Educação

Escritórios Sustentáveis: Princípios e Vantagens

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Os Princípios e as Vantagens de um Escritório Sustentável

Você já imaginou como seria trabalhar em um escritório sustentável?

Hoje, muitas pessoas passam grande parte do dia trabalhando dentro de escritórios. Além disso, passam muitos anos de suas vidas nessa situação.

As consequências de um ambiente de trabalho desconfortável podem gerar graves problemas de saúde. Muitas empresas já se conscientizaram sobre a importância de espaços bem planejados.

Um escritório sustentável é um espaço confortável para trabalhar. Ele tem boa iluminação, acústica e uma temperatura agradável. Ao mesmo tempo, ele é planejado de forma responsável com o planeta, adotando medidas de eficiência energética e responsabilidade ambiental.

Um escritório sustentável traz vantagens que vão além do bem-estar dos funcionários. Os lucros da empresa tendem a aumentar. Ao mesmo tempo, os gastos diminuem.

E é curioso que muitas pessoas tomem atitudes sustentáveis em suas casas. Porém, no ambiente de trabalho não dão tanta importância a essa questão. Pequenos incentivos são suficientes para mudar atitudes.

Neste artigo, você verá como ter um escritório sustentável é mais simples do que parece.

Vamos apresentar:

  • As principais vantagens de um escritório sustentável.
  • Como projetar um escritório sustentável em 6 passos.
  • Atitudes do dia-a-dia para um escritório sustentável.

Prepare-se para transformar sua rotina de trabalho.

1. As principais vantagens de um escritório sustentável

Mas por que, afinal, você deve investir em sustentabilidade no ambiente de trabalho. As vantagens são inúmeras, entre elas estão:

  • Economia

Sim, você pode economizar sendo sustentável. Isso porque a sustentabilidade visa a otimização energética. Além disso, ela prega o uso consciente dos recursos naturais.

Ou seja, as estratégias sustentáveis farão você economizar nas contas de água e luz.

Continue lendo este artigo para saber quais são essas estratégias.

  • Maior produtividade

Trabalhar em um ambiente agradável afeta a concentração e rendimento das pessoas. Isso irá fazer com que a empresa evolua mais rapidamente.

  • Valores

Uma empresa que adota a sustentabilidade como um valor será mais bem vista por seus clientes.

Hoje os consumidores já estão conscientes da importância da sustentabilidade. Desta forma, muitos dão preferência a empresas preocupadas com o meio ambiente.

  • Vantagens competitivas

Em alguns locais, já é possível obter redução de impostos ao adotar algumas atitudes sustentáveis. Como, por exemplo, utilizar energia de fontes renováveis.

Está convencido?

Agora, vamos ver como funciona um escritório sustentável.

2. Como projetar um escritório sustentável em 6 passos

Siga os passos abaixo para projetar um escritório sustentável. Ou ainda, para adaptar um escritório para que ele se torne mais sustentável.

1. Distribuição de luz natural

A luz natural é muito importante. Mas alguns cuidados são necessários. Em escritórios com muitas mesas de trabalho, essa luz pode ficar mal distribuída.

Em mesas muito próximas de janelas, também é preciso cuidar com o ofuscamento.

Ou seja, as janelas precisam ser projetadas com bons tamanhos. Se necessário, venezianas ou brises ajudam a controlar a entrada de luz. Para que essa luz seja bem distribuída, use cores claras dento do ambiente, principalmente no teto.

Confira na imagem abaixo algumas dicas de iluminação natural:

escritório sustentável

2. Vistas de qualidade

Ainda sobre as janelas, ofereça vistas de qualidade. Uma vista de qualidade é quando você tem uma vista agradável da sua mesa de trabalho. Geralmente ela envolve elementos naturais, paisagens bonitas, o céu e assim por diante.

A nossa mente responde bem quando há elementos naturais em seu campo de visão.

Os postos de trabalho devem ser organizados para que todos tenham vistas de qualidade. Se não for possível voltar todas as mesas para a janela, aposte em elementos naturais dentro do escritório.

3. Biofilia

Siga os princípios do design biofílico. Segundo eles, tudo o que remete à natureza tem boa influência sobre as pessoas.

Esses elementos podem ser texturas, formas e materiais. Ou ainda, a própria natureza, como plantas.

Existem algumas plantas específicas para ambientes internos. Elas melhoram a aparência do escritório e ainda purificam o ar.

4. Ventilação

Existem algumas estratégias que otimizam a ventilação natural. A vantagem é a economia no uso de ar condicionado.

Uma boa ventilação irá melhorar o conforto térmico dos trabalhadores.

Veja neste artigo quais são essas estratégias.

5. Acústica

Na maioria dos escritórios, a questão acústica é essencial. O silêncio garante concentração e foco aos trabalhadores.

A dica é apostar em elementos que absorvem ruído. Esses elementos podem ser espumas acústicas ou cadeiras estofadas, por exemplo.

6. Mobiliário

Ao escolher os móveis, escolha fornecedores responsáveis. Você pode também optar por opções de móveis de material reciclável. Ou ainda, móveis que já foram reciclados.

O melhor a fazer é adotar essas dicas no momento de projetar o escritório. Assim, é possível pensar em todos os detalhes. Na etapa de projeto, é mais fácil testar diferentes opções. E se houver alguma mudança, você não precisa quebrar uma parede.

Nessa etapa, o ideal é realizar simulações energéticas para testar as melhores soluções.

Se você quiser adaptar seu escritório, talvez precise investir em uma reforma. Contudo, as vantagens compensam o investimento.

Por fim, iremos mostrar algumas atitudes cotidianas sustentáveis. Essas atitudes você pode adotar hoje mesmo em seu escritório.

3. Atitudes do dia-a-dia para um escritório sustentável

  • Reciclar o lixo

Separar o lixo reciclável do lixo orgânico é uma atitude muito fácil de ser adotada.

Pesquise sobre como funciona a reciclagem em sua cidade. Em escritórios, é comum haver bastante papel. Para que o papel seja reciclável, o ideal é que ele não seja amassado.

Conscientize os funcionários sobre os requisitos de reciclagem de sua cidade.

  • Reuniões à distância

Algumas questões não precisam de encontros pessoais para serem resolvidas. Com reuniões online, você evita emitir os gases poluentes emitidos pelo transporte.

  • Reduzir consumo de material descartável

Incentive os funcionários a trazer uma garrafa de água.

Encaminhar o plástico para a reciclagem não garante que ele será reciclado. Por isso, antes de pensar em reciclar, é preciso pensar em reduzir o consumo.

O mesmo vale para papéis. Incentive o uso das duas faces de uma folha. Deixe papéis usados para rascunho.

  • Meios de propaganda

Se você utiliza cartões de visita, ou folhetos de propaganda, use papel reciclado. Se não for possível, certifique-se que seu fornecedor tem responsabilidade ambiental.

  • Carona solidária

Incentive seus funcionários a oferecer carona. Ao compartilhar a locomoção, estará economizando combustível e dinheiro.

Um escritório sustentável…

Traz inúmeras vantagens para a empresa e para os funcionários. Invista em um bom projeto sustentável e realize simulações energéticas. É importante pensar na iluminação, ventilação e acústica para garantir conforto.

O design biofílico é um grande aliado para tornar o ambiente de trabalho mais agradável. Preste atenção na escolha de plantas. Elas devem ser adaptadas para ambiente internos.

Por fim, incentive os funcionários a tomarem atitudes sustentáveis no dia a dia. Você pode estar os influenciando para tomar as mesmas atitudes em suas casas. Escritórios sustentáveis são o futuro das empresas.

