casa sustentável
Construções Sustentáveis, Economia da Água, Eficiência Energética, Lotes Sustentáveis, Materiais Sustentáveis, Norma de Desempenho, Qualidade Interna

Construindo um Futuro Sustentável: Descubra os Segredos de Uma Casa Ecológica

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Muitos pensam em projetar ou construir uma casa sustentável.

Porém, poucos conhecem a variedade de elementos e dificuldades para a realizar com eficácia.

Alguns conhecem um pouco sobre materiais que podem ser aplicados, como lâmpadas de LED e painéis solares. Outros compreendem sobre elementos que geram economia de água, ou sobre materiais sustentáveis.

A verdade é que uma casa sustentável está ligada a diversos elementos, como:

  • Implantação
  • Conectividade
  • Materiais
  • Conforto
  • Energia
  • Água

Com a finalidade de mudar sua forma de pensar sobre uma casa sustentável…

Vamos apresentar todos estes elementos em um único artigo. Após a leitura, tenho certeza que você terá uma base sólida para continuar seus estudos.

Portanto, se você procura saber tudo sobre uma casa sustentável, continue lendo este artigo.

O Filipe Boni da UGREEN também gravou um vídeo sobre o tema. Assista para ampliar ainda mais seu conhecimento:

O Que é Uma Casa Sustentável?

Uma casa sustentável é conceituada como parte de um ecossistema. Portanto, é considerada parte de um habitat vivo.

Pode contrastar com o trabalho de muitos arquitetos que consideram uma casa “arte”. Ou, como muitos dizem, “uma escultura habitável”.

Acredito fortemente que uma casa deve procurar uma conexão profunda com o entorno. O clima, a região, o terreno e o ser humano.

Por quê? Porque projetos que ignoram seu entorno simplesmente não são mais aceitáveis em uma era de mudanças climáticas.

O famoso arquiteto Le Corbusier disse no início do século passado que “casas são máquinas de morar”. Portanto, é mais que hora desta máquina evoluir da mesma forma que a sociedade evoluiu. A consciência social e ambiental faz parte desta evolução.

Exemplo de implantação bioclimática, por UGREEN:

casa sustentável

Logo, esta é a minha visão de uma casa sustentável. Continue lendo para compreender todos os elementos que a compõe.

Qual a Importânica de Uma Casa Sustentável?

O uso de energia elétrica no Brasil é dividido pelos seguintes setores:

Portanto, o setor residencial é o segundo maior consumidor de energia no país.

A utilização de energia muitas vezes leva ao consumo de combustíveis fósseis. Consequentemente ao aquecimento global.

Logo, devemos ser mais sábios na utilização da energia em nossas residências. Isso vale tanto para a fabricação quanto para o uso, que ocorre por dezenas de anos.

Uma casa sustentável consiste em diversos elementos que estão intimamente interligados.

São estes elementos que você aprenderá logo a seguir…

Quais são os benefícios de uma casa sustentável?

Uma casa sustentável é projetada e construída para minimizar seu impacto ambiental e maximizar a eficiência energética.

Há muitos benefícios em morar em uma casa sustentável, incluindo os seguintes:

  1. Contas de energia mais baixas: uma casa sustentável é projetada para usar menos energia, o que pode resultar em contas de energia mais baixas para os proprietários. Aparelhos energeticamente eficientes, isolamento e iluminação natural podem ajudar a reduzir seu consumo de energia e diminuir seus custos mensais.
  2. Melhor qualidade do ar interno: as casas sustentáveis ​​geralmente usam materiais e técnicas de construção que melhoram a qualidade do ar interno, como o uso de tintas e acabamentos não tóxicos e a incorporação de sistemas de ventilação. Isso pode levar a um ambiente de vida mais saudável e potencialmente menos problemas respiratórios para os residentes.
  3. Maior conforto: as casas sustentáveis ​​geralmente são projetadas para maximizar o conforto, com recursos como design solar passivo e ventilação natural para ajudar a regular a temperatura e o fluxo de ar. Isso pode criar um ambiente de vida mais confortável para os proprietários.
  4. Maior valor de revenda: À medida que a vida sustentável se torna mais popular, as casas projetadas e construídas com sustentabilidade podem ter um valor mais alto. Isso ocorre porque os compradores geralmente estão dispostos a pagar mais por uma casa energeticamente eficiente com menor impacto ambiental.
  5. Impacto ambiental reduzido: talvez o benefício mais significativo de uma casa sustentável seja o menor impacto ambiental. Uma casa sustentável pode ajudar a reduzir sua pegada de carbono e contribuir usando menos recursos e gerando menos resíduos.

Quais são os diferentes tipos de casas sustentáveis?

Existem muitas casas sustentáveis, desde simples reformas até redesenhos mais significativos.

