Os Segredos por Trás da Arquitetura Positiva para o Clima
O termo “Arquitetura Positiva” se refere a produzir arquitetura visando o carbono negativo. Embora pareça controverso, o termo “positivo” é usado para destacar o lado bom de diminuir a pegada de carbono na arquitetura.
A Arquitetura positiva para o clima é uma arquitetura que reverte mudanças climáticas.
Porque isso é necessário?
Estima-se que a construção civil seja responsável por 40% das emissões de gases poluentes do mundo. (WBCSD)
Na questão de quantidade de edifícios e urbanização, todo mês o mundo constrói o equivalente a uma cidade de Nova York inteira.
Ou seja, a prática da arquitetura está diretamente ligada às mudanças climáticas. Neste artigo nos aprofundaremos nas questões que envolvem uma arquitetura positiva para o clima.
Vamos apresentar estratégias e ferramentas para que você aprenda por onde começar. E por fim, tornar a arquitetura uma aliada da sustentabilidade.
Nosso objetivo será transformar edifícios emissores de carbono em sequestradores de carbono.
1. A Roda da Mudança
A arquitetura está inserida em um grande universo que envolve as mais variadas indústrias. Desde revestimentos, mobiliário, materiais construtivos, esquadrias, e assim por diante.
Além disso, ela é um objeto de consumo da sociedade.
Isso significa que a arquitetura sustentável depende de materiais de construção sustentáveis. Ou seja, depende de uma indústria com responsabilidade ambiental e social.
Mas ela também se apoia em uma sociedade que valorize práticas sustentáveis. Pessoas conscientes dos impactos da arquitetura sustentável em seu cotidiano e até na saúde.
Essa sociedade pode exigir políticas públicas e também adaptações no setor privado. Consumidores conscientes podem incomodar o mercado e modificar a indústria. Quanto maior o valor de concorrência de materiais sustentáveis, maior será o incentivo para que eles sejam fabricados.
Dessa forma, podemos começar a produzir uma arquitetura positiva para o clima.
2. Por onde começar e porque reciclar não é a melhor opção
Comece pelo final.
O primeiro passo para produzir uma arquitetura positiva para o clima é saber o que é o negativo.
A imagem abaixo traz uma lista de materiais e a quantidade de carbono que eles emitem ou sequestram.
Segundo a imagem, os materiais que emitem carbono, em ordem de quantidade, são:
Poliestireno extrudado (XPS)
Espuma de spray de célula fechada (HFC)
Espuma de spray de célula fechada (HFO)
Poliestireno expandido (EPS)
Manta de lã mineral
Manta de Fibra de Vidro
E os materiais que sequestram carbono, são:
Lã
Pacote Denso de Celulose
Cortiça
Concreto de Cânhamo
Fardo de Palha
De maneira geral, reduzir a emissão de gases envolve todas as fases do ciclo de vida dos materiais e do próprio edifício:
Extração da matéria-prima
Processamento
Fabricação
Transporte
Uso
Descarte
O ideal seria que essa lista se fechasse em um ciclo, onde o descarte é a matéria-prima do ciclo seguinte. Transformar o descarte em matéria-prima é o que chamamos hoje de reciclagem.
Contudo, o processo de reciclagem não é tão simples. Ele também envolve processamento e emissão de gases poluentes.
A reciclagem engloba várias etapas:
Coleta de lixo
Separação
Encaminhamento
Novo processamento
Fabricação do produto
Transporte
Uso
Nesse processo, muitos materiais perdem qualidade.
Isso significa que, embora a reciclagem seja positiva, ela não deve ser a primeira opção. Deveríamos primeiro pensar em reutilizar.
Como isso acontece na prática da arquitetura?
3. A prática de uma arquitetura positiva para o clima
Começar pelo fim significa projetar para reutilizar, ou projetar para desmontar. Especificar materiais de construção evitando futuros descartes.
Um edifício é um conjunto de camadas. Existem camadas mais fixas e camadas mais flexíveis. As camadas mais fixas são a estrutura, a fachada, a cobertura, elementos que possuem um período maior de vida útil. Já as camadas mais flexíveis são as divisórias, itens pessoais, o mobiliário, a parte mais personalizada.
Um edifício que é projetado para ser reutilizado considera os possíveis usos futuros. A parte fixa deve ser de fácil manutenção e a parte flexível deve permitir adaptações fáceis.
Imagine uma casa sendo desmontada ao invés de demolida. Suas diversas partes podem ser reutilizadas em outras construções.
Ferramentas de simulação facilitam o projeto de uma arquitetura positiva para o clima.
4. Simulações para um projeto de arquitetura positiva para o clima.
A escolha de materiais sustentáveis apoia-se em uma indústria responsável pelo ciclo de vida de seu produto.
Para saber como um edifício pode melhorar sua pegada de carbono, ou até sequestrar carbono, realizamos simulações. Testando diferentes materiais, as simulações vão mostrando quais são as melhores opções.
Para viabilizar essas ferramentas, é necessário ter a base de dados dos materiais. Uma grande dificuldade atual é falta de transparência da indústria, que faz com que as simulações não sejam exatas. Estima-se que a margem de erro de uma simulação de pegada de carbono fique em torno de 30%.
Em países com incentivos governamentais o processo é facilitado. Nesses casos, as indústrias são obrigadas a desenvolver análises de ciclo de vida. Além disso, precisam disponibilizar dados sobre a fabricação e origem dos produtos.
Essas três ferramentas internacionais disponibilizam informações sobre o ciclo de vida dos produtos.
Essas ferramentas foram produzidas em países que possuem estilos construtivos diferentes. Isso dificulta um pouco a realização de simulações no Brasil.
Mas além de dados, análises e simulações, não se pode esquecer o papel humano e cultural da arquitetura.
5. Sustentabilidade Holística para uma arquitetura positiva
Nenhuma simulação pode prever como será o uso da edificação por quem a habita. Diferenças culturais também dificultam o desenvolvimento de ferramentas internacionais padronizadas.
A visão holística da sustentabilidade busca reconhecer cultura e a história da região para valorizar suas tradições. Essa aproximação humana deve ser feita na menor escala, na compreensão dos desejos, valores e anseios dos usuários.
É justamente aqui que a padronização esbarra. A arquitetura positiva para o clima exige um olhar atento à pequena escala:
O entorno da edificação
Materiais locais
Fauna e Flora
Indústrias presentes na região
Hábitos cotidianos das pessoas
Vida em Comunidade
Deste modo, o ideal é que todas as escalas sejam pensadas em conjunto. Uma arquitetura completa abrange desde estudos internacionais, até hábitos locais.
6. Exemplo de Arquitetura Positiva para o Clima:
O empreendimento Cidade Pedra Branca localiza-se na cidade de Palhoça (Santa Catarina). Ele é um exemplo de urbanismo que procura reduzir a pegada de carbono e melhorar a qualidade de vida dos habitantes.
O bairro conta com inovações economicamente viáveis, geração de energia limpa, gerenciamento de resíduos e água, sistemas de transporte e de iluminação pública.
As edificações foram projetadas e construídas com materiais e técnicas de menor impacto ambiental. Elas prezam pela qualidade e flexibilidade de ambientes internos. Além disso, adotam estratégias biofílicas como ventilação e iluminação natural.
Outras técnicas são o aquecimento solar, reutilização da água da chuva, e recomendações do sistema LEED®, como o respeito à paisagem natural e à vida silvestre.
Arquitetura positiva para o clima, desvendada
Você aprendeu nesse artigo todas as escalas que englobam a arquitetura positiva para o clima. Partindo da conscientização das pessoas para exigência da análise de ciclo de vida dos materiais e de uma indústria mais transparente.
De qualquer maneira, é necessário projetar para reutilizar antes de considerar a reciclagem. Ferramentas de simulação ajudam na escolha de materiais com menos pegada de carbono. Contudo, a sustentabilidade exige também uma visão holística.
Se a arquitetura for executada de maneira consciente, o impacto positivo vai além das mudanças climáticas. Ele irá transformar a qualidade de vida e a saúde das pessoas.
Como reduzir a pegada de carbono na construção civil
A construção civil é uma das áreas que mais contribui para a emissão de gases do efeito estufa. Consequentemente, ela é quase protagonista no problema atual da pegada de carbono.
Esse problema relaciona-se com a emissão de gases poluentes que aceleram o aquecimento global.
Isso significa que a construção civil tem potencial de contribuir para a minimização desses danos.
Neste artigo iremos explorar o conceito da pegada de carbono. Você vai entender:
O que ela é;
Porque diversos países estão comprometidos a reduzi-la;
Como é realizado o seu cálculo;
E de que forma a construção civil pode colaborar.
No final, mostraremos uma ferramenta que auxilia arquitetos e paisagistas na elaboração de um design mais amigável.
1. O que é a Pegada de Carbono
A pegada de carbono é uma metodologia utilizada para calcular a emissão de gases do efeito estufa (GEE). Todos os gases nocivos ao planeta são convertidos em carbono equivalente.
Aqui estão os principais gases considerados para o cálculo e onde eles são encontrados:
Esquema de gases considerados na pegada de carbono. Autoria: UGREEN
CO2 – Dióxido de Carbono: queima de combustíveis fósseis, desmatamentos e queimadas, transporte.
CH4 – Metano: agricultura, aterros sanitários e lixões.
N2O – Óxido Nitroso: combustão em carros, manutenção de solos agrícolas.
HFC – hidrofluorocarboneto: ar condicionado, refrigeração, retardadores de chamas, aerossóis e solventes.
PFC – perfluorocarbonetos: produção de alumínio.
SF6 – hexafluoreto de enxofre: equipamentos de eletricidade e energia.
Cada um desses gases possui um potencial diferente para aquecer a atmosfera. O Óxido Nitroso (N2O), por exemplo, é 310 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono. Isso significa que cada Kg de N2O equivale a 310 Kg de CO2.
Dessa forma, utiliza-se o carbono como medida de grandeza para contabilizar esses gases.
O impacto ambiental causado por tais substâncias tem ganhado espaço na sociedade e na mídia. Isso contribuiu para que ele fosse levado a discussões e tratados internacionais. Nesses encontros, diversos países se reúnem para discutir estratégias de redução de emissão de gases. São assinando acordos de investimentos e comprometimento.
2. Acordo de Paris
O Acordo de Paris é um tratado mundial que objetiva conter o aquecimento global. Um total de 195 países assinaram o acordo durante a COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015), em Paris. As medidas e metas do tratado passaram a valer neste ano (2020).
Nele, governos se comprometem a tomar medidas de incentivo à redução da pegada de carbono. Cada país dentro de seu contexto de crescimento populacional e econômico.
A meta brasileira corresponde a uma redução de 66% na emissão de gases do efeito estufa por unidade do PIB até 2025 e de 75% até 2030. Ambas em relação a 2005.
Hoje, o Brasil ocupa o 15º lugar na classificação mundial de quantidade de emissões de CO2 por consumo de energia. Muitas indústrias vêm atuando na redução da pegada de carbono. Contudo, ainda contam com baixos resultados, atingindo somente 10% nas reduções.
Esquema de pegada de carbono por estado brasileiro. (2018)
Para entender como viabilizar reduções e contabilizar números, precisamos saber como é feito o cálculo da pegada de carbono.
3. Como a pegada de carbono é contabilizada
Diversas atividades do nosso cotidiano envolvem a emissão de gases poluentes. Boa parte dos alimentos que compramos chegou até o mercado pelo transporte de caminhões. Antes disso, ocupou terras de plantio ou de pasto.
Tanto os caminhões quanto o desmatamento para agricultura e pecuária são atividades que aumentam os níveis de carbono na atmosfera.
Para fazer a conta desses níveis é possível utilizar dois métodos: o ‘top down’ ou o ‘botton up’.
De cima para baixo, divide o total de emissões de uma entidade (organização, cidade, país…) pelas suas atividades.
‘Bottom Up’:
Atividades Geradoras ÷ Emissões = Emissões totais
Nesse caso são somadas as emissões de carbono de cada uma das atividades individuais.
A quantificação da emissão de carbono é necessária para contabilizar reduções e seu possível valor de comercialização.
Sim, o carbono pode ser comercializado. Você já ouviu falar em créditos de carbono?
É basicamente uma moeda de troca que consiste na não emissão de dióxido de carbono.
Representa um mercado de créditos que são gerados tanto na base da não emissão de gases, como em ações que revertem o problema. Programas de plantio de árvores ou de geração de energia renovável são exemplos dessas ações.
Esses créditos podem ser comercializados. Assim, países ou empresas que não conseguem cumprir suas metas de redução, podem adquirir créditos.
Utilizamos o termo “sequestro de carbono” para atividades que absorvem carbono da atmosfera. A maior e mais natural delas é o crescimento de florestas. Cada hectare de floresta em crescimento pode absorver de 150 a 200 toneladas de carbono.
Portanto, a compensação de carbono é a procura pelo contrapeso das emissões de determinada empresa ou país.
Para evitar a necessidade da compra de créditos, empresas devem minimizar danos.
O nicho da construção civil envolve inúmeras atividades de exploração e processamento de materiais. Isso justifica sua grande participação nos níveis de pegada de carbono.
Veja abaixo quais são as alternativas para esse nicho.
4. A Construção Civil e a Redução da Pegada de Carbono
Em um edifício, devemos considerar os efeitos da pegada de carbono em dois momentos:
Durante o período de construção
Ao longo dos anos de uso
Ou seja, não adianta projetar uma casa eficiente se não forem considerados materiais e técnicas em sua construção. A etapa da obra geralmente é quando se tem o maior impacto.
Desta forma, um bom projeto e gerenciamento de obra são fundamentais para otimizar o processo.
Devemos sempre prestar atenção no momento de especificar os materiais. Cada material da construção (revestimentos, iluminação, estrutura, tijolos, portas, janelas…) também passa por um processo de fabricação.
É importante entender o impacto desse processamento no ciclo de vida do material. Você deve se perguntar:
Como esse material é fabricado?
De onde vem a matéria-prima? Como é feita a extração?
Como funciona a reciclagem desse material?
Para onde ele vai quando for descartado?
No Brasil, por exemplo, a siderurgia responde por cerca de 35% das emissões de carbono do setor industrial. Enquanto isso, a produção de cimento corresponde por 19%. Contudo, o aço pode ser reciclado, já o cimento, não.
Se não houver uma logística de reciclagem, é muito possível que a destinação final seja o aterro sanitário ou algum lixão. Ambos são grandes emissores de gás metano e dióxido de carbono.
Ou seja, quanto menos processado for o material, melhor. Devemos priorizar o uso de materiais naturais facilmente assimilados pelo ambiente.
Priorizar materiais regionais também evita a emissão de poluentes no transporte até a obra.
Algumas sugestões de materiais naturais são:
Terra;
Bambu;
Palha;
Madeira;
Areia;
Linho;
E os principais materiais que emitem gases de efeito estufa são:
Aço;
Cal;
Cimento.
Além da escolha dos materiais, existem outras técnicas que abrangem a redução da pegada de carbono em uma edificação. Essas técnicas colaboram para reduzir os impactos do edifício durante seu uso. São elas:
Uso de energia renovável (solar, eólica…);
Elementos passivos para conforto térmico, como brises e ventilação natural;
Captação de água da chuva;
Tratamento de água quando possível;
Paisagismo com vegetação densa;
Redução da irrigação;
Medição para alcançar melhorias;
Evitar resíduos de obra: direcionar para reciclagem, compostagem ou outras obras.
5. Ferramenta “Climate Positive Design”
Para a elaboração de projetos de baixo impacto, sugerimos a utilização desta ferramenta online:
A ferramenta “Climate Positive Design” é gratuita. Após fazer um registro, ela permite que você simule o projeto com tipologias genéricas de plantas. Então, ela cria uma estimativa de quanto carbono foi poupado ou sequestrado com seu design.
A ferramenta também conta com um toolkit, que irá ajudar na seleção de materiais com menor impacto.
De maneira geral…
… a redução da pegada de carbono é um objetivo comum. Pessoas conscientizadas cobram de empresas e governos para que tomem atitudes sustentáveis.
A construção civil envolve inúmeras outras atividades que estão ligadas à emissão de gases poluentes. Sendo responsável por grande porcentagem da pegada de carbono, é nela que devemos focar esforços.
Nesse artigo você viu como é importante incentivar o uso de materiais naturais no planejamento de edifícios e obras. É fundamental promover pesquisas acerca de materiais e técnicas construtivas. Assim, garante-se uma evolução constante de eficiência e qualidade na construção civil.
Carta Solar: o que é e como utilizá-la para dimensionar Brises
Você sabe o que é uma carta solar?
Se sim, você sabe interpretá-la ou acha confuso demais?
Embora a carta solar possa parecer difícil de ler, ela é fundamental para entendermos a incidência solar em uma edificação. Desta forma, conseguimos dimensionar brises para que eles fiquem no tamanho adequado.
Afinal, quem nunca ficou perdido na hora de saber qual brise é adequado para a fachada de um edifício?
Tudo depende dos ângulos de incidência solar que esse edifício recebe durante o ano.
Portanto, neste artigo você vai aprender de forma descomplicada:
O que é uma carta solar
Como ler as informações
Quais ‘softwares’ gratuitos utilizar
Como dimensionar e posicionar brises a partir da carta solar
É muito mais simples do que parece.
1. O que é uma carta solar?
Para controlar a incidência de sol em uma casa, precisamos primeiro saber por onde o sol vai passar.
De acordo com a época do ano e a latitude de sua cidade, o sol vai realizar um percurso em determinada inclinação. E para saber essa inclinação, utilizamos a carta solar.
Imagem retirada do Software SOL-AR, com a Carta solar da cidade de Curitiba-PR.
Portanto, ela é uma representação gráfica da trajetória do sol ao longo do dia, em determinada localização, durante o período de um ano.
Ou seja, ela vai mostrar a posição do sol no céu em cada horário de cada dia do ano.
Mas e agora? O que significa cada linha do gráfico?
2. Como ler as informações?
Agora que você já sabe o que é uma carta solar, o segundo passo é saber ler as informações que constam nela.
Imagem retirada do Software SOL-AR, com a Carta solar da cidade de Curitiba-PR.
A parte colorida do gráfico mostra os trajetos do sol para a cidade de Curitiba-PR, que escolhemos para exemplificar.
