempo é o mundo natural.” – Janine Benyus
O que é a biomimética?
“Bio”, significa vida, e “mimética” significa imitar. A biomimética consiste basicamente em buscar soluções inspirando-se na natureza.
Você já percebeu que tudo o que você possui, desde suas roupas até aparelhos eletrônicos, foi projetado por alguém?
Hoje, para que um produto chegue a uma boa solução de design, ele vai sendo aprimorado de acordo com feedbacks. Ou seja, um design inteligente muitas vezes é fruto de uma sequência de versões que não deram tão certo.
Por isso que as versões novas dos produtos vem com melhorias baseadas nas reclamações da versão anterior.
É na busca por um design inteligente que a natureza aparece. Afinal, ela nada mais é que um sistema formado por anos de evolução e ciclos de feedback.
A biomimética é uma das principais tendências de design dos próximos anos. Afinal, ela busca entender mecanismos da natureza para aplicar na tecnologia.
Essa ferramenta parte da teoria de que todas as soluções já existem, nós só precisamos aprender a observar e ouvir.
Neste artigo vamos mostrar quais são as vantagens da biomimética e analisar alguns exemplos de sucesso. Além disso, trouxemos dicas de como parar para observar e aprender com a natureza.
Onde a biomimética pode ser aplicada?
O biomimetismo busca ir além da forma e entender a função dos elementos naturais. Essa função pode ser uma estratégia, um sistema ou uma estrutura.
Podemos aplicá-lo para resolver praticamente qualquer problema ao observar:
Como os animais se protegem;
Como é a vida em comunidade;
Que meios a natureza utiliza para se comunicar;
Quais são as estratégias de sobrevivência;
Como os materiais se regeneram
Como as plantas colaboram umas com as outras
E assim por diante…
A natureza é complexa, assim como a sociedade. Portanto, é possível dizer que a biomimética pode ser aplicada:
Na arquitetura
Na engenharia
No design de produto
Na administração de empresas
No urbanismo
Na psicologia
E praticamente em qualquer área que envolva a resolução de problemas.
Como ela pode ser aplicada ao design sustentável?
A biomimética é um campo interdisciplinar que envolve o estudo e a emulação de designs, processos e ecossistemas eficientes da natureza para criar soluções sustentáveis para os desafios humanos. Ao aproveitar a sabedoria de 3,8 bilhões de anos de evolução, arquitetos, designers de interiores e empresas de construção podem se inspirar no mundo natural para desenvolver inovações revolucionárias em design sustentável.
Exemplos de biomimética na tecnologia:
Solução para o problema das fachadas espelhadas que enganam os pássaros.
A moda dos prédios espelhados causou um grave problema ambiental nas cidades. Essas fachadas provocam ilusões de ótica nos pássaros. Eles não conseguem visualizar o vidro, que para eles reflete o céu, e acabam esbarrando.
A primeira alternativa foi colar desenhos de pássaros nos vidros. Porém, isso acabava prejudicando a estética das fachadas.
Ao observar o comportamento de pássaros na natureza, cientistas perceberam que eles desviavam das teias de aranha. Contudo, as teias de aranha também são praticamente transparentes.
Analisando as características de uma teia de aranha, percebeu-se que elas refletiam raios ultravioletas. Os pássaros eram capazes de enxergar esses reflexos e, então, desviavam da teia.
A solução encontrada foi desenvolver uma película de vidros que reflete raios ultravioletas. Com essa película, evita-se que os pássaros esbarrem em edifícios com fachadas espelhadas.
Utilização de fungos para otimizar conexões de transporte subterrâneo e aéreo.
Um estudo feito pela universidade de Hokkaido com outras universidades do Japão e do Reino Unido observou que o crescimento de um fungo era semelhante ao caminho ferroviário de Tóquio.
Os pesquisadores colocaram flocos de aveia em uma superfície molhada, nos locais que correspondiam às cidades vizinhas de Tóquio. Em seguida, permitiram que o fungo crescesse a partir do centro.
Como é possível ver na imagem abaixo, o organismo se espalhou de uma forma eficiente, criando conexões entre as cidades. Essa trama apresentou-se como uma solução otimizada e de baixo custo para o transporte ferroviário da região.
Imagem: Science/AAAS
Os cientistas afirmaram que “alguns organismos crescem sob a forma de uma rede interligada como parte de sua estratégia normal de descobrir e explorar novas fontes de alimento”.
Essa estratégia dos fungos mostrou-se eficiente também para a definição de rotas aéreas.
Textura que evita a proliferação de bactérias.
