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Inovando na Arquitetura: Conheça o Tijolo de Vidro

Os tijolos de vidro são novamente uma tendência na arquitetura.

Como assim, tijolos de vidro?

Se você não sabe de que se trata um tijolo de vidro, siga acompanhando este artigo.

Tijolo de Vidro

O tijolo de vidro não é uma novidade na arquitetura. Eles já são utilizados há mais de 100 anos.

O produto foi patenteado em 1907. A ideia surgiu a partir da utilização de prismas em coberturas. Na época, esses elementos de vidro eram utilizados para iluminar espaços subterrâneos.

O tijolo de vidro surgiu como uma alternativa mais fácil para esses prismas. Na época, o vidro era um grande símbolo do futuro.

Contudo, ele se tornou acessível e se disseminou na arquitetura somente entre 1930 e 1940. Nesta época houve um verdadeiro “estouro” dos tijolos de vidro em construções. Ele foi inclusive utilizado em algumas obras de Oscar Niemeyer.

Logo depois o elemento se tornou ultrapassado.

Porém, as tendências são cíclicas. Muitas vezes nos deparamos com modas que se repetem depois de anos em desuso.

Foi o caso do tijolo de vidro.

Hoje, ele voltou a ser muito usado na arquitetura. Suas características técnicas fazem dele um elemento construtivo muito vantajoso. Além de permitir a entrada de luz natural, ele garante privacidade.

Siga neste artigo para aprender mais sobre o tijolo de vidro. Você vai ler sobre:

  • O que é um tijolo de vidro
  • As diferentes categorias de tijolo de vidro
  • Vantagens do tijolo de vidro
  • Alguns cuidados
  • Como o tijolo de vidro pode ser usado na arquitetura

1. O que é um tijolo de vidro

O tijolo de vidro é um elemento construtivo. Ele se comporta quase como um tijolo. Pode formar paredes que separam dois ambientes internos ou a área externa da área interna.

A construção de uma parede é semelhante ao método da alvenaria. É necessária uma argamassa específica, espaçadores, cimento e também um reforço em aço.

Ao contrário do que alguns pensam, o tijolo de vidro é um material muito resistente. Mesmo sendo feita a partir do vidro.

Isso porque ele possui uma espessura de 5 a 12 centímetros. Além disso, é formado por duas peças de vidro que são fundidas entre si, criando uma camada de ar entre elas. Ou seja, o tijolo de vidro possui uma camada de ar em seu interior.

A sustentabilidade do tijolo de vidro não está relacionada somente aos benefícios biofílicos. Mas também está presente em sua composição.

Esse material é composto a partir de restos de vidro, sílica, carbonato de sódio e cálcio.

E, dependendo do modelo, pode receber alguns elementos adicionais.

2. As diferentes categorias de tijolo de vidro

A fabricação dos tijolos de vidro permite variação de cores e texturas.

Eles podem ter acabamento liso, ondulado, ou texturizado. Podem ser incolores ou coloridos. Existem versões metalizadas, translúcidas o jateadas.

Todas essas características, somadas às variações de cor, podem oferecer efeitos muito interessantes de luz e sombra.

tijolo de vidro

Eles podem ser blocos totalmente fechados, ou blocos vazados. Os blocos vazados permitem a passagem de ventilação no ambiente, além da luz.

Independentemente do acabamento, todos oferecem privacidade. Mesmo nos tijolos mais lisos, não é possível enxergar com detalhes o que está do outro lado, somente silhuetas.

Além disso, a iluminação que passa pelo tijolo se torna difusa, nunca uma luz direta.

3. Vantagens do tijolo de vidro

As principais vantagens estão ligadas à sua propriedade translúcida.

Isso permite que ele seja utilizado como uma divisória de ambientes que permite a passagem de luz. Ou seja, você pode substituir uma parede com grandes janelas por uma parede de tijolo de vidro. E assim garantir sua privacidade.

Além disso, o vidro é um material muito fácil de limpar. Ele não acumula sujeira e é resistente à poeira, maresia, poluição e produtos de limpeza.

Se bem executado, sua durabilidade é muito longa.

O ar presente em seu interior, faz com que ele seja um ótimo isolante térmico e acústico. Afinal, ele reduz a propagação de ondas sonoras e barra a passagem de calor por condução ou convecção.

4. Alguns cuidados

Antes de mostrar exemplos de como ele é usado na arquitetura, é importante destacar alguns detalhes.

O tijolo de vidro não possui função estrutural, ele é somente um elemento de vedação. Ou seja, não é resistente e não pode servir como apoio para outros elementos construtivos.

Em uma linguagem mais fácil, não coloque nada muito pesado apoiado em uma parede de tijolos de vidro.

Existe uma norma internacional que discorre sobre os tipos de tijolos de vidro, a ISO TC 106/SG1. Essa norma garante que o processo de fabricação seja realizado seguindo padrões de qualidade.

A espessura de um tijolo de vidro pode variar de 5 a 12 centímetros. Portanto, é necessário cuidar no alinhamento ao combina-lo com alvenaria convencional.

Se a parede de tijolos de vidro não estiver entre paredes de alvenaria, é necessário cuidar com as quinas. Geralmente, são utilizados acabamentos como granito, mármore, madeira, ou a própria argamassa.

5. Como o tijolo de vidro pode ser usado na arquitetura

  • Em Fachadas

Tijolo de vidro

Quando utilizado em fachadas, ele permite iluminar o interior de uma construção. Mantendo a privacidade pela vista de fora.

  • Divisórias internas

Sabe aquela sala ou banheiro mal iluminado? Uma divisória com tijolos de vidro pode resolver esse problema. Dessa maneira, ele transmite a luz de um ambiente para o outro, sem a necessidade de integrá-los.

  • Sensações e experiência na arquitetura comercial

O jogo de luz, sombras e cores que o ele oferece pode ser um aliado da arquitetura comercial. Afinal, está sempre em busca de chamar atenção das pessoas através de experiências inusitadas.

Conclusão

O tijolo de vidro é um elemento de grande potencial. Se bem explorado, traz inúmeras vantagens para a arquitetura e o bem-estar dos espaços.

Como as tendências são variáveis, nada impede que ele logo saia de moda novamente. Por esse motivo, deve-se garantir que o material seja utilizado com um propósito funcional. E não somente por estar na moda.

Fonte das Imagens: Archdaily

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Educação

Águas Pluviais: Importância e Aproveitamento

Ao contrário do que muitos pensam, águas pluviais não são consideradas esgoto. Os sistemas de esgoto e de águas pluviais funcionam de maneira separada.

Em geral, as cidades possuem sistemas que garantem serviços básicos à população. Entre eles, estão os sistemas de distribuição de água, energia elétrica, sistema viário, tratamento de esgoto e drenagem urbana.

A drenagem é a responsável pelo recolhimento da água da chuva, as águas pluviais.

Esse sistema é muito importante, visto que as cidades estão cada dia mais impermeáveis.

Ou seja, águas pluviais são as águas da chuva. Estas, ao não serem absorvidas pelo solo, precisam de um sistema que as direciona aos rios e córregos mais próximos.

Existem diversos problemas que envolvem a falta de drenagem urbana.

Neste artigo, iremos mostrar esses problemas e apresentar algumas soluções.

Você irá aprender:

  • Como é o ciclo da água no planeta
  • Como funciona um sistema de águas pluviais
  • Problemas gerados pelo mau gerenciamento de águas pluviais
  • Algumas alternativas para as cidades

Para entender a importância de um bom sistema de drenagem, é necessário compreender os ciclos da água.

1. Como é o ciclo da água no planeta

Você sabia que a floresta amazônica é uma das principais fontes de chuva do Brasil?

As árvores, através da transpiração, liberam vapor para a atmosfera. Vapor é a água em seu estado gasoso. Assim como acontece na evaporação das águas de rios e mares, esses vapores formam as nuvens.

Quando essas nuvens se chocam com massas de ar frias, o vapor se transforma em água no estado líquido, causando chuva.

Em florestas ou regiões rurais, a água da chuva é absorvida pelo solo e chega em lençóis freáticos e rios. A partir desse ponto, o ciclo se repete, com a evaporação e transpiração dessa água formando nuvens.

Contudo, nesse ciclo contamos com a perfeita absorção da água pelo solo. Infelizmente, isso não acontece em grandes cidades.

