parede verde
Economia da Água, Eficiência Energética, Materiais Sustentáveis

Como Trabalhar com uma Parede Verde?

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O que é Uma Parede Verde?

A inclusão da natureza no ambiente urbano contemporâneo tem sido cada vez mais reconhecida como uma boa prática em nossa sociedade.

Intervenções paisagísticas estão ganhando cada vez mais força e até mesmo protagonismo junto a grandes obras do cenário arquitetônico.

Felizmente, o uso de paredes verdes vem surgindo como proposta de qualidade de vida em nosso ambiente construído.

As paredes verdes, ou Green Walls, podem ser divididas em duas categorias:

  • Os Jardins Verticais, também conhecidos como Living Walls.
  • As Green Facades, popularmente conhecidas como Fachadas Verdes.

Um dos percursores do paisagismo vertical no Brasil foi o paisagista Roberto Burle Marx, que projetou um jardim vertical para o Edifício do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro junto a grandes nomes de arquitetura como Le Courbiser e Oscar Niemeyer.

Qual a importância de uma parede verde?

Apesar destas belezas serem fortemente atribuídas como elemento estético, podem contribuir muito quando adotadas como estratégias bioclimáticas.

Dentre os benefícios das paredes verdes estão:

  • A redução da carga térmica do ambiente.
  • A retenção de ruídos.
  • A umidificação e filtragem do ar, livrando os ambientes dos compostos orgânicos voláteis.

A medida que vão crescendo as certificações ambientais, torna-se cada vez mais necessário o uso de tecnologias que contribuam de forma efetiva em um bom desempenho dos edifícios.

Sabemos que a eficiência energética é um quesito muito importante para algumas destas certificações, como a LEED por exemplo.

Apesar de um telhado verde ser mais eficiente a nível energético e ambiental, as paredes verdes ainda sim podem ser ótimas aliadas. Então não podemos deixa-las de fora de nossos projetos, não é mesmo?

Assista a live sobre Paredes Verdes

Realizada por Sami Meira e Irina Kim Sang – Miami Vertical Garden – Miami, EUA

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Tipologias em Paredes Verdes

Para criar uma Parede Verde de forma correta torna-se necessário conhecer algumas das tipologias e entender qual se encaixa melhor no programa proposto pelo seu projeto.

O Jardim Vertical é o termo empregado quando a vegetação é colocada em um sistema de fixação auxiliar, geralmente afastados da parede ou com um formato autoportante.

Pode ser realizado também com o uso de feltro, criando bolsas onde é adicionado o substrato, permitindo assim o desenvolvimento das plantas.

Já nas Fachadas Verdes, as plantas são inseridas sobre lajes ou no solo próximas à edificação, podendo estas serem, diretas ou indiretas.

As diretas possuem uma superfície geralmente em argamassa bruta e as indiretas com um sistema de tela, que tornam mais fácil o desenvolvimento de espécies trepadeiras.

parede verde
Parede Verde. Cortesia de Vertical Garden Green Wall

Recomendações Essenciais Para Uma Parede Verde

É muito importante se atentar a carga adicional devido ao sistema de sua Parede Verde, a parede ou superfície de suporte deve ser capaz de resistir ao peso gerado pelo sistema, geralmente cerca de 20Kg saturados por m².

É necessário prever pontos de água e energia próximos da intervenção quando se pretender utilizar sistema de irrigação automatizado.

Quanto a estanqueidade, a superfície de suporte deve estar impermeabilizada para evitar o transpasse da umidade proveniente do sistema de irrigação ou até mesmo a própria vegetação.

Para evitar ao máximo qualquer problema com infiltrações, recomenda-se o uso de materiais impermeabilizantes de qualidade.

No Brasil não há uma norma que forneça parâmetros específicos para este tipo de intervenção, portanto orienta-se que para fins de manutenção seja consultada a NBR 15.575, onde podemos estabelecer alguns prazos de acordo os requisitos de desempenho.

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Como manter uma Parede Verde?

Um dos grandes desafios em jardins verticais é a durabilidade da vegetação e a permanência da sua exuberância, escolha da vegetação e sistema de irrigação.

Para se obter maiores benefícios ambientais, o ideal é usar plantas de espécies nativas.

É ideal estabelecer critérios para escolha de espécies através das suas características:

  • Considerar a incidência de ventos e luminosidade;
  • Plantas de sol, meia sombra e sombra;
  • Ciclo de vida perene;
  • Atributos ornamentais: folhas, flores e frutos;
  • Forma de crescimento: semiereta, pendente, etc;
  • Altura e diâmetro da planta;
  • Necessidade de água e nutrientes.

Muito cuidado com a luminosidade do ambiente que receberá a Parede Verde. Locais onde a iluminação é totalmente artificial podem causar déficits na taxa de fotossíntese de muitas espécies, resultando em uma maior demanda na manutenção.