Você sabia que, embora a água do mar esteja repleta de microorganismos, a pele dos tubarões está sempre limpa?
Isso acontece porque a pele do tubarão possui uma textura que impede que bactérias se comuniquem. Deste modo, elas não se reproduzem.
A partir da observação desse fenômeno, pesquisadores criaram uma textura que inibe o crescimento de bactérias. A Sharklet se tornou uma ótima opção para substituir o uso excessivo de produtos químicos em hospitais, por exemplo.
Os produtos de limpeza são prejudiciais porque liberam compostos orgânicos voláteis. Esses compostos prejudicam a saúde. Em hospitais a tecnologia dessa nova textura foi muito eficaz. Já que ela simplesmente impede que as bactérias se reproduzam.
Vantagens competitivas
Quais seriam então, as vantagens competitivas ao apostar na biomimética?
1. Projetos sustentáveis.
A biomimética garante que a solução encontrada seja uma solução sustentável. Afinal, a natureza é a própria sustentabilidade.
Cada vez mais, empresas que adotam estratégias sustentáveis têm vantagens competitivas no mercado. Além disso, elas apostam na coexistência harmônica das pessoas com o meio natural.
2. Por que os profissionais da indústria da construção devem adotar a biomimética em seus projetos?
Sustentabilidade aprimorada: A biomimética incentiva o uso de materiais ecológicos, sistemas energeticamente eficientes e princípios de design circular, reduzindo significativamente o impacto ambiental dos edifícios.
Performance melhorada: As estratégias testadas pelo tempo da natureza foram otimizadas ao longo de milhões de anos de evolução, resultando em projetos altamente eficientes que aprimoram o desempenho de um edifício.
Estética única: Os projetos baseados em biomimética oferecem uma abordagem distinta e visualmente atraente, fazendo com que um projeto se destaque.
À prova de futuro: À medida que os regulamentos e as preferências do consumidor mudam para a sustentabilidade, a adoção da biomimética manterá os profissionais à frente.
Vantagem competitiva: A implementação da biomimética em projetos de design pode dar às empresas uma vantagem competitiva à medida que os clientes buscam soluções sustentáveis.
3. Como a biomimética pode ser incorporada em vários estágios do processo de design?
Conceitualização: Estude as estratégias da natureza para se inspirar e identifique os princípios relevantes que podem ser aplicados ao seu projeto.
Seleção de materiais:Escolha materiais sustentáveis, recicláveis e inspirados em processos naturais, como polímeros biodegradáveis ou compostos de base biológica.
Desenvolvimento de design:Integre princípios de biomimética na forma, estrutura e sistemas do edifício para otimizar o desempenho e minimizar o impacto ambiental.
Técnicas de construção: Implemente métodos de construção inovadores inspirados na natureza, como impressão 3D ou montagem modular, para reduzir o desperdício e melhorar a eficiência.
Avaliação pós-ocupação: Monitore o desempenho de seu design inspirado em biomimética e refine projetos futuros com base nas lições aprendidas com a natureza.
4. Quais são alguns exemplos de biomimética aplicada ao design sustentável?
Eastgate Centre, Harare, Zimbábue: Inspirado por cupinzeiros, o Eastgate Center utiliza resfriamento passivo e ventilação natural para manter uma temperatura interna confortável, reduzindo significativamente o consumo de energia.
Velcro:O engenheiro suíço George de Mestral desenvolveu o velcro depois de observar como as sementes de bardana aderiam à sua roupa. O sistema de fixação de velcro agora é usado em várias aplicações, incluindo materiais de construção sustentáveis.
The Eden Project, Cornwall, Reino Unido:Imitando as estruturas hexagonais encontradas em favos de mel e radiolários, as cúpulas geodésicas do Eden Project fornecem um espaço com eficiência energética e visualmente impressionante para exibir a maior coleção de plantas do mundo.
Edifício Lotus, Wujin, China:Inspirando-se na flor de lótus, este edifício inovador incorpora um sistema de gerenciamento de energia altamente eficiente e otimiza a luz natural, demonstrando o poder da biomimética na criação de uma arquitetura visualmente deslumbrante e sustentável.
5. Principais estratégias para projetos bonitos e sustentáveis:
Arquitetos, designers de interiores e empresas de construção podem aplicar várias estratégias de biomimética para criar projetos visualmente impressionantes e sustentáveis. Essas estratégias, inspiradas na natureza, podem melhorar a estética, melhorar o desempenho da construção e contribuir para um ambiente construído mais sustentável.