2. Como funciona um sistema de águas pluviais

Imagine o seguinte trajeto:

  • A água da chuva cai no telhado de uma casa
  • É recolhida através das calhas
  • Um cano leva a água da calha até a canalização pública
  • O sistema público leva essa água até rios e córregos através de uma canalização subterrânea.

Esse é um sistema de águas pluviais. Teoricamente, todas as construções deveriam estar conectadas a essa canalização. Teoricamente também, todas as cidades deveriam possuir essa infraestrutura.

Mas, porque não deixar a água ser absorvida pelo solo?

Em cidades, boa parte do solo está coberto por asfalto e concreto. Embora eles não sejam completamente impermeáveis, sua absorção da água se dá de maneira mais lenta.

Ou seja, quando a cidade não possui sistema de drenagem, a água demora muito mais tempo para ser absorvida. Em períodos de chuvas intensas, isso podendo causar alagamentos.

Dessa forma, a solução é aumentar as áreas verdes da cidade, aliadas a um bom sistema de drenagem. Deve-se tomar muito cuidado no dimensionamento do sistema. Procurando sempre alinhar o crescimento das cidades com a manutenção de sua drenagem.

Além, de alagamentos, existem outros problemas relacionados ao recolhimento de águas pluviais.

3. Problemas gerados pelo mau gerenciamento de águas pluviais

Esses problemas não são necessariamente gerados apenas pelo sistema de drenagem. Muitos deles são um conjunto de problemas urbanos que, somados, acabam se agravando.

Enchentes

Como já foi comentado acima, esse é o primeiro problema a ser considerado na questão de águas pluviais.

As enchentes podem ser causadas pelo simples fato de uma cidade estar localizada próxima de um rio.

Outras vezes, as enchentes, e até mesmo enxurradas, são causadas ou agravadas por falhas de drenagem. Essas falhas podem ser:

  • Ausência de canalização de águas pluviais
  • Sobrecarga do sistema
  • Bloqueio de bueiros por resíduos urbanos
  • Construções irregulares
  • Falta de parques urbanos e áreas permeáveis na cidade

Tudo isso impede que a água seja escoada rapidamente. Então, ela se acumula na superfície até ser absorvida.

Poluição de rios

Um problema muito comum e também muito grave é a junção dos sistemas de água e esgoto. Ou até mesmo, a falta de ambos.

Nesse último caso, tanto a drenagem quanto o esgoto são absorvidos por pequenos córregos. Ou ainda, por onde a água encontrar um caminho de escoamento.

Isso, aliado às chuvas muito fortes, pode gerar uma corrente de água que causa estragos.

Além disso, é importante lembrar que esgoto precisa passar por um tratamento. Caso contrário, causa graves problemas ambientais.

O lixo jogado na rua também é um problema grave nesse aspecto. Muitas vezes, o excesso de lixo acaba obstruindo a passagem de água e bloqueando boeiros. Isso atrapalha o sistema de drenagem e também pode agravar alagamentos. Além disso, esses resíduos terão uma destinação inadequada, poluindo a natureza e a cidade.

4. Algumas alternativas para as cidades

Com esses problemas em vista, fica clara a importância de sistemas de esgoto e drenagem urbana.

Mesmo com esses sistemas, algumas cidades enfrentam problemas com enchentes e alagamentos.

Existem algumas alternativas a esses problemas, que visam criar maneiras de a água ser absorvida pelo solo.

Parques alagáveis


Parque alagável em Jinhua, na China. Foto: G1.

São parques localizados na beira de rios. Sua estrutura já conta com a possibilidade de alagamentos. Portanto, ele é dimensionado para suportar a água de alagamentos. Dessa forma, evita que a inundação chegue na cidade.

Geralmente, esses parques apresentam passarelas elevadas. Elas que permitem a circulação de pessoas mesmo em períodos de cheia.

Jardins de chuva

águas pluviais
Jardim de chuva em São Paulo.

São jardins que ficam abaixo do nível do terreno, e por esse motivo, absorvem os fluxos de água superficiais.

Por serem mais baixos, podem formar pequenos lagos que armazenam a água até que ela seja completamente absorvida pelo solo.

Biovaletas

águas pluviais

As biovaletas são depressões lineares que absorvem a água da chuva. Essa água pode ser encaminhada ao sistema urbano de drenagem ou a jardins de chuva, por exemplo.

Esses elementos processam uma limpeza da água da chuva e, em simultâneo, aumentam seu tempo de escoamento.

Concluindo

As águas pluviais fazem parte de um grande sistema cíclico da água no planeta. A atual conformação das cidades por vezes interrompe ou dificulta esse ciclo.

O sistema de drenagem que é implantado nas cidades impede alagamentos. Contudo, ele leva a água até os rios, ao invés de permitir que essa água seja absorvida pelo solo.

Quando mais áreas verdes e sistemas de absorção de água, melhor será a drenagem desta cidade. E menos ela irá impactar nos ciclos da água.

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Educação

Entendendo a Geodésia: O Que É e Como Funciona

A geodésia é uma estrutura composta por uma malha de polígonos tridimensionais. Essa malha gera superfícies curvas. Assim, o peso da estrutura é distribuído uniformemente.

Essa conformação estrutural trouxe diversas vantagens no campo da arquitetura.

Contudo, não foi na arquitetura que a geodésia surgiu. Neste artigo, você vai aprender sobre as estruturas geodésicas e suas vantagens. Mas, antes, vamos entender a origem da geodésia.

A Origem da Geodésia

No dicionário, a geodésia é descrita como “a arte ou técnica de medição e divisão das terras”.

Ela é considerada um ramo científico, uma subdivisão da geofísica. A geodésia é uma ferramenta para determinar dimensões da terra, campo gravitacional e o sistema de coordenadas.

Isso se deve ao seu formato. A geodésia é um sistema de polígonos que, de maneira tridimensional, conformam uma superfície curva.

Os estudos geodésicos possuem a mesma origem dos estudos geométricos, desenvolvidos nas antigas culturas do oriente médio. Mais tarde, eles possibilitaram a implantação do sistema de posicionamento global (GPS).

Sendo a geometria uma grande aliada da arquitetura, no último século a geodésia passou a ser explorada como objeto estrutural e de design.

Surgimento da Geodésia na Arquitetura

O responsável pelos primeiros estudos da forma geodésica foi Robert Buckminster Fuller. A partir de seus experimentos na primeira metade do século XX, o arquiteto estadunidense criou o domo geodésico.

Domo é uma estrutura antiga, que foi muito utilizada em coberturas de igrejas. Seu formato de cúpula permite melhor distribuição de peso na estrutura, e maiores vãos internos.

Geodésia
Conjunto Nacional (via Archdaily).

O Domo geodésico, da mesma forma, permite a construção de grandes estruturas com rapidez.

Em 1967, Fuller materializou a estrutura geodésica no Pavilhão Norte-Americano da exposição Mundial no Canadá.

Essa foi uma de suas obras de maior prestígio, e responsável por avanços da geodésia na arquitetura.

Para conceber uma estrutura grande com esse formato, o arquiteto precisou estudar bastante. Ele observou o comportamento dos vírus e de alguns cristais do corpo humano. Então, traduziu fundamentos geométricos da natureza na arquitetura.

Essa inspiração da natureza para desenvolvimento tecnológico chama-se biomimética.

Na época, a estrutura geodésica foi difundida e era utilizada para diversos propósitos. Desde estufas domésticas até planetários.

Mas, porque a geodésia revolucionou a arquitetura?

Geodésia e a sustentabilidade

A geodésia se tornou popular pela facilidade e rapidez de construção. Estruturas temporárias, por exemplo, poderiam ser levantadas rapidamente. Posteriormente, desmontadas e transferidas para outros locais. Ela foi e continua sendo utilizada em festivais e eventos ao redor do mundo.

Além disso, ela pode ser construída com materiais diversos, como madeira, bambu, ou aço.

Entre as diferentes vantagens da geodésia, estão:

  • Redução de Custos

A conformação da estrutura permite certa economia de materiais. Afinal, ela se comporta de forma eficiente na questão de distribuição de peso. A facilidade de montagem também permite economia na mão de obra.

  • Espaço livre

Como a estrutura se apoia somente nas laterais e não possui pilares, ela proporciona grandes vãos livres.

