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Construções Sustentáveis, Norma de Desempenho

Norma de Desempenho (NBR15575): Um Guia Para Profissionais (Com Checklist)

Você atua com projetos, fornecimento de materiais, incorporações ou construções?
Portanto, deve saber que cumprir com a Norma de Desempenho é imprescindível. Pertinente para garantir habitações eficientes e também para se prevenir de riscos.
 
Se você ainda não conhece a Norma de Desempenho ou os seus detalhes mais importantes, saiba que você está no lugar certo.
 
Continue lendo para saber tudo sobre a norma e como elevar o padrão de seus projetos ou empreendimentos.

Um Breve Histórico

A norma foi publicada em julho de 2013, estabelecendo requisitos para edificações residenciais. Foi resultado de um trabalho de mais de 15 anos para o PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat).
 
Porém, vale ressaltar que a NBR 15.575 não é um padrão isolado. É um compêndio de centenas de outras normas como a ISO, ANSI, ASHRAE, ASTM, Eurocode, além de diversas normas da própria ABNT.
 
Portanto, diversos critérios da Norma de Desempenho referenciarão outras normas. Por consequência a discussão torna-se mais profunda e ampla do que muitos imaginam. Inclusive, a curva de aprendizado dos profissionais pode-se tornar bastante extensa e confusa.

Seu Impacto e Importância

Cada vez mais o consumidor é amparado com leis que o defendam contra serviços insatisfatórios. O Código de Defesa do Consumidor é o mais conhecido, e com a construção civil isto não poderia ser diferente.
 
Podemos dizer que a nbr 15.575 protege consumidores sobre a qualidade do produto adquirido. Neste caso, uma edificação residencial.
 
A norma é obrigatória para edificações residenciais, independente do sistema construtivo. O seu descumprimento pode gerar multas, processos, obrigatoriedade de reparos ou trocas. Em outras palavras, muita dor de cabeça para o construtor que não cumprir com estas regras.

Desde sua implementação, pode-se dizer que a norma já contribuiu para:

  • Uma maior disciplina entre critérios construtivos.
  • A redução da subjetividade entre o que pode ser considerada uma boa construção.
  • A consciência dos profissionais da construção civil sobre critérios de conforto ambiental.
  • A instrumentalização do Código de Defesa do Consumidor. Este tem por onde recorrer caso algum elemento de sua moradia não atenda o requisito mínimo.
  • A redução da concorrência predatória entre construtoras. Muitas baixavam a qualidade de seus empreendimentos para obter maior competitividade no mercado.

A Responsabilidade é de Quem?

  • Fornecedor de insumos, materiais, componentes ou sistemas: caracterizar o desempenho dos seus produtos conforme a norma.
  • Projetista: estabelecer a Vida Útil de Projeto (VUP) de cada sistema que compõe a norma (estrutura, vedações, etc). Especificar materiais, produtos e processos que atendam ao menos os critérios de desempenho mínimo. Estas considerações devem estar todas no projeto e/ou memorial de cálculo.
  • Construtor e incorporador: cabe ao incorporador identificar riscos previsíveis (contaminação do lençol freático, erosão, etc). Para ambos, cabe a elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação.
  • Usuário: sim, ele também possui responsabilidades! Deve realizar a manutenção de acordo com NBR 5674 e o Manual de Uso entregue pela Incorporadora.
Como podemos perceber, grande parte das incumbências recaiu para os projetistas. Portanto, eles precisam conhecer os critérios de projeto, especificações e detalhamentos.
 
Em outras palavras, é crucial conhecermos todos os requisitos da NBR 15575 de edificações. Você está pronto para conhecê-los?

Os Requisitos da Norma de Desempenho

A ABNT NBR 15575 possui seis partes bem distintas, cada uma delas correspondendo a um elemento diferente da construção:

  1. Requisitos Gerais
  2. Sistemas Estruturais
  3. Sistemas de Pisos
  4. Sistemas de Vedações Verticais
  5. Sistemas de Cobertura
  6. Sistemas Hidrossanitários

A primeira parte da Norma, intitulada “Requisitos Gerais”, trata de critérios que envolvem a Norma como um todo, incluindo a definição da vida útil de um projeto e as regras de desempenho mínimas para uma obra.

A segunda parte, “Estrutura”, estabelece os Estados Limites Último (ELU) e os Estados Limites de Utilização (ELS), que determinam os problemas que podem ocorrer durante o uso da obra, como fissuras ou deformidades.

A terceira parte, “Sistemas de Piso”, versa sobre requisitos para sistemas de pisos internos e externos, incluindo definições do coeficiente de atrito e resistência ao escorregamento.

A quarta parte, “Vedações Verticais”, trata de sistemas de vedações verticais internos e externos, incluindo paredes, portas, janelas e fachadas.

A quinta parte, “Coberturas”, aborda a reação ao fogo de materiais de revestimento e acabamento, bem como a resistência à queima do sistema de cobertura.

Por fim, a sexta e última parte, “Instalações”, trata de requisitos para sistemas de instalações hidrossanitárias, elétricas e de gás.

A Norma de Desempenho 15575 é um documento de extrema importância para garantir a qualidade e a segurança das edificações.

Para melhorar a sua compreensão sobre estes critérios, veja o mapa mental abaixo. Ele apresenta a Primeira Parte da NBR15575, os Requisitos Gerais.
 