As cores mais frias correspondem às temperaturas frias do ano, momentos em que o sol é necessário. Já as cores quentes correspondem às temperaturas quentes, que demandam proteções (brises).
As linhas pretas da região colorida representam as horas do dia (verticais) e os dias do ano (horizontais).
Os círculos concêntricos mostram o ângulo do sol em relação ao chão. Ou seja, o ângulo de 0º é o momento do nascer e do pôr do sol. E quanto mais para o centro, mais alto o sol estará.
As linhas radiais que vão do centro até a extremidade do círculo nos dão o ângulo do sol em relação ao norte. Assim, podemos ver como no dia 22 de junho o sol nasce mais ao norte, e no dia 22 de dezembro, mais ao sul.
Vocês perceberam como toda a parte colorida está mais para o norte? É por isso que a fachada sul não precisa de brises, afinal, quase não há incidência solar nela.
Muito fácil, não é mesmo?
E o melhor ainda está por vir, existem softwares gratuitos onde você pode gerar a carta solar da sua cidade.
Falta só mais esse passo para que você consiga fazer o cálculo do brise ideal.
3. Quais softwares gratuitos utilizar?
Os ‘softwares’ SOL-AR e Climate Consultant são gratuitos e ideais para estudos solares.
Esse ‘software’ gera uma carta solar como a que foi utilizada nos exemplos acima.
Imagem retirada do Software SOL-AR, com a Carta solar da cidade de Curitiba-PR.
Sua interface é bastante intuitiva. O primeiro passo é escolher sua cidade. Caso ela não esteja nas opções disponibilizadas, adicione a configuração da sua cidade no programa, é só ir em Arquivo > Incluir Nova Cidade.
Imagem retirada do Software SOL-AR.
Pronto, aqui é só colocar o nome da sua cidade, com os valores de latitude e longitude corretos. As datas de início das estações são padrões, diferindo somente entre os hemisférios norte e sul. Acima temos as datas correspondentes ao hemisfério sul.
Você pode também alterar a visualização da temperatura ou radiação solar, e escolher entre o período do primeiro ou do segundo semestre do ano.
Abaixo você vai aprender porque devemos escolher o primeiro semestre.
E alfa, beta e gama, o que são? Vamos ver isso logo em seguida na parte de dimensionamento de brises.
Mas antes, é importante dar uma olhada no Climate Consultant.
Carta Solar Com o Climate Consultant
Neste programa, temos outra forma de visualização da carta solar.
Ao abrir o aplicativo, a primeira coisa que ele pede é que você abra um arquivo climático EPW. Baixe o arquivo climático da sua cidade clicando em “Download New EPW weather Data File” > “Install from Weather Data Site”. Você vai ser direcionado para um site com diversos arquivos prontos, aí é só baixar o da sua cidade.
Não esqueça de escolher a extensão .epw.
Um arquivo climático é um conjunto de dados climáticos obtidos durante o ano através de uma estação meteorológica.
Tendo o arquivo climático, escolhemos a forma de avaliar o conforto. Nós indicamos escolher a ASHER 55.
Navegue pelos gráficos que o programa traz até chegar em “Sun Shading Chart”.
Imagem retirada do programa Climate Consultant, com o arquivo climático da cidade de Curitiba-PR.
Esse gráfico é um pouco diferente da carta solar.
A linha vertical corresponde à altura do sol, enquanto a linha horizontal mostra o ângulo em relação ao norte.
Conforme a legenda, azul corresponde à temperaturas frias, e vermelho, à temperaturas quentes.
Os números de 6 a 18 são as horas do dia e cada arco equivale a um mês.
Por último, vamos finalmente descobrir como usar essas ferramentas para dimensionar brises.
4. Como dimensionar e posicionar brises a partir da carta solar
Lembra dos tais alfa, beta e gama?
Chegou a hora de descobrir o que eles são.
As letras gregas correspondem aos ângulos de incidência solar dentro da edificação.
Não sei se vocês perceberam, mas o SOL-AR traz esses ângulos ao redor da carta solar.
Alfa (ⲁ):
Visto em corte, é o ângulo entre o plano do peitoril e a incidência de sol.
Utilizamos esse ângulo para dimensionar a profundidade do brise horizontal.
Beta (β)
Visto em planta baixa, é o ângulo entre a extremidade do brise vertical e a lateral oposta da janela.
É utilizado para determinar a profundidade do brise vertical.
Gama( ܔ)
Visto em elevação, é o ângulo entre a extremidade lateral do brise e o canto inferior da janela. Usamos esse ângulo para descobrir a largura do brise horizontal.
Descobrindo os ângulos necessários:
Para descobrir os três ângulos do seu brise, e assim determinar suas dimensões, é muito simples. Basta observar onde estão as temperaturas quentes na carta solar, e inserir ângulos alfa, beta e gama de modo a mascará-las.
O primeiro semestre do ano geralmente apresenta temperaturas mais quentes. Se na sua região acontecer o contrário, escolha o segundo semestre para análise.
No aplicativo SOL-AR, ao inserir um valor de ângulo, o aplicativo mostra uma linha cinza. Dentro dessa linha estão os horários em que o brise impede a incidência solar no interior da edificação.
No exemplo abaixo, estabelecemos ângulos para dimensionar brises de uma janela na fachada norte:
Alfa: 60º
Beta: lado esquerdo: 70º
lado direito: 0
Gama: lado esquerdo: 45º
lado direito: 80º
Simulação no programa SOL-AR para fachada norte.
Nesse caso, o brise estará protegendo a área de intersecção entre as linhas, que é a área com mais cores vermelhas. Isso significa que estamos no caminho certo.
É muito importante tomar cuidado para não obstruir a entrada de sol em dias frios. Para tanto, procure deixar a área azul fora da abrangência do brise.
No programa Climate Consultant, conseguimos definir o ângulo de uma maneira mais fácil. Porém, ele só nos revela os ângulos alfa e gama, ou seja, só permite calcular o brise horizontal.
Imagem retirada do programa Climate Consultant, com o arquivo climático da cidade de Curitiba-PR.
Aqui, para definir a proteção solar é só mover a parte branca e observar os ângulos em sua extremidade.
No exemplo acima, observamos um ângulo alfa de 55º e um ângulo beta do lado esquerdo de 75º.
A parte branca corresponde ao período em que o sol estará incidindo dentro da edificação. Ou seja, ela deve cobrir a região azul do gráfico.
A dica é começar a análise pelo Climate Consultant para definir Alfa e Gama e dimensionar o brise horizontal.
Em seguida, consultar o SOL-AR para conferir o brise horizontal e dimensionar o brise vertical.
Sabendo os ângulos corretos, você pode calcular o tamanho do brise.
De maneira resumida, uma carta solar…
… é um instrumento que permite avaliar a incidência solar em determinado local. Assim, ela possibilita a escolha de estratégias bioclimáticas em um projeto arquitetônico. Através das ferramentas apresentadas nesse artigo, o SOL-AR e o Climate Consultant, você pode gerar cartas solares da sua cidade.
Com isso em mãos, basta consultar quais são os períodos do ano em que a proteção solar por brises se faz necessária. Assim, é possível definir os ângulos alfa, beta e gama.
Dessa forma, você se torna capaz de dimensionar um brise de forma exata e evita desconforto térmico ou gastos desnecessários de materiais.
Esse artigo ajudou você? Comente aqui o que você achou.
Com certeza você já comprou coisas que não precisava, não é mesmo? Ou tem itens em casa que estão só ocupando espaço e juntando poeira, mas você não consegue decidir se joga fora ou não.
A verdade é que, quanto mais coisas nós possuímos, com mais coisas teremos que nos preocupar.
Coisas tomam tempo e espaço.
Afinal, é muito mais fácil escolher uma roupa para sair se você tem apenas duas opções. Quanto mais opções, mais tempo você ficará tentando decidir, além de precisar de mais espaço para armazená-las.
Se você se sente constantemente perdido e sem tempo, ou está com dificuldade de organizar sua casa e sua vida, você precisa conhecer o minimalismo.
Ao contrário do que muitos pensam, você não precisa usar todo dia a mesma roupa, ou jogar todas as suas coisas fora.
Acompanhe esse artigo para saber mais sobre a origem do termo e como ele pode tornar sua vida mais leve.
Como surgiu o minimalismo?
O termo “minimalismo” surgiu com um movimento de arte na década de 1960. O movimento prezava por pinturas mais geométricas, com menos cores, elementos e formas.
Porém, logo a palavra sairia do campo das artes para ganhar espaço em discussões sobre consumismo.
Desde a revolução industrial, com o início da fabricação e comércio de mercadorias em massa, o acesso a novos produtos se torna cada vez mais fácil. Hoje, é possível comprar com apenas um clique na internet.
Essa facilidade fez com que muitas pessoas passassem a comprar objetos desnecessários. Afinal, é bem comum comprarmos algo que logo receberá uma versão mais nova e mais atualizada no mercado.
Por esses motivos, o “minimalismo” ganhou novo significado. Ele ganha espaço na discussão sobre consumo consciente. É uma crítica ao capitalismo selvagem que se ancora na ostentação e desperdício. Lentamente, a sociedade percebe a importância de valorizar pessoas e momentos em detrimento de bens que podem ser comprados.
Mas além dessa crítica, no que consiste o minimalismo?
O que é o minimalismo?
De forma resumida, o minimalismo consiste em um instrumento para abrir mão dos excessos.
Os adeptos do minimalismo defendem uma vida mais simples, focada em realizações e experiências.
O documentário “Minimalism: a documentary about important things” (“Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes”), disponível nas plataformas Netflix e Vimeo, conta a história de dois amigos, Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, que largaram suas carreiras para experimentar uma vida mais minimalista. Eles documentaram o processo e criaram um site, o theminimalists.com. O site serve como uma plataforma para quem está buscando fazer o mesmo.
O documentário também traz experiências de diferentes pessoas que decidiram adotar essa filosofia. Ele aborda temas como economia, moda, saúde e sustentabilidade.
Pessoas minimalistas priorizam qualidade em vez de quantidade. Ou seja, não significa que você não pode ter um carro bom ou roupas boas. Você pode, desde que esses itens sejam realmente necessários para a sua realização.
É fundamental ter autoconhecimento para saber o que é necessário para sua felicidade. A ideia é de realizar aquisições que não sejam motivadas pelo desejo de mostrar, e sim de ser.
Mas como saber o que eu realmente preciso?
Por onde começar seu projeto minimalista?
Faça com que seja fácil. Não adianta querer jogar tudo fora de uma vez, o processo deve ser gradual. Respeite seu tempo de analisar seus pertences um por um e decidir o que você precisa e do que poderia desapegar.
Você pode analisar uma gaveta por dia, por exemplo. Separar roupas que você não usa, cosméticos vencidos, eletrônicos estragados…
Cuidado para não jogar fora itens de valor afetivo. Eles podem não ter uma utilidade funcional, mas são importantes para preservar lembranças.
Logo será mais claro quais pertences não agregam mais na sua vida. No fim desse processo de desapego, a ideia é que você se sinta mais leve.
O próximo passo é fazer compras mais conscientes, tendo claro o que é importante.
Algumas perguntas podem surgir no caminho, como:
O que fazer com o que eu não quero mais?
Existe algo que eu preciso, mas uso com pouca frequência?
O que é realmente importante para o meu dia a dia?
Alternativas de reuso
O minimalismo vem como uma ideia de uma sociedade mais consciente nas questões de consumo e, consequentemente, de descarte. Existem diversas alternativas para não jogar fora suas coisas de boa qualidade.
Você pode doar para instituições ou ONGs que fazem o trabalho de ajudar famílias que precisam de doações. Doar ou vender para seus amigos e conhecidos também é uma boa ideia.
Uma atitude cada vez mais comum é a de pessoas que fazem brechós em suas próprias casas, convidando amigos para participar e possibilitando trocas.
A internet também já conta com diversos sites e opções de venda de objetos usados.
O esforço de encontrar alguém que vá usar o que você não quer mais é uma atitude responsável.
Procure sempre direcionar para alguém que realmente precisa daquilo, afinal, essa é a ideia principal do minimalismo.
Deste modo, o movimento também estimula a solidariedade, estimulando que as pessoas compartilhem suas coisas com mais frequência.
Compartilhamento pelo minimalismo
Influenciadas pelo minimalismo, hoje existem inúmeras iniciativas de compartilhamento de objetos.
Já existem condomínios que contam com sala de ferramentas, por exemplo. Você pode alugar uma furadeira por um dia quando precisar. Assim, o valor é menor que o custo da furadeira e você não arca com sua manutenção nem precisa ter um local para armazená-la em casa.
Dessa forma, um objeto só pode ser compartilhado entre diferentes pessoas. Devagar, diversas áreas e empreendimentos estão adotando estratégias mais minimalistas.
‘Tiny Houses’
Você já reparou como a maior parte do espaço da sua casa é usado para armazenar coisas?
As “Tiny Houses” (pequenas casas) são alternativas para o morar das pessoas que decidiram viver com menos. Essas casas são conhecidas por serem pequenas. Elas possuem ambientes integrados e somente o que é necessário em uma casa. Às vezes podem ser comparadas a uma Kitnet, onde não há separação entre quarto, cozinha e sala.
Algumas podem ser sobre rodas, permitindo estilos de vida mais flexíveis, e outras são fixas. O desafio é ter um ambiente confortável em um espaço reduzido.
As vantagens econômicas e de não precisar se preocupar com manutenções de uma casa grande compensam para quem decide morar assim.
Pronto para desapegar com o minimalismo?
Independente de onde você mora e do seu estilo de vida, você viu que o minimalismo pode ser adotado por qualquer um. E já existem inúmeras iniciativas incentivando essas atitudes.
Ele parte do princípio do consumo consciente. Ou seja, saber o que você precisa para tomar decisões corretas.
Ao passo que você possui menos coisas, você conquista mais tempo, espaço e liberdade.
Além disso, ainda pode economizar seu dinheiro para investir em experiências. Isso, é claro, de maneira equilibrada e sem abrir mão do seu conforto.
Você já se perguntou se a instalação de um Painel Solar Fotovoltaico é realmente eficiente?
Neste artigo vamos mostrar para você como calcular a Eficiência de Painéis Solares Fotovoltaicos em 5 Passos.
Existem algumas formas de calcular a eficiência de painéis fotovoltaicos. Neste artigo vamos mostrar uma delas: cálculo por Planilha em Excel.
Não se preocupe.
Pode parecer complexo, mas seguindo uma passo a passo, você verá que não é nenhum bicho de sete cabeças.
Ao final deste artigo você saberá como:
Saber o consumo de energia usado para calcular um sistema fotovoltaico;
Como a localização da edificação interfere na eficiência do seu sistema;
Quantidade de painéis necessários;
Calcular a eficiência deste sistema;
Como comparar a eficiência das placas solares.
Continue lendo para saber o passo a passo para Calcular a Eficiência o seu Sistema de Painéis Fotovoltaicos.
Passo 1: Consumo de Energia Excedente para Painel Solar Fotovoltaico
Iniciarmos descobrindo a demanda de energia excedente.
Então, a primeira coisa que precisamos saber é o consumo de energia da edificação. Ou seja, qual foi o consumo em kWh e o valor em reais. Você vai encontrar estas informações na sua tarifa de energia elétrica.
Imagine a seguinte situação:
Você e todos os moradores da sua residência ficam fora por um mês.
Mesmo assim será necessário fazer um pagamento mínimo de energia elétrica.
E isso vai acontecer mesmo se todos os equipamentos estiverem desligados.
Para calcular um sistema de painéis solares fotovoltaicos, é necessário saber o consumo mínimo de energia.
Ao saber este mínimo iremos calcular a energia excedente. E este valor que utilizaremos para calcular a quantidade de painéis necessários.
Portanto, os painéis fotovoltaicos só suprem o consumo de energia excedente.
E como saber qual o consumo de energia mínimo e o consumo de energia excedente?
Ambos irão variar de acordo com o Sistema de entrada da edificação: monofásico, bifásico ou trifásico.
Cada edificação terá um destes sistemas de entrada. E é aqui que analisamos o consumo mínimo da energia da
Monofásico: 30 kWh/mês – o excedente será maior
Bifásico: 50 kWh/mês – o excedente será maior
Trifásico: 100 kWh/mês – o excedente será menor ainda
Ou seja, dependendo do sistema de entrada, você terá um consumo específico.
Vamos agora, analisar um exemplo prático:
Exemplo Prático para instalação de Painel Solar Fotovoltaico:
Etapa 1: separar as informações que temos:
Sistema de Entrada Trifásico, ou seja, consumo mínimo de 100 kWh;
Consumo de energia total de 400 kWh/mês;
Média mensal de pagamento: R$310,00/mês.
Com estes dados é possível saber qual o consumo excedente da edificação:300 kWh.
Etapa 2: saber qual o custo por kWh na região da edificação.
O custo no Brasil varia entre R$0,60 e R$0,80. No caso do nosso exemplo, o custo ficou em R$0,78, considerando a região de Curitiba.
Podemos agora descobrir o custo mínimo da tarifa. Ou seja, qual o valor a ser pago independente de estar utilizando energia elétrica ou não.
Como o sistema de entrada é trifásico o consumo mínimo é de 100 kWh/mês, resultando em R$78,00 de consumo mínimo.
Etapa 3: saber o consumo de energia excedente por dia.
Para saber o valor de energia excedente por dia, dividiremos o consumo de energia excedente, ou seja, 300 kWh pelos 30 dias do mês. Resultando então em 10 kWh/dia.
Com essa informação, iremos dimensionar um sistema fotovoltaico para gerar 10 kWh/dia. Assim não é necessário pagar para a concessionária.
Ok… E a localização não influencia neste processo?
Passo 2: Localização da Edificação
Como citamos anteriormente, a localização da nossa edificação é Curitiba. E, você provavelmente sabe disso, a incidência solar varia de acordo com as regiões.
A irradiação solar é muito maior em salvador do que eu Curitiba, por exemplo.
Portanto, precisamos calcular o sistema de painéis solares fotovoltaicos em relação ao clima do local da edificação.
Utilizaremos, então, o site do CRESESB e seguiremos os seguintes passos:
pegar dados de latitude e longitude do local de edificação no Google Maps;
inserir estes dados no CRESESB;
buscar a análise.