Alguns dos diferentes tipos de casas sustentáveis ​​incluem: Casas

  1. Energeticamente eficientes: as casas energeticamente eficientes são projetadas para usar menos energia e reduzir as contas de energia. Essas casas geralmente usam aparelhos, isolamento e janelas com eficiência energética e podem incorporar fontes de energia renováveis, como painéis solares.
  2. Casas solares passivas: As casas solares passivas são projetadas para usar a energia do sol para aquecer e iluminar a casa. Essas casas costumam ter grandes janelas voltadas para o sul e materiais de massa térmica para ajudar a regular a temperatura e reduzir a necessidade de sistemas mecânicos de aquecimento e resfriamento.
  3. Residências Net-zero: Residências Net-zero produzem tanta energia quanto consomem, geralmente por meio de fontes de energia renováveis, como painéis solares. Essas casas são projetadas para serem energeticamente eficientes e também podem incorporar aparelhos energeticamente eficientes e outros recursos sustentáveis.
  4. da rede: as casas fora da rede não estão conectadas à rede elétrica e dependem de fontes de energia renováveis, como painéis solares ou turbinas eólicas para gerar eletricidade. Essas casas geralmente estão localizadas em áreas remotas onde o acesso à rede elétrica não está disponível.
  5. Casas minúsculas: Casas minúsculas são casas pequenas e portáteis projetadas para serem eficientes em termos de energia e minimizar o impacto ambiental da vida. Essas casas costumam usar aparelhos compactos e materiais sustentáveis ​​e podem ser alimentadas por fontes de energia renováveis.

No geral, os proprietários podem considerar muitos tipos diferentes de casas sustentáveis, dependendo de suas necessidades e objetivos.

Quais São os Elementos Principais de Uma Casa Sustentável?

Elemento #1 de Uma Casa Sustentável: Implantação

Uma casa sustentável procura impactar ao mínimo o entorno no qual está inserido. As seguintes estratégias podem ser utilizadas para uma implantação de baixo impacto:

Captação da Água da Chuva

Uma casa sustentável não deixará a chuva não absorvida no próprio lote para a cidade cuidar. Portanto, levará em conta os índices pluviométricos para a captação da água da chuva e uma maior permeabilidade. Logo, podemos reutilizar a água e ao mesmo tempo ajudar a prevenir inundações em sua cidade.

Outra estratégia é o uso de telhados verdes. Além de promover a biodiversidade e a redução da carga térmica, promove também maior captação da água da chuva.

Espaços abertos

Uma casa sustentável deixa ela mesma e seu entorno respirar. Ao mesmo tempo, permite afastamentos suficientes entre edificações vizinhas. Promoverá o andar por meio de um paisagismo consciente que use menos água na irrigação.

Prevenção de Ilhas de Calor

Podemos prevenir o aquecimento das superfícies com cores mais claras e lisas. Esta relação se chama absortância e o quanto mais baixa, melhor.

A Norma de Desempenho privilegia absortâncias baixas. A referência são absortâncias abaixo de 60% em algumas regiões brasileiras e 40% em outras. As edificações obterão cargas térmicas inferiores e menor uso do ar condicionado. Simultaneamente, o meio urbano agradece pela contribuição com o microclima local.

Elemento #2 de Uma Casa Sustentável: Conectividade

Uma casa sustentável promove o ir de vir de seus usuários. Portanto, uma casa dissociada do meio urbano não pode ser considerada uma casa sustentável.

Como assim?

A verdade é que uma casa sustentável deve possuir uma relação próxima com a cidade. Tornar os hábitos corriqueiros, como comprar um pão na padaria ou ir a uma loja, mais acessíveis.

É comum alguns pensarem que casas sustentáveis podem existir no campo. Porém, estas casas utilizam mais veículos nas atividades corriqueiras, poluindo mais. Consomem mais da infraestrutura urbana, necessitando de mais vias até estas residências. Consome até mais do meio ambiente, impactando uma flora e fauna de regiões que antes eram intocadas.

Portanto, cidades na densidade certa promovem sim a sustentabilidade.

Uma casa no meio urbano é mais independente do carro, poluindo menos. Promove atividades físicas como caminhar, ou o uso de bicicleta por ciclovias. Possui conexão com um bom sistema de transporte coletivo, facilitando o ir e vir.

Sabemos que desfrutar de uma boa estrutura urbana é privilégio de poucos brasileiros. Inegavelmente uma casa sustentável vai de encontro a um urbanismo sustentável. É uma evolução conjunta que necessita ocorrer.

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Elemento #3 de Uma Casa Sustentável: Conforto

Podemos separar o conforto de uma casa sustentável em:

  • Conforto Térmico
  • Conforto Lumínico Natural
  • Conforto Lumínico Artificial
  • Conforto Acústico
  • Qualidade do Ar
  • Vistas de Qualidade

Conforto Térmico

Imagine dez pessoas em um único ambiente. Mesmo que elas estejam nesta mesma situação, algumas podem estar sentindo mais frio ou mais calor.

A relação de bem estar é diferente para cada pessoa, devido ao seu metabolismo. Somando a este fator existe a vestimenta, que gera novas combinações de conforto….