Amplie cada elemento de acordo com sua preferência.

Parte 1: Requisitos Gerais (clique nos pontos para ampliar)

Como podemos ver, esta primeira discute os principais requisitos do usuário. Eles podem ser divididos em 3 partes:

1) Segurança na Norma de Desempenho:

Nesta categoria podemos encontrar as estratégias que tratam sobre:

  • Desempenho Estrutural
  • Segurança contra Incêndio
  • Segurança no Uso e Operação

2) Habitabilidade na Norma de Desempenho:

É certamente o núcleo da NBR 15575. É aqui que entenderemos sobre as adequações térmicas de acordo com as zonas bioclimáticas.
É também onde avaliaremos a iluminação natural e artificial mínima para os ambientes. Avaliaremos ainda os requisitos acústicos dependendo da localização da habitação.
Além destas questões trataremos temas como:
  • Estanqueidade
  • Desempenho Térmico
  • Desempenho Acústico
  • Desempenho Lumínico
  • Saúde, Higiene e Qualidade do Ar
  • Funcionalidade e Acessibilidade
  • Conforto Tátil e Antropodinâmico

3) Sustentabilidade na Norma de Desempenho:

É analisada principalmente a relação da vida útil (VUP) dos elementos da edificação.

Por exemplo, a vida útil mínima para a estrutura é de 50 anos. Vedações verticais externas de 40 anos. Cobertura 20 anos, entre outros elementos.

Logo, nesta parte trataremos de temas dos sistemas prediais, como:

  • Durabilidade
  • Manutenibilidade
  • Adequação Ambiental

Quais a vantagens de atender a Norma de Desempenho – NBR 15575?

A NBR 15575 é uma norma de desempenho que estabelece diretrizes para a construção de edifícios.

Uma de suas principais vantagens é aumentar a vida útil das edificações, garantindo maior conforto térmico e acústico, proteção contra incêndios, estanqueidade e outros aspectos.

Para isso, a norma define o conceito de Vida Útil (VU) como o tempo em que os elementos da edificação realizam suas funções, considerando a realização de serviços de manutenção.

Além da manutenção, outros fatores como o uso correto da edificação, alterações climáticas e mudanças no entorno da obra também influenciam na VU.

A Vida Útil de Projeto (VUP), por sua vez, é o tempo previsto para o qual o sistema é projetado, considerando os requisitos da norma.

É responsabilidade do proprietário e/ou incorporador e do projetista definir a VUP de cada elemento, levando em consideração critérios como o custo inicial do elemento, o custo de reparo e sua facilidade de substituição.

O cumprimento da VUP mínima garante que edifícios com durabilidade inadequada não entrem no mercado, preservando o valor do bem e protegendo o usuário.

A Inter-relação Entre Partes da Norma de Desempenho

É importante citar que todas as categorias citadas da NBR 15575 possuem inter-relações.

Um exemplo é a NBR 9050, que trata sobre acessibilidade em edificações. Atender esta norma irá impactar positivamente diversas categorias. Alguns exemplos são o “Conforto Tátil e Antropodinâmico”, ou “Funcionalidade e Acessibilidade”.

Outro exemplo é atender os critérios de Desempenho Estrutural. Este irá afetar positivamente itens como Estanqueidade e também Durabilidade.

Itens que podem ser aprimorados pela Estanqueidade são o Conforto Térmico e Acústico. Isso acontece devido à redução de juntas que poderiam acarretar na entrada do ar ou som nos ambientes.

Portanto, atender os critérios da NBR 15575 gera a melhoria da qualidade não apenas de elementos isolados. Gera a melhoria na própria edificação e da construção civil na totalidade.

Principais Desafios da Norma de Desempenho

Um dos maiores benefícios da Norma de Desempenho é fornecer uma maior importância para os projetos. A conceituação, formatação e apresentação correta das especificações tornam-se imprescindíveis.

Os resultados de concepção são superiores, e devem ser seguidos pelos construtores.

Aqui está um dos principais desafios, que é a integração entre as disciplinas. A troca de informação é crucial para que o resultado saia de acordo com as expectativas da norma e de seus usuários.

Portanto, deve ser priorizada a gestão adequada para as etapas iniciais de projeto. O Processo Integrativo pode gerar resultados mais próximos aos critérios da norma.

Os Prazos de Garantia da Norma de Desempenho – NBR 15575

Norma de Desempenho 15575 trata dos prazos de garantia para produtos adquiridos pelos consumidores. São quatro os conceitos abordados pela norma:

  1. Garantia legal: é o direito do consumidor de reclamar reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto adquirido, conforme a legislação vigente.
  2. Garantia certificada: são as condições dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto adquirido.
  3. Prazo de garantia legal: é o período de tempo previsto em lei que o consumidor tem para reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra de produtos duráveis.
  4. Prazo de garantia certificada: é o período de tempo, acima do prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo fornecedor (incorporador, construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou contrato, para que o consumidor possa reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra de seu produto. Esse prazo pode ser diferenciado para cada um dos componentes do produto, a critério do fornecedor.

Durante os prazos de garantia, o usuário pode reclamar de problemas verificados. É importante lembrar que o prazo de garantia está previsto em contrato e deve ser respeitado pelo construtor.

Quais São os Riscos do Não Atendimento a NBR 15.575?