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Biofilia
Educação

Construções Autossuficientes: Os 3 Passos para Alcançá-las

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Os 3 passos para uma construção autossuficiente

Você sabe o que é uma construção autossuficiente?

Já pensou não precisar comprar alimentos no mercado? E nem pagar contas de água ou energia?

Antigamente isso era bastante normal. Antes do surgimento das cidades, cada residência era responsável por seu sustento. A única saída era ser autossuficiente.

Com o surgimento das cidades, várias pessoas passaram a compartilhar do mesmo espaço. Ao mesmo tempo, o fornecimento de água, alimento e energia foi setorizado.

Hoje nós dependemos da infraestrutura da cidade. É a cidade que providencia energia e água para nossas casas.

Porém, em busca de ter maior independência, muitas pessoas estão buscando construir casas autossuficientes.

1. O que é uma casa autossuficiente

Ser autossuficiente significa não depender de nada externo.

Imagine uma casa normal. Ela precisa ser alimentada com insumos que vem de fora para que você viva nela. A água e a energia geralmente são fornecidas pela prefeitura. Já os alimentos, você traz do mercado ou da feira.

Ao mesmo tempo, você devolve tudo para a cidade em forma de resíduo. Como o lixo e o esgoto. Essa cadeia não é sustentável.

A consequência é escassez de água potável e combustíveis fósseis no mundo inteiro. Esses recursos estão se esgotando em um ritmo muito acelerado. E as cidades têm uma grande parcela dessa responsabilidade.

Casas autossustentáveis utilizam a água de chuva, o sol, os ventos e as plantas de maneira inteligente. A questão não é o estilo construtivo. Mas sim, uma arquitetura pensada para coletar todos os recursos disponíveis.

Assim, é possível depender menos do da infraestrutura da cidade. Por consequência, você ainda economiza dinheiro.

É muito difícil ter uma casa completamente autossustentável. Mas elas existem, você verá um exemplo no final deste artigo.

Fique tranquilo, existem alternativas para tornar a sua casa mais autossuficiente. Mesmo que ela já esteja construída.

A seguir você aprenderá algumas estratégias para aplicar na sua casa.

São três aspectos pelos quais uma casa pode ser autossuficiente: energia, água e alimentos.

2. Autossuficiência de energia

Existem casas capazes de produzir toda a energia que consomem. Também existem casas que produzem mais do que consomem. Nesse último caso, algumas conseguem vender esse excedente para a cidade.

Se você quer ter uma casa autossuficiente de energia, precisa observar alguns itens:

  • Recursos disponíveis em sua região

Analisar a insolação e os ventos do lugar onde você mora é o primeiro passo.

  • Equipamentos e serviços acessíveis

As tecnologias para gerar energia de fontes renováveis ainda são novas. Principalmente em pequenas escalas, como para uma casa.

Por esse motivo, pode ser que na sua cidade não haja fornecedores dos equipamentos necessários. Ou mesmo mão de obra especializada.

É importante verificar o que há disponível em sua região.

Exitem três principais maneiras principais de gerar energia em uma casa ou edifício.

  • Energia Solar

Essa é maneira mais comum de captar energia em residências. São instaladas placas solares na cobertura da casa.

autossuficiente

Exemplo de telhado com placas solares. (Fonte: g1.globo.com)

Antes de fazer a instalação das placas, é importante observar a carta solar da cidade. A carta solar irá mostrar qual a direção que recebe mais insolação.

O sol esquenta essas placas. E esse calor, então, é transformado em energia.

Você pode utilizar placas solares para gerar energia, ou somente para aquecer a água.

  • Energia eólica

Hoje já existem geradores de energia eólica em pequena escala.

autossuficiente

Gerador de energia eólico em condomínio de Florianópolis, SC (Fonte: revista.zapimoveis.com.br)

Para que esses geradores forneçam energia, suas turbinas precisam se movimentar. Em locais de ventos muito intensos, o movimento das turbinas pode causar ruído.

Por isso, é necessário ficar atendo ao local de instalação dessas usinas.

  • Biogás

O biogás é produzido a partir da decomposição de matéria orgânica. Esse gás pode ser transformado em energia elétrica.

Exatamente, você pode transformar o seu lixo orgânico em energia.

autossuficiente

Biodigestor em escala residencial. (Fonte: biomassabioenergia.com.br)

Os biodigestores são mais eficientes quando utilizados em comunidade. Assim, obtém-se mais eficiência para gerar boas quantidades de energia elétrica.

É incrível perceber como temos os recursos necessários para gerar energia para nossa casa, não é?

O próximo recurso abundante que podemos aproveitar é a água da chuva.

3. Autossuficiência de água

Um sistema de captação de água da chuva pode ser responsável por grandes economias de água. A autossuficiência vai depender muito do regime de chuvas da sua região, mas também é possível.

Para recolher a água da chuva, é necessário encaminhar a água que cai no telhado para uma cisterna.

A partir da cisterna, há duas opções:

  • Utilizar a água da chuva para jardim, limpeza e descargas.
  • Tratar e transformar em água potável para todas as funções da casa.

Por mais que possa parecer, a água da chuva não é potável. E principalmente depois de cair no telhado, ela fica bastante suja.

Portanto, se a intenção for utilizar a água da chuva na casa inteira, ela precisa ser tratada primeiro.

A instalação desses sistemas possa ter um custo inicial alto. Mas a longo prazo, a economia de água e energia compensam.

Além disso, você estará consciente que consome recursos de fontes renováveis.

O próximo item é o mais difícil de alcançar autossuficiência. Principalmente se você mora em uma zona urbana.

4. Autossuficiência de alimento

O cultivo de alimentos exige bastante trabalho. É necessário dispor de bastante terra para que se consiga uma variedade de culturas. Por isso, é muito difícil que alguém produza todos os alimentos que consome.

Mas esse aspecto pode englobar uma região maior. Se pensarmos como cidade e comunidade, a logística fica mais fácil. Uma cidade autossustentável é também aquela que produz sua própria energia e alimento.

Hoje já existem vilas autossustentáveis. Nessas pequenas comunidades, as pessoas compartilham entre si suas produções.

5. Exemplo de comunidade autossustentável.

Michael Reynolds é um arquiteto que constrói residências autossustentáveis. Ele ficou famoso por promover comunidades autossustentáveis no mundo inteiro.

O documentário “Garbage Warrior” conta sua trajetória. Ele desafiou as autoridades com seus projetos. O arquiteto construiu casas que não necessitavam de fornecimento de energia ou água.

Um exemplo é a casa “Nave Terra”, construída na Argentina.

Nave Terra, construção autossustentável de Michael Reynolds. (Fonte: Archdaily)

Essa residência foi construída com materiais recicláveis, como pneus, latas e garrafas plásticas e de vidro.

A massa térmica da casa permite que ela mantenha uma temperatura agradável. Durante todo o ano, a casa oscila entre 18º e 22º C.

A construção também possui:

  • Coleta, filtragem e limpeza da água da chuva
  • Produção de frutas e verduras;
  • Abastecimento com energia eólica e solar.

Ou seja, ela possui todos os princípios de uma casa autossustentável.

Concluindo…

Pelo exemplo acima percebe-se que casas autossustentáveis são possíveis. Você precisa de um bom planejamento de acordo com o clima de sua região.

Também é possível transformar uma construção existente para que ela se torne mais autossustentável. Adotando algumas técnicas desse artigo você depende menos de recursos externos. Além de ser uma opção mais sustentável, você irá economizar dinheiro.

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Biofilia
Educação

Biofilia: como aplicar o design biofílico em sua casa e em seus projetos

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Biofilia: como aplicar o design biofílico em sua casa e em seus projetos

Em um mundo cada vez mais urbanizado, arquitetos e designers de interiores buscam constantemente formas inovadoras de reconectar as pessoas com a natureza.