Ainda existe a umidade, a velocidade do vento, a temperatura das superfícies e a temperatura do ambiente…

Todos estes fatores somados tornam as estratégias de conforto térmico mais difíceis de atingir. Para a maior eficácia, exige um profissional para simular o projeto e otimizar os custos.

Uma pessoa que projeta com foco em conforto térmico irá buscar uma relação intensa com a sua região bioclimática. Desta forma o conforto será garantido em grande parte de forma passiva. Dependerá menos do aquecimento ou ar condicionado e reduz o consumo de energia elétrica.

Regra rásica de envoltória para região norte e sul em uma casa sustentável

No sul do país será geralmente privilegiada uma envoltória com transmitância mais baixa. Ou em um bom português, uma parede que deixe passar menos o calor ou o frio.

Já a capacidade térmica da envoltória deve ser mais alta. Desta forma ela terá maior inércia térmica, absorvendo o calor externo no verão e a utilizando a noite, quando está mais frio.

Já no norte do Brasil será privilegiada uma ventilação mais acentuada. Portanto, utilizar pisos elevados é uma estratégia válida. Simultaneamente, aberturas abaixo da cobertura permitirá o controle térmico mais eficiente.

Contudo, o ideal é sempre avaliar cada projeto isoladamente em conjunto com o bioclima. Diversas ferramentas estão disponíveis para quem busca realizar arquitetura bioclimática.

Uma das ferramentas mais simples e eficientes é o Projeteee. Ela foi desenvolvida pelo Governo Federal em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente.

Existem outras ferramentas voltadas para especialistas, que incluem simulação computacional. A mais famosa é o Energyplus, mas existem outras como Designbuilder, Sefaira e IES. Conheça nossos cursos para aprender a utilizá-las.

Conforto Lumínico Natural

O Conforto lumínico em uma casa sustentável deve privilegiar a distribuição máxima da luz, evitando o uso da luz elétrica.

No entanto, apenas distribuir a iluminação sem critério pode gerar grandes problemas. Um efeito comum é um grande índice de ofuscamento e uma maior carga térmica. Como resultado é necessário o maior uso do ar condicionado e energia.

Uma recomendação eficaz é obter a iluminação próxima a 300 lux durante o ano todo em áreas regularmente ocupadas. Estas áreas são geralmente salas, cozinhas e quartos. Por outro lado, não permitir áreas acima de 1250 lux durante o ano todo previne o ofuscamento.

Abaixo está um exemplo realizado por nosso escritório:

Parece difícil, certo? E realmente é, se o projeto foi conceituado com poucos recursos. Porém, com simulações computacionais e um bom conceito arquitetônico você terá ótimos resultados.

Recomendações para a otimização da iluminação em uma casa sustentável

  • A orientação é o elemento rei para uma edificação sustentável. Determinar a melhor posição para os ambientes otimizará a eficiência de uma residência.
  • Uma menor profundidade dos ambientes em relação a fachada gera ambientes mais claros e econômicos.
  • A avaliação criteriosa das proporções vidro/fachada para cada orientação da edificação é crucial. Edifícios com muito vidro necessitarão de vidros de alta performance para obter um bom nível de conforto.
  • Brises são ótimos elementos para o controle passivo do calor externo. No norte são indicados brises horizontais e no leste/oeste brises verticais.

Regra comum das aberturas e brises em uma casa sustentável

  • Norte: aberturas médias com brises horizontais.
  • Leste: aberturas médias com brises verticais
  • Sul: aberturas sem brises.
  • Oeste: menos aberturas e mais inércia térmica, bloqueando e retardando a intensidade do sol.

Para saber mais, assista este vídeo onde ensinamos como aprimorar a luz natural do zero.

A simulação computacional é a melhor forma de gerar informações para as melhores decisões de projeto. Caso necessite de uma dessas análises, fale conosco.

Conforto Lumínico Artificial em uma casa sustentável

Apesar das tão faladas lâmpadas de LED fornecerem economia, cuidados devem ser tomados.

A principal delas é a compreensão do uso de cada espaço. A Norma de Desempenho determina como parâmetro superior pelo menos 200 lux em salas. Porém, a CIBSE (Chartered Institution of Building Services Engineers) determina 300 lux.

Já para cozinhas a iluminância confortme NBR15575 deve ser maior, 400 lux. Neste caso a CIBSE indica 500 lux.

Portanto, verifique os níveis que você possui nos ambientes projetados. A simulação é a melhor forma de avaliação em projeto, assim garante-se maior economia na solução.

Para ambientes já construídos, é possível medir no próprio local com um luxímetro ou, com menor precisão, aplicativos. Atenha-se aos centros do ambiente e a uma altura de 80cm do solo para otimizar a precisão.

Conforto Acústico em uma casa sustentável

A acústica trata de fenômenos importantes como a reverberação e o mascaramento.

No entanto, o mais importante para residências é a redução do ruído externo. Isso vale para a fachada e também entre ambientes, no caso de apartamentos distintos.

