Acessibilidade também é Sustentabilidade

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Quando tratamos do assunto — sustentabilidade, acessibilidade dificilmente surge nos primeiros tópicos.

Acessibilidade dentro da Sustentabilidade

Ainda que a acessibilidade seja parte integral no âmbito sustentável, muitas vezes ela é tratada como adereço. Infelizmente ainda encontramos projetos super atuais na estética, nada inclusivos na sua proposta.

O movimento de inclusão, cada vez mais abordado por todas as mídias, vem contribuindo significantemente para a transformação dos espaços públicos. Apesar disso, ainda temos léguas a serem percorridas para obter um cenário ideal de acessibilidade.

O arquiteto americano Chris Downey sentiu na pele essa dificuldade e transformou sua vida e sua carreira de forma inusitada e brilhante com isso.

Desgraça ou oportunidade?

Aos 45 anos Downey projetava a pleno vapor quando de repente, se deparou com umas daquelas surpresas indesejáveis da vida.  Em um jogo de beisebol com seu filho notou alterações graves em sua visão. Logo foi ao médico e descobriu um tumor no cérebro — teria que operar.

O médico lhe informou dos riscos da cirurgia, um deles era a perda de visão, mas que isso não havia acontecido com seus pacientes. A cirurgia foi um sucesso e no dia seguinte o arquiteto acordou e parecia que estava tudo normal.

Logo depois, na segunda manhã após sua cirurgia, ele acordou e seu mundo era escuro. Downey perdeu 100% de sua visão, não enxergava nem um facho de luz para guia-lo.

Se você leitor é arquiteto já se colocou no lugar dele. Imagine como ficaria seu mundo! Supostamente um arquiteto precisa da visão para atuar, entender os espaços, corrigir os erros de projetos, dentre outras tarefas, correto?

Oportunidade

Pode ser. Boa parte de nós no lugar de Chris Downey consideraríamos nossas carreiras findas. O próprio médico que operou Downey o indicou para um especialista em reposicionamento profissional. Para Chris essa nunca foi uma opção.

Em apenas alguns dias, repensou o conceito que tinha da arquitetura e realizou que a forma como projetamos é um processo intelectual. O conhecimento do arquiteto, e a capacidade de comunicar esses conhecimentos, não haviam sido perdidos durante a cirurgia. Sendo assim, para continuar trabalhando precisaria apenas de novas ferramentas.

Então, Chris foi a busca. Encontrou uma impressora que imprime seus projetos como se fosse braile e utilizando um brinquedo de modelar passou a comunicar suas alterações/sugestões de projeto.

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Um diferencial de sucesso

Além de estar de volta a ativa em pouco tempo, Chris melhorou sua atuação em projetos. Devido à cegueira Chris notou que sua experiência nos ambientes mudou muito, e o tornou um arquiteto com um diferencial valoroso para a acessibilidade, permitindo que ele atue como consultor em projetos em que não é o autor.

Em um momento em que muitos considerariam o fim, Downey “viu” a oportunidade de se destacar em um nicho que ainda precisa de muita atenção.

Definitivamente inspirador

Essa é uma história inspiradora e contém uma mensagem que muitas vezes tentamos passar para nossos alunos aqui na UGREEN: sua carreira não está em um buraco, você precisa apenas de novas ferramentas. Agarrar-se aos seus conhecimentos já adquiridos na faculdade e elevar sua maneira de projetar para nichos que precisam de ajuda, como a sustentabilidade, que ainda está se firmando dentro da construção civil.

Downey este ano completou 10 anos neste novo nicho. Sua vida e sua carreira o mantém em um caminho de sucesso. A acessibilidade ganhou um aliado com conhecimento de causa em ambos os mundos. Pelo menos aonde Chris atua, passou a ser protagonista. Além de regulamentar os espaços, o arquiteto trouxe elementos extremamente criativos para os projetos. Vale a pena conferir no video da matéria original (em inglês).

O intelecto, a vontade de mudar o mundo e boas ferramentas bastaram para uma fórmula de sucesso.

Lições aprendidas

Transcrevi a história de Chris Downey em nosso ‘blog’ por dois motivos que acredito serem muito importantes para nós que temos influencia na construção civil de modo geral.

Em primeiro lugar, é inspiradora e ponto. Ver um colega de profissão prosperar aonde muitos sucumbiriam é definitivamente um folego. Uma oportunidade para reavaliarmos o que pensamos ser nossos becos.

Segundo: Uma oportunidade para falarmos mais em acessibilidade dentro da sustentabilidade em unidade. Para atingirmos a sustentabilidade em projetos definitivamente não podemos pensar na acessibilidade como um tópico a ser cumprido minimamente para atender a legislação.

Arquitetos são profissionais que estão aqui para servir de integradores entre as pessoas/usuários e os ambientes construídos. Se alguém não consegue navegar os espaços construídos, com facilidade, falhamos em algum lugar.

Não precisamos de uma experiência em primeira mão para colocarmos a acessibilidade no seu lugar de respeito. O que você acha?

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