O risco do não atendimento à NBR 15.575 é alto. A verdade é que a partir de 2013, todos os profissionais que projetarem ou construírem fora dos critérios da NBR 15575 estão correndo sérios riscos:

  • Indenizações da construtora ou projetistas para moradores.
  • Maior taxa de rejeição do imóvel.
  • Multas de entidades envolvidas a Defesa do Consumidor.
  • Necessidade de trocas ou ajustes em elementos do empreendimento.

Logo, o ideal é estar atento a todos os critérios estabelecidos pela norma.

Como Atender a Norma de Desempenho?

Conhecer os aspectos da Norma de Desempenho é dever de todos os profissionais.

Portanto, o cumprimento da norma depende de todos os profissionais envolvidos, cada um dentro de sua própria responsabilidade.

Não se trata apenas de adequação para projetistas e construtores. Trata-se de tornar seus projetos mais habitáveis, eficientes e sustentáveis.

No entanto, muitos profissionais ainda encontram dificuldades de atendimento à NBR 15.575. O que eles mais sofrem são:

  • Insegurança diária ao realizar seus projetos.
  • Incerteza sobre os elementos construtivos especificados.
  • Retrabalhos para readequações de projetos para a NBR.
  • Maiores custos nas especificações pelo receio da não adequação.
  • Falta de agilidade nas especificações por falta de ferramentas.
  • Insegurança jurídica sobre as obras após construídas.

Este é um problema que pode ser sanado rapidamente em qualquer empresa. A solução é a obtenção de uma educação adequada sobre estes requisitos e as ferramentas para realmente implementar as correções necessárias de forma assertiva.

A melhor fase, que gera menos custos e as melhores oportunidades, é logicamente a Fase de Projeto, onde podemos simular as entregas e analisar os resultados.

Você está pronto para iniciar esta jornada?

Conheça nosso treinamento intensivo da Norma de Desempenho.

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teste de estanqueidade:
Norma de Desempenho

Norma teste de estanqueidade: saiba tudo sobre a NBR-15571

A norma teste de estanqueidade refere-se à NBR 15571, onde os métodos de vedamento por meio de passagem de gases pressurizados são especificados. Trata também do método pela penetração de líquidos por capilaridade. Seu objetivo é identificar os defeitos passantes em juntas soldadas, chapas, fundidos e forjados. O teste de estanqueidade é uma exigência do Corpo de Bombeiros e assegura que não existem vazamentos nas redes canalizadas. 

Por que realizar o teste de estanqueidade?

Primeiramente, é uma forma de assegurar que a obra está de acordo com o que rege a NBR 15575, e, consequentemente, está em conformidade com a lei. Além disso, o teste de estanqueidade é útil para:

  • Diminuir as despesas com montagens de peças
  • Garantir proteção do ambiente
  • Melhorar a confiabilidade do produto
  • Proporciona maior controle do processo de fabricação.

A realização do teste deve ocorrer, preferivelmente durante a montagem do sistema, enquanto as tubulações ainda estão expostas. Afinal, realizar o teste quando a tubulação já está embutida é bem mais difícil e trabalhoso.

Objetivo da norma teste de estanqueidade

Os ensaios da norma teste de estanqueidade, são destinados exclusivamente à encontrar vazamentos. Portanto, não avaliam a resistência mecânica, deformação e recalques estruturais, constantes em outros ensaios, hidrostáticos e/ou pneumáticos. Ainda que estes também busquem identificar vazamentos.

Qualificação de pessoal

De acordo com a norma teste de estanqueidade, os ensaios devem ser realizados e supervisionados por profissionais qualificados. Estes devem estar em conformidade com a NBR NM ISO 9712. Também devem ser acompanhados por organismos competentes que atendam à NBR ISO/IEC 17024.

Processo de qualificação de procedimento

A norma teste de estanqueidade detalha o processo de qualificação de ensaio de procedimento. Apresenta, ainda, uma tabela elencando os requisitos de procedimento de estanqueidade:

Tabela 1 - Requisitos do procedimento de estanqueidade
Tabela 1 – Requisitos do procedimento de estanqueidade

Preparação e limpeza da superfície

A norma teste de estanqueidade neste ponto orienta sobre as técnicas de preparação do ensaio. Igualmente também trata sobre as características requeridas para a superfície que passará pelo ensaio.

Por fim, discorre sobre as ferramentas para a preparação da superfície de aços inoxidáveis e ligas de níquel.

Análise de contaminantes

Segundo a norma de estanqueidade, os materiais utilizados no ensaio devem ser analisados quanto ao teor de contaminantes, em casos específicos.

Ensaio visual

É recomendada a realização do ensaio visual antes do ensaio de estanqueidade. Para tanto, a orientação da norma é seguir a NBR NM 315.

Iluminação

Neste tópico, a norma detalha os requisitos de iluminação do ensaio de estanqueidade.

Limpeza final

Em relação à limpeza final, a NBR 15571 assim orienta que os materiais utilizados durante o ensaio sejam removidos completamente ao fim do procedimento. 

Ensaios de formação de bolhas

A norma detalha os materiais, a aparelhagem e o procedimento para os ensaios de formação de bolhas. Tanto nos ensaios de formação de bolhas com pressão positiva como de pressão negativa.

Ensaio de capilaridade

Os materiais e o procedimento do teste de capilaridade também são abordados pela NBR 15571.

Relatório

Finalmente, a norma teste de estanqueidade esclarece quais informações devem ser elencadas no relatório. 

