Estratégias Para um Design de Interiores Sustentável – Parte 4: Qualidade do Ar

projeto sustentável pela qualidade do ar

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Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, a poluição do ar em ambientes fechados é uma das cinco maiores ameaças à saúde humana.

Ela pode gerar problemas como alergias, dores de cabeça, asma, irritações de garganta, nariz e olhos, até mesmo doenças mais graves como o câncer de pulmão.

Como passamos a maior parte do tempo dentro de ambientes internos, compreender e mitigar a poluição do ar torna-se extremamente importante para nossas residências.

Mas como podemos realizar um projeto sustentável que promova uma melhor qualidade do ar?

Primeiramente, precisamos compreender de onde elas surgem.

De onde surge a poluição do ar interna?

A poluição do ar em ambientes fechados é o resultado de três fatores principais:

  • Partículas externas.
  • Produtos e materiais com altos níveis de emissões tóxicas.
  • A falta de manutenção.

Vamos entender melhor como funciona cada um deles?

Partículas externas

Se procuramos realizar um projeto sustentável mantendo uma boa qualidade do ar em nossos ambientes, é imprescindível antes de tudo não levar contaminantes para dentro dos ambientes.

Entre os principais contaminantes, estão:

  • A poluição do ar em regiões densamente urbanizadas ou zonas industriais.
  • O fumo, que prejudica tanto os ocupantes como o sistema de ar-condicionado.
  • Veículos, principalmente em áreas onde a sua passagem é constante.

Para todos esses contaminantes, prever aberturas que minimizem a entrada de poluentes é uma estratégia que deve ser utilizada.

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Para ambientes climatizados, podemos prever primeiramente o dimensionamento adequado do sistema, para que a taxa do ar se renove para níveis adequados.

Após esta verificação, uma estratégia eficiente é a instalação de filtros com um bom fator de eficiência nos equipamentos de ar-condicionado— a certificação LEED sugere um fator de eficiência MERV de 13. A manutenção constante será outro fator importante para prevenir falhas no sistema a longo prazo.

Outra solução “simples” é manter fumantes longe das entradas da edificação, mas principalmente dentro. O LEED sugere aqui uma distância de pelo menos 7,5 metros de todas as entradas funcionais e aberturas da edificação.

Para quem procura mais estratégias para manter a poluição longe, uma ótima idéia é utilizar o famoso capacho nas portas de entrada de nossas residências. Para escritórios, podemos utilizar a mesma condição, mas o LEED sugere aqui pelo menos 3 metros de largura em cada entrada funcional, para obtermos uma retenção mais eficiente de contaminantes.

Produtos e materiais com altos níveis de emissões tóxicas

Móveis ou equipamentos fabricados com substâncias químicas nocivas possuem uma chance de liberar toxinas perigosas no ar, os chamados Compostos Voláteis Orgânicos (VOC’s). Por este motivo, a utilização de materiais que minimizem estes compostos é primordial.

Entre as aplicações, é imprescindível pensarmos na eliminação de VOC’s em todo o sistema construtivo da edificação, como:

  • Tintas e revestimentos internos aplicados in loco.
  • Adesivos e selantes internos aplicados in loco.
  • Pavimentação interna.
  • Madeira composta.
  • Isolamento térmico e acústico de paredes, piso e teto.
  • Mobiliário

É importante compreender que produtos aplicados externamente também podem exercer uma influência negativa de VOC’s, principalmente em hospitais e escolas. Por isso aqui o cuidado deve ser redobrado.

Para melhorar a qualidade do ar, é importante que o ar de uma sala circule regularmente e permaneça fresco. Ao contrário das crenças comuns, os tapetes podem oferecer um bom sistema de filtragem, caso sejam de boa qualidade. Eles tendem melhorar a qualidade do ar, prendendo as partículas de poeira do ar e segurando-as até que sejam aspiradas. Caso não exista esta qualidade nos carpetes, o mais recomendado é a utilização de pisos com superfícies duras, como azulejos e pisos de madeira.

Nas áreas molhadas, como banheiros, recomenda-se revestimentos antimicrobianos para inibir o crescimento de bactérias. Um exemplo é a Cambria, uma superfície de pedra natural que que não gera impactos negativos na qualidade do ar.

Como efetuar um controle adequado de poluentes?

Para efetuarmos um controle adequado em nossos ambientes internos, o ideal é o monitoramento com equipamentos que meçam os níveis de CO2, a umidade, partículas, ozônio e temperatura.

Inspeções periódicas nos filtros e também nos ambientes, procurando um controle de umidade adequado também é extremamente importante. Outro fator primordial é a utilização de produtos de limpeza que não agridam a saúde humana.

Um elemento que pode contribuir com grande parte do trabalho da remoção de poluentes é a utilização de plantas adequadas, com o benefício adicional de que elas podem proporcionar um toque de cor e vida para a decoração de interiores.

Oswego Vadoud Niri, químico da Universidade Estadual de Nova York, apresentou uma pesquisa apoiando a eficácia das plantas domésticas na remoção de VOC’s para a American Chemical Society. Tal fenômeno é chamado de biofiltração.

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Niri testou cinco plantas diferentes em recipientes selados contendo oito VOCs, e mediu a quantidade em diferentes dias do ano.

Cada planta testada foi capaz de remover grande parte da acetona, que se mostrou o VOC mais fácil de ser eliminado. A bromélia de folhas pontiagudas apresentou o melhor desempenho e foi capaz de remover grandes níveis de seis dos oito VOCs.

O resultado é que as plantas podem ser uma solução mais barata e mais fácil para a redução da poluição interna do que a instalação de sistemas de ventilação, dependendo do caso.

Quer saber mais sobre Projeto Sustentável de Interiores?

Leia nossos outros artigos:

Parte 1: Projeto Sustentável pela Biofilia

Parte 2: Projeto Sustentável pela Eficiência Energética

Parte 3: Projeto Sustentável pela Flexibilidade e Durabilidade

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