A Norma de Desempenho (NBR15575) apresenta regras claras neste quesito. São determinados limites que pisos, paredes e esquadrias devem suportar. Sua variação depende da classe de ruído da edificação e dos ambientes a serem avaliados.

Um exemplo são paredes externas em apartamentos em localização tranquila. Em um ensaio, as vedações externas devem suportar pelo menos 20 db de fontes de ruído localizadas a 2 metros de distância. Já em ambientes com maior ruído o requisito é maior, devendo suportar 25db.

Esta é apenas uma amostra dos critérios que uma casa deve fornecer para garantir a qualidade de vida dos usuários.

Qualidade do Ar em uma casa sustentável

Uma casa sustentável estabelece um padrão mínimo para qualidade interna do ar. Realiza a troca do ar em condições determinadas pela sua região bioclimática.

A seriedade desta questão deve-se a síndrome dos edifícios doentes. Ela prejudica a saúde das pessoas que vivem em espaços inadequados na qualidade do ar.

As causas dos edifícios doentes estão na falha no sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado. Também são relacionados aos COV’s (Compostos Orgânicos Voláteis) usados na construção, altamente poluentes.

Este é um problema que não tem distinção de raça, gênero e mata tanto gente pobre quanto gente em melhores condições. Um exemplo é o ex-ministro Sérgio Mota, que foi vítima da bactéria Legionella sp, que causa pneumonia.

Portanto, utilizar produtos com uma quantidade reduzida de COV’s é uma solução simples e eficaz. Verifique principalmente a composição das pinturas utilizadas.

Outra ótima forma de privilegiar a qualidade do ar em uma casa é promover a ventilação adequada. A NBR15575 determina uma área de ventilação de pelo menos 7% da área do piso em grande parte das regiões brasileiras. Pode variar de 8 até 12% em regiões mais quentes.

Vistas de Qualidade em uma casa sustentável

Olhar para fora traz saúde. Portanto, privilegie janelas que tenham vistas para elementos da cidade. A flora, fauna e até pessoas ajudam drasticamente na regulagem dos ritmos circadianos.

Sim, uma casa sustentável procura estabelecer a relação com o ritmo biológico humano. Afinal, é um ritmo estabelecido após dezenas de milhares de anos em contato com a natureza. Mas ainda sim, muitos insistem em ignorá-lo com edificações ineficientes.

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Elemento #4 de Uma Casa Sustentável: Materiais

Uma casa não pode ser considerada sustentável sem pensarmos na procedência dos seus materiais. Elas se distribuem nas seguintes estratégias:

  • Redução do uso de materiais na construção ou reforma.
  • Reutilização de materiais, tanto no próprio lote quanto fora dele.
  • Utilização de materiais orgânicos (madeira, pedra natural).
  • Utilização de materiais rapidamente renováveis (bambu, linóleo, cortiça, que se regeneram em um período máximo de 10 anos).
  • Utilização de materiais com conteúdo reciclável.
  • Utilização de materiais regionais.

Exemplo de aplicação de materiais sustentáveis em projeto, por UGREEN:

casa sustentavel

Porém, não é apenas especificar o que fornecedores dizem ser bom que irá gerar uma casa sustentável. A investigação deve ser parte da vida de quem possui compromisso com a sustentabilidade.

Para sua sorte, temos alguns materiais sustentáveis disponíveis para download aqui.

Qual a importância da investigação para uma casa sustentável?

Muitos materiais podem ser sustentáveis na sua composição. Porém, podem ser extraídos ou processados por pessoas em condições desumanas de trabalho.

Materiais podem ser sustentáveis, mas a matéria prima vir de longas distâncias. Utilizam muito combustível e podem, no final, ser menos sustentável que um produto comum fabricado em região próxima.

Um material sustentável pode originar um produto insustentável também. No processo de fabricação podem surgir componentes ou químicos que alteram sua característica. Pode inclusive prejudicar a saúde dos seres humanos durante o processo ou uso a longo prazo.

Uma ótima forma de obter materiais sustentáveis para uma casa é por certificações. Para produtos em madeira o FSC é uma sigla comum.

Porém, existem outras, como o Cradle to Cradle. Esta certificação considera um processo produtivo menos agressivo, promovendo a economia circular.

Existem ainda outras de relevância. Os EPD`s, Greenscreen e Declare da Living Future Institute são exemplos expressivos. Elas incentivam os fabricantes a comunicarem com mais clareza seus processos industriais. Estabelecem ainda parâmetros para a melhoria da sustentabilidade em seus processos.

Para saber mais sobre o tema, assista a palestra que realizamos na Expo Revestir em março de 2019:

Elemento #5 de Uma Casa Sustentável: Energia

A energia é a categoria que mais impacta o meio ambiente quando negligenciada. Em certificações, buscar a performance energética equivale a quase 1/3 de todo o processo.

Portanto, buscar a eficiência energética deve ser foco em um projeto que vise a sustentabilidade.

Porém, é um erro pensar que um projeto eficiente deve focar em energias renováveis. Entre leigos é aceitável, porém, não entre empresas e certificadoras.