Conclusão

Empregar Paredes Verdes em seu projeto não proporciona só personalidade na decoração. Garantem maior qualidade do ar e contribuem com a eficiência energética da edifício.

São poderosas agentes bioclimáticas, e por este motivo, conferem de forma inteligente respostas às necessidades ambientais.

Estratégias como essa, destacam a importância de se adotar premissas que contribuam com um ambiente sustentável, tornando-se uma ótima aliada no processo de certificação, promovendo o bem estar e melhorando a qualidade de vida.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575 Edificações Habitacionais – Desempenho. Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2013.

RODRIGUES, L. A. Técnicas e tecnologias para implementar paredes verdes externas em edifícios residenciais e comerciais na cidade de São Paulo. 2017. 148p.. Dissertação (Mestrado em Habitação – Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. São Paulo, 2017.

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brise soleil
Construções Sustentáveis, Eficiência Energética

Brise Soleil e a Arquitetura Bioclimática

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No universo construtivo existem diversos elementos arquitetônicos que, quando bem utilizados, podem tornar ambientes muito mais saudáveis através de estratégias bioclimáticas. Um deles é com certeza o brise soleil.

Mas como utilizá-lo?

Leia o artigo para aprender. Mas antes…

O que é um brise soleil?

Brise é elemento arquitetônico cujo nome é derivado do termo brise-soleil, termo francês que significa quebra-sol.

Foi criado com o intuito de filtrar os raios solares através de suas placas, solução encontrada para garantir a permeabilidade da luz natural sem que o os ambientes fiquem totalmente expostos ao sol.

Credita-se ao arquiteto Le Corbusier a sistematização do elemento, normalmente definido pela disposição de lâminas.

Na constituição do brise soleil, pode-se distribuir lâminas horizontais ou verticais. Podem ser fixas ou móveis, variando de acordo com a necessidade.

Brise Soleil e arquitetura sustentável

O brise é um recurso muito utilizado em táticas que buscam maior aproveitamento lumínico, filtrando ou até mesmo mascarando a luz natural.

Caracteriza-se este elemento como um agente de controle solar externo. Sendo também de suma importância na composição de fachadas ventiladas.

Quando aplicado corretamente, pode contribuir com o conforto térmico, permitindo a passagem do ar diminuindo a carga térmica do ambiente.

Logo, este elemento em seu projeto reduz gastos energéticos gerando eficiência na edificação.

O brise soleil é um recurso bastante utilizado em estratégias bioclimáticas. Confere distribuição luminosa, filtrando a penetração dos raios solares de acordo com a orientação em que é empregado.

Equilibra a distribuição de luminâncias no ambiente interno, controlando o ofuscamento causado pela iluminância excessiva dos raios solares.

Garantir um bom desempenho térmico e lumínico contribui bastante na aquisição da certificação LEED, sendo assim o brise soleil torna-se um ótimo aliado.

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Como posso utilizar o brise soleil?

Popularizado pelo modernismo, foi empregado em diversas obras de grandes nomes da arquitetura moderna como Le Corbusier e Oscar Niemeyer.

Foi muito utilizado de forma fixa na própria fachada como no edifício Copan e no Palácio Capanema, obras em que Niemeyer pôde caracterizar a aparência da edificação por meio dos brises.

Para utiliza-lo de forma correta é necessário conhecer alguns princípios da geometria solar. Pois sua eficácia é adequada em resposta ao posicionamento e ângulo do sol.

O elemento se torna melhor empregado quando instalado no lado externo da fachada, pois garante o devido controle antes do contato com aberturas e paredes. Garantindo uma maior eficiência termodinâmica.

Qual o melhor brise? Vertical ou Horizontal?

Pensando na geometria solar, entendemos que o posicionamento do sol é diferente ao decorrer das horas e muda conforme as estações.

Portanto, é necessário compreender de que forma a radiação permeia pelas aberturas do edifício.

Para facilitar o entendimento, existem alguns estudos que recomendam o posicionamento dos brises de acordo como a orientação solar, sendo eles:

Verticais, em fachadas e aberturas que recebem os raios solares de forma ascendente e poente. Este tipo de insolação advém das orientação leste e oeste.

Horizontais, em fachadas e aberturas que recebem os raios solares em posição mais a pino, fenômeno que ocorre em boa parte do dia, sendo mais recomendado na orientação Norte.

Para fachadas e aberturas com orientação sul geralmente não é necessário a aplicação de brises soleil para fins de controle solar, pois recebem pouca insolação. Já em regiões próximas ao equador esta é  uma estratégia que pode ser considerada, já que existe incidência de sol em algumas horas no verão.

A forma ideal para definir o tipo de brise soleil que deve-se empregar é, através da técnica de mascaramento. Através dela é possível compreender a incidência solar do ponto em que se pretende trabalhar, podendo assim combinar as tipologias e criar modelos mistos.