  • Construção limpa

O sistema construtivo se apoia somente na montagem e ligação de peças. Portanto, ele é considerado limpo, gerando menos resíduo que métodos construtivos tradicionais.

Sua forma esférica, permitindo aberturas nas laterais e topo da geodésia estimula a ventilação natural.

  • Eficiência Energética

Comparando-se uma estrutura geodésica com uma estrutura retangular de mesmo tamanho, a geodésia possui 30% menos área de superfície. Isso proporciona melhor conforto térmico, já que ela receberá menos incidência solar na superfície.

Para uma melhor compreensão dessas vantagens, a seguir estão alguns exemplos de construções geodésicas.

Três exemplos de arquitetura com diferentes funções ilustram a versatilidade da estrutura.

Exemplos de estruturas geodésicas

  • CHHAT

O projeto foi o vencedor do Buckminster Fuller Challenge de 2016 para estudantes.

CHHAT é uma iniciativa estudantil de Gujarat, na Índia. Dela participam estudantes, acadêmicos e professores, sendo liderada pelo professor Nirav Hipara.

Geodésia

As estruturas geodésicas são utilizadas hoje para atender às necessidades do próprio ‘campus’. Futuramente ela deve adquirir outras funções. Entre elas, apoio a atividades agrícolas, abrigos para trabalhadores e pessoas que vivem em áreas informais.

A estrutura é em bambu, ligada por conexões de aço. Ela pode ser montada em cerca de 5 horas.

Após montada, ela recebe uma cobertura. Essa cobertura é composta por esteiras de bambu, isopor isolante e uma folha de PVC impermeável.

Ao longo do perímetro da cúpula, em sua base, há uma abertura que permite uma boa ventilação e um ambiente aberto visualmente.

  • Residência em Murica, Espanha.

A casa foi projetada pelo escritório Ecoproyecta em 2016. É composta por dois domos geodésicos ligados por um corredor e possui 85 metros quadrados.


Geodésia

A escolha dos materiais e métodos construtivos prezou pela sustentabilidade. O próprio sistema construtivo gerou economia na estrutura, que foi feita com madeira. Além disso, foi usado celulose natural como isolamento e cortiça natural na parte da envoltória exterior.

Outras estratégias bioclimáticas foram utilizadas para melhorar a eficiência da casa:

  1. Bom envoltório térmico, com uma espessura de 12 centímetros de celulose natural
  2. Renovação de ar e climatização utilizando poços canadenses.
  3. Aquecimento por pequenas estufas de biomassa.
  4. Coletores solares tonam a casa autossuficiente em energia.
  • The Eden Garden

Centro ambiental localizado na Inglaterra. Consiste em uma estufa gigante que possui sua envoltória em forma geodésica.

O complexo foi projetada pelo escritório Grimshaw Architects, e inaugurado em 2001.

As cúpulas são estruturadas com aço galvanizado. O fechamento se dá por placas triangulares e hexagonais de etileno tetrafluoretileno.

A necessidade era adaptar um grande volume a uma menor área. A cobertura curva em forma de cúpula translúcida também permite a passagem de sol. Isso proporciona um clima adequado para as espécies cultivadas na estufa.

Por fim, a geodésia…

É uma estrutura muito didática. Ela apresenta vantagens tanto estruturais quando logísticas, que a tornam uma opção sustentável.

Como visto nos exemplos acima, a estrutura é muito flexível e permite diferentes usos. Ela pode ser desde uma pequena estrutura temporária, até a cobertura de um grande complexo.

Além disso, permite a utilização de materiais locais para sua montagem. Tanto a estrutura como os fechamentos podem ser feitos com uma grande variedade de materiais.

Apesar de existir há bastante tempo, a geodésia ainda é uma estrutura inovadora. Os avanços tecnológicos permitem que ela seja desenvolvida de forma a se tornar cada vez mais otimizada.

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Educação

Tinta para telhado: uma técnica que vai além da estética

Tinta para telhado: uma técnica que vai além da estética

Você já ouviu falar que coberturas brancas diminuem a temperatura das edificações? Será que isso é verdade?

De modo geral, a tinta para telhado é uma opção sustentável. Ela pode ajudar a renovar a estética de uma construção.

Hoje, é muito comum a demanda de reformar fachadas. A fachada de uma construção é toda a sua parte exterior. Uma fachada sem manutenção desvaloriza muito um imóvel.

Portanto, principalmente se tratando de comércio e serviços, é muito importante manter a construção atrativa.

O telhado, por sua vez, é uma parte muito importante da composição de uma fachada. Pintar um telhado possibilita mudar sua aparência sem trocar as telhas.

Ou seja, se apresenta como uma solução sustentável e econômica. Ela segue o princípio de reutilizar ao invés de descartar.

Existem alguns tipos de tinta apropriadas para telhado. E também existem maneiras corretas de pintar.

Neste artigo você irá aprender:

  1. Um telhado branco realmente ajuda no conforto térmico?
  2. Passo a passo: como pintar um telhado

Antes de tudo, iremos desvendar o mistério.

1. Um telhado branco realmente ajuda no conforto térmico?

Essa teoria não é muito recente. Em 2009, o projeto “White Roof Project” promoveu a pintura de coberturas em Nova Iorque.

Tinta para Telhado

A intenção era justamente reduzir a demanda energética por climatização nos edifícios. Em construções isoladas, o efeito era sentido somente no edifício. Porém, essas ações em maior quantidade poderiam reduzir o efeito das ilhas de calor das metrópoles. Como é o caso de Nova Iorque.

Ilha de calor é o nome dado ao efeito de temperaturas maiores em centros urbanos. A grande emissão de gases poluentes e absorção de calor aumenta a temperatura nas cidades.

No Brasil, a campanha One Degree Less, da Green Building Council Brasil foi parecida.

Com apoio governamental, incentivava coberturas brancas em construções novas. Ou a pintura de coberturas existentes. Com isso, o objetivo era diminuir em 1ºC a temperatura de grandes centros urbanos.

Um laboratório da Califórnia executou um experimento para testar essa hipótese. Nesse estudo, concluiu que um telhado branco e limpo que reflete 80% da luz solar tinha temperatura 31ºC menor em uma tarde de verão. Isso em relação a outro telhado de cor escura.

Tinta para telhado

Em uma tarde de verão, o telhado escuro mede 30ºC (54ºF) mais quente que o telhado branco. (Imagem: U.S. Department of Energy)

Outras pesquisas realizadas na Índia também mediram reduções de 3ºC a 7ºC no interior dos edifícios com cobertura branca. Essa diferença, contudo, foi percebida somente em regiões muito quentes e em dias ensolarados.

Ou seja, em regiões quentes, as coberturas claras se provaram eficientes. Contudo, para diminuir a temperatura de centros urbanos, são necessárias mudanças maiores. Sem adesão da maioria, não é possível comprovar essa teoria.

Já ficou com vontade de pintar seu telhado? Confira então esse passo a passo.

2. Passo a passo: como pintar um telhado

Existem alguns passos a serem tomados antes de iniciar a pintura.

Preparação da estrutura

O telhado precisa estar limpo para receber pintura. Para tanto, deve-se providenciar a limpeza completa do telhado e telhas.

Essa limpeza pode ser realizada com pano úmido, jatos de água e esponjas.

Cuidado para não utilizar produtos que danificam as telhas, como esponjas de aço ou produtos similares.

Telhados de amianto requerem cuidados a mais. Como ele é menos resistente, procedimentos extras de segurança devem ser adotados e levados muito a sério. Assim, evitam-se acidentes e preservam-se as telhas.

De modo geral, certifique-se de que não há poeiras e indícios de sujeira nas telhas antes de pintar.

Em telhas cerâmicas, é necessário utilizar um produto especial para a limpeza, um limpador de telha. Em alguns casos, é necessário, inclusive, lixar a telha antes de pintar.

Qual tinta escolher

Após os procedimentos de limpeza finalizados, o telhado está pronto para receber a pintura. Existem tintas específicas para telhados. É importante que a tinta escolhida seja adequada para este fim.

Além disso, dentre todas as cores disponíveis, escolha uma cor que harmonize com as cores do restante da casa.

É importante lembrar que cores escuras absorvem calor. Já cores mais claras refletem os raios solares. Portanto, se você mora em uma região quente, dê preferência às cores mais claras.

