Iluminação natural e NBR 15.575: entenda este conceito!

desempenho lumínico NBR 15575

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O desempenho lumínico estabelecido pela NBR 15.575 é mais do que um critério que deve ser seguido sob pena de processos e demais penalidades judiciais. É a personificação da preocupação com o conforto dos habitantes e com a qualidade das edificações residenciais.

Diversos estudos demonstram que viver em ambientes onde não há incidência de luz natural é prejudicial à saúde das pessoas. Esta deficiência da iluminação natural pode ser tão grave que chega a ter uma terminologia própria. Trata-se da depressão SAD, que é uma sigla para Seasonal Affective Disorder, mal provocado pela falta de luz natural. Por outro lado, desfrutar da luz natural nos ambientes residenciais oferece inúmeros benefícios à saúde. Sem falar que pode ser extremamente oportuno para a arquitetura, como você pode conferir neste post.

Neste sentido, a NBR 15.575 elenca algumas exigências específicas para o desempenho lumínico. O objetivo é garantir maior conforto aos usuários e elevar o nível de qualidade nas edificações residenciais.

Iluminação natural de acordo com a NBR 15.575

Segundo os requisitos da NBR 15.575 em relação ao desempenho lumínico (contando somente com a iluminação natural) os níveis gerais de iluminância nas diferentes dependências das construções habitacionais precisa seguir as disposições da Tabela 43:

Nível de Iluminamento geral para os  níveis de   desempenho  lux
desempenho M* I S
Sala de estar

Dormitório

Copa/cozinha

Área de serviço

≥ 60 ≥ 90 ≥ 120
Banheiro

Corredor ou escada interna à unidade

Corredor de uso comum (prédios)

Escadaria de uso comum (prédios)

Garagens/estacionamentos

Não requerido ≥ 30 ≥  45

* Valores mínimos obrigatórios de acordo com o Critério 13.2.1 da NBR 15.575-1.

Existe uma exceção à tabela nos casos de edificações com mais de um piso. Nestas, é permitido que os graus de iluminância sejam ligeiramente inferiores aos estabelecidos. Porém, a diferença máxima não deve ultrapassar 20% em qualquer das dependências. Além disso, esta exceção aplica-se apenas às dependências situadas no térreo ou aos pavimentos  abaixo do nível da rua.

Os critérios estabelecidos na tabela também não são aplicáveis em áreas confinadas ou àquelas em que não haja iluminação natural.

Vale lembrar que deve-se observar e atender as condições mínimas exigidas pela legislação local.

Para a realização das simulações, é preciso empregar o algoritmo apresentado na NBR 15215-3. Sendo que é necessário observar diversas condições relacionadas aos critérios mencionados acima.

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Recursos para obtenção ou melhora do desempenho lumínico

A obtenção ou melhora do desempenho lumínico nas edificações, pode ser alcançada com a utilização de vários recursos. Como, por exemplo, utilizar cores claras no teto ou nas paredes internas. Há também a possibilidade de se optar pelos caixilhos com grandes áreas envidraçadas. Porém, neste caso, a utilização de envidraçamento comum é contra indicada, pois permite a entrada de uma grande quantidade de radiação solar. Este efeito, por sua vez, pode comprometer o desempenho térmico.

Outro item que interfere no desempenho lumínico é o posicionamento das janelas nas paredes. Inclusive, este fator também recai na comunicação com o exterior. Neste âmbito,  a NBR 15.575-1 possui algumas determinações. Portanto, segundo a norma, as cotas dos peitoris devem estar posicionados, no máximo, a 100 cm do piso interno. Já a cota das testeiras dos vãos precisam estar a, no máximo, 220 cm a partir do piso interno.

Igualmente importante é manter o distanciamento adequado entre as edificações, bem como o espaçamento entre elas e obstáculos como muros, taludes, entre outros. Isto é fundamental para assegurar as condições mínimas de ventilação e iluminação natural.

Medição in loco: Níveis requeridos de fator de luz diurna (FLD)

FLD é a sigla para fator de luz diurna. Este elemento refere-se à parcela de luz difusa oriunda do exterior que atinge o ponto interno de medida.

Seu cálculo consiste na razão percentual entre a iluminância no ponto de referência e a iluminância externa disponível, sem a incidência da radiação direta do sol. Sendo que o ponto de referência compreende o centro do cômodo, a 0,75m de altura.

O FLD nas diferentes dependências das construções residenciais, contando unicamente com a iluminação natural, deve seguir as disposições da NBR 15.575. Mais especificamente, o que está descrito na Tabela 44.

O FLD precisa ser determinado observando a ISO 5034-1: “Daylight In Interiors – General Requirements”.

                FLD (%) para            os    níveis    de desempenho
Dependência M* I S
Sala de estar

Dormitório

Copa/cozinha

Área de serviço

≥ 0,50 % ≥ 0,65 % ≥ 0,75 %
Banheiro

Corredor ou escada interna à unidade

Corredor de uso comum (prédios)

Escadaria de uso comum (prédios)

Garagens/estacionamentos

Não requerido ≥ 0,25 % ≥  0,35%

* Valores mínimos obrigatórios, conforme critério 13.2.3 da NBR 15.575-1

Aqui valem as mesmas ressalvas que foram mencionadas na tabela anterior.

Os critérios relacionados ao desempenho lumínico nas edificações residenciais são bastante complexos. Seja para aplicar os princípios deste tópico ou para observar a aderência da obra aos requisitos, é necessário o domínio total de todas as exigências. Para tanto, pode ser útil contar com um apoio especializado.

A UGreen oferece toda a consultoria e suporte necessários para a adequação à estes tópicos da NBR 15575.

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