Exemplos

Os brises podem ser móveis ou fixos, dispostos em diversos planos de forma horizontal, vertical ou mista. São muito requisitados os modelos móveis, pela facilidade em se adequar às necessidades ajustando as lâminas de forma conveniente.

São diversos materiais e formatos, podendo utilizar como exemplo a madeira, o aço e o bambu.

Existem brises que são compostos por tramas de diversas fibras, fixados em uma armação que garanta sua forma de placa ou lâmina.

Ganha-se notoriedade vários edifícios que aplicaram brises na composição de suas fachadas, denotando também um apelo estético pelo elemento.

Sua empregabilidade garante plasticidade e textura, podendo trabalhá-lo com criatividade.

A relação com o clima

O brise soleil é um ótimo aliado de regiões com climas quentes, onde a insolação é intensa durante grande parte do ano.

Através do sombreamento, garante uma maior eficiência termodinâmica do ambiente, mantendo-o mais ameno e ventilado, contribuindo para a regulação térmica sem elevar o consumo de energia.

Logo, estes preciosos elementos da composição arquitetônica não são só para regiões ensolaradas. Mesmo em climas frios, são utilizados para filtrar a permeabilidade visual, garantindo a privacidade dos ocupantes da edificação.

Conclusão

Fazer uso de brises claramente não proporciona só personalidade em seu projeto, mas garante também uma melhor eficiência energética.

São poderosos agentes bioclimáticos e portanto, conferem de forma inteligente respostas às necessidades, trabalhando recursos naturais e gratuitos como a luz solar e a ventilação para garantir qualidade ao ambiente interno.

Elementos como este, destacam as vantagens de adotar premissas projetuais que possam contribuir com um ambiente autossustentável.

Acima de tudo, podemos considerar que o brise é um elemento fundamental em edifícios que sofrem com muita insolação. Coloca em prática agentes primordiais ao conforto ambiental e ao bem-estar humano.

brise soleil

Referências

Araújo, M. R.; Gonçalves, V.; Cabús, R. ANÁLISE DA LUZ NATURAL A PARTIR DE ELEMENTOS VAZADOS. IX Encontro Nacional e V Latino Americano de Conforto no Ambiente Construído, Ouro Preto, p. 96-102. 2007.

Brises: Conheça os principais modelos disponíveis no mercado. CONAZ. disponível em: <https://www.conazsolucoes.com.br> acesso em 30 de maio de 2018.

Marçal, V. G.; Soares, G. B. N.; Souza, H. A. ANÁLISE DE ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS XII Encontro Nacional e VIII Latino Americano de Conforto no Ambiente Construído, Brasília, p. 02-10. 2013.

Sorgato, M.J. DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS E UNIFAMILIARES VENTILADAS NATURALMENTE. Florianópolis, 2009.

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conforto térmico
Qualidade Interna

Estratégias Fundamentais do Conforto Térmico

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Cada vez mais arquitetos buscam relacionar espaço e meio ambiente, na procura de atender exigências técnicas e proporcionar qualidade de vida para os ocupantes de uma edificação.

É neste contexto que entra o conforto térmico, onde o bem estar é proporcionado pelo equilíbrio humano em relação as interpéries.

Mas como compreender este fenômeno e utilizar os conceitos de forma assertiva em nossos espaços?

É o que você aprenderá neste artigo.

Mas primeiro, precisamos compreender…

A Relação do Conforto Térmico e Nosso Organismo

É importante dizer que o conforto térmico é um estado. Um organismo está termicamente confortável quando está em estado de equilíbrio com o meio que o envolve.

Caso a temperatura não esteja adequada, o corpo apela para à termorregulação para estabilizar a temperatura corporal.

Portanto, um indivíduo experimenta a sensação de conforto térmico quando seu corpo não necessita recorrer a nenhum mecanismo de termorregulação.

Assegurar o conforto térmico em nossos ambientes seria fácil caso fossemos todos iguais…mas como você sabe, não somos.

Possuímos metabolismos diferentes, utilizamos roupas variadas e até mesmo passamos por estados mentais distintos durante horas do dia. Por estes motivos o conforto térmico não pode ser definido com exatidão, sendo necessário o encontro de um denominador comum.

Conforto x Performance Humana

Falando de forma mais prática, qualquer um que tenha tentado trabalhar quando está muito quente ou frio sabe o quanto o conforto térmico afeta nossa produtividade.

Estudos importantes, como o da REHVA Scientific, demonstram que, quanto maior o nível de desconforto em nossos ambientes, menos iremos produzir.

Já parou para pensar que existem empresas que podem estar sendo afetadas em 30% da sua produtividade em determinados dias do ano?

Por desconhecer os malefícios que temperaturas inadequadas podem infringir aos seus funcionários muitas empresas jogam dinheiro no lixo diariamente.