Uma casa verdadeiramente sustentável deve economizar energia diretamente na fonte. Resumindo, o foco deve ser na concepção arquitetônica. Abaixo está um exemplo realizado pela UGREEN:

casa sustentável
Otimizações energéticas em uma casa sustentável, por UGREEN.

Uma das formas mais eficazes de obter economia de energia em projeto é simulando. Os resultados são otimizados se trabalhados em conjunto com o conforto térmico e lumínico.

É bastante importante nunca dissociar estes elementos em uma simulação. Afinal, mais conforto térmico e lumínico em uma edificação significa redução no consumo de energia.

Dentro do gráfico de uso residencial podemos verificar que os consumos possuem variações entre o verão e inverno. Os maiores usos são, em ordem, os refrigeradores, chuveiros, iluminação e ar condicionado.

Portanto, focar na economia destes elementos tornará sua casa mais econômica e sustentável. Como podemos trabalhar?

  • Economia no ar condicionado. Pode ser obtido com a melhoria dos índices de conforto térmico, como detalhado logo antes neste artigo.
  • Chuveiros. Equipamentos mais eficientes, que consomem menos água podem ser uma ótima solução.
  • Refrigerador e outros Equipamentos. Equipamentos mais eficientes, como os com selo PROCEL, são uma boa alternativa.
  • Iluminação. Podemos otimizá-la por um projeto bioclimático eficiente e o uso de lâmpadas adequadas, como já mencionado.

Elemento #6 de Uma Casa Sustentável: Água

Uma casa sustentável utiliza a água mais sabiamente que casas comuns. Afinal, a população mundial continua crescendo junto com a poluição de rios e as mudanças climáticas.

Gosto de pensar na economia de acordo com o próprio fluxo da água.

“Reuso > Eficiência do Uso Externo > Eficiência do Uso Interno > Mudanças de Hábito.”

Reuso (e reciclagem) de uma casa sustentável

O reuso é uma opção de baixo custo, já que a água é reutilizada com pouco tratamento adicional. Alguns exemplos são:

  • A coleta de chuva.
  • Pontas de água.
  • Irrigação com água cinza.
  • Água de banho compartilhada.

Já a reciclagem exige mais energia ou até mesmo produtos químicos para o tratamento. Alguns exemplos são a reciclagem de água cinza ou até mesmo a água negra.

Eficiência no Uso Externo

  • Plantas mais eficientes no paisagismo.
  • Irrigação eficiente. Um exemplo são os sistemas por gotejamento, que podem utilizar até 90% menos água que os convencionais.

Eficiência no Uso Interno

Para obtermos uma boa economia no uso interno da água, o ideal é conhecermos os maiores vilões do consumo. Abaixo podemos observar o perfil de consumo de água interno médio de uma residência brasileira.

Observando o gráfico, notamos que os 3 maiores usos são o vaso sanitário, o chuveiro e a pia de cozinha. Portanto, estes devem ser os principais itens a serem mitigados. Aqui estão alguns elementos que podem ajudar nesta economia:

  • Aeradores.
  • Banheiras com menor volume de água.
  • Louças mais eficientes, como vasos dual-flush ou mictórios sem uso d’agua.
  • Equipamentos mais eficientes, como chuveiros, máquinas de lavar roupa, entre outros.
  • Vasos sanitários por compostagem.
  • Conserto de vazamentos.

É importante notar no gráfico que o chuveiro encontra-se em 2 º lugar. Porém, o chuveiro é considerado também o 2 º maior consumidor de energia de uma edificação…

Portanto, obter reduções no consumo de água no chuveiro também irá impactar na redução do consumo de energia. Obtemos aqui um duplo benefício.

Mudanças de habito para uma casa sustentável

Após obtermos todas as reduções possíveis, é interessante promover ainda uma mudança de hábito. Desta forma obtemos ainda maiores economias.

Algumas estratégias são:

  • Não lavar o carro tão frequentemente.
  • Não irrigar a grama.
  • Tomar banhos mais curtos.

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Como fazer uma casa sustentável?

Tornar sua casa mais sustentável pode trazer vários benefícios, incluindo a redução do impacto ambiental, redução das contas de energia e melhoria da qualidade de vida.

Há muitas maneiras de tornar sua casa mais sustentável, desde mudanças simples até reformas mais significativas.