A partir destes dados, o CRESESB te mostrará:
Gráfico de “Irradiação Solar no Plano Horizontal para Localidades Próximas”;
Tabela com o comportamento do sol no decorrer dos meses do ano;
Tabela com a média da Irradiação Solar.
Este último item, a média da Irradiação Solar, é o que utilizaremos para o nosso cálculo. No nosso exemplo a média é de 4,19 kWh/m².
O próximo passo é saber quantas placas fotovoltaicas utilizaremos no nosso sistema.
Continue lendo para descobrir.
Passo 3: Quantidade de Placas Fotovoltaicas necessárias
Etapa 1: Calcular a potência de pico de Irradiação Solar
Aqui só precisamos dividir a 10 kWh/dia por 4,19 kWh/m². O valor será 2,39 kWh.
Com essa informação poderemos decidir:
qual placa utilizar;
quantidade de placas necessárias.
Etapa 2: Escolher o Painel Solar Fotovoltaico
O valor da potência das placas fotovoltaicas é o que vai determinar a quantidade das placas. Então é necessário escolher uma placa e colocar a potência no cálculo a seguir:
(Potência pico do sistema x 1000)/Potência dos módulos a serem utilizados
O valor de potência de pico é 2,39;
Escolhemos uma placa com potência de 335W.
Fazendo este cálculo, você provavelmente chegará no valor aproximado de 7,2 módulos.
Mas… Todo sistema possui uma porcentagem de perda, é importante estimar isso. A estimativa varie entre 10% e 20%. Neste exemplo, utilizaremos 15%.
Portanto, estimaremos 8,2 módulos de painéis fotovoltaicos.
Ok, mas como posso escolher um bom painel solar dentre tantas opções?
Na sequência apresentaremos como saber a eficiência de um painel fotovoltaico.
Passo 4: Calculando a Eficiência do Painel Solar Fotovoltaico
Com o objetivo de saber a eficiência, você vai checar as dimensões do painel na área de especificações. Com isso encontrará a metragem quadrada do módulo.
Assim, você vai simplesmente dividir pela potência do painel.
Se preferir, você pode dividir esse resultado por 100. Assim terá o valor em porcentagem da eficiência do painel.
É possível fazer esse cálculo para diferentes painéis, compará-los e escolher o mais eficiente.
Passo 5: Analisando os Valores do Painel Solar Fotovoltaico
A fim de ter o custo do sistema de placas solares fotovoltaicas, você multiplica:
O valor em R$ de cada painel;
Quantidade de painéis.
Caso queira estimar e comparar a acessibilidade de diferentes sistemas, você utiliza o valor de cada Watt.
Para saber o valor de cada Watt, você precisa:
Dividir o valor total do sistema pelos watts de cada placa;
Dividir este resultado pela quantidade de painéis.
Assim você também poderá usar esse cálculo para diferentes sistemas, compará-los e escolher o mais eficiente.
Resumindo…
Você viu neste artigo:
O tipo de sistema de entrada interfere no cálculo do sistema de Placas Fotovoltaicas;
A incidência solar varia de acordo com a localização da edificação;
Que a potência das placas determinam a quantidade de módulos instalados;
Como usar a dimensão da placa fotovoltaica para calcular a eficiência dela;
Calcular o custo do sistema de placas fotovoltaicas.
Portanto, é importante saber o passo a passo para projetar um sistema de painéis solares fotovoltaicos que seja eficiente.
Com isso você poderá oferecer o melhor projeto dentro da acessibilidade do seu cliente.
Lembrando sempre que sustentabilidade é o equilíbrio entre pessoas, planeta e lucro.
Certificação EDGE – Uma Ótima Opção Para Certificações Sustentáveis
Certificações como o LEED navegaram por muito tempo por águas tranquilas, abocanhando grande parte do mercado de Green Buildings nos últimos 15 anos.
No entanto, muito mudou: dezenas de novas certificações surgiram em busca de suprir os nichos não atendidos pelo LEED e também procurando uma fatia do mercado sustentável em franca expansão.
Uma das certificações mais comentadas nos últimos anos é a EDGE. No entanto, será que está certificação vale a pena?
Continue lendo para obter um ótimo panorama sobre a Certificação EDGE, ou assista a aula efetuada pelo nosso arquiteto e consultor Filipe Boni (em inglês apenas).
Mas antes, um panorama do mercado atual.
Um Mundo Pós-Certificação
Certificações são vistas hoje com muito mais ceticismo do que há 10 anos, quando elas entraram para valer no mercado brasileiro. As grandes construtoras aprenderam, implementaram e analisaram os resultados obtidos.
Muitas encontraram sim, ótimos resultados, principalmente em edificações de escritórios. Outras empresas encontraram burocracia, restrições e até mesmo pouca conversão em venda dependendo da qualidade da certificação adotada, principalmente no setor residencial.
Para comprovar minha tese, conversei com algumas das maiores construtoras do sul do país, no qual prestamos consultoria.
A primeira trabalha em empreendimentos com um alto padrão de qualidade. Nesta conversa, foi dito que a empresa não adotava mais as certificações pois elas estavam “engessando” seus projetos. O cliente de alto padrão aquisitivo ficava impedido de realizar as mudanças que gostaria em seu próprio imóvel, aumentando a insatisfação.
Outra grande empresa que trabalhamos comentou que não viu o retorno do investimento, isso porque a certificadora não os ajudou a depurar os dados para trabalhar de forma efetiva com o setor de marketing.
Apesar da segunda empresa ter perdido oportunidades devido a erros internos, é inegável que nem todas as certificações são boas para todos os projetos. Principalmente considerando empreendimentos que conseguiram “hackear” o modelo, obtendo projetos certificados sem atender o mínimo solicitado pela Norma de Desempenho, que seria uma diretriz considerada mais básica na maioria dos critérios.
Este panorama, em conjunto com as novas certificações disponíveis e a crise, deixou incorporadores confusos e preocupados sobre qual certificação seria a melhor opção para seus próximos projetos…
E é neste panorama que a certificação EDGE se torna uma ótima opção.
Mercados emergentes: Uma Tendência Crescente Para a Certificação EDGE
Embora apenas uma pequena parte dos edifícios nas economias emergentes esteja agora certificada, é nessas regiões que eles podem ter maior influência tanto na frente econômica quanto na ambiental. Estruturas verdes apenas começaram a criar raízes em lugares inesperados, sinalizando que um futuro melhor é possível.
A tendência pode estar ligada a uma maior consciência da importância da certificação, ao desejo competitivo de superar colegas que ainda estão se desenvolvendo tradicionalmente e a uma tentativa sincera de causar o mínimo de dano a um ambiente que está se tornando cada vez mais ameaçado. Ao atingir um ponto crítico e oferecer taxas financeiras vantajosas e regulamentações governamentais progressivas, os incentivos emergentes em várias áreas estão acelerando a construção de edifícios verdes.
Devido a uma combinação de incentivos financeiros e governamentais e forte lobby da CAMACOL, fornecedora nacional de certificação EDGE do país, 8% do crescimento de novas construções na Colômbia, por exemplo, recebeu a certificação EDGE.
Como os desenvolvedores entendem a importância da distinção do produto, especialmente no setor imobiliário, uma porcentagem aproximadamente equivalente do crescimento de novas construções (8% do mercado endereçável) é certificada com EDGE no Vietnã.
Hoje, a Certificação EDGE é um programa global disponível em mais de 160 países em todo o mundo. De acordo com a IFC, o programa Edge Buildings Certification ajudou a certificar mais de 1.500 edifícios em mais de 160 países desde seu lançamento em 2013.
Como Funciona a Certificação EDGE?
A EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies) foi criada pela IFC (International Finance Corporation) com o objetivo de tornar mais fácil e acessível o processo das certificações.
Empreendimentos podem obter certificação EDGE atingindo uma redução projetada mínima de 20% no uso de energia e água, além da economia da energia incorporada em materiais, quando comparados com um edifício padrão.
Vamos detalhar um pouco mais as categorias de certificação EDGE:
Energia: A categoria de energia abrange medidas relacionadas ao consumo de energia do edifício, incluindo o uso de sistemas e tecnologias energeticamente eficientes, a integração de fontes de energia renováveis e a otimização do uso de energia por meio de medidas como iluminação natural e sombreamento.
Água: A categoria de água abrange medidas relacionadas ao consumo de água do edifício, incluindo o uso de sistemas e tecnologias eficientes de água, a integração de sistemas de coleta de água da chuva e reutilização de águas cinzas e a otimização do uso da água por meio de medidas como irrigação por gotejamento e baixo consumo de água. dispositivos de fluxo.
Materiais e recursos: A categoria de materiais e recursos abrange medidas relacionadas com o impacto do edifício no ambiente, incluindo a utilização de materiais com baixo impacto ambiental, a otimização da utilização de materiais através de medidas como a reciclagem e reutilização e a utilização de materiais que são adquiridos local ou regionalmente.
Essas categorias destinam-se a ajudar as empresas de construção a entender as principais áreas nas quais precisam se concentrar para obter a Certificação EDGE.
Assim, torna-se uma certificação mais simples e adaptável em diferentes regiões do mundo, ao contrário do LEED, que exige uma série de adequações devido a normas técnicas industriais ou internacionais.
Se por um lado encontramos nas certificações atuais um modelo onde a submissão de documentos para uma revisão manual um processo lento e cansativo, a ceritificação EDGE traz simplicidade através de dados prescritivos no EDGE App, o principal diferencial encontrado pela certificação.
O aplicativo permite que você determine rapidamente a combinação ideal de estratégias de projeto de construção para o melhor retorno do investimento. Abaixo podemos ver uma amostra do simulador online rodando um edifício de escritórios através de dados prescritivos:
Como podemos observar, a edificação capta dados de diversos tipos de projeto, desde escritórios, hospitalidade, varejo, indústrias leves, armazéns, hospitais, instalações educacionais e… residências, que é justamente um dos “pontos fracos” do LEED no Brasil.
Os Principais Benefícios da Certificação EDGE
Abaixo estão alguns dos diferenciais que podem ser obtidos por meio da certificação, conforme relatado pelo Próprio EDGE:
Planejamento de investimentos: EDGE é uma ferramenta de planejamento de investimentos gratuita e fácil de usar que calcula rapidamente o ROI para suas estratégias de construção ecológica.
Economia do projeto: é possível utilizar o EDGE para projetar e relatar rapidamente suas economias de energia, água e emissões de Gases de Efeito Estufa.
Desenvolvido por dados: O banco de dados avançado da EDGE compreende as condições climáticas locais e o uso da construção
Simplicidade: Todas as simulações de eficiência são incorporadas à plataforma e a certificação pode ser obtida através da documentação existente.
Reconhecimento internacional: A certificação EDGE é mundialmente reconhecida e apoiada pelo World Bank Group (Banco Mundial).
Excelência em serviços: O GBCI pode rapidamente certificar seu projeto a um custo modesto comparado com outras certificações.
Um Exemplo Pelo Mundo
O edifício IQON se tornará o mais alto da cidade e Quito. Com projeto do Grupo Bjarke Ingels (BIG), o IQON contém 154 apartamentos com escritórios e lojas.
O edifício abraça a natureza, com árvores e plantas subindo a fachada de 33 andares. O exterior é feito de caixas rotativas de concreto que formam um desenho geométrico único, servindo ao duplo objetivo de uma “fazenda urbana de árvores” e de terraços privados para os moradores.
As árvores nativas da região serão plantadas nas caixas de concreto exteriores até que superem o espaço e sejam transportadas no parque de La Carolina, criando um ciclo de retorno ao ambiente natural.
Além dos recursos ecológicos para a melhoria do meio ambiente e redução do consumo de água e energia, o escritório também optou por usar materiais locais e métodos sustentáveis de paisagismo e gerenciamento de resíduos para o edifício.
Estratégias Utilizadas na Certificação EDGE
Energia: Tintas / ladrilhos refletivos para paredes externas e do teto, dispositivos de sombreamento externos, vidro com revestimento de baixa densidade, bomba de calor para geração de água quente, iluminação que economiza energia, controles de iluminação para corredores e escadas e coletores solares de água quente.
Água: Chuveiros e torneiras de baixo fluxo, armários de descarga dupla, sistema de captação de águas pluviais e sistema de tratamento e reciclagem de águas cinzas.
Materiais: Uso controlado de concreto para lajes, construção de telhados e paredes externas; placas de gesso sobre pregos de metal e blocos de concreto ocos de peso médio para paredes internas.
Outros Estudos de Caso de Sucesso Pelo Mundo
Aqui estão alguns estudos de caso de sucesso de edifícios que obtiveram a Certificação EDGE:
A sede do Grupo Banco Mundial em Washington, D.C., Estados Unidos, obteve a Certificação EDGE em 2016. O projeto de eficiência energética do edifício e o uso de fontes de energia renováveis, como painéis solares e telhado verde, ajudaram a atingir uma redução de 37% no consumo de energia uso em comparação com um edifício semelhante usando práticas de design convencionais.
O Dalian International Conference Center em Dalian, na China, obteve a Certificação EDGE em 2016. O projeto de eficiência energética do edifício, incluindo o uso de energia geotérmica e um sistema de captação de água da chuva, ajudou a atingir uma redução de 37% no uso de energia em comparação com um edifício semelhante usando práticas de design convencionais.
O Centro de Convenções SkyCity em Auckland, Nova Zelândia, obteve a Certificação EDGE em 2016. O projeto de eficiência energética do edifício, incluindo o uso de painéis solares e um sistema de captação de água da chuva, ajudou a atingir uma redução de 36% no uso de energia em comparação com um edifício semelhante usando práticas de design convencionais.
A sede da DNV GL em Høvik, Noruega, obteve a Certificação EDGE em 2016. O projeto de eficiência energética do edifício, incluindo o uso de energia geotérmica e um sistema de captação de água da chuva, ajudou a atingir uma redução de 30% no uso de energia em comparação com um edifício semelhante usando práticas convencionais de design.
Esses estudos de caso demonstram o potencial dos edifícios para alcançar reduções significativas no uso de energia e melhorar sua sustentabilidade geral por meio do uso de projetos e tecnologias com eficiência energética.
Custos da Certificação EDGE
O Edge é sempre mencionado como “uma certificação mais acessível”, onde com um investimento reduzido você poderá certificar uma edificação. Isso não acontece em todos os casos, variando bastante dependendo da área do projeto a ser certificado.
A melhor forma de saber os custos da Certificação EDGE é submetendo-o através do EDGE App. Porém, a fins de dimensionamento básico de custos, eles são os seguintes:
Taxa de registro: Taxa fixa de US$300 dólares.
Taxa de certificação: US$0,22 por m², descontando garagens.
Taxa de auditoria de projeto: US$4.000,00.
Taxa de auditoria de obra: US$4.000,00.
Logo, projetos com maior área serão beneficiados pelos custos da certificação. Algumas vezes estes custos da Certificação EDGE podem se tornar até mais caros que o LEED. No entanto, a vantagem do EDGE é que o processo de certificação é bastante simplificado pelo EDGE App, poupando alguns custos altos para consultores que o LEED sempre exige.
É importante notar que essas taxas estão sujeitas a alterações e podem variar dependendo das circunstâncias específicas do(s) edifício(s) a ser(em) certificado(s). Recomenda-se que as empresas interessadas em obter a Certificação EDGE entrem em contato diretamente com a UGREEN para obter mais informações sobre as taxas de certificação.
Quanto tempo leva para obter a certifcação Edge?
O tempo necessário para obter uma Certificação EDGE varia de acordo com vários fatores, incluindo o tamanho e a complexidade do(s) edifício(s) a ser(em) certificado(s), a disponibilidade da documentação e dados necessários e a integridade e precisão do pedido de certificação.
Em geral, é recomendável que as empresas iniciem o processo de certificação o mais cedo possível no processo de projeto ou construção para garantir que toda a documentação e dados necessários estejam disponíveis e permitir os ajustes necessários.
Depois que o pedido de certificação é enviado, geralmente leva várias semanas para ser analisado e uma decisão ser tomada. Caso a solicitação seja aprovada, a construtora receberá a Certificação EDGE para a(s) edificação(ões).
Vale ressaltar que a Certificação EDGE é voluntária, e a obtenção da certificação obviamente não é uma exigência para as construtoras. No entanto, a obtenção da certificação pode ajudar as empresas a se diferenciarem em um mercado competitivo e pode ser de interesse de clientes e stakeholders que valorizam a sustentabilidade e a eficiência nas edificações.
Quão difícil é obter a Certificação EDGE?
A dificuldade de obter a Certificação EDGE dependerá de muitos fatores, incluindo o tamanho e a complexidade do(s) edifício(s) a ser(em) certificado(s), a disponibilidade da documentação e dos dados necessários e a abrangência e precisão do pedido de certificação.
Em geral, alcançar a Certificação EDGE pode ser mais desafiador para edifícios mais significativos ou complexos. Esses edifícios podem ter mais sistemas e materiais para avaliar e exigir mais documentação e dados para apoiar o pedido de certificação.
No entanto, obter a Certificação EDGE não é necessariamente uma tarefa difícil ou impossível. Construtoras bem preparadas e organizadas, com entendimento claro dos critérios e processo de certificação, têm mais chances de sucesso na obtenção da certificação. Converse com a UGREEN para ter um processo mais simples e efetivo na sua empresa.
Quais são as principais vantagens da Certificação EDGE em relação ao LEED?
Ambos os programas oferecem diversas vantagens para construtoras que buscam melhorar a sustentabilidade e eficiência de suas instalações. Aqui estão algumas diferenças críticas entre a Certificação EDGE e a LEED:
Escopo: A Certificação EDGE é focada no projeto e construção de novos edifícios, enquanto o LEED abrange uma gama mais ampla de tipos e estágios de construção, incluindo edifícios existentes, interiores e bairros.
Critérios de certificação: A Certificação EDGE e LEED têm diferentes critérios de certificação, com a Certificação EDGE focada em eficiência energética, eficiência hídrica, qualidade ambiental interna e materiais e recursos, enquanto a LEED abrange uma gama mais ampla de medidas de sustentabilidade e eficiência.