É justamente aqui que encontra-se uma grande oportunidade de atuação para arquitetos ou consultores: na elaboração de projetos de maior conforto térmico, garantindo um bem estar dos ocupantes de edificações.

Mas como atuar?

Estratégias Arquitetônicas

Para proporcionar conforto térmico em uma edificação é necessário fazer uso dos estudos da geometria solar, do fluxo dos ventos e dos dados climáticos da região.

Adequar a arquitetura e seus elementos de acordo com os estudos aplicados, estabelecer posicionamento dos ambientes, elementos de fachadas, e matérias que permitem a troca gasosa e térmica dos ambientes são algumas das estratégias.

Dentre os elementos que podemos utilizar, existem alguns bem conhecidos pela arquitetura brasileira como os brises, cobogós e venezianas.

Outros ótimos materiais para se trabalhar são o tijolo de adobe e a madeira, ou mesmo a adoção de técnicas bioarquitetônicas, como a Taipa de Pilão.

A ASHRAE 55 – Conforto Térmico Ambiental para Ocupação Humana

Para obtermos um critério de Conforto Térmico em edificações existem algumas normas que foram desenvolvidas. A mais famosa é a ASHRAE 55, definida pela Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (ASHRAE).

A primeira publicação ocorreu em 1966, delineando condições aceitáveis de conforto térmico em ambientes internos. É atualizada de tempos em tempos, e a última atualização ocorreu em 2017.

Como é o critério de análise?

O PMV (Voto Médio Estimado)

Para o desenvolvimento de uma simulação de conforto térmico, a norma determina o uso do PMV (Predicted Mean Vote, ou Voto Médio Estimado).

Considera-se o valor médio de um grupo de pessoas em um determinado ambiente para a determinação do fator de conforto térmico, levando em consideração uma escala de 7 sensações térmicas. Ela vai de -3 a +3, sendo:

O objetivo de uma simulação de conforto é manter os ambientes internos dentro do nível de conforto entre -0.5 e +0.5.

Isso quer dizer que a sensação térmica não pode ultrapassar “metade” da sensação de “ligeiramente frio” ou “ligeiramente calor” para aproximadamente 9% dos ocupantes da edificação em 98% dos horários em que esta estiver ocupada.

O gráfico abaixo ilustra esta situação, sendo o azul o parâmetro de conforto.

Critérios de Análise

Quais critérios são levados em conta em uma simulação de conforto térmico? Entre eles estão:

  • Temperatura de bulbo seco
  • Temperatura radiante média
  • Umidade relativa
  • Velocidade do ar
  • Valor da roupa de cada pessoa
  • Taxa metabólica de cada pessoa

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Os primeiros parâmetros são determinados pelo software de simulação — como por exemplo o EnergyPlus — utilizando os arquivos climáticos de uma região.

Já o valor da roupa é calculado dinamicamente, utilizando a fórmula da ASHRAE baseada na temperatura do ar externo às 6h em todos os dias do ano, conforme vemos abaixo.

Projetos Mais Consistentes pelo Conforto Térmico

Empregar diretrizes de conforto térmico pode contribuir muito para a saúde dos indivíduos e a salubridade dos ambientes.

Sob a ótica da saúde, um ambiente termicamente confortável previne doenças respiratórias, dermatológicas e cognitivas.

Através dos recursos arquitetônicos utilizados para a termorregulação do ambiente pode-se obter uma maior qualidade do ar e temperaturas que evitam na proliferação de fungos.

Vários estudos comprovam a importância de um ambiente termicamente confortável para o desempenho cognitivo, contribuindo para a aprendizagem em ambientes escolares e produção em ambientes profissionais. É também muito importante no ambiente hospitalar, solidarizando no quadro de melhora dos pacientes internados.

O conforto térmico é uma atribuição incrível para um projeto, pois pode ser proporcionado por meio da radiação solar e das correntes de ar, que são fontes gratuitas, naturais e renováveis. Comprova o compromisso dos arquitetos com projetos eficientes, garantindo satisfação e bem estar a seus clientes.

Você está disposto a começar?

Referências

Batiz, E. C.; Goedert, J.; Morsch, J. J.; Kasmirski-Jr, P.; Venske, R. AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO NO APRENDIZADO: Estudo de Caso Sobre Influência na Atenção e Memória. Produção, v. 19, n. 3, set./dez. 2009, p. 477-488

Frota, A. B.; Schiffer, S. R. MANUAL DO CONFORTO TÉRMICO. São Paulo: Ed.Studio Nobel, 2003.
Sorgato, M.J. DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS E UNIFAMILIARES VENTILADAS NATURALMENTE. Florianópolis, 2009.

www.ashrae.org/technical-resources/bookstore/standard-55-thermal-environmental-conditions-for-human-occupancy

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