Como vimos, a NBR 15571 é extremamente importante para garantir a segurança e habitabilidade de uma edificação. A realização do teste precisa ser realizado periódica, para atestar que a rede continua íntegra.

Para garantir a aderência às normas de desempenho que relacionam-se à estanqueidade, como a NBR 15571, a NBR 15575 e demais normas relacionadas, é conveniente contar com um apoio especializado. Conte com a consultoria e o suporte da UGreen para adequar sua obra aos requisitos de estanqueidade.

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vendas para arquitetos
Educação

Vendas Para Arquitetos: Como estabelecer um processo?

Vendas para Arquitetos: Por que Tantos Erros?

Milhares de arquitetos tentam vender seus serviços de uma forma preguiçosa. Como resultado, geram baixas vendas e um baixo valor para suas empresas.

Isso acontece porque eles não possuem um processo de vendas definido para tornar um desconhecido em cliente, e mais do que isso, não possuem uma chamada para ação no momento certo para que estes resultados aconteçam.

Se você procura obter mais clientes para seus produtos e serviços, precisa pensar neste processo como um profissional. Veja a nossa história e aprenda como levar isso para o seu negócio.

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O que vamos cobrir neste vídeo:

  • Por que você precisa uma chamada para a ação clara para seus serviços.
  • Porque uma chamada para ação para pessoas frias em redes sociais deveria ser um crime.
  • Se o seu serviço presta, você deve ser OBRIGADO a vende-lo.
  • A diferença entre quem fica sobre o lago e daqueles que mergulham fundo.
  • Ocasionalmente você deve derrubar as pessoas que estão encima do muro.
  • Assim como no AutoCAD, um purge na vida pode poupar uma grande dor de cabeça.
  • Os maiores erros em vendas para arquitetos.

Você pode assistir o vídeo sobre vendas para arquitetos e me dizer o que você acha nos comentários abaixo?

Ao seu Sucesso!

Filipe Boni da UGREEN

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Novas Normas de Isolamento Acústico para Edificações
Notícias

Nova norma Isolamento Acústico para edificações

A NBR 15575 traz normas de isolamento acústico para edificações, buscando promover maior comodidade nas construções residenciais. Extremamente importante, tanto para os consumidores como para as construtoras, esta norma é uma forma de oferecer mais qualidade aos empreendimentos.

NBR 15575: garantindo o conforto acústico

Com a evolução dos centros urbanos, é natural que haja o aumento do barulho. Porém, conviver com ruídos constantes pode ser extremamente estressante e ainda comprometer o descanso que nos é devido. Geralmente, buscamos o sossego e tranquilidade em nossos lares, mas nem sempre as residências conseguem garantir o conforto acústico. Para auxiliar neste sentido, a NBR 15575 estabelece algumas normas para assegurar o isolamento acústico nas edificações.

Para os moradores, além de ser desconfortável ouvir todos os barulhos externos, pode ser extremamente constrangedor que os sons de sua rotina cheguem aos ouvidos dos vizinhos. Saber que atividades simples como caminhar, deslocar móveis ou derrubar objetos atrapalham o descanso de outros moradores é muito desagradável. Conforme o desconforto aumenta, a tendência é que os residentes busquem formas de descobrir a fonte do problema. E agora, com a regularização da NBR 15575, os moradores podem solicitar uma avaliação do desempenho acústico de suas residências. Caso prove-se que os parâmetros mínimos não foram atendidos neste sentido, os moradores podem exigir reparações ou mesmo pesadas indenizações.

Podemos dizer, então, que respeitar a NBR 15575 é uma forma de economizar em futuros reparos. Também é uma forma de evitar a aplicação de sanções judiciais.

Determinações da norma de isolamento acústico

Segundo a norma de isolamento acústico, as edificações devem dispor de recursos em sua estrutura que abafem os ruídos externos. Esta proteção acústica deve ser observada de acordo com medidas pré-determinadas. Neste sentido, para que uma edificação esteja em conformidade com a NBR 15575 , deve:

  • Atender aos critérios de vedação de coberturas (relativas às partes 4 e 5 do desempenho acústico)
  • Oferecer isolamento das vedações externas
  • Apresentar isolamento entre os ambientes
  • Observar os limites de ruídos de impactos.

Portanto, a norma de isolamento acústico exige que as construções residenciais protejam os moradores de ruídos terrestres e aéreos. Bem como os resguardem dos barulhos provenientes das áreas comuns privativas.

Exigências específicas da norma de isolamento acústico

Os parâmetros da norma são extremamente detalhistas, estabelecendo os níveis de ruídos específicos para a finalidade de cada ambiente. Com isso, assegura a privacidade e a saúde dos moradores.

Confira algumas das exigências da nova norma de isolamento acústico:

  • Tempo de reverberação adequado, no caso de ecos
  • Equilíbrio na distribuição de energia sonora nas faixas de frequências, como curvas NC
  • Proibição de sons tonais audíveis, como roncos, assobios e zumbidos
  • Bloqueio de variações bruscas de nível perceptíveis ao longo do tempo. Como por exemplo, passagens de motos, sons de elevadores e de aviões
  • Uniformidade na distribuição de som ao longo do espaço.