Existem ainda, as tintas térmicas. Essas tintas possuem em sua composição microesferas cerâmicas revestidas com dióxido de titânio que encapsulam o calor. Desta forma, elas refletem os raios UV, reduzem o ruído e criam uma camada de proteção contra ferrugem e fungos. Essa camada de proteção também evita que a telha escureça com a ação do tempo.

Como pintar as telhas

Antes da tinta, é recomendado passar uma demão de “primer”. Então, aguarde ele secar para iniciar a pintura.

Para pintar, você pode utilizar:

  • Pinceis com cerdas macias. Indicado para áreas menores.
  • Rolo de espuma ou pistola. Indicado para áreas grandes.

Duas demãos de tinta costumam ser ideais. Mas dependendo do caso, podem ser necessárias mais demãos. Se a pintura ainda não estiver uniforme, passe uma demão adicional.

Aguarde o tempo de secagem entre as demãos, ele pode variar entre 4 e 6 horas.

Seguindo essas dicas, sua pintura tem de tudo para dar certo.

Tinta para Telhado…

É algo muito simples que pode fazer grande diferença no cotidiano. Pintar o telhado da sua casa para otimizar a eficiência energética.

Em casa que não possuem laje, a diferença é ainda maior. Afinal, o calor absorvido por um telhado branco é muito menor.

Se você achou complicado demais para fazer sozinho, é possível contratar um profissional ou uma empresa qualificada. Que tal colocar essas dicas em prática?

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Educação

Pergolados de Bambu: Passo a Passo para Construção

O bambu é uma matéria-prima muito versátil. Seus usos vão desde a estrutura de casas, até objetos de decoração e revestimentos.

Por ser uma planta que cresce muito rápido, ele é considerado um grande sequestrador de carbono. Algumas espécies chegam a crescer um metro por dia.

É um material leve, da fácil transporte e manuseio.

Por esses e outros motivos, é um material extremamente sustentável. Muitos o consideram hoje como a matéria-prima do futuro. Ou o “aço verde” da construção civil.

O bambu é da família das gramíneas. Mesmo não sendo considerado uma madeira, seu uso muitas vezes pode substituir o uso da madeira.

Existem inúmeras espécies da planta. Elas diferem em tamanho, espessura, e tonalidade. Em geral, a maior parte das espécies se adapta bem a diferentes solos.

Contudo, é necessário tomar cuidado sobre onde plantar bambu. Afinal, algumas espécies crescem e se dispersam com muita facilidade. Ocupando assim, grandes áreas em curtos períodos.

Neste artigo, você vai aprender como fazer um pergolado utilizando bambu.

O que são pergolados

Pergolados são estruturas vazadas. Eles são utilizados em áreas externas para criar ambientes sombreados ou cobertos. Podem ser utilizados com o paisagismo, em áreas de festas, coberturas, e assim por diante.

Os pergolados podem ser construídos com bambu, aço, madeira ou concreto.

Pergolado de Bambu

Às vezes, recebem uma cobertura transparente. A cobertura transparente irá permitir a passagem de sol. Entretanto, protege da chuva, auxiliando inclusive na durabilidade da estrutura.

O bambu é um ótimo material para a construção de pergolados. Além de sustentável, sua estética confere aspectos decorativos ao elemento.

Acompanhe neste artigo:

  1. Espécies de bambu para construir pergolados
  2. Como tratar o bambu
  3. Encaixes entre os bambus
  4. Materiais para cobrir o pergolado

1. Espécies de bambu para construir pergolados

Para a estrutura de um pergolado, o ideal é utilizar bambus com espessuras maiores. Afinal, ele vai cumprir a função de sustentar a estrutura.

As espécies Guadua angustifólia e Dendrocalamus giganteu são aconselhadas para esse caso. Ambas se adaptam bem no Brasil. Elas atingem alturas de até 20 metros.

  • Guadua angustifólia

É uma espécie que forma touceiros. Porém, os colmos ficam com distanciamento de meio metro entre si. Possui cor verde intensa. É muito utilizado em construções na América Latina, principalmente na região da Colombia e Equador.

Pergolado de Bambu

  • Dendrocalamus giganteu

Um dos maiores bambus. É entouceirante, portanto não se alastra. Seus colmos ficam bastante unidos e possuem cor verde ou marrom.

2. Como tratar o Bambu

Para garantir sua durabilidade, o bambu deve passar por um processo de tratamento.

Alguns, cuidado, entretanto, precedem o tratamento.

Ao cortar os caules, prefira aqueles que já estão mais velhos, com no mínimo dois anos. Os bambus mais novos possuem muito amido. Isso faz com que eles apodreçam mais rápido.

Use uma serra para cortar, assim ele irá brotar com mais facilidade. Se ficar algum buraco que possa acumular água, faça um corte para que a água possa escorrer.

Existem tratamentos que envolvem agentes químicos, e outros tratamentos mais naturais. O tratamento vai depender da espécie e de qual será o uso.

Em geral, os bambus alastrantes podem ser tratados com fogo. Ao passar a chama de um maçarico no sentido do crescimento do bambu, ele irá soltar uma resina natural. Essa resina é uma proteção natural do bambu. Além disso, o calor destrói o amido contido no bambu, que é alimento para insetos como a broca.

O bambu de touceira precisa de um tratamento químico. São utilizados tambores, onde o bambu é colocado em uma solução com água e ácido bórico. Quando o caule ficará exposto a muita chuva ou umidade, adiciona-se nessa mistura sulfato de cobre.

Esse procedimento é bastante rígido. Portanto, geralmente o bambu é tratado em locais específicos com profissionais especializados.

3. Encaixes entre os bambus

Por seu formato cônico, a junção entre as peças de bambu não é tão simples. Porém, existem diversas formas de fixa-las.

  • Com pregos

É possível unir as peças de bambu utilizando pregos metálicos. Ou também pregos feitos com pequenos recortes do próprio bambu.

Nesse caso, a ponta do caule é cortada em meia lua para que as peças se encaixem perfeitamente. Ou então, as peças são sobrepostas. Para pergolados, esse encaixe é considerado melhor e mais seguro.

  • Com cordas

Outra maneira de encaixar os caules é amarrando-os em cordas. É necessário, contudo, fazer as amarrações de maneira correta.

Não vamos nos aprofundar nos detalhes de cada encaixe. Neste artigo você encontra mais informações, com ilustrações de experimentos feitos em bambu no México.

4. Materiais para cobrir o pergolado

O material a ser utilizado na cobertura do pergolado vai depender da sua intenção.

Quando o pergolado está integrado ao paisagismo, sua cobertura pode ser feita através de plantas trepadeiras. Ele ficará sombreado, porém, não é protegido da chuva.

Pergolado de Bambu

Outra opção boa para áreas de lazer, é cobrir com um material transparente. Esse material pode ser vidro ou policarbonato.

O vidro tem um custo maior. Contudo, ele tem maior durabilidade e suja menos.

Já o policarbonato é um material semelhante ao vidro. Mas ele suja com maior facilidade e produz bastante ruído quando a chuva cai sobre ele. É importante ressaltar que essas coberturas exigem uma inclinação para escoamento da água.

Se a sua intenção é deixar a cobertura impermeável e sombreada, pode forrar o vidro ou o policarbonato com outro material. Existe, inclusive, a possibilidade de forrar com bambu.

Um pergolado de bambu…

Pode oferecer um espaço muito agradável em sua casa. Isso com recursos que não causam impactos no meio ambiente.

Se o bambu for bem tratado e a estrutura for bem executada, pode durar vários anos. Entre em contato com profissionais qualificados para auxiliar na montagem.

Quanto mais soluções sustentáveis conseguirmos inserir em nosso cotidiano, mais nos aproximamos da natureza. E assim, colaboramos com o desenvolvimento sustentável.

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Educação

Energia Solar Fotovoltaica Vale a Pena?

Energia Solar Fotovoltaica vale a pena?

Em 12 minutos, a terra recebe energia solar suficiente para suprir sua demanda energética de um ano inteiro.

De fato, o sol é uma fonte poderosa e abundante de energia. Cabe a nós aproveitá-la da melhor forma.

A energia solar fotovoltaica é energia do sol captada por placas solares.

No início, a energia solar era gerada somente em grandes complexos. De lá, ela é distribuída entre as cidades ou países do entorno.