Processo de certificação: A EDGE Certification e a LEED têm diferentes processos de certificação, com a EDGE Certification envolvendo um processo de inscrição online e a LEED envolvendo avaliações no local e um sistema de classificação.
Custo: O custo de obtenção da certificação EDGE e LEED pode variar dependendo do tamanho e complexidade do edifício e do programa específico que está sendo seguido. A certificação EDGE pode ser mais econômica para novos projetos de construção, enquanto a LEED pode ser mais adequada para edifícios ou interiores existentes.
Em última análise, a decisão de buscar a certificação EDGE ou LEED dependerá das necessidades e objetivos específicos da construtora e do(s) prédio(s) a ser(em) certificado(s). Ambos os programas podem fornecer reconhecimento e apoio valiosos para construtoras que buscam melhorar a sustentabilidade e a eficiência de suas instalações.
Navegando no processo de certificação EDGE: dicas para o sucesso
Navegar no processo de certificação EDGE pode ser assustador, mas com a abordagem e as estratégias certas, você pode ter sucesso. Aqui estão algumas dicas para navegar no processo de certificação EDGE:
Entenda o EDGE Certification Framework: Antes de embarcar no processo de certificação, é essencial entender claramente a estrutura de certificação EDGE. Isso inclui entender os diferentes níveis de certificação (Assess, Move e Lead), os vários critérios para cada nível e o processo de avaliação.
Avalie sua organização:Antes de iniciar o processo de certificação, é essencial realizar uma avaliação interna da sua organização. Isso o ajudará a identificar as áreas em que sua organização é forte e onde é necessário melhorar. Essa avaliação o ajudará a determinar qual nível de certificação seguir.
Estabeleça metas claras:Definir metas claras para a certificação ajudará você a manter o foco e a motivação durante todo o processo. Certifique-se de que suas metas sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido (SMART).
Envolva seus funcionários: Envolver seus funcionários é fundamental para o sucesso do processo de certificação EDGE. Certifique-se de que seus funcionários entendam os objetivos e benefícios da certificação e incentive-os a participar.
Desenvolva um plano de ação:Depois de identificar as áreas em que é necessário melhorar, desenvolva um plano de ação que descreva as etapas específicas para atingir suas metas de certificação. Certifique-se de que seu plano de ação inclua cronogramas, responsabilidades e métricas para o sucesso.
Implementar mudanças:Implemente as mudanças identificadas em seu plano de ação e acompanhe o progresso regularmente. Certifique-se de ter sistemas para coletar e analisar dados para medir seu progresso em direção à certificação.
Prepare-se para a avaliação: Certifique-se de ter toda a documentação e evidências necessárias para dar suporte ao seu pedido de certificação.
Comemore seu sucesso:Finalmente, comemore seu sucesso! Alcançar a certificação EDGE é significativo e deve ser reconhecido e comemorado dentro de sua organização e com partes interessadas externas.
Seguindo essas dicas, você pode navegar com sucesso pelo processo de certificação EDGE e atingir suas metas de certificação.
A Certificação EDGE Zero Carbon
Graças à certificação EDGE Zero Carbon, as construtoras podem certificar seus projetos como neutros em carbono. São necessárias economias mínimas de água e energia de 20%, juntamente com economias de energia no local de 40% e 100% de economia de energia proveniente de fontes renováveis ou compensações de carbono.
Para que um projeto se qualifique para a certificação EDGE Zero Carbon, ele deve atender a três critérios:
O tipo de edificação deve ser um dos listados no EDGE App.
Uma instalação deve ter sido ocupada em 75% de seu nível normal por pelo menos um ano.
Ser reconhecido como EDGE Advanced, econimizando pelo menos 40% a mais de energia, 20% a menos de água e 20% a menos de energia incorporada em seus materiais.
No geral, a categoria Carbono Zero da Certificação EDGE pode desempenhar um papel em ajudar a descarbonizar o ambiente construído, reconhecendo e promovendo edifícios que alcançaram emissões líquidas de carbono zero, aumentando a conscientização sobre a importância da sustentabilidade em edifícios e incentivando a adoção de práticas de construção mais sustentáveis.
Como a certificação EDGE está simplificando as metas ESG para empresas de construção?
A obtenção de uma Certificação EDGE pode ajudar as empresas a otimizar suas metas ambientais, sociais e de governança (ESG), fornecendo uma estrutura para avaliar e melhorar a sustentabilidade e a eficiência de seus edifícios.
Aqui estão algumas maneiras pelas quais a Certificação EDGE pode simplificar as metas ESG para empresas de construção:
Estabelecer metas claras: Os critérios de certificação fornecem um conjunto claro de metas para as empresas construtoras em termos de sustentabilidade e eficiência. Isso pode ajudar as empresas a concentrar seus esforços e recursos na consecução dessas metas.
Demonstrando o progresso: A obtenção de uma certificação EDGE fornece verificação independente da sustentabilidade e eficiência de um edifício, o que pode ajudar as empresas a demonstrar o progresso em relação às suas metas ESG para as partes interessadas, como investidores e clientes.
Melhoria do desempenho: O processo de certificação envolve uma análise minuciosa dos sistemas e práticas de um edifício, o que pode ajudar as construtoras a identificar oportunidades de melhoria e fazer mudanças para aumentar a sustentabilidade e a eficiência de suas instalações.
No geral, a Certificação EDGE pode fornecer uma estrutura valiosa para empresas de construção alinharem suas operações com suas metas ESG e demonstrar o progresso em direção a essas metas para as partes interessadas.
Benefícios da Certificação EDGE para o IPTU verde
No Brasil, o incentivo fiscal do IPTU Verde é um programa que oferece incentivos fiscais aos proprietários de edifícios que fizerem melhorias de eficiência energética e sustentabilidade em seus edifícios. O programa visa incentivar a adoção de práticas construtivas mais sustentáveis e reduzir o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa no ambiente construído.
De acordo com o site do Ministério das Cidades, as seguintes cidades adotaram o IPTU Verde: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Logo, empreendimentos certificados EDGE são elegíveis à redução do IPTU.
Pronto Para Iniciar Seu Posicionamento Sustentável?
Muitos possuem dúvidas se a certificação EDGE é a melhor opção de investimento para seu projeto. Principalmente considerando a quantidade de certificações disponíveis no mercado atual.
Quer descobrir se o EDGE é a melhor certificação para seu investimento?
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Encontrar um escritório de arquitetura em Curitiba pode ser uma tarefa difícil.
Uma das maiores dificuldades é escolher entre tantos profissionais que existem no mercado. Outro problema é que não podemos avaliar a obra pronta, como um carro ou uma televisão.
Logo, uma decisão errônea pode significar não apenas uma obra que desagrada os envolvidos. Entre os problemas que podemos encontrar estão:
Uma obra com o orçamento acima do previsto.
Uma estética que não atinge os objetivos da família ou empresa.
Desconforto visual ou térmico, prejudicando a produtividade e a qualidade de vida.
Longo prazo de execução, comprometendo a rotina familiar ou empresarial.
Desconformidade em relação aos órgãos públicos, gerando custos de readequação.
Portanto, você deve ter a dúvida…
Como encontrar o melhor escritório de arquitetura em Curitiba?
Afinal, todos procuramos que uma obra não apenas dentro, mas acima de nossas expectativas.
Continue lendo e descubra os 5 elementos que um escritório de arquitetura em Curitiba deve ter para lhe atender bem.
Elemento de um Escritório de Arquitetura em Curitiba #1: Respeito Ao Bolso e Tempo do Cliente
Este é um item simples, mas que infelizmente passa despercebido por muitos. Profissionais, na expectativa que exercerem a criatividade, acabam esquecendo do principal: o bolso do cliente.
Um cliente bem atendido por um escritório de arquitetura deve ser bem tratado nestas esferas:
Orçamento
Para você realizar um projeto, é fundamental saber se a obra será concluída dentro do custo esperado.
Logo, saber quanto você irá gastar é fundamental.
Portanto, procure um escritório que realize projetos em BIM (mais sobre isso no elemento #4). A precisão e transparência será maior, facilitando a análise entre projetistas e construtores.
Logo, os orçamentos serão muito mais precisos e seu risco se reduzirá consideravelmente.
Cronograma
Imagine que você esteja entrando em uma floresta…
Entrar em uma floresta sem saber o que você irá encontrar gera uma sensação péssima, certo?
Da mesma forma, é uma sensação terrível iniciar um projeto sem saber quais serão as etapas que você irá passar.
Um escritório de arquitetura qualificado deve apresentar um cronograma claro de passos. Assim você obtém transparência e facilidade de ver se está caminhando com segurança.
Hoje é possível ficar por dentro do cronograma do seu projeto pelo próprio celular. Portanto, procure escritórios que utilize ferramentas amigáveis aos seus clientes.
Elemento de um Escritório de Arquitetura em Curitiba #2: Compreensão Sobre As Necessidades do Cliente
Projetos de arquitetura são feitos para pessoas. Logo, não existe bom design sem a compreensão de todas as necessidades do seu cliente.
Uma obra linda, mas sem aprovação do cliente será naturalmente uma obra subutilizada. Portanto, verifique se o seu profissional possui um sistema de briefing para averiguar:
Suas necessidades.
Necessidades familiares ou empresariais.
Referências em arquitetura.
Materiais preferenciais.
Itens que você mais procura e menos procura.
Estratégias sustentáveis de menor ou maior custo.
Entre outros.
Desta forma você terá mais segurança enquanto reduz custos e poupa um tempo precioso.
Edifício Residencial, por UGREEN.
Elemento de um Escritório de Arquitetura em Curitiba #3: Compreensão Sobre Legislação e Normas Técnicas
A legislação e as normas técnicas andam em conjunto.
Se uma empresa não compreende sobre a legislação do seu projeto, ele pode não ser concluído da maneira que você imagina.
Afinal, existem parâmetros como recuos, coeficientes e gabaritos que devem ser obedecidos. Iniciar um projeto dentro do estabelecido pelas normas poupará tempo e muito retrabalho.
Da mesma forma, se as normas técnicas não são obedecidas, sua qualidade de vida pode estar sofrendo sérios riscos.
Uma das normas técnicas mais importantes hoje é a Norma de Desempenho. Ela direciona os itens fundamentais que qualquer edificação habitacional deve atender, como:
Desempenho Térmico: conforto durante todos os dias do ano.
Desempenho Acústico: menor ruído pela escolha de fechamentos adequados (alvenarias, esquadrias e cobertura)…
Desempenho Lumínico: ambientes com uma taxa de iluminação mínima, gerando salubridade e conforto visual…
Saúde, Higiene e Qualidade do Ar: taxas de ventilação adequadas, renovação de ar…
Funcionalidade e Acessibilidade: dimensões mínimas nos ambientes, facilidade de acesso por cadeirantes…
Abaixo você encontra um mapa mental que criamos para ilustrar parte do que sua edificação deve atender. Amplie cada etapa para compreender melhor:
Caso queira saber sobre a Norma de Desempenho em detalhe, você pode ler nosso artigo aqui.
Portanto, atender a Norma de Desempenho é dever de todos os profissionais. Procure empresas que trabalhem dentro destes critérios e garanta um projeto eficiente.
Elemento de um Escritório de Arquitetura em Curitiba #3: BIM – Building Information Model
O BIM traz mais informações e transparência do que um projeto tradicional, realizado com linhas no AutoCAD.
Você saberá que tomou as decisões certas porque, afinal, conseguiu enxergá-las. Portanto, é um projeto que é mais econômico e satisfatório.
Poucas empresas possuem softwares BIM. Destas que possuem, poucas trabalham de forma eficiente. O resultado são projetos que não possuem todas as informações necessárias para a tomada de decisão.
Abaixo gravamos um vídeo demonstrando as oportunidades do BIM na:
Facilidade de visualização dos projetos.
Transparência para todos os projetistas.
Acessibilidade de revisões, enviadas diretamente aos celulares de todos os envolvidos.
Tomada de decisão assertiva e segura por todas as partes.
Logo, você pode estar recebendo revisões do seu projeto com apenas um clique do seu aparelho celular.
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Elemento de um Escritório de Arquitetura em Curitiba #5: Sustentabilidade
Não existe um bom projeto que não englobe sustentabilidade na essência. A sustentabilidade não se refere apenas ao meio ambiente, mas ao conforto das pessoas dentro de um espaço.
Como alguns exemplos:
O conforto visual é sustentável, pois gera economia de energia pelo uso sábio da luz natural.
O conforto térmico é sustentável, pois gera economia de energia e também aumenta a produtividade.
O conforto acústico é sustentável, pois respeita os ritmos circadianos no sono e nas atividades diárias.
Abaixo estão alguns resultados de otimização energética obtidas em uma de nossas residências:
Este é um conjunto residencial que consome zero energia. Algumas das economias que ela atinge:
Energia
O consumo energético é em média 35% menor que construções equivalentes. Além disso, a residência atinge níveis 60% inferiores ao baseline estabelecido pela ASHRAE 90.1.2017. O remanescente para a casa zero é obtida com energia renovável.
Água
Reduzimos a demanda municipal em 50,75% pelo uso de louças e metais eficientes.
Estilo de Vida
Os residentes são convidados a tirar vantagem das seguintes facilidades:
Melhorias ao transporte público, depósito para bicicletas e circulação de pedestres.
As estações de trabalho na vizinhança irão reduzir o consumo de gasolina por quase 25%.
Jardins locais no térreo e produção de comida na cobertura que irão reduzir suas despesas pessoais.
Benefícios Comunitários
São geradas R$17.400 em economias anuais para a comunidade, assumindo 12 residentes.
Energia: R$7.500
Água: R$3.800
Transporte: R$4.500
Alimentação: R$1.400
Estas são vantagens possíveis de serem obtidas também em seu projeto se você contar com os profissionais de arquitetura e urbanismo certos.
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Atuação com empresas de renome, como o Grupo Boticário, TEICH e Roca Brasil.
Possuímos LEED APs entre o corpo técnico. Estes são profissionais sustentáveis comprovados pelo Conselho de Green Building dos EUA.
Possuímos uma plataforma educacional com mais de 36 mil visitantes mensais e mais de 2 mil alunos em todo o Brasil. Eles aprendem sobre estratégias sustentáveis e trabalhar de forma mais consciente.
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Você gostaria de conhecer mais sobre construções sustentáveis? Claro que gostaria!
Porém, é provável que você não dedique o tempo necessário para avaliar as melhores alternativas para seu projeto.
Queremos ajudá-lo a mudar isso. Esse artigo servirá como um super guia para você conhecer sobre construções sustentáveis. Utilizaremos como base o guia os créditos da certificação LEED v4 (versão mais recente).
Inclusive, você poderá pegar para você estes créditos e criar sua própria metodologia. Voltarei a esse assunto em um minuto, mas antes…
Você precisa entender como a maneira em que você aplica as estratégias pode matar ou alavancar seu projeto. Nosso guia trará uma metodologia que facilitará uma visão global sobre construções sustentáveis.
Assim você dedica mais energia no que realmente traz resultado e de forma que seus clientes percebam…
Então continue lendo para entender cada um dos 76 créditos do LEED. Acima disso, como utilizá-los para melhorar a forma de projetar ou gerenciar construções. Você aprenderá sobre:
Projeto Integrativo: Como uma equipe coesa desde o início faz toda a diferença
Localização do Projeto: Seu grande impacto na sustentabilidade
Lotes Sustentáveis: Como realizar boas decisões diminuindo impactos significativos
Economia de água: parece simples, mas não deixe isso te enganar
Eficiência Energética: a categoria com mais pontuações, por que?
Materiais: por que a categoria se tornou mais difícil e como isso irá impulsionar o mercado para melhor
Qualidade interna: O foco não é no projeto e nem na obra. É na ocupação pelas pessoas
Inovação: é só sobre o projeto e sua comunicação com a sociedade
Pronto para criar construções sustentáveis com base nos créditos do LEED? Como mencionamos, este é um resumo, mas você poderá se aprofundar ainda mais em cada crédito posteriormente.
Importante! Antes de proceder com o processo para construções sustentáveis…
O objetivo é demonstrar como os créditos do LEED podem te ajudar a aplicar sustentabilidade de forma coerente em seu projeto e não é focado na certificação.
O processo de certificação é minucioso, de longo prazo, com pré-requisitos e créditos aplicáveis para apenas algumas tipologias de projeto, tornando altamente recomendada a contratação de uma equipe de profissionais específica. Procure estes profissionais para que o processo ocorra da melhor maneira possível.
ANTES DE INICIAR O PROJETO…
A versão 4 do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) colocou um grande foco no Projeto Integrado. Ele entende que as melhores oportunidades de projeto estão justamente nesta primeira fase. Por isso foram criados dois créditos para incentivar equipes de projeto a serem formadas logo no início e buscar mais alternativas de construir de maneira sustentável.
Processo Integrativo
É um crédito para a grande maioria das tipologias construtivas. Busca-se aqui dar suporte ao projeto com alta performance e boa relação de custo-benefício através da análise antecipada e inter relações entre sistemas.
Você precisa mesmo antes de iniciar o projeto identificar oportunidades para a sinergia entre disciplinas e sistemas da edificação. Entre estas oportunidades estão os Sistemas Relacionados à Energia (condições do lote, orientação, envoltória, iluminação, conforto térmico, equipamentos, parâmetros operacionais) e Água (demandas de água interna, externa, de processos e suprimento).
Design e Planejamento de Projeto Integrativo para Construções Sustentáveis
Este crédito é aplicado apenas para hospitais. Como é um pré-requisito, se você não atingi-lo, você não poderá obter a certificação. O objetivo é encontrar as melhores oportunidades de projeto com ênfase na saúde por meio de uma equipe multidisciplinar.
Para atender ao LEED você deve criar uma equipe de projeto integrado (mínimo de 4 pessoas) no início do projeto e discutir as melhores estratégias pela expertise multidisciplinar em uma “charrete”.
Você deve criar um documento com os Requisitos de Projeto delineando objetivos e estratégias para garantir a saúde de todos os ocupantes da construção, a comunidade local e o meio ambiente por um ambiente de alta performance.
Deve ainda estabelecer os Objetivos Preliminares, como o nível de certificação que será perseguido e cada responsável para esta obtenção.
