Aquecimento global, efeito estufa e mudanças climáticas. Provavelmente você já sabe que esses assuntos são preocupantes.
Periodicamente, representantes do mundo inteiro se reúnem para discutir estratégias de minimização do problema.
Em 1992, a Eco 92 foi a primeira Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro. 175 países assinaram o texto da conferência. Reconheceram a necessidade de esforços globais para enfrentar as mudanças climáticas.
Desde então, outras conferências vêm sendo realizadas. Nelas, nem todos os países se comprometiam a arcar com as responsabilidades de adotar medidas. Afinal, essas atitudes esbarram com o crescimento insustentável da indústria que polui e lucra em curto prazo.
Mas o que são, exatamente, as mudanças climáticas? Como acontece o aquecimento global?
E como, exatamente, o ser humano contribui para agravar o problema?
Leia este artigo até o fim para entender melhor tudo o que envolve as mudanças climáticas.
Antes de tudo, é necessário esclarecer termos como aquecimento global e efeito estufa.
1. O efeito estufa e o aquecimento global
O aquecimento global é o fenômeno do aumento gradual da temperatura média no planeta terra. Esse fenômeno pode ter origem de causas naturais ou da ação humana.
A principal causa, no entanto, são as emissões de gases que agravam o efeito estufa. Principalmente o dióxido de carbono.
O efeito estufa, por sua vez, é um fenômeno natural e essencial para a vida na terra. Seu agravamento, no entanto, é o que preocupa.
O planeta terra possui a sua volta uma camada composta por alguns gases e por vapor de água. Essa camada retém parte da radiação solar que chega na terra. Sem ela, o planeta ficaria frio demais para a nossa existência.
O problema é que desde a revolução industrial, as atividades humanas passaram a liberar esses gases em excesso. O que vêm tornando a camada mais espessa. Consequentemente, aumenta a temperatura do planeta e causa o aquecimento global.
“Neste período (Revolução Industrial), a concentração original de 280 ppm4 deste gás (dióxido de carbono) cresceu até os atuais 400 ppm5 , intensificando significativamente o efeito estufa. Assim, as atividades humanas passaram a ter influência importante nas mudanças climáticas.” – WWF
2. Gases causadores do efeito estufa
Os principais gases responsáveis pelo efeito estufa são o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso.
Esses gases não devem ser analisados somente em quantidade. Mas também em seu potencial de aquecimento e tempo de permanência na atmosfera.
Hoje, o dióxido de carbono (CO2) é o gás que mais contribui para o aquecimento global. Ele representa em torno de 70% das emissões de GEE (Gases do Efeito Estufa). Seu tempo de permanência é de 100 anos, resultando em impactos de longo prazo.
O gás metano é emitido em menor quantidade. Contudo, seu potencial de aquecimento é maior, vinte vezes superior ao CO2. O óxido nitroso, por sua vez, possui um poder de reter calor que é de 310 a 7.100 vezes maior que o CO2.
Ou seja, mesmo que liberados em menores quantidades, esses gases são mais prejudiciais.
3. Mudanças climáticas e suas consequências
De maneira resumida, os gases liberados causam o efeito estufa. O efeito estufa agravado provoca o aquecimento global. E o aquecimento global gera mudanças climáticas.
Ou seja, as mudanças climáticas são consequência direta do aquecimento dos oceanos e da superfície terrestre. E cada vez mais, elas são sentidas pela humanidade.
Cientistas já observaram o claro aumento dos níveis dos oceanos. Futuramente, isso pode ocasionar o desaparecimento de ilhas e de cidades litorâneas. Além disso, existe a previsão do aumento de eventos extremos climáticos, como:
- Furacões
- Ciclones
- Terremotos
- Tsunamis
- Secas
- Enchentes
E assim por diante.
Esses eventos podem trazer graves consequências para a vida na terra a longo prazo. Inclusive, são responsáveis por extinguir espécies animais e vegetais.
“O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas, responsável por produzir informações científicas, afirma que há 90% de certeza que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pela ação do homem.” – WWF
4. Atividades que agravam as mudanças climáticas
Existem muitas atividades humanas que envolvem a emissão de carbono, entre elas estão:
- Queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) para geração de energia
- Transportes
- Indústrias
- Agropecuária
- Descarte de resíduos sólidos (lixo)
- Desmatamento
É daí que surge o termo “carbono incorporado”. Ele se trata da emissão de carbono envolvida em determinado processo. Esse processo pode ser a fabricação de um produto ou realização de alguma atividade.
No Brasil, as atividades que mais liberam GEE são as mudanças do uso do solo e o desmatamento.
As florestas e áreas naturais são grandes absorvedoras de carbono. Seu desmatamento, além de liberar gases na atmosfera, reduz as fontes de absorção de carbono.
Emissões por atividades como agropecuária e geração de energia também vêm aumentando no país.
5. O que fazer para conter as mudanças climáticas
De que maneira podemos, então, evoluir para evitar o avanço desse problema?
Existem diversas maneiras de contornar a situação. As estratégias, contudo, são urgentes. Afinal, elas são de longo prazo e exigem grandes mudanças estruturais.
Algumas atitudes são:
- Diminuir o desmatamento
- Preservar florestas e áreas naturais
- Incentivar o uso de energias renováveis, como a solar, eólica, biomassa e pequenas hidrelétricas.
- Dar preferência a biocombustíveis (etanol e biodiesel)
- Investir em eficiência energética
- Reduzir o consumismo
- Viabilizar a reciclagem e a logística reversa
- Melhorar as condições do transporte público
- Investir em tecnologias de baixo carbono incorporado
Para que essas medidas sejam concretizadas, são necessárias políticas públicas de incentivo e auxílio. Como exemplo, hoje já existem benefícios para empresas que utilizam fontes de energia limpa.
Dessa maneira, a sociedade civil, as empresas e o estado podem se unir em busca de alternativas.
Conclusão
As mudanças climáticas já são discutidas há décadas. Está claro que, sem uma colaboração global, é muito difícil de atingir mudanças reais.
Para garantir o futuro da nossa espécie, é necessário aliar a evolução tecnológica com a sustentabilidade. Deixando de lado soluções imediatistas que poluem em troca de um lucro mais rápido.
Barrar o aquecimento global através da sustentabilidade é um dever. De todos os países, de todas as pessoas e de todas as instituições.
Fonte: WWF