Energia Solar Fotovoltaica

Complexo de Energia Solar (Fonte: Portal Solar)

Hoje, a energia fotovoltaica permite captação descentralizada e junto ao consumo. Ou seja, você pode captar energia para sua casa em sua própria casa.

Energia Solar Fotovoltaica

Casa com Placas Solares na Cobertura. (Fonte: Intelbras)

A tecnologia das placas fotovoltaicas está em constante evolução. Hoje, elas podem ser utilizadas também como elementos construtivos. Como elemento de fachada, coberturas, e até nas próprias telhas. As telhas solares já estão disponíveis no Brasil.

A energia solar é uma fonte de energia limpa e renovável. Ela estará cada vez mais presente no futuro das construções sustentáveis.

Neste artigo, você vai aprender:

  • O que é e como funciona uma placa solar fotovoltaica
  • Sistemas on grid e off grid
  • Vantagens e desvantagens da energia solar fotovoltaica
  • Custo e dimensionamento para instalar placas solares em sua residência

1. O que é energia solar fotovoltaica

A luz do sol, quando atinge o painel solar, gera energia. A essa energia damos o nome de energia solar fotovoltaica. Mas você sabe como, exatamente, isso acontece?

As placas solares são compostas por células fotovoltaicas. Essas células são feitas a partir de materiais semicondutores. A maior parte delas utiliza o silício.

Energia Solar Fotovoltaica

Os fótons (partículas de luz), atingem os átomos das células fotovoltaicas e provocam deslocamento dos elétrons. É esse fenômeno que gera corrente elétrica.

É importante mencionar que, em dias nublados, as partículas de luz também estão presentes, mas em menor quantidade.

Para que essa corrente seja utilizada, ela precisa se igualar à corrente da rede. As placas solares geram uma corrente contínua. O inversor é o equipamento que transforma a corrente contínua em corrente alternada. Assim, ela pode ser encaminhada ao quadro de distribuição e equipamentos elétricos.

Contudo, o sol vai incidir nas placas durante o dia. Como, então, será possível ter energia elétrica a noite?

2. Sistemas on grid e off grid

Existem duas maneiras de “guardar” a energia gerada pelas placas.

  • On grid

No sistema on grid, suas placas solares estão ligadas à rede municipal. Nesse caso, quando as placas geram mais energia do que o necessário, a rede municipal absorve a energia excedente. E você ganha os créditos por esse excedente.

Da mesma forma, quando você precisa de mais energia do que o que foi gerado, a rede municipal fornece.

Também é possível transferir essa energia para outros imóveis. Ou seja, se você produz energia excedente, pode transferir essa energia para outra casa.

No fim do mês, você pagará a taxa mínima de energia de qualquer forma. Além dessa taxa, você paga a quantidade de energia que você consumiu da rede menos a quantidade que você doou para a rede.

  • Off grid

O sistema off grid funcionará de forma completamente independente. Dessa maneira, necessita de uma bateria para armazenar a energia que é gerada.

Esse sistema geralmente é utilizado em locais isolados, onde a concessionária não chega. Ele também é uma boa opção para equipamentos urbanos que geram sua própria energia. Como câmeras, pontos de ônibus, etc. Ou ainda para equipamentos móveis, como motorhomes.

Por necessitar de baterias, esse sistema tem um custo inicial mais elevado. Além disso, necessita de manutenção mais frequente.

3. Vantagens e desvantagens da energia solar fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica é considerada uma energia sustentável. Isso porque ela utiliza de uma fonte renovável de energia, o sol. Além disso, sua geração é limpa, não emitindo gases nocivos ao planeta.

Aqui, abordaremos as principais vantagens dos sistemas solares interligados a edificações urbanas. Além das vantagens acima, existem inúmeras outras:

  • Menores perdas por transmissão e distribuição de energia.
  • Grande economia na conta da energia elétrica.
  • Edifícios solares não necessitam de uma área física dedicada à captação de energia. Já que sua captação pode se dar na fachada ou cobertura do edifício.
  • Edifícios com grande geração de energia podem oferecer suporte a outros edifícios da região.
  • Placas fotovoltaicas são modulares e fáceis de instalar. Portanto, podem se adaptar continuamente à demanda do edifício.
  • Edifícios com sistemas de captação de energia solar possuem vantagens competitivas.

As desvantagens também existem, no entanto. São elas:

  • Alto custo inicial.
  • Sua eficiência dependerá da incidência solar do local.
  • O sistema pode estar sujeito a sombreamento no futuro, por alguma construção próxima.
  • Em edificações existentes, pode exigir reformas para viabilizar a instalação do sistema.

Mas o que é preciso, então, para instalar um sistema em sua casa ou empresa?

4. Custo e dimensionamento para instalar placas solares em sua residência

Neste artigo você acessa um tutorial de como dimensionar um sistema de energia solar fotovoltaica.

Resumidamente, os itens que devem ser considerados são:

  • Localização

Cada cidade do mundo recebe insolação de maneira diferenciada. Os dados climáticos de sua cidade irão ajudar a definir a quantidade de placas solares necessárias.

Também é importante considerar a latitude do local. Ela vai definir a inclinação ideal das placas.

  • Histórico de gastos

Se o sistema for instalado em uma edificação existente, geralmente se analisa o histórico de gastos da edificação com energia elétrica. Isso irá ajudar a definir um padrão de consumo de energia elétrica.

  • Demanda

Se a edificação ainda não foi construída, é necessário levantar a demanda de energia elétrica. O projeto deve considerar os equipamentos elétricos que serão instalados. Assim, é possível fazer uma previsão da demanda de energia.

  • Custo

O custo de cada placa solar varia entre 800 e 1000 reais. Porém, o custo inicial de implantação do sistema também considera mão-de-obra e equipamentos auxiliares.

Apesar do alto investimento inicial, o retorno financeiro se dá entre 3 a 6 anos após a instalação. Além disso, valoriza o imóvel.

Afinal, quem não prefere um imóvel onde a conta de luz é mais baixa ou inexistente?

É importante destacar que, na fase de projeto, é muito mais fácil prever a instalação de painéis solares de uma edificação. Pois, nesse caso é possível realizar simulações de insolação e eficiência energética. Assim como prever a inclinação apropriada da cobertura e a infraestrutura elétrica completa.

A energia solar fotovoltaica

Possui inúmeras vantagens a longo prazo. Ela está continuamente se desenvolvendo para que seja cada vez mais acessível.

Os incentivos fiscais e de financiamento também estão aumentando. De maneira que a economia na conta de luz pode ser comparada a um valor mensal de financiamento do sistema.

Investir em sustentabilidade é olhar para o futuro. É se tornar responsável e viver de maneira mais amigável com o planeta.

Fonte: RUTHER, Ricardo. Edifícios solares fotovoltaicos: o potencial de geração solar fotovoltaica integrada a edificações urbanas e interligadas à rede elétrica pública do Brasil. Florianópolis: LABSOLAR, 2004. 114 p.

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Educação

Mudanças Climáticas: O Que São e O Que Podemos Fazer

Aquecimento global, efeito estufa e mudanças climáticas. Provavelmente você já sabe que esses assuntos são preocupantes.

Periodicamente, representantes do mundo inteiro se reúnem para discutir estratégias de minimização do problema.

Em 1992, a Eco 92 foi a primeira Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro. 175 países assinaram o texto da conferência. Reconheceram a necessidade de esforços globais para enfrentar as mudanças climáticas.

Desde então, outras conferências vêm sendo realizadas. Nelas, nem todos os países se comprometiam a arcar com as responsabilidades de adotar medidas. Afinal, essas atitudes esbarram com o crescimento insustentável da indústria que polui e lucra em curto prazo.

Mas o que são, exatamente, as mudanças climáticas? Como acontece o aquecimento global?

E como, exatamente, o ser humano contribui para agravar o problema?

Leia este artigo até o fim para entender melhor tudo o que envolve as mudanças climáticas.

Antes de tudo, é necessário esclarecer termos como aquecimento global e efeito estufa.

1. O efeito estufa e o aquecimento global

O aquecimento global é o fenômeno do aumento gradual da temperatura média no planeta terra. Esse fenômeno pode ter origem de causas naturais ou da ação humana.

A principal causa, no entanto, são as emissões de gases que agravam o efeito estufa. Principalmente o dióxido de carbono.