Esta primeira categoria do LEED se refere a decisões sobre a localização do lote, com créditos que encorajam o desenvolvimento compacto, transportes alternativos e conexão com serviços.
Construções sustentáveis bem localizados tiram vantagem de infraestrutura existente, como o transporte público, vias, calçadas, ciclovias, serviços e lazer, assim como eletricidade, água, gás e esgoto.
Manter edifícios perto de uma boa infraestrutura diminui drasticamente os custos materiais e ecológicos que acompanham a sua criação, como vias e estrutura de acesso. Gera um maior aproveitamento da estrutura urbana, facilitando a vida de usuários, empregados e visitantes. Promove ainda uma grande economia de dinheiro e recursos ambientais pela diminuição da distância de tráfego.
LEED para a Localização de Desenvolvimento de Bairros
A intenção é evitar o desenvolvimento em lotes inapropriados, reduzir a distância de viagens por veículos e melhorar a qualidade de vida encorajando atividades físicas diárias.
Se você possuir o projeto dentro de um condomínio ou masterplan já certificado, você não necessita correr atrás das pontuações de LT (Localização e Transporte) do LEED, já que elas estão automaticamente computadas. Você pode iniciar seu projeto com o máximo de 16 pontos.
Proteção de Terra Sensível para Construções Sustentáveis
O intuito é evitar o desenvolvimento em áreas ambientais sensitivas, reduzindo o impacto ambiental da construção no lote.
Para isto você pode focar o desenvolvimento em áreas anteriormente desenvolvidas ou mesmo localizar o projeto em áreas que não atendam aos critérios de terra sensível. Entre estes exemplos indicados pelo LEED estão regiões agrícolas definidas pelo governo local, várzeas, habitats de espécies ameaçadas, corpos d’agua ou pântanos.
Lote de Alta Prioridade
O objetivo é encorajar a localização do projeto em áreas com restrições de desenvolvimento e promover a saúde do espaço circundante. Entre estes ambientes estão bairros históricos, lotes prioritários ou mesmo contaminados.
Densidade Circundante e Usos Diversos
O objetivo é proteger terras e o habitat encorajando o desenvolvimento em áreas com infraestrutura existente. Promove-se assim o caminhar, a eficiência de transporte e a redução da distância de transporte por veículos. Melhora-se ainda a saúde pública encorajando atividades físicas diárias.
Para atingir o objetivo, resumidamente é necessário construir em lotes onde a densidade existente dentro dos 400 metros dos limites do projeto seja considerável.
Ainda, é necessário construir ou reformar espaços em que a entrada principal esteja a 800 metros de distância a pé da entrada principal de no mínimo 4 usos diversos publicamente disponíveis.
Acesso ao Trânsito de Qualidade
A intenção é encorajar o desenvolvimento em localizações em que exista a escolha de transportes intermodais ou reduzir o uso de veículos, tanto para reduzir emissões de gases, poluição do ar e outros problemas ambientais e de saúde associados aos usos de veículos.
Para atender ao LEED localize o projeto dentro de 400 metros da distância a pé de paradas de ônibus, bondes ou caronas compartilhadas. Você pode ter seu projeto também a 800 metros de distância a pé de estações ferroviárias, terminais de ônibus ou ferry, existentes ou planejadas. O serviço de trânsito nessas paradas e estações devem atender aos requisitos mínimos das tabelas específicas.
Instalações de Bicicleta em Construções Sustentáveis
O objetivo é promover a eficiência do uso e transporte por bicicleta e reduzir o trafego de veículos, além de melhorar a saúde pública encorajando atividades físicas utilitárias e de recreação.
Para isso, a entrada funcional ou estocagem de bicicletas do projeto deve estar à 180 metros de distância a pé de uma rede de bicicletas. Deve se conectar em até 4800 metros com no mínimo 10 usos diversos, ou pontos de ônibus, terminais, estações de ferry ou ciclovias.
O LEED solicita que o projeto também deve prever armazenamento de curto prazo e chuveiros com vestiário dependendo do seu uso e número de ocupantes.
Pegada de Estacionamento Reduzida
A intenção deste crédito do LEED é minimizar os danos ambientais associados com estruturas de estacionamento, diminuindo a dependência de automóveis, o uso do solo e o escoamento de águas pluviais.
Para isso é importante não exceder o código local para a capacidade de estacionamento. Existem incentivos para veículos de frota ou estacionamentos para veículos com caronas.
Veículos Verdes
A ideia é reduzir a poluição promovendo alternativas para automóveis verdes. Para isso projete 5% de todos os espaços de estacionamento para vagas preferenciais para veículos verdes.
Instale equipamentos de abastecimento para veículos elétricos (EVSE) em 2% de todos os espaços de estacionamento.
Esta categoria é sobre as decisões relacionadas ao edifício no lote, enfatizando relações vitais entre edifícios e ecossistemas. Foca em restaurar elementos do lote, integrá-lo com os ecossistemas locais e preservar a biodiversidade em que esses sistemas naturais necessitam.
O projeto que cumpre estas solicitações protege ecossistemas pela avaliação correta do local e o planejamento da localização do edifício e do paisagismo. Não prejudica o habitat, os espaços abertos e corpos d’água.
Utiliza métodos de desenvolvimento de baixo impacto minimizando a poluição da construção, os efeitos da ilha de calor, a poluição luminosa e o escoamento da água da chuva. Podem até mesmo remediar lotes decadentes, promovendo uma maior qualidade de vida para todos ao redor.
Prevenção da Poluição nas Atividades de Construção
O objetivo deste pré-requisito do LEED é reduzir a poluição das atividades da construção por controle da erosão do solo, sedimentação fluvial e poeira do ar.
Para que isso aconteça crie e implemente um plano de controle da erosão e sedimentação para todas as atividades construtivas relacionadas ao projeto.
Avaliação Ambiental do Lote
O intuito deste pré-requisito é proteger a saúde dos usuários assegurando que o lote é verificado de contaminações ambientais e que qualquer eventual contaminação será remediada. É valido apenas para escolas e edifícios relacionados à saúde.
Para atingir o objetivo do LEED conduza uma Avaliação Ambiental do lote para determinar a existência de contaminações. Se existir a suspeita, conduza uma Avaliação Ambiental do Lote de Fase II. Se o lote estiver contaminado, reabilite-o para atender aos níveis previstos em legislação.
Avaliação do Lote
O objetivo é avaliar as condições do lote antes do início do projeto para avaliar as opções sustentáveis e criar base para as decisões de desenvolvimento.
Você precisa documentar uma avaliação do lote que inclua as seguintes informações: topografia, hidrologia, clima, vegetação, solo, usos humanos e efeitos humanos à saúde. Demonstre como essas características influenciam o projeto.
Desenvolvimento do Lote – Proteger ou Restaurar o Habitat
O objetivo é conservar áreas existentes naturais e restaurar áreas prejudicadas, promovendo um habitat sustentável e a biodiversidade.
Preserve e proteja de todas as atividades de desenvolvimento e construção 40% das áreas verdes do lote, se elas existirem. Utilize plantas nativas ou adaptadas, restaurando 30% de todas as porções do lote identificadas como anteriormente desenvolvidas. Caso isso não seja possível, forneça suporte financeiro de pelo menos US$4,00/m2 para a área total do lote.
Espaços Abertos
O intuito é criar espaços externos abertos em construções sustentáveis que encorajem a interação social, com o meio ambiente, a recreação e atividades físicas.
Forneça espaços abertos de no mínimo 30% da área total do terreno. Um mínimo de 25% dos espaços abertos devem possuir vegetação ou plantas altas que forneçam sombra.
Gerenciamento de Água de Chuva em Construções Sustentáveis
O objetivo é reduzir o volume de escoamento e melhorar a qualidade da água do lote, replicando a hidrologia natural baseado na história dos ecossistemas da região.
Você possui três caminhos pelo LEED: O primeiro, mais básico, é a captação a água no lote e gerenciar o escoamento a partir do 95º percentil de eventos regionais ou locais de precipitação usando o desenvolvimento de baixo impacto e/ou infraestrutura verde.
O segundo caminho é idêntico ao primeiro, mas para o 98º percentil de eventos regionais ou locais de precipitação. Para projetos com taxa de ocupação de 100% em áreas urbanas e densidades mínimas de 1,5 existe uma terceira opção, que é pelo 85º percentil.
Redução da Ilha de Calor
O objetivo do crédito é minimizar os efeitos no microclima e habitats humanos e selvagens minimizando as ilhas de calor.
Para que isto aconteça você pode escolher opções para a cobertura, como telhados verdes ou coberturas com alto índice de refletância. Para outros pavimentos você pode utilizar plantas existentes ou plantas que forneçam sombras sobre áreas pavimentadas. Estacionamentos cobertos também são permitidos.
Redução da Poluição da Luz
O objetivo é melhorar o contato com a noite, melhorando a visibilidade noturna e reduzindo as consequências prejudiciais para as pessoas e a vida selvagem.
Para atingir os requisitos do LEED é necessário efetuar cálculos da iluminação e sua transgressão. Existem dois métodos: o primeiro é o backlight uplight glare ou o método de cálculo. Isso vale para todas as luminárias externas localizadas dentro dos limites do projeto, com base nas características fotométricas de cada luminária e a zona de iluminação do limite da propriedade.
Master Plan do Lote para Construções Sustentáveis
Neste crédito restrito para escolas, assegure que os benefícios alcançados pelo projeto continuem independentes de mudanças futuras na região.
O LEED solicita que projeto deve atingir pelo menos 4 dos créditos abaixo. Eles devem ser recalculados usando dados do masterplan. Entre eles estão: LT- Lote de Alta Prioridade, SS- Desenvolvimento do Lote- Proteger ou Restaurar o Habitat, SS- Espaços Abertos, SS- Gerenciamento de Águas de Chuva, SS- Redução das Ilhas de Calor e SS- Redução da Poluição da Luz.
Diretrizes do Projeto e Construção para Inquilinos
O objetivo neste crédito de LEED para Core and Shell é educar os inquilinos para implementar o design sustentável e características da construção no layout dos escritórios.
Para atingir o objetivo publique para os inquilinos um documento com a descrição das características do design sustentável. Faça recomendações, incluindo exemplos de estratégias sustentáveis e produtos, materiais, serviços ou Informações que permitam o inquilino a coordenar da melhor forma o design do espaço.
Acesso Externo Direto
Neste crédito apenas aplicado para espaços de saúde o objetivo é fornecer aos pacientes e ao staff os benefícios associados com o acesso direto ao meio ambiente natural.
O LEED pede para que você projete um acesso direto para um pátio externo, terraço, jardim ou sacada. O espaço deve ser de pelo menos 0,5m² por paciente para 75% de todos os pacientes internados e 75% para pacientes externos cujo tempo de permanência exceda 4 horas.
Locais de Descanso
O intuito deste outro crédito referente à hospitais é fornecer aos pacientes, funcionários e visitantes os benefícios para a saúde pelo contato com a natureza por espaços abertos de descanso.
Forneça locais de descanso que sejam acessíveis aos pacientes e visitantes, iguais a 5% da área do programa da edificação. Forneça também espaços adicionais dedicados para descanso de funcionários, para 2% da área do programa da edificação.
Utilização Conjunta de Instalações
O objetivo deste crédito exclusivo para escolas é integrar a escola com a comunidade pelo compartilhamento da construção e seus campos de esportes para eventos ou funções que não sejam da escola.
Para atingir o crédito você deve criar contratos com entidades para utilizar seus espaços ou mesmo liberar espaços específicos para o uso comunitário, como auditórios, ginásios, cafeteria, uma ou mais salas de aula, estacionamentos ou mesmo estádios ou campos de esportes.
É possível ainda criar espaços específicos para a contribuição comunitária, como escritórios comerciais, clinicas de saúde, centros de serviços comunitários, escritório de polícia, biblioteca ou estacionamento.
A categoria aborda a água de maneira holística, olhando para o uso interno, externo, usos especializados e sua medição. Os créditos se baseiam na abordagem da maior eficiência na conservação.
Como resultado, cada pré-requisito busca a eficiência da água e as reduções do uso de água potável. Em seguida, são verificados os usos de água não potável ou fontes alternativas de abastecimento.
Além dos problemas da própria água que são bem conhecidos no mundo todo, devemos pensar que a energia necessária para o seu tratamento, o transporte para um edifício, a utilização e descarte representa uma quantidade significativa de energia.
Arquitetos e construtores podem construir edifícios que utilizem significativamente menos água do que a construção convencional através da incorporação de paisagens nativas que eliminem a necessidade de irrigação, a instalação de equipamentos eficientes e a reutilização de águas residuais para as necessidades de água não potável.
Os créditos incentivam as equipes de projeto para aproveitar todas as oportunidades para reduzir significativamente o consumo total de água.
Redução do Uso de Água Externo em Construções Sustentáveis
O objetivo deste pré-requisito do LEED é bem simples: reduzir o consumo de água externo.
Reduza através das opções seguintes: A primeira é utilizar um paisagismo que não necessite de um sistema de irrigação permanente ou um paisagismo com irrigação reduzida. Atinja pelo menos 30% de redução referente a um patamar base.
Redução do Uso de Água Interno
O objetivo deste pré-requisito é reduzir o consumo de água interno.
Reduza o consumo de água para pelo menos 20% da tabela base disponibilizada pelo USGBC (órgão responsável pelo LEED) para todos os equipamentos. Todos os vasos, mictórios, torneiras privativas e chuveiros devem possuir padrão WaterSense ou equivalente. Ainda, devem-se estabelecer equipamentos e processos complementares que atendam aos requisitos.
Medição do Uso de Água
O objetivo é dar suporte ao gerenciamento de água e identificar oportunidades para economias adicionais pelo rastreamento do consumo.
Para isso é necessário instalar equipamentos de medição permanentes para o uso total da água na construção e áreas associadas. Os medidores devem ser compilados em resumos mensais e anuais. É necessário compartilhar com o Green Building Council dos Estados Unidos os resultados por um período de 5 anos começando na data em que o projeto receber certificação ou ocupação típica, o que vier primeiro.
Redução do Uso de Água Externo
O Objetivo é reduzir ainda mais o consumo de água externo utilizando exatamente o que foi estabelecido no pré-requisito. Quanto mais for reduzir o uso e comprovar para o USGBC, mais pontuações você recebe em construções sustentáveis.
Redução do Uso de Água Interno
O objetivo também é reduzir o consumo de água interno em construções sustentáveis conforme estabelecido no pré-requisito.
Reduza o uso da água nos equipamentos além dos 20% do pré-requisito. Economias adicionais de água potável podem ser ganhas utilizando de fontes alternativas de água.
Utilização de Água da Torre de Resfriamento
A intenção é aproveitar ao máximo a água utilizada na torre de resfriamento enquanto controla micróbios, corrosões e escamas no sistema de condensação.
Para torres de resfriamento e condensadoras de evaporação, conduza uma análise de água potável, medindo parâmetros como Cálcio, Alcalinidade, Dióxido de Silício, Cloro e Condutividade.
Calcule o número de ciclos da torre de resfriamento dividindo o nível máximo de concentração de cada parâmetro pelo nível de concentração atual encontrado na água potável de reposição. Limite os ciclos da torre de resfriamento evitando exceder valores máximos para cada um desses parâmetros. Você ganha créditos dependendo do número de ciclos alcançados para até um máximo de 10.
Medição de Água em Construções Sustentáveis
A intenção é dar suporte ao gerenciamento de água em construções sustentáveis e identificar oportunidades para economias adicionais pelo rastreamento do uso da água.
Para isso o LEED pede que você instale medidores de água permanentes para 2 ou mais subsistemas de água como por exemplo: irrigação, encanamentos de interior e acessórios, água quente, água recuperada, boilers – com uso anual de no mínimo 378.500 litros ou 150kW – ou outras águas de processo.
A categoria de Energia e Atmosfera aborda a energia a partir de uma perspectiva holística, abordando a redução do uso de energia em construções sustentáveis, estratégias do projeto de eficiência energética e fontes de energia renováveis.
A eficiência energética em um edifício verde começa com foco em um projeto que reduz as necessidades de energia, como a orientação e a posição dos vidros, além da escolha de materiais de construção adequados ao clima.
Estratégias como o aquecimento e refrigeração passivos, ventilação natural, e sistemas de HVAC de alta eficiência em conjunto com controles inteligentes reduzem ainda mais o consumo energético. A geração de energia renovável no lote ou a compra de energia verde permite que parte do consumo de energia remanescente seja atendida com a energia de combustíveis não fósseis, reduzindo a demanda por fontes tradicionais.
O processo de comissionamento em construções sustentáveis é fundamental para garantir edifícios de alto desempenho. O envolvimento precoce de uma autoridade de comissionamento ajuda a evitar problemas de manutenção e desperdício de energia, verificando que o projeto satisfaz os requisitos.
Em um prédio operacionalmente eficiente, a equipe entende quais sistemas estão instalados e como eles funcionam. Os usuários devem possuir formação e serem receptivos para aprender novos métodos para otimizar o desempenho do sistema para que o projeto tenha o desempenho mais eficiente.
A categoria do LEED reconhece que a redução do uso de combustíveis fósseis se estende muito para além das paredes do edifício. A resposta à demanda permite as concessionárias a recorrer a edifícios para reduzir seu uso de energia elétrica nos horários de pico, reduzindo a pressão sobre o grid e a necessidade de operar mais usinas de energia. Da mesma forma, no local de energia renovável não só se fomenta um mercado independente de combustíveis fósseis, mas também uma fonte de eletricidade confiável para a região.
Comissionamento e Verificação Fundamental
O objetivo do pré-requisito é dar suporte ao projeto, sua construção e operação adequando-o aos requisitos do proprietário para energia, água, qualidade interna do ambiente e durabilidade.
Para isso complete as atividades do processo de comissionamento para sistemas de mecânica, elétrica, hidráulica e energia renovável conforme diretrizes da ASHRAE1.1.2007 para sistemas HVAC.
Performance Mínima de Energia
O objetivo deste pré-requisito do LEED para construções sustentáveis é reduzir os danos ambientais e econômicos do uso excessivo de energia pela conquista de uma eficiência de energia mínima da edificação e seus sistemas. Você possui três opções:
Opção 1. Simulação da Energia da Construção Completa: Demonstre uma melhoria de 5% para novas construções, 3% para Reformas e 2% para Core and Shell no edifício proposto utilizando o parâmetro base, calculado de acordo com a ASHRAE 90.1.2010, Apêndice G, utilizando um modelo de simulação.