Aqui, exploramos algumas das principais estratégias de biomimética que os profissionais podem adotar para criar projetos bonitos e sustentáveis:
Recurso de biomimética nº 1: forma e estrutura
A natureza fornece inúmeros exemplos de formas e estruturas eficientes e visualmente atraentes. Os profissionais podem estudar e imitar esses padrões para otimizar a estabilidade estrutural, a eficiência energética e a estética de seus projetos.
Os exemplos incluem o padrão de favo de mel hexagonal para estruturas leves e fortes, as formas aerodinâmicas de asas de pássaros e corpos de peixes para melhorar o fluxo de ar e a sequência de Fibonacci encontrada em vários padrões naturais, como pinhas e girassóis, para criar designs visualmente harmoniosos.
Recurso de biomimética nº 2: seleção e uso de materiais
A natureza oferece uma riqueza de materiais e processos sustentáveis que podem ser aproveitados para projetos de construção ecológica. Os designers podem minimizar o impacto ambiental de seus projetos escolhendo materiais renováveis, biodegradáveis ou recicláveis.
Os exemplos incluem o uso de compósitos de base biológica, como bambu ou cânhamo, para componentes estruturais e isolamento ou a incorporação de materiais à base de micélio como uma alternativa sustentável aos materiais de construção tradicionais, como concreto e plástico.
Recurso de biomimética nº 3: eficiência energética e de recursos
A biomimética pode inspirar estratégias inovadoras para otimizar a eficiência energética e de recursos em projetos de construção. Os designers podem desenvolver sistemas sustentáveis de aquecimento, resfriamento, iluminação e gerenciamento de água observando como plantas, animais e ecossistemas gerenciam energia e recursos com eficiência.
Os exemplos incluem o design solar passivo inspirado nos movimentos heliotrópicos dos girassóis ou os sistemas eficientes de coleta de água inspirados nas técnicas de coleta de água do besouro do deserto do Namibe.
Recurso de biomimética nº 4: design biofílico
O design biofílico visa criar uma forte conexão entre a natureza e o ambiente construído, incorporando elementos, materiais e padrões naturais. Pesquisas mostram que o design biofílico pode melhorar o bem-estar, a produtividade e a satisfação geral dos ocupantes.
As estratégias de design biofílico incluem o uso de materiais naturais como madeira e pedra, incorporando paredes vivas e telhados verdes, ou integrando fontes de água e luz natural.
Recurso de biomimética nº 5: resiliência e adaptabilidade
A capacidade da natureza de se adaptar e responder às mudanças nas condições oferece informações valiosas para projetar edifícios resilientes e adaptáveis. Ao estudar as estratégias da natureza, os profissionais podem criar estruturas que resistam e se adaptem a vários estressores ambientais, como eventos climáticos extremos, terremotos ou aumento do nível do mar.
Os exemplos incluem sistemas estruturais flexíveis inspirados no balanço das florestas de bambu ou sistemas dinâmicos de fachada que se adaptam às mudanças nas condições de luz e temperatura, semelhantes a como as pinhas abrem e fecham em resposta à umidade.
Ao incorporar essas principais estratégias de biomimética em seus projetos, arquitetos, designers de interiores e construtoras podem criar designs bonitos e sustentáveis que se misturam harmoniosamente com o mundo natural.
A integração dessas estratégias pode levar a um melhor desempenho do edifício, maior bem-estar dos ocupantes e uma pegada ambiental reduzida, contribuindo para um futuro mais brilhante e verde para todos.
6. Inovação
O processo de observação da natureza vai depender da solução que se busca e da pessoa que está observando.
Considerando que a natureza possui milhões de espécies, sistemas e estratégias, a biomimética leva sempre a uma solução original.
A pergunta será sempre a mesma: O que a natureza faria nessa situação?
Mas essa pergunta leva a infinitas soluções. Inclusive, várias respostas para o mesmo problema. Ou seja, biomimética é inovação.
7. Vantagens financeiras
Muitas vezes a degradação ambiental se apresenta como um caminho mais rápido e fácil para uma empresa. Contudo, existem cada dia mais multas e penalizações para empesas sem responsabilidade ambiental.
Procurar soluções na biomimética garante que a sua empresa tenha uma visão sistêmica. A longo prazo, essa visão vai trazer vantagens econômicas e permitir que você direcione melhor seus recursos financeiros.
Dicas para encontrar soluções na natureza:
Você pode estar se perguntando agora como fazer para encontrar essas soluções.
O primeiro passo é saber qual a pergunta que você quer responder. Com a pergunta em mente, envolva mais a natureza em suas atividades cotidianas.