O efeito estufa, por sua vez, é um fenômeno natural e essencial para a vida na terra. Seu agravamento, no entanto, é o que preocupa.

O planeta terra possui a sua volta uma camada composta por alguns gases e por vapor de água. Essa camada retém parte da radiação solar que chega na terra. Sem ela, o planeta ficaria frio demais para a nossa existência.

O problema é que desde a revolução industrial, as atividades humanas passaram a liberar esses gases em excesso. O que vêm tornando a camada mais espessa. Consequentemente, aumenta a temperatura do planeta e causa o aquecimento global.

“Neste período (Revolução Industrial), a concentração original de 280 ppm4 deste gás (dióxido de carbono) cresceu até os atuais 400 ppm5 , intensificando significativamente o efeito estufa. Assim, as atividades humanas passaram a ter influência importante nas mudanças climáticas.” – WWF

2. Gases causadores do efeito estufa

Os principais gases responsáveis pelo efeito estufa são o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso.

Esses gases não devem ser analisados somente em quantidade. Mas também em seu potencial de aquecimento e tempo de permanência na atmosfera.

Hoje, o dióxido de carbono (CO2) é o gás que mais contribui para o aquecimento global. Ele representa em torno de 70% das emissões de GEE (Gases do Efeito Estufa). Seu tempo de permanência é de 100 anos, resultando em impactos de longo prazo.

O gás metano é emitido em menor quantidade. Contudo, seu potencial de aquecimento é maior, vinte vezes superior ao CO2. O óxido nitroso, por sua vez, possui um poder de reter calor que é de 310 a 7.100 vezes maior que o CO2.

Ou seja, mesmo que liberados em menores quantidades, esses gases são mais prejudiciais.

3. Mudanças climáticas e suas consequências

De maneira resumida, os gases liberados causam o efeito estufa. O efeito estufa agravado provoca o aquecimento global. E o aquecimento global gera mudanças climáticas.

Ou seja, as mudanças climáticas são consequência direta do aquecimento dos oceanos e da superfície terrestre. E cada vez mais, elas são sentidas pela humanidade.

Cientistas já observaram o claro aumento dos níveis dos oceanos. Futuramente, isso pode ocasionar o desaparecimento de ilhas e de cidades litorâneas. Além disso, existe a previsão do aumento de eventos extremos climáticos, como:

  • Furacões
  • Ciclones
  • Terremotos
  • Tsunamis
  • Secas
  • Enchentes

E assim por diante.

Esses eventos podem trazer graves consequências para a vida na terra a longo prazo. Inclusive, são responsáveis por extinguir espécies animais e vegetais.

“O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas, responsável por produzir informações científicas, afirma que há 90% de certeza que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pela ação do homem.” – WWF

4. Atividades que agravam as mudanças climáticas

Existem muitas atividades humanas que envolvem a emissão de carbono, entre elas estão:

  • Queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) para geração de energia
  • Transportes
  • Indústrias
  • Agropecuária
  • Descarte de resíduos sólidos (lixo)
  • Desmatamento

É daí que surge o termo “carbono incorporado”. Ele se trata da emissão de carbono envolvida em determinado processo. Esse processo pode ser a fabricação de um produto ou realização de alguma atividade.

No Brasil, as atividades que mais liberam GEE são as mudanças do uso do solo e o desmatamento.

As florestas e áreas naturais são grandes absorvedoras de carbono. Seu desmatamento, além de liberar gases na atmosfera, reduz as fontes de absorção de carbono.

Emissões por atividades como agropecuária e geração de energia também vêm aumentando no país.

5. O que fazer para conter as mudanças climáticas

De que maneira podemos, então, evoluir para evitar o avanço desse problema?

Existem diversas maneiras de contornar a situação. As estratégias, contudo, são urgentes. Afinal, elas são de longo prazo e exigem grandes mudanças estruturais.

Algumas atitudes são:

  • Diminuir o desmatamento
  • Preservar florestas e áreas naturais
  • Incentivar o uso de energias renováveis, como a solar, eólica, biomassa e pequenas hidrelétricas.
  • Dar preferência a biocombustíveis (etanol e biodiesel)
  • Investir em eficiência energética
  • Reduzir o consumismo
  • Viabilizar a reciclagem e a logística reversa
  • Melhorar as condições do transporte público
  • Investir em tecnologias de baixo carbono incorporado

Para que essas medidas sejam concretizadas, são necessárias políticas públicas de incentivo e auxílio. Como exemplo, hoje já existem benefícios para empresas que utilizam fontes de energia limpa.

Dessa maneira, a sociedade civil, as empresas e o estado podem se unir em busca de alternativas.

Conclusão

As mudanças climáticas já são discutidas há décadas. Está claro que, sem uma colaboração global, é muito difícil de atingir mudanças reais.

Para garantir o futuro da nossa espécie, é necessário aliar a evolução tecnológica com a sustentabilidade. Deixando de lado soluções imediatistas que poluem em troca de um lucro mais rápido.

Barrar o aquecimento global através da sustentabilidade é um dever. De todos os países, de todas as pessoas e de todas as instituições.

Fonte: WWF

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Educação

Entendendo os Muros de Arrimo: Aplicação e Vantagens

Você sabe o que é e para que serve um muro de arrimo?

Ele não é nenhuma novidade. Quem já visitou Machu Picchu, por exemplo, viu como os povos antigos já dominavam a técnica. Os incas utilizavam pedras para construir muros de arrimo.

Como a região era extremamente acidentada, eles construíram degraus para suas plantações.

Um muro comum geralmente cumpre a função de separar propriedades privadas. Já o muro de arrimo tem uma função diferente. Ele é construído para conter a terra.

O muro de arrimo pode separar um terreno inclinado em duas ou mais superfícies planas.

Muro de arrimo

Isso é útil em diversas situações. Pode ser usado quando o objetivo é construir uma edificação. Ou também para plantações, paisagismo ou prevenção de acidentes.

Nesse último caso, os muros de arrimo protegem as encostas de deslizamentos de terra. Infelizmente, esse problema é bastante comum no Brasil. Principalmente em locais com períodos de chuvas intensas.

Quando os declives estão em regiões habitadas, os muros de arrimo são especialmente importantes. Dessa forma, deve-se garantir que ele seja bem executado.

Neste artigo, você vai aprender sobre os diferentes tipos de muro de arrimo.

Mas antes, vamos entender como ele funciona.

1. Como funciona um muro de arrimo

Imagine um muro normal. Agora imagine que um de seus lados foi completamente preenchido com terra. Se esse muro for fraco, ele irá cair com o peso da terra, não é mesmo?

O muro de arrimo deve ser construído com um material muito resistente. Afinal, ele cumpre uma função estrutural de segurar a terra da parte de cima. Assim, segura seu peso e evita que ela ceda.

Quando chove, essa terra fica ainda mais pesada. Por isso, é importante também prever sistemas de drenagem.

Pelo alto custo, geralmente a necessidade de construir muros de arrimo é o que acaba desvalorizando terrenos muito inclinados.

Os muros de arrumo podem ser feitos através de diversas técnicas e materiais. Eles não necessariamente são de concreto armado. O material usado vai definir suas dimensões e formato.

É muito importante que o muro de arrimo seja bem dimensionado e calculado por um profissional. De preferência, esse profissional também deve fazer um acompanhamento técnico da obra.

Confira aqui alguns exemplos de muro de arrimo.

2. Muro de arrimo por gravidade

O muro de arrimo por gravidade cumpre sua função de conter a terra através de seu próprio peso.

Geralmente são utilizados para conter desníveis pequenos ou médios. Não devem passar de 5 metros de altura.

Quanto maior a altura da contenção, mais largo ele será. Além disso, ele possui a base mais larga que o topo, para manter sua estabilidade.

O muro de arrimo por gravidade pode ser construído com os seguintes materiais:

  • Pneus

O muro de arrimo com pneus é uma alternativa sustentável. Afinal, reutiliza materiais que seriam descartados. Hoje, a taxa de reciclagem de pneus no Brasil é muito baixa. Portanto, iniciativas de reutilização do material são muito bem-vindas.

Para construir um muro de arrimo com pneus, é necessário empilhá-los de forma intercalada.

Cada pneu deve ser preenchido e compactado com terra ou solo cimento. A técnica utilizada vai depender do tamanho e inclinação do muro. Solo cimento é uma mistura homogênea de terra, cimento e água.