Adequação à norma de isolamento acústico

Para garantir a adequação das edificações à norma de isolamento acústico, é fundamental conhecer profundamente os critérios nela exigidos. Afinal, deste modo, é mais fácil escolher as tecnologias que serão empregadas para atender aos desempenhos almejados. Sob este prisma, contar com um apoio especializado pode ser determinante. A UGreen oferece toda a consultoria e suporte necessários para a adequação das edificações à nova norma de isolamento acústico.

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acessibilidade
Educação

Acessibilidade também é Sustentabilidade

Quando tratamos do assunto — sustentabilidade, acessibilidade dificilmente surge nos primeiros tópicos.

Acessibilidade dentro da Sustentabilidade

Ainda que a acessibilidade seja parte integral no âmbito sustentável, muitas vezes ela é tratada como adereço. Infelizmente ainda encontramos projetos super atuais na estética, nada inclusivos na sua proposta.

O movimento de inclusão, cada vez mais abordado por todas as mídias, vem contribuindo significantemente para a transformação dos espaços públicos. Apesar disso, ainda temos léguas a serem percorridas para obter um cenário ideal de acessibilidade.

O arquiteto americano Chris Downey sentiu na pele essa dificuldade e transformou sua vida e sua carreira de forma inusitada e brilhante com isso.

Desgraça ou oportunidade?

Aos 45 anos Downey projetava a pleno vapor quando de repente, se deparou com umas daquelas surpresas indesejáveis da vida.  Em um jogo de beisebol com seu filho notou alterações graves em sua visão. Logo foi ao médico e descobriu um tumor no cérebro — teria que operar.

O médico lhe informou dos riscos da cirurgia, um deles era a perda de visão, mas que isso não havia acontecido com seus pacientes. A cirurgia foi um sucesso e no dia seguinte o arquiteto acordou e parecia que estava tudo normal.

Logo depois, na segunda manhã após sua cirurgia, ele acordou e seu mundo era escuro. Downey perdeu 100% de sua visão, não enxergava nem um facho de luz para guia-lo.

Se você leitor é arquiteto já se colocou no lugar dele. Imagine como ficaria seu mundo! Supostamente um arquiteto precisa da visão para atuar, entender os espaços, corrigir os erros de projetos, dentre outras tarefas, correto?

Oportunidade

Pode ser. Boa parte de nós no lugar de Chris Downey consideraríamos nossas carreiras findas. O próprio médico que operou Downey o indicou para um especialista em reposicionamento profissional. Para Chris essa nunca foi uma opção.

Em apenas alguns dias, repensou o conceito que tinha da arquitetura e realizou que a forma como projetamos é um processo intelectual. O conhecimento do arquiteto, e a capacidade de comunicar esses conhecimentos, não haviam sido perdidos durante a cirurgia. Sendo assim, para continuar trabalhando precisaria apenas de novas ferramentas.

Então, Chris foi a busca. Encontrou uma impressora que imprime seus projetos como se fosse braile e utilizando um brinquedo de modelar passou a comunicar suas alterações/sugestões de projeto.

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Um diferencial de sucesso

Além de estar de volta a ativa em pouco tempo, Chris melhorou sua atuação em projetos. Devido à cegueira Chris notou que sua experiência nos ambientes mudou muito, e o tornou um arquiteto com um diferencial valoroso para a acessibilidade, permitindo que ele atue como consultor em projetos em que não é o autor.

Em um momento em que muitos considerariam o fim, Downey “viu” a oportunidade de se destacar em um nicho que ainda precisa de muita atenção.

Definitivamente inspirador

Essa é uma história inspiradora e contém uma mensagem que muitas vezes tentamos passar para nossos alunos aqui na UGREEN: sua carreira não está em um buraco, você precisa apenas de novas ferramentas. Agarrar-se aos seus conhecimentos já adquiridos na faculdade e elevar sua maneira de projetar para nichos que precisam de ajuda, como a sustentabilidade, que ainda está se firmando dentro da construção civil.

Downey este ano completou 10 anos neste novo nicho. Sua vida e sua carreira o mantém em um caminho de sucesso. A acessibilidade ganhou um aliado com conhecimento de causa em ambos os mundos. Pelo menos aonde Chris atua, passou a ser protagonista. Além de regulamentar os espaços, o arquiteto trouxe elementos extremamente criativos para os projetos. Vale a pena conferir no video da matéria original (em inglês).

O intelecto, a vontade de mudar o mundo e boas ferramentas bastaram para uma fórmula de sucesso.

Lições aprendidas

Transcrevi a história de Chris Downey em nosso ‘blog’ por dois motivos que acredito serem muito importantes para nós que temos influencia na construção civil de modo geral.

Em primeiro lugar, é inspiradora e ponto. Ver um colega de profissão prosperar aonde muitos sucumbiriam é definitivamente um folego. Uma oportunidade para reavaliarmos o que pensamos ser nossos becos.

Segundo: Uma oportunidade para falarmos mais em acessibilidade dentro da sustentabilidade em unidade. Para atingirmos a sustentabilidade em projetos definitivamente não podemos pensar na acessibilidade como um tópico a ser cumprido minimamente para atender a legislação.

Arquitetos são profissionais que estão aqui para servir de integradores entre as pessoas/usuários e os ambientes construídos. Se alguém não consegue navegar os espaços construídos, com facilidade, falhamos em algum lugar.

Não precisamos de uma experiência em primeira mão para colocarmos a acessibilidade no seu lugar de respeito. O que você acha?