A rotina dentro de grandes cidades muitas vezes afasta as pessoas da convivência com o meio natural. Por vezes, trabalhamos o dia inteiro sem nem perceber como está o clima do lado de fora.
Tente inserir alguns passeios pela natureza na sua semana. Gradualmente, vá observando e tentando entender como as coisas funcionam e o porquê de elas serem assim.
Por exemplo: por que uma semente é redonda?
Para que ela role pelo chão e não brote ao lado de uma espécie igual à dela.
Repare em padrões que se repetem, texturas, organização, funções e formatos. Tire-os do contexto e aplique em outras áreas.
Faça perguntas e busque pelas respostas. Peça ajuda de um biólogo se for necessário. Parcerias entre diferentes áreas de conhecimento são muito ricas e permitem novas descobertas.
Concluindo
A Biomimética é a busca por soluções em um sistema que é fruto de muitos anos de evolução: a natureza. Ela se regenera e utiliza recursos de maneira estratégica.
Não existe modelo mais eficiente de reciclagem que uma planta que morre e serve de adubo para que outra planta cresça em seu lugar.
“O mundo é projetado e, no entanto, o mundo nos projeta. Estamos presos em um ciclo de feedback dinâmico entre o que criamos como espécie e as maneiras pelas quais nossos artefatos criados nos tornam uma espécie.” – Leyla Acaroglu (UNEP).
Afinal, nós como seres humanos também somos uma espécie que faz parte da natureza.
Se necessitar dos nossos serviços na língua inglesa, clique aqui.
Mofo: aprenda de uma vez por todas a evitar esse problema
O mofo é um problema comum e que deixa muitas pessoas com dor de cabeça. Muitas vezes, por mais que o local seja limpo com frequência, o mofo continua aparecendo.
No inverno ele pode se agravar. Já que em dias frios deixamos a casa mais fechada.
O aparecimento de mofo pode estar relacionado a várias causas. Dependendo do caso, é um problema realmente difícil de resolver.
Além disso, o mofo pode causar doenças. Entre elas estão a rinite, sinusite e asma.
Portanto, por mais que este seja um problema comum, ele precisa ser solucionado. Viver em um local com mofo traz consequências que vão além do mau cheiro.
Mas não se preocupe, há solução para tudo. Neste artigo você vai aprender como acabar de vez com o mofo.
Você verá a seguir:
O que é mofo
O que pode causar o mofo
Atitudes que não funcionam para acabar com o mofo
Melhores dicas para acabar com o mofo
Independente do tipo de mofo que há na sua casa. Leia este artigo até o fim para não ter mais esse problema.
Antes de tomar qualquer atitude, vamos aprender sobre o que é, afinal, o mofo.
1. O que é mofo
O mofo é um tipo de fungo que vive em regiões escuras e úmidas. Para que ele sobreviva e se reproduza, ele precisa de umidade, oxigênio e nutrientes.
Ou seja, ele pode aparecer tanto em paredes, como em alimentos e móveis. Existem mais de mil espécies de fungos que causam mofo. Geralmente, é preciso identificar a espécie. Dessa forma, pode-se definir quais produtos utilizar no tratamento e prevenção.
E por que o mofo faz mal para a saúde?
Para se reproduzir, esse fungo joga esporos no ambiente. Ao respirar esses esporos, pessoas com predisposição à alergia irão desenvolver anticorpos. Ou seja, o corpo vai tentar se defender desses microorganismos. É aí que aparecem os sintomas como coriza e espirros.
Você sabia que o mofo pode causar dor de cabeça e até insônia?
Existem alguns tipos de mofo que são tóxicos. Eles liberam vapores tóxicos voláteis que podem causar inflamações crônicas. Em pessoas vulneráveis podem surgir diversos sintomas, como:
Dor de cabeça
Insônia
Fadiga
Sensibilidade à luz
Falta de concentração
Variação de humor
E muitos outros.
Antes de querer combater o problema do mofo, é importante saber a causa. Assim, você terá certeza que o problema não irá voltar.
2. O que pode causar mofo
Como você já leu aqui, o mofo aparece em locais com umidade. A umidade, porém, pode surgir de diferentes formas.
Umidade por capilaridade
É quando a umidade surge na parte inferior da parede. Nesses casos, ela vem do solo e vai subindo. Geralmente a tinta da parede acaba descascando, como na figura abaixo:
Exemplo de parede com umidade por capilaridade. (Fonte: fibersals.com.br)
Nesses casos, o problema está na falta de impermeabilização da fundação da casa. Sem resolver essa causa, a parede irá continuar absorvendo umidade.