  • Pedras

Construído apenas com a sobreposição das pedras. Se houver o material no local, esse tipo de muro apresenta facilidade e rapidez na construção. Nesse caso a drenagem acontece de forma natural.

Contudo, as pedras sobrepostas são indicadas para alturas de até 2 metros.

Muro de arrimo

Se a altura for maior, é necessário utilizar argamassa para ligar as pedras e dar estabilidade ao muro. Nesse caso, o muro também precisa de um sistema de drenagem, já que a argamassa dificulta a permeabilidade da água.

  • Gabião

Gabião são blocos de pedras organizadas dentro de uma trama metálica, de formato cúbico. Os gabiões possuem dimensões de 2 m x 1 m x 1 m.

Muro de arrimo

Sobrepostos, eles cumprem a função de muro de arrimo. Os gabiões são muito vistos na beira de rodovias. Como também são formados por pedras, não necessitam de sistema de drenagem.

  • Sacos de solo cimento

Consiste em sacos de poliéster preenchidos com uma mistura de solo cimento.

Os sacos são colocados manualmente seguindo a ordem horizontal. Após cada camada, eles devem ser compactados para aumentar sua resistência. As camadas são dispostas de forma intertravada para garantir estabilidade.

Essa solução é bastante econômica, pois utiliza um material que pode ser encontrado no próprio local, o solo.

3. Muros de arrimo por flexão

Além dos muros por gravidade, existem os muros por flexão. Estes costumam ser mais esbeltos. Eles resistem à pressão da terra através da flexão da estrutura.

De forma simplificada, ele necessita de uma estrutura armada e fundação. Assim, a estrutura do muro trabalha contra a força da terra.

Ele geralmente é construído em formato de “L”. Eles podem ter contrafortes e serem ancorados ao longo de sua extensão. Tudo isso aumenta sua inércia e permite que ele seja mais alto e menos robusto.

Os muros de arrimo por flexão são usualmente construídos com concreto armado. A mistura do concreto com ferro dá a resistência e flexibilidade que são necessárias à estrutura.

4. Cuidados e normas

Como já mencionado, o muro de arrimo deve ser executado por um engenheiro civil ou outro profissional qualificado. Se ele for mal executado, pode romper e causar danos graves.

A NBR 11682 – Estabilidade de Encostas traz alguns cuidados para garantir que o muro de arrimo seja seguro e econômico. Entre elas estão:

  • É contra indicada a construção de muros de arrimo por gravidade em locais superiores a taludes ou em regiões de encosta.
  • O sistema de drenagem deve ser executado de forma adequada
  • Utilizar material adequado, limpo e indicado para tal uso. Se necessário, o material deve ser compactado.
  • Evitar possíveis instabilidades causadas pelo sistema de escavação.
  • Realizar verificação da estabilidade do conjunto terra-contenção e da própria estrutura.

Quanto maior for o muro de arrimo, mais perigoso ele pode se tornar se for mal-executado. Materiais naturais e reciclados são ótimas opções. Porém, elas não se adequam em situações de declives altos ou muito acentuados.

Em, geral, os muros de arrimo podem ser úteis em diversas situações e escalas. Aproveite este artigo para se inspirar e saber como construir corretamente.

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Educação

Cradle to Cradle: Design Inteligente para uma Economia Sem Lixo

“A Reciclagem é inimiga da Inovação” – Michael Braungart

Michael Braungart e William McDonought são os criados do princípio “Cradle do Cradle”, que significa “do berço ao berço”.

O termo surgiu em 2002, quando a dupla publicou o livro “Cradle to Cradle: remaking the way we make things”. A versão em português desse livro se chama “Cradle to Cradle: Criar e reciclar ilimitadamente”.

Cradle to cradle

O conceito se apoia na ideia de uma economia completamente circular. Para que isso seja possível, os produtos devem ser planejados desde o início para não serem descartados. O design inteligente elimina a própria ideia do lixo.

Hoje, o mercado funciona em uma lógica linear, “do berço ao túmulo”. Nessa lógica, os produtos são fabricados, utilizados e depois, descartados.

Esse sistema é insustentável e já traz graves consequências ao planeta. Entre elas, podemos citar a poluição de rios e mares, o problema do microplástico, disseminação de doenças, entre outras.

Uma economia circular acontece quando um material obsoleto retorna facilmente ao ciclo produtivo. Ou ainda, é biodegradável. Do berço ao berço.

Neste artigo iremos explicar a teoria em que o conceito se apoia para torná-lo possível.

1. Nutrientes biodegradáveis e nutrientes técnicos

A concepção “cradle to cradle” classifica os resíduos como nutrientes. Eles são separados em duas categorias para determinar sistemas seguros e funcionais:

  • Nutrientes biológicos

São os materiais biodegradáveis que devem retornar ao meio ambiente de maneira segura. Ou seja, deve-se garantir a ausência de elementos tóxicos.

  • Nutrientes técnicos

São materiais não renováveis, que não são continuamente produzidos pela natureza. Esses elementos, como metal e plástico, devem passar por um processo de “upcycling”, ou superciclagem. Isso acontece quando o material não perde qualidade durante o processo de reciclagem. Diferentemente de como acontece hoje.

A reciclagem atual consiste em um sistema de “downcycling”, os produtos perdem qualidade ao serem reciclados. Além disso, a reciclagem no Brasil ainda é muito segregada da indústria, o que dificulta sua eficácia.

Muitos itens são produzidos com materiais recicláveis. Contudo, sem planos de coleta e inserção do material no ciclo produtivo.

2. Ciclos de vida

A partir desses nutrientes biológicos e técnicos, existem também os ciclos de vida: o ciclo biológico e o ciclo técnico.

cradle to cradle

A ideia é que os materiais de consumo estejam no ciclo biológico e os materiais de serviço estejam no ciclo técnico.

Materiais de consumo são alimentos, produtos de beleza, itens de consumo diário e suas embalagens. Como o consumo é mais frequente, o ideal é que eles sejam produzidos com material não tóxico e biodegradável.

Já os materiais de serviço, como celulares, computadores e máquina de lavar roupas, pertencem ao ciclo técnico. Dentro desse ciclo, o conceito “cradle to cradle” propõe sistemas de locação e compartilhamento.

Dessa forma, quando um material se torna obsoleto, é possível trocar somente as peças ultrapassadas por outras melhores. Enquanto o restante do produto é preservado.

Pensando assim, uma geladeira que dura 50 anos seria pior que uma que dura 5 anos.

Isso porque a geladeira seria projetada para ser desmontada. Assim, a cada 5 anos algumas peças seriam trocadas por peças melhores, mantendo um ciclo de reciclagem e inovação.

Desta forma, chega-se a um ponto onde tudo é útil, e não menos prejudicial.

3. Os 3 elementos” Cradle to Cradle”

O princípio “Cradle to Cradle” se apoia em três elementos base.

O primeiro deles é o de transformar os resíduos em nutrientes, que está descrito acima.

Abaixo, estão os outros dois princípios:

  • Uso de energia solar

A energia solar deve ser utilizada em seu máximo potencial. Seja para geração de energia elétrica, seja para o funcionamento de usinas eólicas, geotérmicas ou hidráulicas.

A indústria deve se tornar autossuficiente. Dessa forma, deve utilizar fontes de energia renováveis em todo seu processo de fabricação.

  • Celebrar a diversidade

A diversidade dá forças aos sistemas biológicos e industriais. Ela também valoriza os materiais e soluções específicas para cada situação.

A arquitetura de espaços de criação e produção devem estimular a biodiversidade e ter uma relação positiva com o entorno.

4. Certificação “Cradle to Cradle”

A certificação internacional “Cradle to Cradle” certifica produtos que se comprometem com a economia circular.

A certificação é dada pelo Cradle to Cradle Product Innovation Institute (C2CPII). Os produtos são analisados de acordo com sua segurança para a saúde humana e ambiental, sua reciclabilidade e processos de fabricação.

Ao todo, existem 6 categorias:

  • Reutilização do material (Economia Circular)

Avalia produtos que podem retornar à natureza ou à indústria com segurança.

  • Saúde do material

Analisa os produtos químicos presentes nos materiais e seus possíveis riscos para a saúde humana e do planeta.

  • Energia renovável

Verifica se a produção é feita com energia 100% renovável e sem emissão de carbono.