Inspirado na atração humana inata pela natureza e pelos sistemas vivos, o design biofílico está emergindo como uma forte tendência de design que cria harmonia entre o ambiente construído e o mundo natural.

Neste artigo abrangente, exploraremos o conceito de biofilia na arquitetura, discutiremos seus benefícios e princípios e forneceremos exemplos práticos e estudos de caso para inspirar seu próximo projeto.

Seção 1: Compreendendo a biofilia

1.1 Definindo Biofilia

Biofilia, termo cunhado pelo biólogo E.O. Wilson, refere-se à afinidade humana inata pela natureza e pelos sistemas vivos. É uma resposta evolutiva à nossa dependência da natureza para sobrevivência e bem-estar.

À medida que a urbanização e os avanços tecnológicos levam a uma desconexão com a natureza, a biofilia tornou-se um elemento de design essencial para promover o bem-estar e aumentar nossa conexão com o meio ambiente.

1.2 Biofilia: a interseção da natureza e da arquitetura

O design biofílico é uma abordagem de arquitetura e design de interiores que busca integrar a natureza ao ambiente construído. Isso pode ser alcançado incorporando elementos, materiais e formas naturais e criando espaços que evocam uma sensação de conexão com a natureza. Ao fazer isso, o design biofílico visa promover o bem-estar, a sustentabilidade e a sensação de pertencimento.

Seção 2: Os benefícios da biofilia

2.1 Melhor bem-estar e produtividade

Estudos demonstraram que a incorporação de elementos biofílicos no design pode impactar positivamente a saúde mental e física. A exposição a elementos naturais, como plantas, luz natural e ar fresco, tem sido associada à redução dos níveis de estresse, aumento da produtividade e aumento da criatividade. Isso é particularmente importante em ambientes de trabalho, onde estresse e esgotamento são preocupações comuns.

2.2 Sustentabilidade

O design biofílico promove eficiência energética, conservação de recursos e adaptação climática ao integrar elementos e sistemas naturais à arquitetura. Estratégias passivas de projeto, como ventilação natural e iluminação natural, podem reduzir significativamente o consumo de energia de um edifício. Além disso, a incorporação de telhados verdes, paredes vivas e outros sistemas naturais pode ajudar a mitigar o efeito da ilha de calor urbana e melhorar a biodiversidade local.

2.3 Experiência de usuário aprimorada

O design biofílico cria espaços que não são apenas funcionais, mas também emocionalmente e esteticamente atraentes. Elementos e materiais naturais podem evocar uma sensação de calma, conforto e conexão, resultando em uma experiência de usuário mais envolvente. Isso é particularmente valioso em espaços públicos, como hotéis, restaurantes e ambientes de varejo, onde a qualidade da experiência do usuário pode afetar diretamente a satisfação e a fidelidade do cliente.

2.4 Benefícios econômicos

O potencial de aumentar os valores das propriedades, aumentar a satisfação dos funcionários e reduzir os custos de saúde tornam o design biofílico um bom investimento para empresas e incorporadores imobiliários. Um espaço bem projetado e repleto de natureza pode atrair inquilinos e clientes, melhorando a retenção e a produtividade dos funcionários. Além disso, os benefícios para a saúde associados ao design biofílico podem levar à redução dos custos de saúde e do absenteísmo.

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Quais as vantagens da Biofilia

Porque a biofilia se tornou uma tendência tão grande?

Com certeza isso se deve às inúmeras vantagens que ela proporciona. A biofilia melhora nossa saúde, produtividade e aumenta o lucro de estabelecimentos comerciais.

Confira as principais vantagens da biofilia para cada ambiente:

Em hospitais:

  • Acelera a recuperação de pacientes
  • Funcionários trabalham mais satisfeitos
  • Melhora a imagem pública do hospital

Em escolas:

  • Ajuda na concentração dos alunos
  • Melhorias cognitivas
  • Incentiva a curiosidade e observação

Em escritórios

  • Melhora o rendimento dos trabalhadores
  • Maior lucratividade para empresas

Em lojas ou supermercados:

  • Valoriza os produtos
  • Atrai clientes

Em residências:

  • Melhora o humor dos habitantes
  • Previne ansiedade

Isso demonstra como o design biofílico é uma ferramenta eficiente em qualquer ambiente.

Inserir a biofilia nos espaços não é muito simples. Listamos abaixo os 6 elementos que abrangem esse conceito.

Seção 3: Princípios da Biofilia

Para incorporar o design biofílico na arquitetura, considere os seguintes princípios:

3.1 Experiência Direta da Natureza

Incorpore elementos naturais como plantas, água, luz solar e ar fresco em seu design. Isso pode ser alcançado por meio de telhados verdes, paredes vivas, espelhos d’água e grandes janelas que fornecem ampla luz natural e vistas para o exterior.

3.2 Experiência Indireta da Natureza

Use materiais, cores, padrões e texturas naturais que evoquem a sensação de estar na natureza. Isso pode incluir o uso de madeira, pedra e outros materiais orgânicos, incorporando padrões inspirados na natureza, como fractais e cores que refletem o mundo natural.

3.3 Condições de Espaço e Lugar

Projete espaços que facilitem a conexão com o meio ambiente, como vistas, perspectivas e áreas de refúgio, e espaços que estimulem a exploração e o movimento. Crie uma sensação de profundidade e dimensão incorporando diferentes alturas, níveis e complexidade visual.

3.4 Relações Humano-Natureza Evoluídas

Integrar aspectos culturais e históricos que refletem as relações homem-natureza, como arte, símbolos e biomimética. Considere como a história, as tradições e os valores culturais locais podem ser expressos por meio do design para criar uma conexão mais profunda com o ambiente natural.

3.5 Integração de Sistemas Naturais

Incorpore sistemas naturais, como coleta de água da chuva, reciclagem de águas cinzas e ventilação natural, em seu projeto para promover a conservação de recursos e reduzir o impacto ambiental.

Seção 4: Exemplos práticos de biofilia

4.1 Paredes Vivas

Os jardins verticais, também conhecidos como paredes vivas ou paredes verdes, são uma maneira visualmente deslumbrante de introduzir a vida vegetal em espaços internos e externos. Melhoram a qualidade do ar e servem como isolamento natural, reduzindo o consumo de energia.

4.2 Iluminação Natural

Otimize o uso da luz do dia através da colocação estratégica de janelas, clarabóias e prateleiras de luz. Isso reduz os custos de energia e cria uma atmosfera mais confortável e convidativa.

4.3 Características da Água

A integração de recursos aquáticos como fontes, lagoas e cachoeiras pode criar um ambiente calmo e relaxante. O som e o movimento da água podem ajudar a reduzir o estresse e criar uma sensação de tranquilidade.

4.4 Materiais Biofílicos

Use materiais sustentáveis e naturais, como madeira, pedra e bambu, para criar uma conexão com a natureza. Esses materiais também têm um impacto ambiental menor do que as alternativas sintéticas.

4.5 Padrões e cores inspirados na natureza

Incorpore padrões e cores encontrados na natureza, como formas orgânicas, fractais e tons de terra, para evocar uma sensação de conexão com o mundo natural.

4.6 Luz Dinâmica e Difusa

Incorpore fontes de luz dinâmicas e difusas que imitam a luz solar natural, como sistemas de iluminação LED sintonizáveis, para criar um ambiente mais natural e confortável.

4.7 Espaços Externos

Projete espaços ao ar livre, como terraços, varandas e pátios, permitindo que os usuários se conectem com a natureza e desfrutem do ar puro e da luz natural.