 

 

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expo revestir
Educação, Materiais Sustentáveis

Direto da Expo Revestir – Materiais Sustentáveis: A Importância da sua Transparência e Otimização para a Construção Civil

Assista nossa palestra na íntegra logo abaixo!

Muitos acreditam que materiais sustentáveis possuem relação apenas a sua composição ou seu processo industrial de fabricação. Como resultado, poucos sabem especificar materiais considerando critérios sustentáveis legítimos em seus projetos.

Considerando que arquitetos, engenheiros e designers são o elo entre a indústria e seus clientes, consideramos crucial apresentar os aspectos que caracterizam materiais verdadeiramente sustentáveis e acima disto, elucidar onde estamos neste processo.

A UGREEN teve o prazer de comparecer a convite da Incepa para dividir seus conhecimentos para os participantes na Expo Revestir, no dia 14 de março de 2019. Assista a palestra na íntegra abaixo.

O que abordamos na palestra na Expo Revestir:

    1. Porque a sustentabilidade é só o começo de um processo maior.
    2. As peças que estão distantes e estão se juntando (e como você pode se aproveitar disso).
    3. Como este conhecimento pode elevar seu patamar competitivo, principalmente entre grandes empresas.
    4. Por que é tão difícil conhecermos todos os critérios sustentáveis de produtos.
    5. O processo que deve ser realizado para projetos e produtos regenerativos.
    6. Os impactos principais que os materiais geram desde seu estado bruto até seu destino.
    7. Os critérios essenciais de análise: EPDs, Práticas de Extração e Ingredientes Materiais.
    8. Quem escolhe por beleza e preço está sendo superficial.
    9. Porque todas as certificações estão indo para o mesmo caminho.
    10. Porque este processo irá durar além das certificações ambientais.
    11. O convite que todos os presentes da palestra da Expo Revestir receberam.
  1. Uma visão do futuro para os arquitetos, engenheiros e designers.

Boa palestra!

 

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redes sociais para arquitetos
Educação

Redes Sociais para Arquitetos: Você Está Fazendo Isto Errado

Redes Sociais para Arquitetos e Engenheiros: Você Está Fazendo Isto Errado

Pessoas normais tendem em acreditar em redes sociais como um espaço para chamar a atenção de prospectos e convida-los para o fechamento de projetos ou consultorias.

Isto é errado, além de uma gigantesca perda de tempo. É como se você estivesse pescando com uma isca pouco apetitosa e puxando o anzol antes do peixe fisgá-lo.

Se você procura vencer obtendo projetos consistentes e de maior valor, precisa pensar diferente. Grandes profissionais possuem uma estrutura poderosa por trás das suas postagens para direcionar a atenção, mantê-la e principalmente direcioná-la para seus serviços.

Este video irá mostrar como você pode brincar com este fogo também!

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Aqui está o que vamos cobrir:

  1. A forma que você deveria estar atuando em redes sociais é oposta ao que você faz hoje.
  2. Os 3 princípios das redes sociais que foram projetados para sua dependência.
  3. Um grande valor é muito mais importante que um grande texto ou imagem…
  4. Porém, um grande valor não significa nada quando direcionado para as pessoas erradas.
  5. Como utilizar as redes sociais sem que isso afete sua vida profissional.
  6. Quer ser ajudado? Ajude os outros.
  7. Confidente e paranóico. Focado e disperso.
  8. Quer obter mais valor em seus projetos? Torne-se um educador.
  9. As redes sociais para arquitetos, engenheiros ou designers é apenas um passo de um processo maior.
  10. O processo de 7 passos para você realizar isto de um jeito claro e consistente.

Você pode assistir o vídeo e me dizer o que você acha nos comentários abaixo?

Ao seu Sucesso!

Filipe Boni da UGREEN

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Norma de Desempenho

Garantindo salubridade para suas edificações

As edificações residenciais precisam oferecer salubridade aos moradores. Afinal projetos que são desenvolvidos para se tornar um lar não podem, de forma alguma, promover um ambiente favorável a elementos que comprometam a saúde de seus habitantes.

Sobre este tema, o artigo 6º, inciso I do Código de Defesa do Consumidor dispõe que o consumidor tem direito:

I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos

As consequências de não dar a devida importância ao cumprimento deste dever incide em diversas complicações. Como pagamento de pesadas indenizações, processos judiciais e demais sanções. Este caso é um bom exemplo disso.

Neste contexto, a NBR 15575, auxilia orientando as condições que devem ser observadas para garantir a salubridade nas edificações.

Saúde, higiene e qualidade do ar

Na NBR 15575, os critérios relacionados à saúde, higiene e qualidade do ar estão dentro dos requisitos de habitabilidade.

Neste parâmetro, determina-se que construções habitacionais precisam apresentar níveis aceitáveis de material particulado em suspensão, microorganismos, bactérias e gases tóxicos.

Além disso, prevê a observância das condições aceitáveis de salubridade aos usuários. Como, por exemplo, dificultar por meio de estanques a infiltração e contaminação por insetos e roedores.

Para aplicação satisfatória deste item, deve-se atender às regulamentações da Anvisa, dos Códigos Sanitários e às Legislações em vigor.

Os temas abordados em saúde, higiene e qualidade do ar são:

  • Salubridade na edificação

Segundo este tópico, as edificações devem atender à legislação vigente neste sentido, fornecendo condições de salubridade no interior da edificação.