Aqui estão algumas ideias para você começar com sua casa sustentável:

  1. Use eletrodomésticos energeticamente eficientes: Substituir seus eletrodomésticos antigos por modelos mais novos e energeticamente eficientes pode ajudá-lo a economizar energia e dinheiro. Procure aparelhos com etiquetas Energy Star indicando que atendem aos padrões de eficiência energética estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA.
  2. Instale acessórios de água de baixo fluxo: Chuveiros e torneiras de baixo fluxo podem ajudar a reduzir o consumo de água e diminuir as contas de água.
  3. Isole a sua casa: Adicionar isolamento às suas paredes, sótão e outras áreas da sua casa pode ajudar a manter a sua casa quente no inverno e fresca no verão, o que pode reduzir o consumo de energia e poupar dinheiro em custos de aquecimento e arrefecimento.
  4. Use lâmpadas energeticamente eficientes: Mudar para lâmpadas LED pode ajudá-lo a economizar energia e reduzir as contas de energia. As lâmpadas de LED consomem até 80% menos energia do que as lâmpadas incandescentes tradicionais e duram muito mais.
  5. Plante árvores ou instale dispositivos de sombreamento: plantar árvores ou instalar dispositivos de sombreamento, como toldos ou películas nas janelas, pode ajudar a manter sua casa fresca no verão e reduzir sua dependência de ar-condicionado.
  6. Use luz natural: Usar luz natural pode ajudar você a economizar energia e reduzir sua dependência de iluminação artificial. Considere adicionar janelas ou clarabóias à sua casa ou manter cortinas e persianas abertas durante o dia para deixar entrar a luz natural.

No geral, existem muitas maneiras simples e eficazes de tornar sua casa mais sustentável. Você pode criar uma casa mais confortável e energeticamente eficiente tomando algumas medidas para reduzir o consumo de energia e diminuir o impacto ambiental.

Como posso reduzir o meu consumo de energia na minha casa sustentável?

Existem muitas maneiras simples e eficazes de reduzir o consumo de energia em casa.

Aqui estão algumas ideias para você começar a reduzir o consumo de energia:

  1. Desligue as luzes e os aparelhos eletrônicos quando não estiverem em uso: Uma das maneiras mais fáceis de reduzir o consumo de energia é desligar as luzes e os aparelhos eletrônicos quando não os estiver usando. Isso inclui coisas como televisores, computadores e eletrodomésticos.
  2. Use lâmpadas energeticamente eficientes: Mudar para lâmpadas LED pode ajudá-lo a economizar energia e reduzir as contas de energia. As lâmpadas de LED consomem até 80% menos energia do que as lâmpadas incandescentes tradicionais e duram muito mais.
  3. Instale um termostato programável: um termostato programável permite que você ajuste a temperatura da sua casa automaticamente quando não estiver em casa ou dormindo. Isso pode ajudar a reduzir seu consumo de energia e reduzir suas contas de energia.
  4. Desconecte os carregadores quando não estiverem em uso: muitos carregadores, como os de telefones e laptops, continuam consumindo energia mesmo quando não estão carregando nada. Desconectar os carregadores quando não estiverem em uso pode ajudar a reduzir o consumo de energia.
  5. Use luz natural: Usar luz natural pode ajudar você a economizar energia e reduzir sua dependência de iluminação artificial. Considere adicionar janelas ou clarabóias à sua casa ou manter cortinas e persianas abertas durante o dia para deixar entrar a luz natural.
  6. Use um varal ou estendal: use um varal ou estendal para secar suas roupas.

Como posso viver em uma casa sustentável?

Viver um estilo de vida mais sustentável em casa envolve fazer escolhas que minimizem seu impacto ambiental e reduzam sua dependência de recursos não renováveis.

Aqui estão algumas maneiras de viver em uma casa sustentável:

  1. Reduzir o consumo de energia: Há muitas maneiras de reduzir o consumo de energia em casa, como usar eletrodomésticos com baixo consumo de energia, desligar luzes e eletrônicos quando não estiverem em uso , e instalando um termostato programável.
  2. Economize água: você pode economizar água em casa consertando vazamentos, usando chuveiros e torneiras de baixo fluxo e coletando água da chuva para uso em aplicações não potáveis.
  3. Reduza o desperdício: você pode reduzir o desperdício em casa reciclando, fazendo compostagem e escolhendo produtos com embalagens mínimas.
  4. Compre produtos cultivados e produzidos localmente: Escolher produtos cultivados e produzidos localmente pode ajudar a reduzir o impacto ambiental do transporte e apoiar a economia local.
  5. Use produtos sustentáveis: muitos produtos sustentáveis, como eletrodomésticos e lâmpadas com baixo consumo de energia, estão disponíveis para ajudá-lo a reduzir seu impacto ambiental e economizar dinheiro.
  6. Cultive sua comida: considere iniciar uma horta ou usar recipientes para cultivar ervas e outras plantas pequenas. Isso pode ajudar a reduzir sua dependência de produtos comprados em lojas e reduzir as emissões de transporte.

No geral, existem muitas maneiras de viver um estilo de vida mais sustentável em casa. Ao fazer mudanças simples, você pode reduzir seu impacto ambiental e criar um espaço de vida mais sustentável.

Quais são os melhores produtos domésticos sustentáveis?

Os proprietários podem usar muitos produtos domésticos sustentáveis ​​para reduzir seu impacto ambiental e melhorar a eficiência energética de suas casas.