 

Seção 5: Estudos de caso sobre biofilia

Biophilia Case Study 1: The Eden Project, Cornwall, Reino Unido

Esta atração icônica, localizada em dois grandes biomas, apresenta a maior floresta tropical coberta do mundo e um ambiente mediterrâneo. Com seu design inovador, o Eden Project demonstra com sucesso o poder da arquitetura biofílica na criação de espaços imersivos, educacionais e envolventes.

Biophilia Case Study 2: Hospital Khoo Teck Puat, Singapura

Este hospital incorpora extensa área verde, luz natural e recursos hídricos em todo o seu projeto, criando um ambiente de cura para os pacientes e um local de trabalho agradável para a equipe. Os jardins e varandas da cobertura da instalação oferecem descanso e relaxamento, enquanto seu projeto de eficiência energética minimiza o impacto ambiental do edifício.

Biophilia Case Study 3: The Bullitt Center, Seattle, EUA

Apelidado de “edifício comercial mais verde do mundo”, o Bullitt Center incorpora vários elementos de design biofílico, incluindo telhado verde, ventilação natural e estratégias de iluminação natural. O edifício coleta água da chuva, gera energia e processa resíduos, estabelecendo um alto padrão de design sustentável.

Biophilia Case Study 4: Bosco Verticale, Milão, Itália

Essas torres residenciais premiadas apresentam mais de 900 árvores e 2.000 plantas, criando uma floresta vertical urbana. A vegetação não só absorve CO2 e produz oxigênio, mas também ajuda a reduzir a poluição sonora e regular a temperatura do edifício.

Biophilia Case Study 5: Pixel Building, Melbourne, Austrália

Este edifício de escritórios inovador é um excelente exemplo de design biofílico em um ambiente comercial. O Pixel Building apresenta telhados verdes, paredes vivas e uma fachada única que incorpora painéis coloridos inspirados na natureza. O edifício também foi projetado para máxima eficiência energética, com foco em luz natural, resfriamento passivo e geração de energia renovável.

Biophilia Case Study 6: Parkroyal em Pickering, Singapura

Este hotel de luxo combina perfeitamente arquitetura e natureza com seu design exclusivo. O edifício apresenta extensa área verde, incluindo exuberantes jardins no céu, paredes verdes e elementos aquáticos. A incorporação de elementos e materiais naturais cria uma atmosfera de resort, proporcionando aos hóspedes uma experiência tranquila e rejuvenescedora.

Biophilia Case Study 7: The Spheres, Seattle, EUA

O espaço de trabalho exclusivo da Amazon, The Spheres, consiste em três cúpulas de vidro interconectadas que abrigam mais de 40.000 plantas em todo o mundo. Elementos de design biofílicos, como vegetação exuberante, fontes de água e luz natural, criam um ambiente de trabalho relaxante e inspirador que incentiva a criatividade e a colaboração dos funcionários.

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Seção 6: Biofilia e design sustentável: uma relação sinérgica

6.1 A natureza interconectada do design sustentável e da biofilia

A biofilia e o design sustentável compartilham um objetivo comum: criar ambientes construídos que estejam em harmonia com o mundo natural e promovam o bem-estar dos seres humanos e do planeta. Enquanto a biofilia promove conexões homem-natureza e aumenta o bem-estar, o design sustentável enfatiza a conservação de recursos, eficiência energética e responsabilidade ambiental.

Quando essas duas abordagens são combinadas, surge uma relação sinérgica, resultando em espaços restauradores e sustentáveis.

6.2 Elementos da Biofilia que Melhoram a Sustentabilidade

Muitos elementos de design biofílico contribuem diretamente para a sustentabilidade de um edifício ou espaço. Por exemplo:

Telhados verdes e paredes vivas:Esses recursos reconectam os ocupantes com a natureza, fornecem isolamento, reduzem o escoamento de águas pluviais e melhoram a qualidade do ar.

Iluminação e ventilação naturais:Ao priorizar a luz natural e a circulação do ar, o design biofílico reduz o consumo de energia e cria ambientes internos mais saudáveis.

Recursos hídricos e captação de água da chuva: A incorporação de elementos de água e sistemas de coleta de água da chuva pode conservar os recursos hídricos e criar espaços relaxantes e tranquilos.

Uso de materiais sustentáveis:O design biofílico geralmente enfatiza o uso de materiais naturais, de origem local e renováveis, que têm um impacto ambiental menor em comparação com as alternativas sintéticas.

6.3 Estratégias de Desenho para Combinar Sustentabilidade e Biofilia

Para criar espaços biofílicos e sustentáveis, arquitetos e designers podem empregar as seguintes estratégias:

Seleção e orientação do local:Escolha um local que integre elementos naturais, como corpos d’água ou espaços verdes, e projete a orientação do edifício para maximizar a luz natural e as oportunidades passivas de aquecimento/resfriamento.

Projeto Integrativo:Colaborar com equipes multidisciplinares, incluindo ecologistas, arquitetos paisagistas e engenheiros ambientais, para desenvolver soluções de design holístico considerando princípios biofílicos e sustentáveis.

Reutilização adaptativa e renovação:Preserve e reaproveite as estruturas existentes, quando possível, para reduzir o desperdício e a energia incorporada. Integre elementos biofílicos para melhorar o bem-estar dos ocupantes e a conexão com a natureza.

Design baseado em desempenho: Use métodos e ferramentas de projeto orientados por dados, como simulações de desempenho de edifícios, para otimizar a eficiência energética e o conforto dos ocupantes, incorporando elementos biofílicos.

Envolvimento e educação da comunidade:Envolva a comunidade local no processo de design e ofereça oportunidades educacionais para promover a conscientização sobre os benefícios do design biofílico e sustentável.

A relação entre biofilia e design sustentável ressalta a importância de uma abordagem holística para arquitetura e design de interiores.

Ao incorporar princípios biofílicos e sustentáveis, os designers podem criar espaços esteticamente atraentes, emocionalmente ressonantes, ambientalmente responsáveis e eficientes em termos de recursos. Em última análise, esta relação sinérgica promove um futuro mais sustentável, onde o ambiente construído apoia o bem-estar humano e a saúde do nosso planeta.

Biofilia: a conclusão

A biofilia na arquitetura oferece uma oportunidade única para arquitetos e designers de interiores criarem espaços esteticamente agradáveis, funcionais, ambientalmente sustentáveis e emocionalmente ressonantes. Ao adotar os princípios de design biofílico, podemos melhorar a qualidade de nossos ambientes construídos e promover uma conexão mais profunda entre os humanos e o mundo natural.

À medida que nossas cidades crescem e evoluem, devemos priorizar a integração do design biofílico em nossas práticas arquitetônicas. Fazer isso pode criar um futuro onde o ambiente construído alimenta nosso bem-estar, apoia os ecossistemas do nosso planeta e promove uma relação mais sustentável e harmoniosa com a natureza.

Como arquitetos e designers de interiores, vamos abraçar o poder do design biofílico e tornar o mundo um lugar mais saudável, bonito e conectado para todos.

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Educação

Pegada ecológica: o que é e como calcular a sua.

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Pegada ecológica: o que é e como calcular a sua.

 
Você já ouviu falar em pegada ecológica?
 
O termo se refere justamente à “pegada”, ou seja, ao impacto que a existência de cada indivíduo gera no planeta terra.
 
O estilo de vida atual conta com diversas “regalias”. Mesmo que elas não sejam acessíveis a todos, elas permitem que muitos consumam além de suas necessidades básicas de sobrevivência.
 