Para tanto, é estabelecida a observância das condições de umidade e temperatura no interior da unidade habitacional. Assim como a consideração dos sistemas utilizados na construção.

Não emissão de poluentes por materiais, equipamentos e sistemas

No que se refere à emissão de gases, determina-se que a legislação vigente deve ser atendida para que os equipamentos, sistemas e materiais utilizados na edificação não liberem produtos que poluam o ar em ambientes confinados.

Não emissão de gases na garagem que invadam áreas residenciais

Este critério envolve o cumprimento da legislação vigente relacionada ao impedimento das áreas internas e invasão da habitação por gases de escapamentos. Sejam estes provenientes de veículos ou de equipamentos.

Estabelece, ainda, que o sistema de exaustão/ventilação deve permitir a saída dos gases poluentes gerados pelos veículos e equipamentos.

Garantia de salubridade nas edificações

A saúde é uma questão de extrema importância, e precisa ser considerada especialmente no que diz respeito às construções residenciais.

Afinal, é em seus lares que as pessoas passam boa parte de seu tempo e – consequentemente – de suas vidas. Dessa forma, a garantia de salubridade nas edificações é uma responsabilidade fundamental de todos os envolvidos na obra.

Assim, podemos dizer que preocupar-se em garantir a salubridade nas edificações vai além do cuidado em resguardar-se de complicações legais.

É uma postura ética que demonstra preocupação com a saúde e qualidade de vida dos indivíduos no âmbito residencial.

O domínio de todos os critérios dispostos na norma de desempenho pode ser uma tarefa extremamente trabalhosa.

Nesta perspectiva, o apoio de especialistas pode ser significativamente proveitoso. A UGreen oferece toda a consultoria e suporte necessários para a adequação à cada aspecto da NBR 155575.

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Norma de Desempenho

Acessibilidade e Funcionalidade na Norma de Desempenho 15575

A acessibilidade e funcionalidade das edificações são fundamentais para assegurar segurança, conforto e qualidade às obras. Além disso, atender aos seus requisitos garante o cumprimento da legislação vigente e ainda promove uma sociedade mais inclusiva e responsável.

Acessibilidade nas edificações

Mesmo que a acessibilidade seja um tema fundamental em nossa sociedade, ela nem sempre recebia a devida atenção no setor da construção.

Por isso, foram criadas leis para obrigar o cumprimento de requisitos básicos que salvaguardam a acessibilidade, como o decreto 5.296/12/2004. De acordo com ele, todas as edificações devem atender aos princípios do desenho universal.

Isso significa que edificações com espaços comuns (como loteamentos) devem ser acessíveis a todos os cidadãos. Não importando o tipo deficiência que podem apresentar.

Já no Art. 3º do decreto está disposto:

Serão aplicadas sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, previstas em lei, quando não forem observadas as normas deste Decreto.

Além do decreto, temos ainda a NBR 9050, que dispõe os critérios da acessibilidade na instalação de equipamentos e na adequação de espaços urbanos. Neste âmbito, a NBR 15575 também estabelece alguns requisitos básicos para a acessibilidade e funcionalidade das edificações.

As condições de acessibilidade vão além do contexto arquitetônico, abrangendo também o projeto. Ou seja, instalações elétricas, eletrônicas, mecânicas e hidráulicas.

Dessa forma, campainhas, interruptores, interfones, registros, quadros elétricos e válvulas de descarga precisam estar adequadas a ela. Bem como lavatórios, janelas, pias e torneiras.

Acessibilidade e funcionalidade na NBR 15575

Mais do que ser acessível, uma edificação precisa ser funcional, para que os moradores desfrutem do devido conforto no desempenho de suas tarefas básicas rotineiras.

As questões relacionadas tanto à acessibilidade como à funcionalidade, dentro da NBR 15575, abrangem quatro tópicos fundamentais. São eles:

1. Pé direito mínimo

A altura mínima do pé-direito não pode ser inferior a 2,50m. No caso de corredores, vestíbulos, banheiros e despensas, é permitido alcançar a medida de 2,30m.

As medidas devem ser garantidas em pelo menos 80% do teto, mas não podem ser menores do que 2,30m. Isso nos tetos onde hajam vigas, que sejam inclinados ou abobadados, assim como naqueles onde as superfícies são salientes na altura piso a piso. No restante da superfície, o pé-direito também pode descer até o mínimo de 2,30m.

2. Disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação

É preciso haver o mínimo de disponibilidade de espaço nos cômodos para acomodação e utilização dos móveis. Assim como para o uso de equipamentos-padrão, que estão listados no Anexo F:

Atividades básicas

 

Cômodo

 

Móveis e equipamentos padrão

 

Dormir

 

Dormitório de casal

 

Cama de casal + criado mudo (no mínimo 1) + guarda-roupa

 

Dormir

 

Dormitório para 2 pessoas (2º dormitório)

 

Duas camas de solteiro + guarda-roupa + criado mudo ou mesa de estudo

 

Dormir

 

Dormitório para uma pessoa (3º dormitório)

 

Cama de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo

 

Estar

 

Sala

 

Sofá de dois ou três lugares + armário/estante + poltrona

 

Cozinhar

 

Cozinha

 

Fogão + geladeira + pia + armário sobre a pia + gabinete + apoio para a refeição (2 pessoas)

 

Alimentar

 

Cozinha

 

Mesa + quatro cadeiras

 

Fazer higiene pessoal

 