Alguns dos melhores produtos domésticos sustentáveis ​​incluem:

  1. Aparelhos energeticamente eficientes: Aparelhos energeticamente eficientes, como geladeiras, máquinas de lavar e lava-louças com certificação Energy Star, podem ajudar a reduzir seu consumo de energia e diminuir suas contas de energia.
  2. Lâmpadas de LED: consomem até 80% menos energia do que as lâmpadas incandescentes tradicionais e duram muito mais. Eles são um excelente produto doméstico sustentável que pode ajudá-lo a economizar energia e dinheiro.
  3. Janelas energeticamente eficientes: As janelas energeticamente eficientes têm revestimentos especiais que ajudam a reduzir a perda de calor no inverno e o ganho de calor no verão. Isso pode ajudar a melhorar a eficiência energética da sua casa e reduzir suas contas de energia.
  4. Chuveiros de baixo fluxo: de baixo fluxo usam menos água do que os chuveiros tradicionais, o que pode ajudar a reduzir o consumo de água e diminuir as contas de água.
  5. Painéis solares: solares podem gerar eletricidade para sua casa, reduzindo sua dependência de combustíveis fósseis e diminuindo suas contas de energia.
  6. Sistemas de captação de água da chuva: Os sistemas de captação de água da chuva permitem que você colete e armazene a água da chuva em aplicações não potáveis, como irrigação ou descarga de banheiro. Isso pode ajudar a reduzir sua dependência de fontes municipais de água e diminuir suas contas de água.
  7. No geral, existem muitos produtos domésticos sustentáveis ​​diferentes.

Quais são as outras principais tendências de casas sustentáveis?

A vida sustentável está se tornando cada vez mais popular e, como resultado, existem muitas tendências de casas sustentáveis ​​que os proprietários podem considerar.

Aqui estão algumas das principais tendências de casas sustentáveis: Residências

  1. Net-zero: Residências Net-zero são projetadas para produzir tanta energia quanto consomem, geralmente por meio de fontes de energia renováveis, como painéis solares. Essas casas são projetadas para serem energeticamente eficientes e também podem incorporar aparelhos energeticamente eficientes e outros recursos sustentáveis.
  2. Projeto solar passivo: o método solar passivo envolve o uso da energia do sol para aquecer e iluminar uma casa. Isso pode ser alcançado por meio de janelas voltadas para o sul, materiais de massa térmica e isolamento adequado.
  3. Captação de água da chuva: A captação de água da chuva envolve a coleta e o armazenamento da água da chuva para uso em aplicações não potáveis, como irrigação ou descarga de vasos sanitários. Isso pode ajudar a reduzir sua dependência de fontes municipais de água e diminuir suas contas de água.
  4. Telhados verdes: verdes envolvem cobrir o telhado de uma casa com plantas e solo. Os telhados verdes ajudam a isolar uma casa, reduzem o escoamento de águas pluviais e melhoram a qualidade do ar.

No geral, os proprietários podem considerar muitas tendências de casas sustentáveis, dependendo de suas necessidades e objetivos. Ao incorporar recursos sustentáveis ​​em sua casa, você pode criar um espaço mais eficiente em termos de energia e ecologicamente correto.

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Exemplos Diferentes e Inovadores de Casas Sustentáveis Pelo Mundo

Casa Sustentável na Holanda

A casa de papelão Wikkel House pode ser construída em apenas um dia. Sua principal composição é o papelão em conjunto com uma supercola sem VOC’s. 

Apesar do papelão parecer algo não durável, esta residência pode durar até 100 anos. Portanto, possui uma vida útil superior a muitas residências convencionais.

Os espaços são pequenos, mas ainda acolhedores. Possui um quarto e uma sala que são separados pela cozinha e o banheiro.

casa sustentável

Para os nômades de plantão, outra vantagem. A residência pode facilmente ser transportada para qualquer lugar.

Porém, um impeditivo é o preço. Ela custa, em média, R$ 130 mil. Logo, não seria um atrativo para a maioria das famílias brasileiras.

Casa Sustentável em Milão: Aconchego no Meio da Floresta

Já falarmos que construir em ambientes virgens pode prejudicar a fauna e flora local.

No entanto, estas casas visam uma implantação no meio da floresta com um mínimo impacto no solo.

As casas na árvore, projetadas por Peter Pichler, trazem a sensação de viver dentro da floresta. Possuem entre 35 a 45m², sendo possíveis de serem utilizadas por famílias pequenas.

Apesar de bonitas, nota-se que a quantidade grande de peles de vidro e cores escuras. Portanto, não seria uma solução adequada para a maioria das zonas bioclimáticas brasileiras.

Porém, com algumas adaptações, seria possível obter bons resultados até mesmo em nosso país.

Casa Sustentável Pré-Fabricada Na Austrália

Esta é uma casa australiana pensada na eficiência energética e o impacto mínimo no meio ambiente. Inspirada nos princípios da permacultura, é auto-suficiente e reduz a pegada de carbono.

As abas horizontais no norte demonstram cuidado com a insolação predominante.

Outros elementos sustentáveis são tanques de água da chuva, fossa séptica e queimador de madeira para o inverno.

Janelas e portas operáveis são estrategicamente posicionadas para ventilação cruzada no verão.