Tomar banho quente, ter um automóvel e consumir uma grande diversidade de alimentos diariamente. Essas são ações que geram impactos, pois demandam a exploração de recursos naturais.
 
Água, terra, ar, árvores, animais, combustíveis fósseis e o sol sempre foram recursos necessários para a sobrevivência. A questão é que alguns são renováveis, isto é, são rapidamente renovados pelo próprio planeta, outros não.
 
Desde os anos 60, a humanidade vem consumindo mais recursos do que o planeta pode regenerar em um ano. Isso significa que seria necessário mais de um planeta para abastecer nosso estilo de vida. Ou seja, vivemos de forma insustentável.
 
E agora? Como saber o quanto meu estilo de vida impacta no planeta? O que pode ser feito para reduzir esse impacto?
 
Neste artigo iremos mostrar o raciocínio por trás da pegada ecológica. Assim, você conseguirá calcular qual é a sua pegada, e ver as alternativas possíveis para diminuí-la.
 
Você vai aprender:
 
  • O que é pegada ecológica
  • Como é feito o cálculo da pegada ecológica;
  • O que é o dia de sobrecarga da terra;
  • Quais países geram os maiores impactos;
  • Como saber qual é a sua pegada ecológica;
  • Como diminuir sua pegada ecológica através de atitudes individuais;
 

1. O que é Pegada Ecológica

 
O termo “pegada ecológica” foi criado em 1990 pelos cientistas canadenses Mathis Wackernagel e William Rees. Hoje, ele é internacionalmente conhecido. Portanto, se relaciona ao desenvolvimento sustentável e ao uso racional dos recursos naturais.
 
Pegada ecológica é uma forma de medir os recursos naturais que seus hábitos cotidianos exigem. O resultado é dado em quantidades de planetas terras. Ou seja, quantos planetas terras seriam necessários para suprir seu estilo de vida.
 
A pegada ecológica de um país, portanto, será uma média das pegadas ecológicas de sua população.
 

2. Como é feita a conta da pegada ecológica

 
A Global Footprint Network é a organização que oferece recursos para o cálculo da pegada ecológica.
 
O cálculo feito para descobrir quantos planetas são necessários para manter nosso estilo de vida adota a medida de hectare global. São consideradas as áreas de atividades de agricultura, pecuária, áreas urbanas, florestas e quantidade de carbono.
 
Hoje, a média da pegada ecológica mundial é de 2,7 hectares globais por pessoa. Enquanto isso, a biocapacidade de fornecimento do planeta gira em torno de 1,8 hectare global por pessoa. Esses dados apontam a necessidade de 1,5 planetas para abastecer nossas necessidades.
 
No gráfico abaixo nota-se como esse número vem crescendo, e qual a previsão para 30 anos.
Pegada ecológica
 

Projeções (Global Footprint Network, 2010)

 
Esses números apontam uma situação preocupante. À medida que esse problema se agrava, intensificam as disputas por recursos.

3. O que é o dia de sobrecarga da terra

 
A pegada ecológica está diretamente relacionada ao dia de sobrecarga da terra. Essa é a data em que o planeta esgota toda a quantidade de recursos que ele pode regenerar em um ano.
 
No ano de 2020, essa data está prevista para dia 22 de agosto. Isso deixa claro que precisaríamos de mais que um planeta para manter nossos hábitos de consumo.
 

4. Países e suas pegadas ecológicas

 
Ao contrário do que você deve estar pensando, os Estados Unidos não estão em primeiro lugar na lista da pegada ecológica. Mas o país perde apenas para os Emirados Árabes, que ocupam o primeiro lugar. A Austrália ocupa a terceira posição na lista de países que causam o maior impacto no planeta.
 
Outro dado interessante é que o Japão precisaria de 8 vezes sua própria área para garantir os recursos naturais que sua população demanda.
 
A média do Brasil é de 2,9 hectares globais por habitante, estando um pouco acima da média mundial de 2,7 gha/cap. Isso nos coloca como um país que tem hábitos de consumo mais intensos que a média mundial.
 
Agora, voltando o olhar para mais perto, já pensou em calcular sua própria pegada ecológica?
 

5. Calculando a sua pegada ecológica

 
O cálculo realizado para medir a pegada ecológica de cada um considera alguns hábitos cotidianos.
 
Alguns exemplos de hábitos considerados são:
 
  • Consumo de carne,
  • Se você possui um automóvel e com qual frequência o utiliza
  • Se você oferece ou pega caronas
  • Quantas vezes por mês costuma comprar roupas ou aparelhos eletrônicos,
 
Existem testes online em que você responde algumas perguntas e descobre sua pegada ecológica. Isto é, quantos planetas seriam necessários se todos tivessem o mesmo estilo de vida que o seu.
 
Você pode realizá-lo nesses sites:
 
 

6. Como reduzir sua pegada ecológica

Se você já realizou o teste, provavelmente percebeu que seu estilo de vida causa grande impacto no planeta, não é mesmo?
 
Mas quais são as alternativas para reduzir esse impacto e, ainda assim, ter uma vida confortável?

Alimentação:

O consumo de carne vermelha demanda grandes áreas de pasto para a criação de gado. Desde modo, é um dos motivos principais que levam ao desmatamento de florestas.
 
Reduzir o consumo de carne vermelha é uma ação simples e que pode causar grande impacto positivo.

Bens materiais:

Consuma bens materiais de forma consciente. Isso significa prestar atenção na origem, qualidade e matérias-primas utilizadas para a fabricação. Ou seja, dar preferência a produtores locais, coisas duráveis e comprar somente o que é realmente necessário.
 
Neste artigo explicamos detalhadamente uma maneira fácil de adotar um estilo de vida mais minimalista.
 
No momento de escolher eletrônicos, é importante prestar atenção no gasto de energia. Dê preferência aos que consomem menos energia e são mais eficientes.

Transporte:

Se você tem um carro e o utiliza bastante, considere começar a oferecer caronas para seus colegas de trabalho. Se você pensa que poderia abrir mão do automóvel, pode começar a utilizar mais o transporte público de sua cidade. Outras alternativas são andar de bicicleta e até pegar caronas com seus conhecidos

Arquitetura:

Morar em uma casa bem planejada é uma forma de reduzir sua pegada ecológica. Estratégias de conforto térmico que visam menor consumo de energia são características de uma casa sustentável.
 
Outras características são:
 
  • Recolhimento de água da chuva,
  • Aquecimento solar,
 
Essas estratégias são essenciais para otimizar o consumo de recursos naturais.

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Resumindo…

 
Saber nossa pegada ecológica é o primeiro passo para começar a adotar atitudes sustentáveis. Considerando a urgência dessas atitudes, é importante mobilizar não só a população, mas também a indústria e as autoridades governamentais.
 
Como você viu aqui, ter uma rotina menos impactante ao planeta terra não é tão simples, contudo, é necessário. Essas atitudes positivas garantem a nossa permanência em um planeta saudável por mais tempo.
 
Renunciando a pequenos hábitos insustentáveis, você colabora para a regeneração do planeta e dos recursos naturais.
Fontes:
SCARPA, Fabiano. Pegada Ecológica: qual é a sua? / Fabiano Scarpa; Ana Paula Soares. São José dos Campos, SP; INPE, 2012. 24p.
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Educação

Ar Condicionado Inverter: quais as vantagens?

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Ar Condicionado Inverter: vantagens e desvantagens.

 
O ar condicionado inverter surgiu para melhorar os sistemas de ar condicionado split. Ele foi desenvolvido com o intuito de consumir menos energia e ser mais eficiente.
 
O modelo inverter controla a velocidade do compressor do motor através de um inversor (daí o nome), que regula a temperatura.
 