Opção 2. Conformidade Normativa: ASHRAE 50% Advanced Energy Design Guide: Obedeça as disposições da ASHRAE 90.1.2010. Obedeça os requisitos de HVAC e aquecimento de água, incluindo eficiência dos equipamentos, economizadores, ventilações, dutos e dampers para a zona apropriada do ASHRAE 50% Advanced Energy Design Guide.
Opção 3. Conformidade Normativa: Advanced Buildings Core Performance Guide: Obedeça as disposições da ASHRAE 90.1-2010. Siga a Seção 1: Design Process Strategies, Seção 2: Core Performance Requirements e as 3 estratégias abaixo na Seção 3: Enhanced Performance Strategies, se aplicável. Onde os padrões conflitam, siga o que for mais restritivo. Consulte os apêndices da ASHRAE para determinar a zona climática correta.
Medição de Nível de Energia da Edificação
O objetivo do crédito do LEED para construções sustentáveis é dar suporte ao gerenciamento de energia e identificar oportunidades para a economia adicional pelo rastreamento do uso de energia na edificação.
Para que isso aconteça é necessário instalar medidores e prover informações da edificação para o USGBC com o consumo total de energia (elétrico, gás natural, água refrigerada, vapor, óleo combustível, propano, biomassa, etc).
Gerenciamento Fundamental de Refrigeração
O objetivo do pré-requisito é reduzir a destruição da camada de ozônio. É necessário impedir o uso de refrigerantes com base em CFC (Clorofluorocarboneto) em novas construções nos sistemas de aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração (HVAC&R). Quando reutilizar equipamento HVAC&R, planeje uma redução por fases antes da conclusão do projeto.
Comissionamento Avançado
Objetivo de dar mais suporte ao projeto, a construção e a operação do edifício que já está adequado aos requisitos do proprietário para energia, água, qualidade interna do ambiente e durabilidade. Implemente um processo de comissionamento com o escopo além do solicitado no pré-requisito.
Otimizar a Performance de Energia
É o crédito com o maior número de pontos no LEED para construções sustentáveis. O objetivo é conquistar níveis de performance energética além do pré-requisito para reduzir danos ambientais e econômicos associados com o uso excessivo de energia.
Para atingir o objetivo estabeleça uma meta de desempenho energético não pior que o da fase de desenho esquemático. Você possui duas opções:
Opção 1. Simulação da Energia da Construção Completa: Analise medidas de eficiência durante o processo de projeto e leve em conta os resultados na decisão do edifício. Utilize a simulação energética para oportunidades de eficiência, analises do passado de edificações similares, ou dados publicados para análises de construções similares. Analise medidas de eficiência, focando em redução de carga e estratégias relacionadas a HVAC apropriadas para instalação. Projete economias de energias potenciais e implicações de custos de projeto para todos os sistemas afetados.
Opção 2. Conformidade Normativa: ASHRAE 50% Advanced Energy Design Guide: Para ser possível esta opção, o projeto deve ter utilizado a Opção 2 do pré-requisito Minimum Energy Performance. Implemente e documente concordância com as recomendações aplicáveis do Capítulo 4, Design Strategies and Recommendations by Climate Zone para o guia apropriado da ASHRAE.
Medição Avançada de Energia da Edificação
O objetivo é dar suporte ao gerenciamento de energia e identificar oportunidades para economizar energia adicional por rastreamento do nível de uso e dos sistemas de energia da edificação. Instale medidores avançados de energia para todas as fontes de energia utilizadas pela construção e todos usos finais de energia que representem 10% ou mais do consumo anual da edificação.
Resposta à Demanda
O intuito é de aumentar a participação em tecnologias de Resposta à Demanda e tornar a geração de energia e sistemas de distribuição mais eficientes, aumentando a confiabilidade da rede e reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
Projete para que a construção e os equipamentos participem em programas de Resposta à Demanda através de corte de carga ou deslocamento.
Produção de Energia Renovável
Intuito de reduzir os danos ambientais e econômicos associados com a energia de combustíveis fósseis aumentando o suprimento de energia renovável.
Para atingir o objetivo utilize sistemas de energia renovável para diminuir os custos de energia, como por exemplo a utilização de painéis fotovoltaicos para obtenção de energia solar. Créditos são obtidos conforme a porcentagem do custo produzido referente ao consumo do edifício.
Gerenciamento Avançado de Refrigeração
O objetivo principal deste crédito do LEED é reduzir a destruição da camada de ozônio e apoiar o cumprimento antecipado com o Protocolo de Montreal, minimizando as contribuições diretas para a mudança climática.
Você possui duas opções em construções sustentáveis:
Opção 1. Sem uso de Refrigerantes ou de Baixíssimo Impacto: Não utilizar refrigerantes, ou apenas utilizar refrigerantes que possuam um potencial de destruição da camada de ozônio igual a zero e um potencial de aquecimento global menor que 50.
Opção 2. Cálculo do Impacto: Selecionar refrigerantes que são utilizados em equipamentos de aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração (HVAC&R) para minimizar ou eliminar compostos que contribuem para a destruição da camada de ozônio e mudança climática. Realize cálculo específico para atender ao requisito.
Energia Verde e Créditos de Carbono
O objetivo é encorajar a redução de gases de efeito estufa através de uma fonte na rede, tecnologias de energia renovável ou projetos de atenuação de carbono.
Para que isso aconteça esteja engajado em um contrato para recursos qualificados que estejam online desde 1o de janeiro de 2005, para um mínimo de 5 anos, para ser distribuído pelo menos anualmente. O contrato deve especificar o fornecimento de pelo menos 50% por Energia Verde, Créditos de Carbono ou Certificados de Energia Renovável (RECs) em construções sustentáveis.
A categoria de Materiais e Recursos é a que mais foi modificada no LEED v4. O principal motivo foi a necessidade da melhor comprovação dos materiais aplicados em projeto e beneficiar aqueles que possuem uma análise completa de sua cadeia de produção e buscam melhorias em seus processos para garantir maiores benefícios para o planeta.
A categoria se concentra em minimizar a energia incorporada e outros impactos associados com a extração, processamento, transporte, manutenção e descarte de materiais de construção.
Os requisitos possuem o foco em uma abordagem de ciclo de vida que melhore o desempenho e promova a eficiência dos recursos naturais. Cada requisito identifica uma ação específica que se encaixa no contexto mais amplo de uma abordagem de ciclo de vida para a redução dos impactos.
A redução na fonte é o objetivo mais importante porque evita danos ambientais ao longo do ciclo de vida de um material, desde da cadeia de abastecimento, seu uso, até a reciclagem e eliminação de resíduos. A redução na fonte incentiva o uso de estratégias de construção inovadoras, tais como pré-fabricação e concepção de materiais de construção com dimensões, minimizando cortes de materiais e ineficiências.
A construção e a reutilização de materiais é a próxima estratégia mais eficaz, porque a reutilização evita o impacto ambiental do processo de fabricação. A substituição de materiais existentes por novos implicaria na produção e transporte de novos materiais, o que levaria muitos anos para compensar os gases de efeito estufa.
O LEED tem consistentemente recompensado a reutilização de materiais, e a versão 4 oferece ainda mais flexibilidade, premiando todos os materiais reutilizados em um projeto: tanto no lote, como parte de uma estratégia de reutilização do edifício, como fora, como parte de uma estratégia de reutilização.
A reciclagem é a maneira mais comum para desviar os resíduos dos aterros. Na prática convencional, a maioria dos resíduos são depositados nestes espaços, uma solução cada vez mais insustentável. Nas áreas urbanas, o espaço dos aterros muitas vezes já atingiram sua capacidade, necessitando de mais terras em outros lugar e aumentando os custos de transporte. Inovações em tecnologia de reciclagem melhoram a triagem e processamento para fornecer matérias-primas para mercados secundários, mantendo esses materiais em um fluxo de produção mais longo.
A próxima utilização mais benéfica de resíduos é a conversão de energia. Muitos países estão diminuindo a carga sobre aterros através desta solução. Quando as medidas de controle rigoroso de qualidade do ar são aplicadas, a transformação em energia pode ser uma alternativa viável para extração de combustíveis fósseis.
Sobre a Análise do Ciclo de Vida, o LEED visa acelerar o uso de ferramentas para tomada de decisão baseada nessa análise, estimulando, assim, a transformação do mercado e melhorar a qualidade das bases de dados. Reconhecendo as limitações da abordagem de ciclo de vida para abordar a saúde humana e as consequências do ecossistema da extração de matéria-prima, o LEED utiliza abordagens alternativas, complementares a Análise do Ciclo de Vida nos créditos que abordam esses temas.
Armazenagem e Coleta de Recicláveis em Construções Sustentáveis
O pré-requisito possui o Intuito de reduzir o desperdício gerado por ocupantes da edificação que são transportados e descartados em aterros sanitários.
Forneça áreas dedicadas acessíveis para transportadores de lixo e ocupantes da edificação para a armazenagem e coleta correta de materiais recicláveis. Realize medidas apropriadas para a coleta segura, a armazenagem e o descarte de pelo menos dois dos elementos entre estes: baterias, lâmpadas contendo mercúrio e lixo eletrônico.
Gestão de Resíduos de Construção e Demolição
A intenção do pré-requisito é reduzir o desperdício de construção e demolição enviado para aterros sanitários e fabricas de incineração recuperando, reutilizando e reciclando materiais.
Desenvolva e implemente um plano de gerenciamento de resíduos de construção e demolição estabelecendo metas de desvio de resíduos para o projeto identificando pelo menos 5 materiais e sua estratégia de gestão.
Redução de Fontes de PBT- Mercurio em Construções Sustentáveis
Neste pré-requisito exclusivo para consruções sustentáveis de saúde o objetivo é eliminar produtos contendo mercúrio através da sua substituição, captura e reciclagem.
Como parte do programa de reciclagem, identifique os produtos contendo mercúrio e os equipamentos a serem coletados. Relate como eles serão manuseados pelo programa de reciclagem e o método de descarte.
Redução de Impacto do Ciclo-de-vida da Construção
O intuito é encorajar o reuso adaptativo e otimizar a performance ambiental de produtos e materiais em construções sustentáveis.
Para atingir o objetivo do LEED é necessário demonstrar efeitos ambientais reduzidos nas decisões de projeto reutilizando recursos existentes da construção ou demonstrando uma redução de uso de materiais durante a Analise do Ciclo de Vida. Atinja uma das opções mais apropriadas para seu projeto, como: o Reuso de Construção Histórica, a Reforma de Construção Arruinada ou Abandonada, o Reuso de Materiais e Construção ou mesmo uma Avaliação do Ciclo de Vida Completo da Construção.
Otimização e Divulgação de Produtos da Construção- Declaração de Produtos Ambientais em Construções Sustentáveis
O intuito é encorajar o uso de produtos e materiais cujas informações do ciclo de vida estejam disponíveis e possuam um bom impacto econômico, social e ambiental. O LEED recompensa times de projeto que selecionam produtos cujos fabricantes possuem prova de melhores ciclos de vida ambientais em construções sustentáveis.
Para atingir o objetivo deste crédito do LEED atinja uma ou mais das opções abaixo:
Opção 1. Declaração de Produtos Ambientais (EPD): Utilize pelo menos 20 produtos instalados permanentemente de pelo menos 5 diferentes fabricantes que estejam de acordo com um critério de declaração ambiental em construções sustentáveis. Entre eles estão produtos com avaliação do ciclo de vida publicamente disponível, a certificação de terceiros (indústrias ou específicos), ou outros aprovados pelo USGBC.
Opção 2. Otimização de Múltiplos Atributos: Utilize produtos que estejam de acordo com um dos critérios abaixo para 50% do custo do valor total de produtos permanentemente instalados no projeto. Produtos serão avaliados como: Produtos com impacto ambiental inferior da média da indústria ou programas aprovados pelo USGBC.
Para cálculo do crédito, produtos provenientes (extraídos, fabricados, comprados) de no máximo 160km do terreno de projeto são contados como 200% do seu custo base de contribuição.
E o que são EPDs para Construções Sustentáveis?
Um EPD é um caminho padronizado de comunicar os impactos ambientais de produtos e facilitar a utilização de materiais ecologicamente corretos. Menciona o potencial de aquecimento global e esgotamento de recursos energéticos de um produto ou sistema.
Otimização e Divulgação de Produtos da Construção- Origem de Matérias-Primas
O objetivo é encorajar o uso de produtos e materiais em construções sustentáveis cujas informações do ciclo de vida estejam disponíveis e possuam um bom impacto econômico, social e ambiental. O LEED recompensa profissionais que selecionam produtos verificados por serem extraídos e armazenados de maneira responsável.
Opção 1. Relatório de Origem e Extração de Matérias-primas: Utilize pelo menos 20 diferentes produtos de pelo menos 5 diferentes fabricantes que tenham lançado um relatório público de seus fornecedores de matérias-primas que incluam a localização da extração desses materiais, o compromisso tanto para uso do solo ecologicamente responsável, como reduzir impactos ambientais da extração e do processo de fabricação e serem voluntários em programas que demonstrem um critério de origem responsável.
Opção 2. Liderança em Práticas de Extração: Utilize produtos que atendam pelo menos um dos critérios responsáveis de extração abaixo para pelo menos 25%, do custo, do valor total dos produtos instalados permanentemente no projeto. Entre eles estão a Responsabilidade estendida do produtor, Materiais bio formados, Produtos em madeira, Reuso de materiais e Conteúdo reciclável.
Produtos originários (extraídos, manufaturados e comprados) em até 160km do local do projeto contam como 200% do seu custo base.
Otimização e Divulgação de Produtos da Construção- Ingredientes de Materiais
A intenção do LEED é encorajar o uso de produtos e materiais cujas informações do ciclo de vida estejam disponíveis e possuam um bom impacto econômico, social e ambiental.
O LEED recompensa times de projeto que selecionam produtos em que os ingredientes químicos são inventariados utilizando uma metodologia aceitável e por selecionar produtos verificados em minimizar o uso e geração de substâncias prejudiciais. Recompensa ainda fabricantes de matérias-primas cujos produtos são comprovados em possuir um ciclo-de-vida avançado.
Opção 1. Relatório de Ingredientes Materiais: Utilize pelo menos 20 diferentes produtos de pelo menos 5 diferentes fabricantes que utilizem qualquer um dos programas abaixo que demonstrem um inventário químico de produto de pelo menos 0,1%, como: Inventário de fabricação, Declaração de Saúde de Produto (HPD), Cradle to Cradle ou Programas aprovados pelo USGBC.
e/ou Opção 2. Otimização de Ingredientes de Materiais: Utilize produtos que documentem a otimização de ingredientes utilizando os caminhos abaixo para pelo menos 25%, do custo, do valor total de produtos permanentemente instalados no projeto. Entre eles estão: Greenscreen v1.2 benchmark, Certificação Cradle to Cradle, REACH Optimization e Programas aprovados pelo USGBC.
e/ou Opção 3. Otimização de Cadeia de Produto do Fabricante: Utilize produtos com pelo menos 25% do custo do valor total dos produtos permanentemente instalados no projeto que se originem de fabricantes que participem em programas válidos de segurança.
Deve ser avaliada a saúde, dano ou risco com uma documentação mínima de pelo menos 99% dos ingredientes utilizados para criar o produto ou material. Como alternativa, é possível utilizar produtos de fabricantes com verificação independente de terceiros da cadeia de matérias-primas que verifiquem itens mínimos que podem ser consultados no LEED Reference Guide.
Para atendimento de crédito das opções 2 e 3 em construções sustentáveis, produtos originados (extraídos, fabricados, comprados) em 160km do endereço do projeto constam como 200% do custo base.
Redução de Fontes de PBT- Mercurio
O objetivo neste crédito para edifícios de saúde é reduzir o lançamento de PBTs (persistentes, biocumulativos e tóxicos) associados com o ciclo de vida dos materiais de construção.
Para atender o LEED especifique e instale lâmpadas fusflorescentes com pouco conteúdo de mercúrio e longo tempo de vida, além do pré-requisito dito no começo desta categoria. Consulte o reference guide para este guia de materiais.
Redução de Fontes de PBT- Chumbo, Cádmio e Cobre
O objetivo neste crédito para edifícios de saúde é também reduzir o lançamento de PBTs (persistentes, biocumulativos e tóxicos) químicos associados com o ciclo de vida dos materiais de construção.
O requisito é especificar materiais que substituam chumbo, cádmio e cobre.
Chumbo: Para a água de consumo humano, especifique e use soldas para conectar o encanamento de acordo com padrões específicos. Isso vale para canos, acessórios para tubos, acessórios sanitários e torneiras. Especifique também pinturas e telhados livres de chumbo. Especifique e use fios e cabos elétricos com o uso reduzido.
Cádmio: Não especifique pinturas internas ou externas contendo cádmio.
Bronze: Para canos de bronze, reduza ou elimine fontes de corrosão relacionadas à juntas.
Móveis e Decorações Médicas
O objetivo deste crédito do LEED para construções sustentáveis de saúde é melhorar os atributos da saúde humana e ambiental associados com móveis e mobiliário médico.
O requisito é utilizar pelo menos 30%, do custo, de todos os móveis e decorações médicas que atendam aos critérios. Você possui a opção de utilizar materiais com conteúdo químico mínimo, realizar testes de modelagem ou mesmo produtos com EPD`s conforme mencionado no crédito específico desta categoria.
Produtos que atendam os critérios acima contam de acordo com sua localização (extração, fabricação e compra). Para calculo de crédito, produtos vindos de 160km do terreno de projeto valem como 200% do custo base.
Design para Flexibilidade em Construções Sustentáveis
Neste crédito apenas para construções sustentáveis relacionada à saúde, conserve recursos associados com a construção e gerenciamento de edifícios projetando com o intuito de proporcionar flexibilidade, a futura adaptação e o tempo de vida de componentes e conexões.