Não adianta passar tinta anti mofo ou limpar a parede com frequência. Nessas situações o certo é impermeabilizar a fundação.
Infiltrações.
A falta de impermeabilização em coberturas faz com que a água da chuva penetre na estrutura da construção. Dessa forma, ela acaba descendo pela parede ou pela laje. E assim deixa os ambientes internos mais úmidos.
Em lajes expostas, é importante sempre deixar uma leve inclinação para que a água não fique empoçada.
Vazamentos
Vazamentos em canalização também podem fazer com que a água infiltre nas paredes. Essa infiltração pode demorar para ser percebida, mas ela irá deixar o ambiente mais úmido.
Falta de sol.
Hoje, com o aumento da densidade das cidades, edifícios acabam sendo construídos muito próximos uns aos outros. Isso acaba diminuindo a quantidade de sol nas fachadas.
Fachadas que não pegam sol tendem a desenvolver mais umidade. Portanto, elas devem receber uma atenção especial na questão de impermeabilização.
Ou seja, é necessário tomar cuidados desde a concepção do projeto arquitetônico. Depois disso, garantir que a execução da obra seja bem feita.
Se a sua casa já foi construída e apresenta mofo, confira primeiro o que não deve ser feito.
3. Atitudes que não funcionam para acabar com o mofo
Muitas pessoas tentam acabar com o mofo limpando e pintando as superfícies onde ele está. Geralmente isso não resolve a raiz do problema.
O fungo penetra nas superfícies de maneira mais profunda do que uma pessoa consegue limpar. Isso significa que, se você limpa o mofo com produtos líquidos, pode até estar agravando o problema, deixando a parede mais úmida.
Não limpe o mofo com pano úmido, e sim com um pano seco. Sempre tomando cuidado para não respirar a poeira que é liberada.
Da mesma forma, ao pintar a parede, você estará somente disfarçando o problema. Os fungos continuarão na estrutura. Em breve, as manchas e o mau cheiro irão aparecer novamente.
Quando o mofo aparece nos móveis, muitas pessoas simplesmente compram móveis novos. Contudo, muitas vezes o móvel adquire mofo por estar encostado em uma parede úmida.
Não adianta trocar os móveis sem tratar a umidade dessa parede.
4. Melhores dicas para acabar com o mofo
Se o mofo em sua casa é algo pouco frequente, existem algumas dicas para evitá-lo:
Deixe o sol entrar. Ele é um grande aliado na prevenção de fungos em geral.
Se o ambiente em questão não pega sol, preste atenção redobrada na próxima dica.
Ventilar e arejar a casa.
Mesmo em estações frias, é muito importante manter a casa sempre bem ventilada e arejada. Aproveite para abrir a casa em dias de sol, quando o ar está mais seco.
Manter janelas de banheiros abertas.
O banheiro é um dos locais mais úmidos da casa. Principalmente por conta do vapor dos banhos quentes. Portanto, ele merece uma atenção especial. Mantenha as janelas abertas sempre que possível.
Se sua casa for muito úmida, evite que o vapor do banheiro saia para dentro de casa. Nesses casos tente manter a porta fechada depois do banho.
Limpezas frequentes
Quanto maior a frequência que um ambiente for limpo, menores as chances de ele apresentar mofo.
Não deixar manutenção para depois
Mantenha a manutenção da sua casa em dia. Sempre que houver problemas de infiltração ou vazamentos, rapidamente chame um técnico.
Abrir armários
Deixar os armários abertos esporadicamente ajuda a renovar o ar dentro deles.
Afastar móveis das paredes.
Como foi visto antes, às vezes a umidade vem da parede. Nesse caso, afaste um pouco os móveis para proporcionar circulação de ar.
Aposte em desumidificadores de ambiente
Existem vários produtos que cumprem a função de desumidificar o ambiente. Caso prefira algo mais natural, o sal grosso ou giz de quadro podem ajudar a absorver a umidade do ar.
Adeus, mofo
Com as dicas que você leu, sua casa estará livre de mofo em breve. Lembre-se que o que causa esse problema é umidade. Em muitos casos é preciso resolver o que está causando umidade em sua casa.
Se o seu problema for somente esporádico, preste mais atenção na ventilação e iluminação para resolver o problema.
O mofo é um problema bastante sério e que precisa ser tratado. Ele afeta diretamente sua saúde. Uma casa sustentável deve ser, além de tudo, uma casa saudável para seus moradores.
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