Se você pretende economizar na conta de luz, sugerimos que você leia este artigo até o fim.
 
Por mais que uma casa possua estratégias de conforto térmico, muitas vezes o uso do ar condicionado se faz necessário. Principalmente em locais onde o calor é intenso.
 
Algumas técnicas colaboram para melhorar a eficiência de um ar condicionado, como:
 
  • Boas vedações nas portas e janelas;
 
  • Potência do aparelho adequada à dimensão do ambiente.
 
  • Quantidade de máquinas de acordo com a demanda.
 
E, principalmente,
 
  • A compra de um bom equipamento.
 
Neste artigo vamos analisar as diferenças entre o ar condicionado split convencional e o inverter. Mostraremos as vantagens e desvantagens de cada um.
 
Além disso, você vai aprender em quais especificações deve prestar atenção no momento de escolher um aparelho.
 

1. Economia de Energia

 
Estima-se que o ar condicionado inverter seja de 40% a 60% mais econômico que o ar condicionado convencional.
 
A economia se baseia na extinção de picos de energia em seu funcionamento. Isso se deve a uma placa que fica na unidade externa e controla a frequência do compressor.
 
O que são picos de energia?
 
É comum percebermos que os ares condicionados comuns desligam ao atingir a temperatura correta. E ligam novamente quando a temperatura aumenta. Deste modo, cada vez que ele liga, ele gera um pico de energia.
 
O ar condicionado inverter possui uma placa que controla a frequência do compressor. Isso quer dizer que ele não desliga durante o funcionamento. Mas sim, mantém um funcionamento contínuo e pouco variável.
 
Podemos ver essa diferença nos gráficos abaixo:
 
Ar condicionado inverter

Ar condicionado convencional. Imagem: Frigelar

Ar condicionado inverter

Ar condicionado inverter. Imagem: Frigelar

 

2. Conforto térmico e acústico

 
A frequência contínua do equipamento também garante maior conforto térmico e evita que você precise ficar colocando e tirando o casaco. Isso porque a temperatura se mantém constante no ambiente.
 
Outra vantagem dessa característica do modelo Inverter é a redução de ruído. Como o funcionamento é constante, o ruído também é suave e sem variações. Ideal para quem se incomoda com barulho.
 

3. Velocidade de resfriamento de um Ar Condicionado Inverter

 
O ar condicionado Inverter atinge a temperatura desejada mais rápido que o convencional. O motivo é o fluido refrigerante (gás) circular pelo aparelho com maior pressão, otimizando a troca de calor.
 
Por outro lado, quando um ar condicionado convencional atinge a temperatura certa, ele desliga. Ou seja, essa demora de regulagem acontece repetidamente.
 

4. Gás Refrigerante

 
Você sabia que o funcionamento de um ar condicionado depende do uso de gases refrigerantes?
 
Até um tempo atrás, utilizava-se o R22, gás nocivo à camada de ozônio. Isso tornava o ar condicionado um grande vilão da pegada de carbono e do aquecimento global.
 
Hoje, a maioria dos aparelhos já substituiu o R22 pelo R410a. Esse último é mais eficiente e não afeta a camada de ozônio.
 

5. Manutenção de um Ar Condicionado Inverter

 
O ar condicionado convencional apresenta maior facilidade de manutenção. Sua estrutura é mais simples e o modelo está há mais tempo no mercado.
 
Já o ar condicionado inverter possui elementos eletrônicos mais complexos. Essa questão exige profissionais mais qualificados para a manutenção. Desta forma, os custos são geralmente maiores.

6. Durabilidade

 
A durabilidade dos aparelhos de ar condicionado geralmente varia de 10 a 15 anos. Isso depende muito dos cuidados de conservação e manutenção periódica.
 
Contudo, se você mora em uma região litorânea, deve tomar alguns cuidados extras.
 
Como a placa do ar condicionado é externa, ela fica suscetível ao desgaste da maresia. Isso pode causar a queima do aparelho em um menor período de uso. Por isso, cuidados e manutenção devem ser mais frequentes nesse caso.
 

7. Custo-Benefício de um Ar Condicionado Inverter

 
Falando em custo, o ar condicionado inverter pode ser um pouco mais caro. Porém, seu valor tem diminuído bastante e hoje não apresenta uma diferença tão grande em relação ao convencional.
 
Dependendo da frequência de uso, em poucos meses a economia na conta de luz irá compensar o investimento no modelo Inverter.

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Concluindo

 
É muito importante considerar os benefícios a longo prazo na escolha desses equipamentos. Além disso, a escolha deve ser feita considerando a dimensão do ambiente, a potência do aparelho e o clima do local.
 
O ar condicionado split convencional e o inverter são visualmente iguais e apresentam a mesma potência de resfriamento. A diferença está apenas no sistema de funcionamento.
 
Na questão da sustentabilidade, é possível afirmar que o ar condicionado Inverter será geralmente mais adequado. Mesmo possuindo um custo maior, ele ganha na eficiência energética e no conforto para os usuários.
 
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Educação

Os Segredos por Trás da Arquitetura Positiva para o Clima

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Os Segredos por Trás da Arquitetura Positiva para o Clima

O termo “Arquitetura Positiva” se refere a produzir arquitetura visando o carbono negativo. Embora pareça controverso, o termo “positivo” é usado para destacar o lado bom de diminuir a pegada de carbono na arquitetura.
 
A Arquitetura positiva para o clima é uma arquitetura que reverte mudanças climáticas.
 
Porque isso é necessário?
 
  • Estima-se que a construção civil seja responsável por 40% das emissões de gases poluentes do mundo. (WBCSD)
  • Na questão de quantidade de edifícios e urbanização, todo mês o mundo constrói o equivalente a uma cidade de Nova York inteira.
 
Ou seja, a prática da arquitetura está diretamente ligada às mudanças climáticas. Neste artigo nos aprofundaremos nas questões que envolvem uma arquitetura positiva para o clima.
 
Vamos apresentar estratégias e ferramentas para que você aprenda por onde começar. E por fim, tornar a arquitetura uma aliada da sustentabilidade.
 
Nosso objetivo será transformar edifícios emissores de carbono em sequestradores de carbono.
 

1. A Roda da Mudança

 
A arquitetura está inserida em um grande universo que envolve as mais variadas indústrias. Desde revestimentos, mobiliário, materiais construtivos, esquadrias, e assim por diante.
 
Além disso, ela é um objeto de consumo da sociedade.
 
Isso significa que a arquitetura sustentável depende de materiais de construção sustentáveis. Ou seja, depende de uma indústria com responsabilidade ambiental e social.
 
Mas ela também se apoia em uma sociedade que valorize práticas sustentáveis. Pessoas conscientes dos impactos da arquitetura sustentável em seu cotidiano e até na saúde.
 
Essa sociedade pode exigir políticas públicas e também adaptações no setor privado. Consumidores conscientes podem incomodar o mercado e modificar a indústria. Quanto maior o valor de concorrência de materiais sustentáveis, maior será o incentivo para que eles sejam fabricados.
 
Dessa forma, podemos começar a produzir uma arquitetura positiva para o clima.
 

2. Por onde começar e porque reciclar não é a melhor opção

 
Comece pelo final.
 
O primeiro passo para produzir uma arquitetura positiva para o clima é saber o que é o negativo.
 
Arquitetura positiva para o clima

Impactos de Materiais na pegada de carbono. Fonte: Carbon Smart Materials Palette.

A imagem abaixo traz uma lista de materiais e a quantidade de carbono que eles emitem ou sequestram.
 