  • Gerenciamento da água

É analisado o gerenciamento da água na produção, os impactos geográficos, os efluentes químicos e os resíduos industriais.

  • Justiça social

Certifica que as operações têm um impacto positivo na sociedade e nas vidas dos trabalhadores.

Cradle to cradle

A partir desses princípios, existem diversos níveis de certificação, que vão do básico ao platinum. Materiais com certificação platinum possuem o melhor desempenho possível no conceito “cradle to cradle”.

Confira aqui uma lista de produtos certificados.

Concluindo

O princípio cradle to cradle coloca em pauta a eficiência da reciclagem. Ele propõe um modelo de indústria onde não há resíduos, somente insumos.

Tudo isso se concretiza através de um design inteligente que cria materiais considerando sua reinserção no ciclo. Esse ciclo pode ser o ciclo nutritivo ou o ciclo técnico.

Na lógica circular, cada fim é um novo começo.

O conceito defende a inovação constante e os avanços tecnológicos. Tudo isso a partir da criação de materiais que se desenvolvem, podem ser compartilhados e trocados.

A certificação ajuda os consumidores a saber quais marcas e produtos estão se responsabilizando pela sustentabilidade. Dessa forma, fazer escolhas cada vez melhores, econômicas e sustentáveis.

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Educação

Plantas para Interiores: De Cactos à Samambaias

A vida nas cidades muitas vezes afasta as pessoas da natureza. Hoje, existem muitos que moram e trabalham dentro de edifícios.

Nesse cenário, as plantas são uma alternativa para trazer biofilia aos interiores. Elas permitem o contato e a interação com a natureza, ainda que em pequena escala.

É importante lembrar, contudo, que as plantas são seres vivos. Deste modo, necessitam de nutrientes e cuidados para sobreviver.

As plantas fazem fotossíntese, crescem e se reproduzem. Elas não são apenas um item de decoração. Se você adquire uma planta, deve tomar alguns cuidados para que ela permaneça viva e bonita.

Por isso, é importante escolher espécies que se adaptam bem a ambientes internos.

Neste artigo, vamos mostrar as vantagens e desvantagens de ter plantas em casa.

Trouxemos também 8 sugestões de espécies para interiores, com os seus devidos cuidados necessários.

Vantagens e desvantagens de ter plantas em interiores

Antes de transformar sua casa em uma “selva” de plantas, preste atenção nas vantagens e desvantagens.

Vantagens:

  • Reduz a ansiedade

As plantas são ótimas aliadas no relaxamento. Consequentemente, aliviam o estresse e a ansiedade. A natureza está intimamente ligada ao tratamento da saúde mental.

  • Purificam o ar

As plantas, ainda que em pequena escala, ajudam a purificar o ar dos ambientes. Isso porque elas “respiram” o gás carbônico e liberam oxigênio para a nossa respiração.

  • Fornecem alimento

As plantas também são fonte de alimento, temperos e ervas medicinais. Confira neste artigo como ter uma horta em sua casa.

Como as plantas se reproduzem, elas são praticamente uma fonte infinita de nutrientes. É possível cultivar aquele tempero ou chá que você gosta em casa, sem precisar comprar cada vez.

  • Embelezam a casa

Cada vez mais, as pessoas estão utilizando plantas para decorar a casa.

A decoração é sempre uma questão muito pessoal. Contudo, existem muitas plantas que podem se adaptar a distintos gostos e estilos.

Mas nem tudo são flores…

Desvantagens:

  • Exigem cuidados diários

Para que as plantas cresçam bem, elas precisam ficar em ambientes adequados. Dependendo da espécie, vai precisar de mais sol ou mais sombra. De regas frequentes ou de pouca água.

Se você ficar muitos dias longe de casa, pode ser que alguma não sobreviva. Tenha isso em mente no momento de escolher as suas espécies.

  • Podem apresentar risco para crianças e animais

Muito cuidado com plantas como o cacto, rosas e outras plantas com espinhos ou tóxicas. Em geral, essas espécies devem ser mantidas longe de espaços com muita circulação. E, principalmente, elas devem estar fora do alcance de crianças e animais.

Por esses e outros motivos, é importante conhecer as plantas antes de colocá-las nos ambientes.

Acompanhe a seguir algumas sugestões de plantas que se adaptam a ambientes internos.

Cacto

Plantas interiores

O cacto é uma planta nativa de regiões secas e desérticas. Por esse motivo, é uma espécie que precisa de bastante sol e pouca água.

Se você regar demais um cacto, ele pode morrer “afogado”, isto é, pela hidratação excessiva. Geralmente um pouco de água uma vez por semana já é o suficiente.

Quanto mais sol incidir no cacto, mais ele irá crescer. Ele é uma ótima planta para jardins de inverno e decoração, já que precisa de poucos cuidados.

Samambaia

As samambaias são muito amadas por serem grandes e volumosas, dando um efeito especial à decoração. Não à toa, é uma das plantas mais vendidas no Brasil. Porém, elas são plantas bem exigentes.

Como são naturais de climas úmidos, elas precisam de bastante água para manter suas folhas verdes e firmes. Além de regar a terra, é importante jorrar água ao longo de suas folhas para hidratar.

A samambaia gosta de ambiente iluminados, mas sem luz do sol direta.

Lírio da paz

Plantas interiores

O lírio da paz possui uma flor branca, é atribuído à paz e também como planta purificadora de ar.

Ele cresce muito bem em ambientes de iluminação indireta. A luz do sol direta pode prejudicar sua folhagem. É importante manter a terra úmida e rica em nutrientes.

Espada de São Jorge

Pode ser considerada uma “praga” por alguns. Essa planta cresce em praticamente qualquer lugar. Terrenos arenosos, secos, com muita ou pouca incidência de sol.

Isso é um indício de que ela não precisa de muitos cuidados, tampouco de um ambiente específico. A espécie pode sobreviver muito bem em locais internos com iluminação artificial, por exemplo.

Suas raízes crescem e podem dar origem a outras plantas no mesmo vaso. Por isso, é interessante remover as partes novas de tempos em tempos. Caso contrário, ela pode ficar grande demais e estragar o vaso.

Jade

Essa planta forma um arbusto de forma similar a uma árvore. Possui floração branca ou rosa, que surge principalmente na primavera ou no inverno.

Ela pode ser regada apenas uma vez por semana, e prefere lugares bem iluminados.

Suculentas

Existem diversas espécies de suculentas. Elas são plantas menores e ornamentais, que podem ficar sozinhas ou combinadas com outras em vasos maiores.

Em geral, elas não precisam de muita água, que pode acabar apodrecendo suas raízes. Mantê-las em locais com luz indireta e regando uma vez por semana é o ideal.

Pacová

Suas folhas são grandes, brilhantes e ovais. Por esse motivo, é uma planta bastante usada na decoração.

Também conhecida como babosa-de-pau, a planta é de origem brasileira. Ela sobrevive bem em climas quentes, em meia sombra e em vasos com solo úmido.

Dracena

Com caule comprido e folhas ornamentais de diferentes tons, essa planta pode atingir até 2 ou 3 metros. Portanto, é ideal para decorar ambientes de maior escala.

A dracena não necessita de luz direta do sol, mas se desenvolve muito bem próxima às janelas. Deve ser regada de duas a três vezes por semana.

Dicas importantes

Como o habitat de todas as plantas é a natureza, é interessante observar qual o clima nativo de cada espécie.

Plantas de climas tropicais são acostumadas com solos úmidos e sombra de árvores robustas. Por isso, se adaptam bem em locais com luz indireta e precisam de regas frequentes.

Já as plantas nativas de climas áridos, como o cacto ou as suculentas, são adaptadas a solos secos, temperaturas variáveis e luz do sol. Por isso, não exigem muita água e gostam de locais iluminados.

Geralmente, a planta vai dar sinais de suas necessidades. Para saber quando deve regar, confira se o solo está úmido o suficiente. Se as folhas estiverem secas ou amareladas, pode ser sinal de sol excessivo.

Cuide também com a drenagem dos vasos, eles devem ser furados embaixo.

E, principalmente, tome muito cuidado para não deixar água parada. Isso pode contribuir para a proliferação de agentes transmissores de doenças, como a dengue.

Após conhecer essas opções, você já está preparado para ir à floricultura escolher as melhores espécies para a sua casa.

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