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COMO PODEMOS NOS COMPROMETER COM NOSSOS PROJETOS?
O entorno deve influenciar a arquitetura e nós devemos saber como podemos projetar para que estas influências se tornem viáveis.
Faz um tempo atrás, passamos por uma via de Curitiba e observamos que um edifício foi implantando corretamente em relação a legislação vigente, porém o embasamento deste edifício permitia que, em uma determinada rua secundária, toda uma testada fosse cega, a rua confrontante a esta edificação é estreita e nenhuma pessoa circulava pelo local. Muitas vezes os órgãos competentes estão preocupados com a técnica legislativa e não qualitativa.
Ao mesmo tempo no outro lado da rua, está inserido uma edificação da década de 70, a qual se via a movimentação de moradores, pedestres e crianças. Este benefício se deve ao fato desta edificação estar inserida com janelas térreas, muro baixo melhorando o visual para a rua, afastamentos adequados e outros elementos urbanos interessantes. Nos perguntamos, em que momento do tempo esta relação de edificação e seu entorno perdeu?
NOSSA RESPONSABILIDADE
Nós arquitetos e profissionais da área, temos uma grande responsabilidade, incentivando projetos mais inteligentes.
Segundo dados das Nações Unidas, até 2030, cinco bilhões de pessoas ou “60%” da população mundial viverá em meios urbanos. Sendo assim, a primeira ideia que devemos levar em consideração, é que não existe uma construção que não impacte em seu entorno. Também que novos usos estão surgindo a cada ano e a cidade se movimenta diferente em torno destes serviços.
O convívio entre diferentes grupos culturais garante a participação desta população na vida pública. Uma feira de bairro, um comércio diferenciado, tudo isso agrega valor e as pessoas se sentem mais parte da cidade.
Um outro tipo de diversidade necessária é a funcional. Acreditamos que esta é a principal diretriz para um desenvolvimento sustentável. Um bairro deve ter diferentes funções como: espaços de convívio, trabalho, ensino e outros. Também deve minimizar deslocamentos desnecessários, promovendo espaços públicos com melhor utilização e reduzindo fluxo de veículos.
Aplicar questões urbanas é o mesmo que repensar o homem e suas relações com o entorno. É fazer uma cidade voltada exclusivamente para as pessoas que utilizam estes espaços. Questões como caminhar com facilidade, segurança, trânsito em massa adequado e uso misto do solo bem otimizado, são conceitos que não podemos mais nos desfazer.