Segundo a imagem, os materiais que emitem carbono, em ordem de quantidade, são:
 
  • Poliestireno extrudado (XPS)
  • Espuma de spray de célula fechada (HFC)
  • Espuma de spray de célula fechada (HFO)
  • Poliestireno expandido (EPS)
  • Manta de lã mineral
  • Manta de Fibra de Vidro
 
E os materiais que sequestram carbono, são:
 
  • Pacote Denso de Celulose
  • Cortiça
  • Concreto de Cânhamo
  • Fardo de Palha
 
De maneira geral, reduzir a emissão de gases envolve todas as fases do ciclo de vida dos materiais e do próprio edifício:
 
  • Extração da matéria-prima
  • Processamento
  • Fabricação
  • Transporte
  • Uso
  • Descarte
 
O ideal seria que essa lista se fechasse em um ciclo, onde o descarte é a matéria-prima do ciclo seguinte. Transformar o descarte em matéria-prima é o que chamamos hoje de reciclagem.
 
Contudo, o processo de reciclagem não é tão simples. Ele também envolve processamento e emissão de gases poluentes.
 
A reciclagem engloba várias etapas:
 
  • Coleta de lixo
  • Separação
  • Encaminhamento
  • Novo processamento
  • Fabricação do produto
  • Transporte
  • Uso
 
Nesse processo, muitos materiais perdem qualidade.
 
Isso significa que, embora a reciclagem seja positiva, ela não deve ser a primeira opção. Deveríamos primeiro pensar em reutilizar.
 
Como isso acontece na prática da arquitetura?

3. A prática de uma arquitetura positiva para o clima

 
Começar pelo fim significa projetar para reutilizar, ou projetar para desmontar. Especificar materiais de construção evitando futuros descartes.
 
Um edifício é um conjunto de camadas. Existem camadas mais fixas e camadas mais flexíveis. As camadas mais fixas são a estrutura, a fachada, a cobertura, elementos que possuem um período maior de vida útil. Já as camadas mais flexíveis são as divisórias, itens pessoais, o mobiliário, a parte mais personalizada.
 
Um edifício que é projetado para ser reutilizado considera os possíveis usos futuros. A parte fixa deve ser de fácil manutenção e a parte flexível deve permitir adaptações fáceis.
 
Imagine uma casa sendo desmontada ao invés de demolida. Suas diversas partes podem ser reutilizadas em outras construções.
 
Ferramentas de simulação facilitam o projeto de uma arquitetura positiva para o clima.
 

4. Simulações para um projeto de arquitetura positiva para o clima.

 
A escolha de materiais sustentáveis apoia-se em uma indústria responsável pelo ciclo de vida de seu produto.
 
Para saber como um edifício pode melhorar sua pegada de carbono, ou até sequestrar carbono, realizamos simulações. Testando diferentes materiais, as simulações vão mostrando quais são as melhores opções.
 
Para viabilizar essas ferramentas, é necessário ter a base de dados dos materiais. Uma grande dificuldade atual é falta de transparência da indústria, que faz com que as simulações não sejam exatas. Estima-se que a margem de erro de uma simulação de pegada de carbono fique em torno de 30%.
 
Em países com incentivos governamentais o processo é facilitado. Nesses casos, as indústrias são obrigadas a desenvolver análises de ciclo de vida. Além disso, precisam disponibilizar dados sobre a fabricação e origem dos produtos.
 
Essas três ferramentas internacionais disponibilizam informações sobre o ciclo de vida dos produtos.
 
 
Essas ferramentas foram produzidas em países que possuem estilos construtivos diferentes. Isso dificulta um pouco a realização de simulações no Brasil.
 
Mas além de dados, análises e simulações, não se pode esquecer o papel humano e cultural da arquitetura.
 

5. Sustentabilidade Holística para uma arquitetura positiva

 
Nenhuma simulação pode prever como será o uso da edificação por quem a habita. Diferenças culturais também dificultam o desenvolvimento de ferramentas internacionais padronizadas.
 
A visão holística da sustentabilidade busca reconhecer cultura e a história da região para valorizar suas tradições. Essa aproximação humana deve ser feita na menor escala, na compreensão dos desejos, valores e anseios dos usuários.
 
É justamente aqui que a padronização esbarra. A arquitetura positiva para o clima exige um olhar atento à pequena escala:
 
  • O entorno da edificação
  • Materiais locais
  • Fauna e Flora
  • Indústrias presentes na região
  • Hábitos cotidianos das pessoas
  • Vida em Comunidade
 
 
Deste modo, o ideal é que todas as escalas sejam pensadas em conjunto. Uma arquitetura completa abrange desde estudos internacionais, até hábitos locais.

6. Exemplo de Arquitetura Positiva para o Clima:

 
O empreendimento Cidade Pedra Branca localiza-se na cidade de Palhoça (Santa Catarina). Ele é um exemplo de urbanismo que procura reduzir a pegada de carbono e melhorar a qualidade de vida dos habitantes.
 
O bairro conta com inovações economicamente viáveis, geração de energia limpa, gerenciamento de resíduos e água, sistemas de transporte e de iluminação pública.
 
As edificações foram projetadas e construídas com materiais e técnicas de menor impacto ambiental. Elas prezam pela qualidade e flexibilidade de ambientes internos. Além disso, adotam estratégias biofílicas como ventilação e iluminação natural.
 
Outras técnicas são o aquecimento solar, reutilização da água da chuva, e recomendações do sistema LEED®, como o respeito à paisagem natural e à vida silvestre.
 

Arquitetura positiva para o clima, desvendada

 
Você aprendeu nesse artigo todas as escalas que englobam a arquitetura positiva para o clima. Partindo da conscientização das pessoas para exigência da análise de ciclo de vida dos materiais e de uma indústria mais transparente.
 
De qualquer maneira, é necessário projetar para reutilizar antes de considerar a reciclagem. Ferramentas de simulação ajudam na escolha de materiais com menos pegada de carbono. Contudo, a sustentabilidade exige também uma visão holística.
 
Se a arquitetura for executada de maneira consciente, o impacto positivo vai além das mudanças climáticas. Ele irá transformar a qualidade de vida e a saúde das pessoas.
Fontes:
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pegada de carbono
Educação

Como reduzir a pegada de carbono na construção civil

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Como reduzir a pegada de carbono na construção civil

A construção civil é uma das áreas que mais contribui para a emissão de gases do efeito estufa. Consequentemente, ela é quase protagonista no problema atual da pegada de carbono.

Esse problema relaciona-se com a emissão de gases poluentes que aceleram o aquecimento global.

Isso significa que a construção civil tem potencial de contribuir para a minimização desses danos.

Neste artigo iremos explorar o conceito da pegada de carbono. Você vai entender:

  • O que ela é;
  • Porque diversos países estão comprometidos a reduzi-la;
  • Como é realizado o seu cálculo;
  • E de que forma a construção civil pode colaborar.

No final, mostraremos uma ferramenta que auxilia arquitetos e paisagistas na elaboração de um design mais amigável.

1. O que é a Pegada de Carbono

A pegada de carbono é uma metodologia utilizada para calcular a emissão de gases do efeito estufa (GEE). Todos os gases nocivos ao planeta são convertidos em carbono equivalente.

Aqui estão os principais gases considerados para o cálculo e onde eles são encontrados:

Pegada de carbono

Esquema de gases considerados na pegada de carbono. Autoria: UGREEN

CO2 – Dióxido de Carbono: queima de combustíveis fósseis, desmatamentos e queimadas, transporte.

CH4 – Metano: agricultura, aterros sanitários e lixões.

N2O – Óxido Nitroso: combustão em carros, manutenção de solos agrícolas.

HFC – hidrofluorocarboneto: ar condicionado, refrigeração, retardadores de chamas, aerossóis e solventes.