Para que isso aconteça aumente a flexibilidade da construção e o uso adaptativo no tempo de vida da estrutura empregando pelo menos 3 das seguintes estratégias:
Utilização de espaços intersticiais;
Espaços leves programados, como administração e depósitos;
Shell spaces (espaços não finalizados);
Identifique capacidade de expansão horizontal para espaços clínicos como diagnóstico e tratamento igual a pelo menos 30% da área existente de piso sem a demolição de espaços ocupados.
Projetar para uma futura expansão vertical de pelo menos 75% do teto, se assegurando que operações e serviços existentes possam continuar por total ou capacidade similar durante a expansão;
Projetar espaços para futuras estruturas de estacionamento igual a 50% da capacidade existente, com acesso direto ao lobby ou circulação principal do hospital;
Partições desmontáveis para 50% das áreas aplicáveis;
Móveis modulares para pelo menos 50% dos móveis ou mobílias customizadas.
Gerenciamento de Resíduos da Construção e Demolição
O intuito é reduzir a quantidade de resíduos de construção e demolição descartados em aterros sanitários e fábricas de incineração pela recuperação, reuso e materiais de reciclagem.
Para atender ao crédito do LEED recicle e /ou restaure materiais de construção ou demolição não perigosos. Cálculos podem ser feitos por peso ou volume mas devem ser consistentes.
A categoria do LEED de Qualidade Ambiental Interna premia decisões tomadas por equipes de projeto sobre a qualidade do ar interior, visual, conforto térmico e acústico em construções sustentáveis. Edifícios verdes com boa qualidade ambiental interna protegem a saúde e conforto dos ocupantes do edifício.
Ambientes internos de alta qualidade também aumenta a produtividade, diminuem o absentismo e melhoram o valor do edifício. Esta categoria ainda aborda as estratégias de design e a qualidade nos fatores do ar, a qualidade de iluminação, o design acústico e o controle sobre o própria ambiente. Influencia-se positivamente a forma como as pessoas aprendem, trabalham e vivem.
Performance de Qualidade Mínima do Ar Interno em Construções Sustentáveis
Neste pré-requisito do LEED para construções sustentáveis, contribua para o conforto e bem-estar dos ocupantes por estabelecer padrões mínimos para qualidade interna do ar.
Estabeleça requisitos tanto para ventilação e monitoramento. Para a ventilação você possui medidas para espaços mecanicamente e naturalmente ventilados.
Ventilação. Espaços Mecanicamente Ventilados: A primeira opção é utilizar a normativa da ASHRAE 62.1-2010. A segunda é utilizar a CEN STANDARDS EN 15251-2007 e EN 13779-2007
Ventilação. Espaços Naturalmente Ventilados: determine as aberturas mínimas de ar externo e requisitos de configuração do espaço usando os procedimentos de ventilação natural da ASHRAE 62.1-2010 ou equivalentes locais, qual for mais restringente.
Monitoramento. Espaços Mecanicamente Ventilados: Para sistemas de volumes de ar variáveis, forneça um dispositivo medidor de vazão direta de ar externo capaz de medir a vazão mínima.
Este aparelho deve medir esta vazão mínima com uma precisão de +/- 10%, definida pelos requisitos de ventilação citados acima. Um alarme precisa indicar quando o valor de vazão externa variar em 15% ou mais do fluxo de ar externo.
Para sistemas de volume constantes, equilibre a vazão externa com a taxa mínima de vazão de ar externo definidos pela ASHRAE 62.1-2010, ou maior.
Monitoramento. Espaços Naturalmente Ventilados: Forneça um dispositivo medidor de vazão direta de ar externo capaz de medir a vazão mínima em construções sustentáveis.
Este aparelho deve medir esta vazão mínima com uma precisão de +/- 10%, definida pelos requisitos de ventilação citados acima. Um alarme precisa indicar quando o valor de vazão externa variar em 15% ou mais do fluxo de ar externo. Forneça dispositivos automáticos de indicação em todas as aberturas naturalmente ventiladas que se pretende atender os requisitos mínimos de aberturas.
Um alarme deve indicar quando qualquer uma das aberturas forem fechadas durante as horas de ocupação. Monitore as concentrações de dióxido de carbono (CO2) em cada zona térmica. Monitores devem estar entre 3 e 6 pés (0,9 e 1,8m) acima do piso e dentro de cada zona térmica.
Monitores de CO2 devem ter um indicador audível ou visual ou alertar o sistema de automação da edificação se a concentração de CO2 exceder os limites em mais de 10%. Calcule os limites apropriados do CO2 usando métodos da ASHRAE 62.1-2010, Apêndice C.
Controle de Fumaça de Tabaco no Ambiente
A intenção deste crédito do LEED é prevenir e minimizar a exposição dos ocupantes da construção, as superfícies internas, os sistemas de ventilação e a distribuição da fumaça de tabaco.
Para tanto proíba o fumo dentro da construção, exceto em áreas designadas localizadas a pelo menos 7,5 metros de todas as entradas, tomadas de ar e janelas operáveis. Também proíba o fumo dentro da linha da propriedade em espaços utilizados para intuitos de negócio.
Se o requisito de proibir fumo dentro de 7,5 metros não pode ser implementado por causa de legislação, forneça a documentação para esses regulamentos.
Sinalizações devem ser colocadas a pelo menos 3 metros de todas as entradas das construções indicando a política anti-fumo.
Para Edifícios Residenciais, ou atende-se aos requisitos acima ou compartimenta-se as áreas de fumo dentro da construção. Para cumprir da segunda forma, deve-se:
Proibir o fumo dentro de todas as áreas comuns do edifício. A proibição deve ser comunicada na construção de contratos de arrendamento ou de locação ou de convênios e restrições do condomínio ou de associações cooperativas.
Cada unidade precisa ser compartimentada para prevenir vazamento excessivo entre unidades:
Sele todas as portas externas e janelas operáveis nas unidades residenciais para minimizar o vazamento para áreas externas;
Sele todas as portas que levam as unidades residenciais entre circulações comuns;
Minimize caminhos não controlados para transferência de fumaça e outros poluentes entre unidades residenciais selando pontos nas portas, tetos e pisos selando dutos verticais (incluindo lixo, correio e elevadores) adjacentes às unidades;
Demonstre um vazamento máximo de 1,17 litros por segundo por metro quadrado) em 50 Pa de fechamentos (todas as superfícies fechando o apartamento, incluindo paredes externas, pisos e forros).
Performance Acústica Mínima em Construções Sustentáveis
Para atender a este pré-requisito apenas para escolas forneça para as salas de aula uma comunicação facilitada entre professores-estudantes e estudantes-estudantes através do design acústico.
Para isso atenda aos requisitos como:
Ruído de fundo de Ar-condicionado: Atinja um nível máximo de barulho de 40dBA dos sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado (HVAC) em salas de aula e outros espaços de aprendizado.
Ruidos Externos: Para localizações com muito ruído (pico acima de 60dBA durante horários escolares) implemente tratamento acústico e outras medidas para minimizar ruídos de fontes externas e controle a transmissão de som entre salas de aula e outros espaços de aprendizado.
Níveis de Reverberação: Para Salas de Aula e outros Espaços de Aprendizado menores que 556m³, projete salas de aula que incluam acabamentos suficientes absorventes de som para se adequar aos tempos de reverberação especificados nos padrões ANSI 60-2010, parte 1, critérios de performance acústica, requisitos de projeto e diretrizes para escolas, ou equivalente para projetos fora dos EUA.
Primeira opção: para cada sala, confirme que a superfície total dos painéis de parede, acabamentos de teto, e outros acabamentos absorventes de som são iguais ou excedem a área total do teto da sala (excluindo luzes, difusores e grades).
Materiais devem possuir um NRC de 0,70 ou mais para serem incluídos no cálculo. Segunda opção: Confirme através de cálculos descritos no padrão ANSI S12.60-2010 que salas são projetadas para atender aos requisitos especificados nas diretrizes.
Já para Salas de Aula e outros Espaços de Aprendizado maiores que 556m³, atinja os requisitos de reverberação descritos no NRC-CNRC Construction Technology Update No 51, Acoustical Design of Rooms for Speech (2002), ou equivalentes locais.
Estratégias de Qualidade Interna Melhorada do Ar
O objetivo deste crédito da certificação LEED para construções sustentáveis é promover o conforto dos ocupantes, bem estar, e produtividade pela melhora da qualidade interna do ar.
Opção 1. Estratégias de Melhor Qualidade Interna do Ar: Para espaços mecanicamente ventilados, utilize um “capacho” de 3 metros nas entradas, a prevenção interior de contaminação cruzada e sistema de filtragem. Já para espaços naturalmente ventilados, utilize também o capacho e cálculos de ventilação natural. Para sistemas mistos, utilize todos os sistemas além do cálculo de modo misto.
Opção 2. Estratégias Adicionais: Para espaços mecanicamente ventilados, realize uma prevenção da contaminação externa, ventilação aumentada, o monitoramento de dióxido de carbono ou fontes adicionais de controle e monitoramento. Já em espaços Naturalmente Ventilados, realize uma prevenção de contaminação externa, fontes adicionais de controle e monitoramento ou cálculos ambiente por ambiente de ventilação natural.
Materiais de Pouca Emissão em Construções Sustentáveis
O objetivo é reduzir as concentrações de contaminantes químicos que possam danificar a qualidade do ar, a saúde humana, produtividade e o meio ambiente.
Para isso é necessário diminuir ao máximo as emissões de Compostos Voláteis Orgânicos (VOC) no ar interno e o conteúdo de VOC dos materiais, como também os métodos de teste para qual as emissões internas de VOC são determinadas.
Opção 1. Cálculos de Categoria do Produto: Atinja os níveis limites de atendimento com as emissões e padrões de conteúdo para o número das categorias de produtos listados em uma tabela específica.
Opção 2. Método de Cálculo Orçamental: Se alguns produtos em uma categoria não atenderam ao critério, times de projeto podem usar o método um cálculo orçamental. O método de cálculo organiza o interior da construção em seis partes: pisos, tetos, paredes, mobiliário e isolamento térmico e acústico.
Plano de Gerenciamento da Qualidade Interna do Ar da Construção
Objetivo de promover o bem-estar dos trabalhadores da construção e ocupantes minimizando os problemas de qualidade interna do ar associados com a construção e reforma.
Desenvolva e implemente um plano de gerenciamento da qualidade interna do ar para as fases de construção e pré-ocupação da construção. Deve atender as medidas do guia Sheet Metal and Air Conditioning National Contractors Association (SMACNA). Proteja materiais absorventes armazenados no local da prevenção da umidade.
Não opere equipamentos permanentemente instalados de tratamento de ar durante a construção a menos que a eficiência mínima dos filtros MERV de 8, como determinados na ASHRAE 52.2.2007 sejam instalados em cada grade do ar de retorno e devolvam ou transfiram a entrada do duto abertura de tal forma que não exista nenhum desvio em torno dos meios de filtração.
Imediatamente antes da ocupação, substitua todos os meios de filtração com a mídia de filtragem do projeto final, instalados de acordo com as recomendações do fabricante. Proíba o uso de produtos de tabaco dentro da construção dentro de 7,5 metros da entrada durante a construção.
Avaliação da Qualidade Interna do Ar para Construções Sustentáveis
O intuito deste crédito do LEED é estabelecer uma melhor qualidade do ar interna em construções sustentáveis depois da obra e durante a ocupação.
Para isso selecione uma das 2 opções seguintes, para serem implementadas depois que a construção termina e tenha sido completamente limpa. Todos os acabamentos internos, como marcenarias, portas, pinturas, carpet, azulejos acústicos e mobiliário móvel devem ser instalados, e os principais itens da lista de VOCs devem ser concluídos.
Opção 1.1. Flush-out: Instale todos os filtros e realize um flush-out da construção fornecendo um volume de ar total de 4.267.140 litros/s/m2 da área bruta, enquanto mantém a temperatura interna de pelo menos 15ºC e não mais que 27ºC, além da umidade relativa não maior que 60%.
Opção 1.2. Durante a Ocupação: Se a ocupação é desejada antes que o flush-out esteja concluído, o espaço pode ser ocupado apenas após uma entrega mínima de 1.066.260 litros/s/m2 da área bruta enquanto mantém a temperatura interna de pelo menos 15ºC e não mais que 27ºC, além da umidade relativa não maior que 60%.
Uma vez que o espaços esteja ocupado, ele deve ser ventilado em uma taxa mínima de 1,5 litros de ar externo/s/m2 ou a taxa mínima de ar externo determinada pelo pré-requisito EQ Minumum Indoor Air Quality Performance, o que for maior. Durante cada dia do período de flush-out a ventilação deve começar pelo menos 3 horas antes da ocupação e continuar durante a ocupação.
Essas condições devem ser mantidas até que um total de 4.267.140 litros/s/m2 tenha sido entregue ao espaço.
Opção 2. Teste do Ar: Após o término da construção e antes da ocupação, mas dentro das condições típicas de ventilação para ocupação, conduza testes usando protocolos consistentes para todos os espaços ocupados.
Laboratórios que conduzirem testes para as análises químicas de formaldeídos e VOCs devem ser acreditados dentro da ISO/IEC 17025 para os métodos utilizados. Demonstre que contaminantes como Formaldeídos, Partículas, Ozônio, VOC`s, Monóxido de Carbono e Químicos listados no CDPH não excedam as concentrações listadas na tabela do guia de referência do USGBC.
Conduza todas as medidas antes da ocupação e durante horas normais ocupadas, com o sistema de ventilação iniciado na hora normal diária e operada na taxa de fluxo de ar externo mínima. Para cada ponto de amostra onde as concentrações excederem o limite, faça as ações corretivas para os contaminantes não atendidos nos mesmos pontos de amostra. Repita até que todos os requisitos sejam atendidos.
Conforto Térmico em Construções Sustentáveis
O objetivo é promover a produtividade dos ocupantes, conforto e bem-estar pela qualidade no conforto térmico em construções sustentáveis.
Para atender ao requisito do LEED e verifique questões tanto de design quanto de controle do conforto térmico.
Projeto do Conforto Térmico. Opção 1. ASHRAE 55-2010: Projete o aquecimento, ventilação e sistemas de ar condicionado (HVAC) e o fechamento da construção para atender aos requisitos do padrão a ASHRAE 55-2010, Thermal Confort Conditions for Human Occupancy, ou equivalentes locais.
Projeto do Conforto Térmico. Opção 2. Padrões ISO e CEN: Projete sistemas de HVAC e fechamento da edificação para atender aos requisitos dos padrões aplicáveis, como a ISO 7730:2005, Ergonomics of the Thermal Environment ou o Padrão CEN EN 15251:2007, Indoor Environmental Input parameters for Design and Assessment of Energy Performance of Buildings.
Controle do Conforto Térmico: Forneça controles individuais para pelo menos 50% dos espaços individuais ocupados. Forneça controles de conforto térmico de grupo para todos os espaços multi-ocupantes. Controles de conforto térmico permitem aos ocupantes, seja em espaços individuais ou espaços multi-occupantes compartilhados, a ajustar em pelo menos uma das seguintes opções no ambiente local: temperatura do ar, temperatura radiante, velocidade do ar e umidade.
Iluminação Interna em Construções Sustentáveis
A intenção deste crédito do LEED é promover a produtividade dos ocupantes, conforto e bem-estar na arquitetura por fornecer iluminação de alta qualidade dentro das construções sustentáveis.
Para que isso aconteça utilize o controle e/ou qualidade de iluminação:
Controle de Iluminação: Para pelo menos 90% dos espaços individuais ocupados, forneça controles individuais de iluminação que permitam aos ocupantes a ajustar a iluminação de forma sustentável pode ndo se adequar as tarefas e preferencias individuais, com pelo menos 3 níveis de iluminação ou cenas (on, off, meio nível).
Para todos os espaços multi-ocupados, atenda todos os requisitos seguintes: Tenha um sistema de controle multizona colocado que permita aos ocupantes a ajustar a iluminação para atender as necessidades do grupo e preferências, também com pelo menos 3 níveis ou cenas de iluminação.
Qualidade de Iluminação: Escolha 4 das seguintes estratégias:
Para todos os espaços regularmente ocupados, utilize luminárias com iluminação de menos que 2.500cd/m2 entre 45º e 90º;
Para o projeto como um todo, utilize luminárias com um CRI de 80 ou mais;
Para pelo menos 75% dos carregamentos de iluminação conectados totais, utilize luminárias que tenham uma vida útil para pelo menos 24.000 horas;
Utilize iluminação alta diretas apenas para 25% ou menos que o carregamento de iluminação total conectado para todos os espaços regularmente ocupados;
Para pelo menos 90% dos espaços regularmente ocupados, atenda ou exceda os seguintes limites para a média refletância de superfície ponderada por área: 85% para os tetos, 60% para as paredes, e 25% para pisos.
Se o mobiliário estiver incluído no escopo de trabalho, selecione acabamentos de mobiliário para atender ou exceder os seguintes limites para a média refletância de superfície ponderada por área: 45% para áreas de trabalho e 50% para partições móveis.
Para pelo menos 75% da área de piso regularmente ocupada, atenda as taxas médias para iluminação de superfície (excluindo fenestração) para a média da iluminação do plano de trabalho que não exceda 1:10. Deve também atender a estratégia E, F, ou demonstrar uma média refletância de superfície ponderada por área de pelo menos 60% para paredes.
Para pelo menos 75% da área de piso regularmente ocupada, atenda as taxas médias para iluminação de superfície (excluindo fenestração) para iluminação do plano de trabalho que não exceda 1:10. Deve atender também a opção E, F, ou demonstrar uma média refletância de superfície ponderada de pelo menos 85% para tetos.
Luz do dia em Construções Sustentáveis
O objetivo é conectar os ocupantes da edificação com o lado de fora, reforçando ritmos circadianos e reduzir o uso de luz elétrica introduzindo iluminação natural ao espaço.
Para atingir este objetivo do LEED forneça dispositivos manuais ou automáticos (com cancelamento manual) para todos os espaços regularmente ocupados. Selecione uma das seguintes 3 opções:
Opção 1, Simulação: Autonomia Espacial da Luz do Dia e Exposição Anual da Luz do Sol: Demostre através de simulações por computador que a autonomia espacial da luz do dia (sDA) de pelo menos 55%, 75% ou 90% sejam atendidas para áreas regularmente ocupadas.