Banheiro

 

Lavatório + chuveiro (box) + vaso sanitário

(nos lavabos o chuveiro é desnecessário)

Lavar/secar/passar roupas

 

Lavanderia

 

Tanque (externo para atividades habitacionais térreas) + máquina de lavar roupa

 

Estudar/ler/escrever/costurar/reparar e guardar objetos diversos

 

Escritório

 

Escrivaninha ou mesa + cadeira

 

 

3. Adequação a pessoas com deficiências físicas ou mobilidade reduzida

Este tópico envolve a adaptação das áreas privativas e das áreas comuns para que sejam acessíveis a pessoas com deficiências físicas ou com mobilidade reduzida. Para tanto, deve-se seguir o que está disposto na NBR 9050 (que refere-se à acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos). Também é preciso fundamentar-se nos percentuais que estão previstos na Legislação.

4. Ampliação de unidades habitacionais evolutivas

É responsabilidade do incorporador ou construtor determinar a possibilidade de ampliação, desde o projeto e execução, das unidades habitacionais térreas ou assobradadas.

Bem como especificar os detalhes construtivos que deverão ser observados na realização de ligações ou continuidade de instalações, pisos, paredes e coberturas.

Além disso, também fica a encargo destes profissionais a tarefa de anexar as especificações e detalhes construtivos necessários para ampliação ao Manual de Uso, Operação e Manutenção.

Acessibilidade e funcionalidade – Qualidade nas edificações

Atender aos critérios básicos de acessibilidade e funcionalidade na construção garante uma obra de excelência. Mais do que isso: demonstra preocupação com o bem-estar das pessoas com deficiência ou pessoas com mobilidade limitada que fixam residência nestas edificações.

Para garantir que sua obra atenda a todos os requisitos de acessibilidade e funcionalidade, pode ser necessário contar com um apoio especializado. A UGreen oferece toda a consultoria e suporte necessários para a adequação à estes tópicos da NBR 15575.

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Infográfico: Adequação Ambiental: caminho sustentável da construção civil
Construções Sustentáveis

Práticas de Construção Sustentável: Garantindo a Conformidade Ambiental

No setor da construção civil, a adequação ambiental é fundamental, visto que este setor é responsável por grande parte das intervenções e modificações do meio ambiente. Por isso, há uma maior preocupação em se implantar boas práticas no processo construtivo.

Adequação ambiental nas edificações

A adequação ambiental nas edificações, é resultado das pressões dos consumidores e dos órgãos legisladores para a adoção de técnicas que assegurem o desenvolvimento sustentável. 

Nas edificações, algumas diretrizes relacionadas ao tema estão estabelecidas na NBR 15575. Nela, estão identificadas algumas boas práticas, como a construção racionalizada, o gerenciamento e a reciclagem de resíduos da construção civil. Bem como a reutilização da água nos canteiros de obras, o uso de energia não convencional. Orienta, ainda, o emprego de materiais de menor impacto ao meio ambiente.

Mas outras condutas da NBR 15575 relacionam-se indiretamente à adequação ambiental, como:

  • A observância do clima da região (desempenho térmico)
  • A incidência do sol (desempenho lumínico)
  • Vegetação e topografia (implantação e entorno) 

Estes parâmetros, além de complementar a adequação ambiental, garantem o conforto físico e mental do usuário no lar onde vive. Contribuem, ainda, de forma a tirar o melhor proveito das condições naturais do espaço onde a obra será construída. 

Isto é extremamente relevante, sobretudo em nosso país, onde há uma vastidão em recursos naturais e riqueza de luminosidade. Porém, geralmente, o potencial destes fatores não é aproveitado de forma satisfatória.

Importância da adequação ambiental no quadro atual do país

Ter consciência e seguir a adequação ambiental é de extrema importância. Sobretudo no quadro nacional atual, onde a situação de consumo elétrico é uma preocupação latente. 

Pode ser uma atitude que, de fato, é mais trabalhosa, mas não é difícil. O clima temperado do Brasil permite que as necessidades térmicas e de iluminação sejam completamente supridas através de estratégias passivas de condicionamento. Basta que haja o cuidado em incorporá-las no projeto de arquitetura. Para tanto, é preciso aliar a conceituação arquitetônica ao condicionamento natural da edificação.

Em se tratando de edificações residenciais populares, aliás, este posicionamento torna-se ainda mais relevante. Afinal, no Brasil, a maioria da população não possui condições financeiras para adotar sistemas artificiais de conforto térmico. Como, por exemplo, os aparelhos de ar-condicionado e os sistemas de calefação. Portanto, adotar sistemas passivos e técnicas estratégicas, neste contexto, garante o conforto do usuário de forma economicamente viável.

Assim, podemos dizer que observar as diretrizes da adequação ambiental e as disposições da NBR 15575 promove o aumento da qualidade de vida. Mais do que isso: reflete a real vanguarda na arquitetura. Contudo, ainda assim podemos ver cidades repletas de construções inadequadas sob esta perspectiva. 

Para reverter este quadro, é importante obter conhecimento das técnicas dispostas na legislação e das normas de desempenho. Somente assim é possível conscientizar-se sobre a premência e responsabilidade que se tem a respeito destes fatores. Neste contexto, é fundamental contar com um apoio especializado. A UGreen oferece toda a consultoria e suporte necessários para a aderência do projeto à cada aspecto da adequação ambiental.

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