PFC – perfluorocarbonetos: produção de alumínio.

SF6 – hexafluoreto de enxofre: equipamentos de eletricidade e energia.

Cada um desses gases possui um potencial diferente para aquecer a atmosfera. O Óxido Nitroso (N2O), por exemplo, é 310 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono. Isso significa que cada Kg de N2O equivale a 310 Kg de CO2.

Dessa forma, utiliza-se o carbono como medida de grandeza para contabilizar esses gases.

O impacto ambiental causado por tais substâncias tem ganhado espaço na sociedade e na mídia. Isso contribuiu para que ele fosse levado a discussões e tratados internacionais. Nesses encontros, diversos países se reúnem para discutir estratégias de redução de emissão de gases. São assinando acordos de investimentos e comprometimento.

2. Acordo de Paris

O Acordo de Paris é um tratado mundial que objetiva conter o aquecimento global. Um total de 195 países assinaram o acordo durante a COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015), em Paris. As medidas e metas do tratado passaram a valer neste ano (2020).

Nele, governos se comprometem a tomar medidas de incentivo à redução da pegada de carbono. Cada país dentro de seu contexto de crescimento populacional e econômico.

A meta brasileira corresponde a uma redução de 66% na emissão de gases do efeito estufa por unidade do PIB até 2025 e de 75% até 2030. Ambas em relação a 2005.

Hoje, o Brasil ocupa o 15º lugar na classificação mundial de quantidade de emissões de CO2 por consumo de energia. Muitas indústrias vêm atuando na redução da pegada de carbono. Contudo, ainda contam com baixos resultados, atingindo somente 10% nas reduções.

pegada de carbono

Esquema de pegada de carbono por estado brasileiro. (2018)

Para entender como viabilizar reduções e contabilizar números, precisamos saber como é feito o cálculo da pegada de carbono.

3. Como a pegada de carbono é contabilizada

Diversas atividades do nosso cotidiano envolvem a emissão de gases poluentes. Boa parte dos alimentos que compramos chegou até o mercado pelo transporte de caminhões. Antes disso, ocupou terras de plantio ou de pasto.

Tanto os caminhões quanto o desmatamento para agricultura e pecuária são atividades que aumentam os níveis de carbono na atmosfera.

Para fazer a conta desses níveis é possível utilizar dois métodos: o ‘top down’ ou o ‘botton up’.

‘Top Down’:

Emissões totais ÷ Emissões = Atividades Geradoras.

De cima para baixo, divide o total de emissões de uma entidade (organização, cidade, país…) pelas suas atividades.

‘Bottom Up’:

Atividades Geradoras ÷ Emissões = Emissões totais

Nesse caso são somadas as emissões de carbono de cada uma das atividades individuais.

A quantificação da emissão de carbono é necessária para contabilizar reduções e seu possível valor de comercialização.

Sim, o carbono pode ser comercializado. Você já ouviu falar em créditos de carbono?

É basicamente uma moeda de troca que consiste na não emissão de dióxido de carbono.

Representa um mercado de créditos que são gerados tanto na base da não emissão de gases, como em ações que revertem o problema. Programas de plantio de árvores ou de geração de energia renovável são exemplos dessas ações.

Esses créditos podem ser comercializados. Assim, países ou empresas que não conseguem cumprir suas metas de redução, podem adquirir créditos.

Utilizamos o termo “sequestro de carbono” para atividades que absorvem carbono da atmosfera. A maior e mais natural delas é o crescimento de florestas. Cada hectare de floresta em crescimento pode absorver de 150 a 200 toneladas de carbono.

Portanto, a compensação de carbono é a procura pelo contrapeso das emissões de determinada empresa ou país.

Para evitar a necessidade da compra de créditos, empresas devem minimizar danos.

O nicho da construção civil envolve inúmeras atividades de exploração e processamento de materiais. Isso justifica sua grande participação nos níveis de pegada de carbono.

Veja abaixo quais são as alternativas para esse nicho.

4. A Construção Civil e a Redução da Pegada de Carbono

Em um edifício, devemos considerar os efeitos da pegada de carbono em dois momentos:

  1. Durante o período de construção
  2. Ao longo dos anos de uso

Ou seja, não adianta projetar uma casa eficiente se não forem considerados materiais e técnicas em sua construção. A etapa da obra geralmente é quando se tem o maior impacto.

Desta forma, um bom projeto e gerenciamento de obra são fundamentais para otimizar o processo.

Devemos sempre prestar atenção no momento de especificar os materiais. Cada material da construção (revestimentos, iluminação, estrutura, tijolos, portas, janelas…) também passa por um processo de fabricação.

É importante entender o impacto desse processamento no ciclo de vida do material. Você deve se perguntar:

Como esse material é fabricado?

De onde vem a matéria-prima? Como é feita a extração?

Como funciona a reciclagem desse material?

Para onde ele vai quando for descartado?

No Brasil, por exemplo, a siderurgia responde por cerca de 35% das emissões de carbono do setor industrial. Enquanto isso, a produção de cimento corresponde por 19%. Contudo, o aço pode ser reciclado, já o cimento, não.

Se não houver uma logística de reciclagem, é muito possível que a destinação final seja o aterro sanitário ou algum lixão. Ambos são grandes emissores de gás metano e dióxido de carbono.

Ou seja, quanto menos processado for o material, melhor. Devemos priorizar o uso de materiais naturais facilmente assimilados pelo ambiente.

Priorizar materiais regionais também evita a emissão de poluentes no transporte até a obra.

Algumas sugestões de materiais naturais são:

  • Terra;
  • Bambu;
  • Palha;
  • Madeira;
  • Areia;
  • Linho;

E os principais materiais que emitem gases de efeito estufa são:

  • Aço;
  • Cal;
  • Cimento.

Além da escolha dos materiais, existem outras técnicas que abrangem a redução da pegada de carbono em uma edificação. Essas técnicas colaboram para reduzir os impactos do edifício durante seu uso. São elas:

  • Uso de energia renovável (solar, eólica…);
  • Elementos passivos para conforto térmico, como brises e ventilação natural;
  • Captação de água da chuva;
  • Tratamento de água quando possível;
  • Paisagismo com vegetação densa;
  • Redução da irrigação;
  • Medição para alcançar melhorias;
  • Evitar resíduos de obra: direcionar para reciclagem, compostagem ou outras obras.

5. Ferramenta “Climate Positive Design

Para a elaboração de projetos de baixo impacto, sugerimos a utilização desta ferramenta online:

Disponível em climatepositivedesign.com

A ferramenta “Climate Positive Design” é gratuita. Após fazer um registro, ela permite que você simule o projeto com tipologias genéricas de plantas. Então, ela cria uma estimativa de quanto carbono foi poupado ou sequestrado com seu design.

A ferramenta também conta com um toolkit, que irá ajudar na seleção de materiais com menor impacto.

De maneira geral…

… a redução da pegada de carbono é um objetivo comum. Pessoas conscientizadas cobram de empresas e governos para que tomem atitudes sustentáveis.

A construção civil envolve inúmeras outras atividades que estão ligadas à emissão de gases poluentes. Sendo responsável por grande porcentagem da pegada de carbono, é nela que devemos focar esforços.

Nesse artigo você viu como é importante incentivar o uso de materiais naturais no planejamento de edifícios e obras. É fundamental promover pesquisas acerca de materiais e técnicas construtivas. Assim, garante-se uma evolução constante de eficiência e qualidade na construção civil.

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Fontes:

Ministério do Meio ambiente: www.mma.gov.br

Ferramente Climate Positive Design: climatepositivedesign.com

Observatório do Clima: www.observatoriodoclima.eco.br

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