Opção 2, Simulação: Cálculos de Iluminação: Demonstre através da modelagem por computador que os níveis de iluminação serão entre 300 lux e 3.000 luz tanto as 9 da manhã e 3 da tarde, com dia de céu limpo no equinócio. Utilize Áreas regularmente ocupadas.
OPÇÃO 3. Medidas: Atinjam níveis de iluminação entre 300 lux e 3.000 lux para as áreas de piso conforme tabela específica.
Veja como aplicar a Opção 1 (Simulação por Autonomia Espacial da Luz do Dia e Exposição Anual da Luz do Sol) neste link.
Vistas de Qualidade em Construções Sustentáveis
O objetivo deste crédito do LEED é dar aos ocupantes da construção sustentável uma conexão com o ambiente externo natural por fornecer vistas de qualidade.
Para que isso aconteça, é necessário obter uma linha direta de visão para a área externa através de vidros para 75% dos espaços regularmente ocupados de piso. Vistas que contribuem devem fornecer uma imagem clara do exterior, não obstruídas por divisórias fibras, vidros modelados ou com tintas adicionadas que distorçam o balanço de cores.
Ainda, 75% dos espaços regularmente ocupados devem ter pelo menos 2 dos 4 tipos de vistas: Linhas múltiplas para a visão em diferentes direções para pelo menos 90 graus separados;
Vistas que incluem pelo menos 2 dos seguintes: (1) flora, fauna ou céu (2) movimento; e (3) objetos pelo menos 25 pés (7,5 metros) do exterior do vidro;
Vistas não obstruídas localizadas na distância de 3 vezes a altura da cabeça na visão para o vidro;
Vistas com fator de visão de 3, ou mais, como definidos em “Windows and Offices: A Study of Office Worker Performance and the Indoor Environment.
Performance Acústica em Construções Sustentáveis
O objetivo deste crédito LEED é fornecer aos espaços de trabalho e salas de aula bem estar dos ocupantes, produtividade e comunicação através de um efetivo design acústico.
Para todos os espaços ocupados, é necessário atender aos seguintes requisitos, se aplicáveis, para ruídos em sistemas de HVAC, isolamento acústico, tempo de reverberação, sonorização e mascaramento.
Encorajar projetos a atingir performance excepcional ou inovadora em construções sustentáveis. Times de projeto podem usar qualquer combinação de estratégias para inovação, créditos piloto ou performance exemplar.
Para a inovação, você deve alcançar um desempenho ambiental significativo e mensurável usando uma estratégia não abordada no sistema de classificação LEED.
Vocé pode também atingir créditos piloto do USGBC`s LEED Pilot Credit Library ou mesmo atingir performance exemplar em um pré-requisito ou crédito permitido do LEED V4, como especificado no guia de referência.
LEED Accredited Professional
O objetivo é encorajar a integração do time de projeto LEED e simplificar o processo de certificação de construções sustentáveis. Para tanto tenha pelo menos um participante principal do time de projeto deve ser um LEED AP com especialidade apropriada para o projeto.
Prioridade Regional
O objetivo é Incentivar a conquista de créditos em construções sustentáveis que abordem a geografia ambiental, igualdade social e prioridades de saúde pública. Procure as prioridades para a sua região no site do USGBC (www.usgbc.org).
Conclusão Sobre As Estratégias em Construções Sustentáveis
É perceptível que para realizar construções sustentáveis são necessárias uma série de estratégias. Porém, utilizando os processos certos é possível aprender e aplicar as estratégias em qualquer projeto.
Pronto para aprender construções sustentáveis de forma concreta e objetiva? Conheça nossos cursos.
Fonte do conteúdo relacionado ao LEED: www.usgbc.org.
ArchiCAD 23 – Um Olhar Sobre as Novidades Direto de Las Vegas
“Moldamos nossos edifícios. Depois disso eles nos moldam.” – Winston Churchill
Se esta frase se aplica a nossas construções, se aplica também a nossa evolução construtiva.
Este foi o sentimento após presenciar o Reimagine, Conferência anual da Graphisoft em Las Vegas. A UGREEN foi convidada para o evento e revelamos em primeira mão as melhores novidades.
É importante frisar que não levantamos bandeiras para nenhum software BIM. Consideramos tanto o ArchiCAD quanto o Revit grandes programas. Como disse em um vídeo de 2016, o melhor programa é o que mais o usuário gosta de utilizar.
Porém, podemos confessar que o ArchiCAD foi o que melhor se adaptou para nossas necessidades. Facilita nas fases criativas de projeto e possui interface PC e MAC. Possui integração com o Grasshopper, que é um grande bônus. Portanto, foi a escolha que adotamos em nosso escritório, assim como nossos parceiros.
Novidades do ArchiCAD 23
Huw Roberts, novo presidente da Graphisoft, apresentou os novos desafios da empresa. Após poucos minutos a conferência já iniciou com as novidades sobre o Archicad 23.
Durante as apresentações iniciais o foco foi na melhoria de desempenho do software. A facilidade de manipulação de dados foi também um destaque apresentado.
Outras novidades do Archicad 23 foram:
Ferramentas de Coluna e Feixe Reprojetadas. A criação de detalhamentos construtivos e seus quantitativos estão mais fáceis.
Organização para vazios, nichos e recessos. o ARCHICAD 23 introduziu uma ótima ferramenta para abrir e coordenar os vazios em uma construção. Logo, a comunicação projeto/obra fica mais dinâmica e fluída.
Conexão Solibri renovada. As alterações de projeto são enviadas automaticamente para outros projetistas. A organização também foi otimizada, permitindo a colaboração eficaz entre as disciplinas de projeto.
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Apresentações Irresistíveis Para os Nossos Clientes
A integração do ArchiCAD com o Unreal Engine e o Twinmotion foi outro ponto de destaque da apresentação. Os projetos podem ser facilmente exportados para uma plataforma 3D bastante intuitiva.
A plataforma utiliza um motor gráfico de última geração desenvolvida pela Unreal. As visualizações contam com Raytracing, inovação da Nvidia que trata a iluminação de forma muito mais realista.
As apresentações podem ser realizadas em qualquer tela e também por VR. As apresentações são aprimoradas sem a perda de tempo dos renders tradicionais.
Se antigamente tínhamos Artlantis, Maxwell Engine ou Vray… hoje temos Twinnmotion 2019 + Unreal Ray Tracing Engine. É impressionante observarmos a evolução dos softwares de visualização.
Algoritmos Finalmente Fazendo Parte do Processo Criativo
Há pouco tempo, algoritmos estavam restritos a apenas nerds de computador. As apresentações do Reimagine atestaram que eles já estão com lugar fixo do processo criativo dos escritórios. Empresas estão gerando (e executando!) formas antigamente impossíveis.
A percepção é que a integração do Grasshopper & Rhinoceros no Archicad 21 em 2o16 é um caminho sem volta. 70% dos projetos apresentados tinham esta integração em maior ou menor escala.
Sustentabilidade Ganhando Força com o Archicad 23
Os edifícios verdes estão ganhando cada vez mais força, sustentados pelo processo BIM. Encontramos soluções arquitetônicas arrojadas, inovadoras e sim, sustentáveis. Não são apenas viáveis construtivamente, mas bastante racionais, economizando em obra.
O Ladybug, Hoopshake, e outros plugins apresentaram a força deste processo criativo. Brises e coberturas parametrizadas são os destaques.
Entre os destaques da conferência, estão a Takenaka (Japão) e Pride (Rússia). Elas demonstram a força das soluções verdes em uma plataforma BIM. Confira as apresentações abaixo:
Apresentação da Takenaka (Japão):
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Apresentação da Pride (Rússia):
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Escritórios brasileiros e construtoras com grande expressão no mercado BIM
É ótimo ver grandes escritórios e construtoras do Brasil com atuação consistente em BIM.
Muitos já estão bastante fortes na arquitetura BIM e estão trazendo ainda mais inovações no mercado nacional.
Pronto Para o Archicad 23 e A Evolução Sustentável do BIM?
Nós estamos muito entusiasmados com a evolução do BIM dentro do processo criativo na arquitetura.
O que é perceptível é quanto o processo vem evoluindo como suporte criativo. Não apenas isso, um suporte para construções mais inovadoras, eficientes e sustentáveis.
E você? Qual é seu software BIM preferido? Comente abaixo e vamos ampliar a discussão sobre BIM e edifícios verdes.
* Gostaríamos de agradecer a Graphisoft Brasil e toda a equipe pelo cuidado e hospitalidade durante todo o evento.
Tijolo Ecológico: 6 Tópicos Para Entender Este Material
Você já avaliou a sustentabilidade do tijolo que aplica na sua obra? Se ele é um tijolo ecológico ou convencional?
Para fabricar um tijolo comum (bloco cerâmico) é necessário levá-lo ao forno para assar. Este processo gera emissão de gases poluentes na atmosfera.
Outro problema pode ser do local onde a matéria-prima é extraída. A extração de alguns tijolos convencionais prejudicam áreas de preservação, como mananciais…
E não para por aí…
Além disso, a fabricação do tijolo convencional é feita com argila, e prejudica o equilíbrio ecológico.
Esses são alguns motivos que fazem o Tijolo Ecológico ser uma opção mais sustentável.
Vamos aprender mais sobre o Tijolo Ecológico? No decorrer deste artigo vamos entender:
Porque os tijolos ecológicos são sustentáveis;
Técnicas de Fabricação;
Técnicas de Aplicação;
Quais as suas Vantagens e Desvantagens;
Exemplos de Projetos que utilizaram Tijolo Ecológico;
Custo x Benefício.
Então, continue lendo para saber mais sobre Tijolos Ecológicos.
1. Por que os tijolos ecológicos são sustentáveis?
Segundo a ANITECO (Associação Nacional da Indústria do Tijolo Ecológico)… a produção de 1.000 tijolos ecológicos economiza de 7 à 12 árvores de médio porte, quando comparado ao bloco cerâmico.
Os tijolos ecológicos também são chamados de:
Blocos modulares de solo-cimento;
Tijolo modular de solo-cimento;
BTC – bloco de terra comprimida.
Mas… como funciona a sua composição?
Composição do Tijolo Ecológico
A composição básica do tijolo ecológico é: solo + cimento + água.
Basicamente, podemos usar qualquer solo na composição do tijolo ecológico. As exceções são a terra preta ou outra que tenha material orgânico.
Os blocos modulares de solo cimento utilizam um método de compressão para serem fabricados. Graças a este método, é possível utilizarmos outros materiais na composição do tijolo ecológico:
Resíduos de usinas siderúrgicas;
Resíduo moído de material de construção;
Resíduos de atividades mineradoras;
Pneus;
Papel reciclado, PET e outros materiais recicláveis.
Mas… Se o tijolo não é feito com argila e nem é queimado, como ele é fabricado?
Continue lendo para saber o processo de fabricação.
2. Técnica de Fabricação
Após misturar o solo com o cimento e água, o composto é compactado através de uma prensa. Nela, são aplicadas toneladas de pressão sobre o tijolo.
Para adquirir o formato e compactação almejados, é necessária uma máquina específica para a fabricação de BTC.
A prensa comprime o bloco e assim o tijolo é curado. Após endurecer, agrega para si a capacidade de resistência e durabilidade em diversas aplicações.
Através deste processo as peças saem padronizadas, altamente resistentes e duráveis.
Portanto, não é necessário queimar o tijolo ecológico. Assim ele ajuda o meio ambiente evitando a emissão de gases para a atmosfera e a utilização de árvores para a queima.
Agora que você já sabe como e do que ele é feito, vamos ver como ele é aplicado.
3. Técnica de Aplicação
Inicialmente é crucial dizer que você precisa especificar corretamente seu projeto.
Parece lógico, e de fato é. Mas, na prática, sabemos que não é bem assim que acontece. Afinal, sem a especificação correta existe mais risco de falta de padrões em obra.
Mas… por que o tijolo modular de solo-cimento requer maior planejamento de projeto?
Os tijolos de solo-cimento são:
Blocos modulares;
Auto-ajustáveis;
Auto-travantes.
Portanto, permitem encaixes perfeitos entre as peças.
Através desses tijolos, é possível aperfeiçoar a construção e obter maior desempenho e segurança.
Afinal, você já sabe…
Na construção com tijolos comuns é necessário quebrar paredes para a passagem de dutos elétricos e hidráulicos.
Isso gera:
Mais resíduos de material de construção;
Desperdício devido à quebra de materiais;
Uso de mais materiais do que o necessário;
Mão de obra.
Portanto, itens que impactam diretamente na sustentabilidade da construção.
A ligação entre os blocos de solo-cimento é muito prática. Os blocos têm furos que possuem encaixes. São adequados para a inclusão das barras de ferro, instalações elétricas e hidráulicas.
Estes mesmos furos proporcionam uma proteção térmica e acústica, criando um maior conforto climático.
Por este motivo, o planejamento do sistema elétrico e hidráulico é muito importante.
Através do bom planejamento com o tijolo ecológico podemos utilizar muito menos material e mão de obra. E tudo isso resulta num impacto muito menor polpando recursos e mão de obra.
Estrutura
A estrutura de sustentação vai embutida na parede:
Os furos recebem concreto e ferragem, espaçadamente;
A estrutura fica distribuída e não somente nos cantos como acontece comumente;
Uso de madeiras e formas é dispensado.
Esta é outra razão pelo qual devemos nos atentar ao planejamento para uma obra de fato sustentável.
Acabamento
Se tratando do acabamento, existem várias opções:
Tijolo rejuntado e esbranquiçado;
Rejuntado;
Sem rejunte;
Grafiato;
Engessado, com revestimento.
Inclusive, muitos optam por deixar este material aparente e não utilizar acabamentos. O que contribui ainda mais para a sustentabilidade.
Então o tijolo ecológico só tem vantagens?
Não exatamente… continue lendo que iremos falar mais sobre isso.
4. Vantagens e Desvantagens do Tijolo Ecológico
Como você viu, os Tijolos Ecológicos têm vários motivos para serem uma alternativa sustentável.
Mas será que os Tijolos Ecológicos só tem vantagens?
A seguir veremos algumas das vantagens do Tijolo Ecológico e se ele tem alguma desvantagem.
Vantagens do tijolo ecológico:
É possível atingir de 30% a 50% de economia de custo resultante no final da obra;
Menores impactos ambientais;
Menos tempo de obra;
Mínimo de resíduos gerados pela obra;
Alta resistência a compressão, até 6x mais resistente que o tijolo comum;
A umidade perdida não causa variação volumétrica considerável;
Maior resistência a umidade e menor absorção;
Mais durável por possuir menor impermeabilidade;
Ótimos desempenhos térmico e acústico;
Segurança, produto padronizado pela ABNT.
As normas vigentes da ABNT, NBR 8491:2012 e NBR 8492:2012 determinam:
índices de resistência a compressão;
absorção de umidade;
geometria dos tijolos;
método e frequência com que os ensaios dos tijolos ecológicos devem ser feitos.
Desvantagens do tijolo ecológico:
Poucos fabricantes;
Necessita de mão de obra especializada, embora a formação necessária seja de curto prazo.
Ainda não existem muitos fabricantes no território brasileiro, mas isso tende a crescer.
A mão de obra precisa saber como funciona tijolo ecológico, para tirar o máximo de proveito dele. Para isso, é importante um curso preparatório, que geralmente é rápido e eficiente.
Para incentivar o uso de blocos de solo-cimento, é importante a atuação do projetista. A instrução de mão de obra é outra estratégia importante para que o conceito ganhe escala.
Somos nós, profissionais da construção civil que incentivamos o uso de materiais sustentáveis.
Agora vamos ver projetos que aplicaram o Tijolo Ecológico.
5. Exemplos de Projetos que utilizaram Tijolo Ecológico
A seguir, mostraremos 2 projetos que utilizaram o BTC (tijolo ecológico) na sua composição e o resultado estético.
Residência IHA, por Wallmakers – Índia, 2018
Para a construção desta residência, era importante considerar as chuvas frequentes na região. Por este motivo, os blocos de solo-cimento foram usados.
Isso não só garantiu mais proteção da umidade, mas também permitiu aberturas, devido a sua junção por módulos.
Residência GSM, por OTP arquitetura – Brasil, 2018
Neste projeto, a proposta era preservar as condições locais da implantação.
O BTC entrou para acrescentar na sustentabilidade e estética do projeto. Assim criou contraste entre o concreto e o acabamento branco.
6. Custo x Benefício do Tijolo Ecológico
Como você viu anteriormente, o tijolo ecológico gera uma economia no custo da obra. Em relação ao bloco cerâmico tradicional, pode chegar de 30% a 50%.
Para concluir este artigo, mostramos alguns números que ilustram esta economia:
Economia em torno de 55% com ferragens, para sustentar a edificação;
100% de economia no uso de madeira armação de formas estruturais;
100% de economia no uso de argamassa e cimento para assentar os tijolos;
Redução de 15% do material, por haver menos quebra e consequentemente de desperdício;
Velocidade da construção até 2x mais rápida;
Economia no controle climático e acústico de ambientes;
Caso seja uma opção do cliente, não é necessário usar material para regularização e acabamento das paredes;
Economia ao instalar a infra-estrutura elétrica e hidráulica da edificação.
Concluindo…
O Tijolo Ecológico tem diversas vantagens e pode fazer sua construção se tornar mais barata, rápida e sustentável.
Ele pode ter um valor unitário mais alto, em torno de R$1,00 a unidade. Principalmente quando comparado com o tijolo convencional, que fica por volta dos R$0,54.
Mesmo assim, a diferença é compensada no final da obra. Afinal, o tijolo ecológico:
Utiliza compressão ao invés de queima no seu processo de fabricação, não emitindo gases poluentes na atmosfera;
Tem um design que permite encaixe e reduz materiais para a junção dos blocos;
Proporciona conforto térmico e acústico;
O sistema estrutural é embutido na parede;
O sistema hidráulico e elétrico embutidos na parede.
Lembramos você novamente que se planeje para executar a sua obra.
Para te ajudar, criamos uma lista com diversos Materiais Sustentáveis.
Nela, você encontrará alguns fornecedores de Tijolos Ecológicos que podem te atender. Encontrará também outros materiais sustentáveis para seu projeto.
E agora que você está munido de informações, está pronto para planejar a sua obra utilizando Tijolos Ecológicos?
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