No entanto, o mais importante é que os proprietários são apaixonados pela morada e o estilo de vida que ela promove.

Casa Sustentável Até Para Seu Cachorro!

Se cachorros pudessem falar, eles demonstrariam surpresa com esta casa logo abaixo.

O Studio Schicketanz criou esta estrutura para fornecer abrigo para seus animais. É perceptível que o cliente adorou o resultado…

Apesar de parecer exagerado, a casa possui sim, diversos elementos sustentáveis. Existe uma envoltória eficiente, telhados verdes, refrigeração e até mesmo painéis solares.

E você, gostou do resultado?

Concluindo, uma casa sustentável…

Em conclusão, há muitas maneiras de tornar sua casa mais sustentável e levar um estilo de vida mais ecológico.

Desde a redução do consumo de energia até o uso de produtos sustentáveis ​​e o cultivo de alimentos, existem muitas maneiras simples e eficazes de impactar positivamente o meio ambiente no conforto de sua casa.

Se você estiver interessado em aprender mais sobre vida sustentável e construção verde, considere se inscrever em um de nossos cursos de construção verde ou consultar um de nossos especialistas em construção verde.

Nossos cursos e consultorias podem fornecer o conhecimento e as habilidades necessárias para criar uma casa e um estilo de vida mais sustentáveis.

Portanto, não espere mais – comece a viver de forma sustentável hoje e faça a diferença para as gerações futuras.

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ventilação natural
Eficiência Energética, Qualidade Interna

Utilizando a Ventilação Natural em Edifícios: Um Guia Completo

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Responda rápido:

↪︎ Uma boa ventilação natural garante uma maior saúde em nossos espaços?

A resposta é fácil: sim. Sabemos que o fluxo adequado de ventilação natural nos espaços é essencial para a saúde humana.

Porém, existe uma regra geral para edifícios em climas frios ou quentes de que, quanto mais ventilação, mais energia é necessária para condicionar adequadamente um ambiente.

Isso acontece porque a ventilação leva consigo parte da energia que foi utilizada para aquecer ou diminuir a temperatura de um espaço, necessitando de um maior uso para mantê-lo agradável.

Então quais são os desafios que precisamos combater para obtermos saúde e ao mesmo tempo um projeto energicamente eficiente?

A ventilação natural é uma maneira eficaz e energeticamente eficiente de resfriar e ventilar edifícios, mas muitas vezes é negligenciada em favor de métodos mais tradicionais, como o ar condicionado.

No entanto, os benefícios da ventilação natural são numerosos, incluindo melhor qualidade do ar interno, economia de custos e sustentabilidade.

Este artigo irá explorar os vários tipos de sistemas de ventilação, como eles funcionam, os benefícios da ventilação natural e como projetar e manter um sistema de ventilação.

Discutiremos também suas limitações e como pode ser combinada com a ventilação mecânica.

Se você está interessado em melhorar o ambiente interno de sua casa ou prédio, continue lendo para saber mais sobre os benefícios da ventilação natural.

Vamos lá?

Como funciona a ventilação natural?

A ventilação natural é um método de resfriamento e ventilação de edifícios usando os movimentos naturais do ar, em vez de sistemas mecânicos, como ar condicionado ou ventiladores.

Ele se baseia na diferença de temperatura e pressão entre o interior e o exterior de um edifício para criar um fluxo de ar, o que ajuda a remover o ar velho e quente e trazer ar fresco e fresco.

Existem várias maneiras de obter ventilação em um edifício. Um método padrão é através de janelas e portas, que podem ser abertas para permitir que o ar flua pelo edifício. Outra técnica é usar respiradouros ou outras aberturas nas paredes ou no teto, que permitem a entrada e saída de ar do prédio.

A eficácia da ventilação natural depende de vários fatores, incluindo o tamanho e a localização das aberturas, a direção e a velocidade do vento e a diferença de temperatura entre o interior e o exterior do edifício. Para maximizar a eficiência da ventilação, é essencial considerar cuidadosamente o projeto do edifício e a localização das aberturas.

Um dos principais benefícios da ventilação natural é que ela é energeticamente eficiente, pois não requer sistemas mecânicos para circular o ar. Também pode ajudar a melhorar a qualidade do ar interno, trazendo ar externo fresco e removendo o ar interno viciado.

No entanto, a ventilação natural nem sempre é suficiente para fornecer resfriamento e ventilação adequados em todas as situações. Em climas quentes e úmidos, por exemplo, a ventilação natural pode não ser suficiente para remover o excesso de umidade do ar, e sistemas mecânicos podem ser necessários para complementá-la.

No geral, a ventilação natural é uma maneira simples e eficaz de resfriar e ventilar edifícios e pode ajudar a reduzir os custos de energia e melhorar a qualidade do ar interno.

Ao considerar cuidadosamente o design e a localização das aberturas, é possível aproveitar os movimentos naturais do ar para criar um ambiente interno confortável e saudável.

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Quais são os benefícios da ventilação natural?

São vários os benefícios da utilização da ventilação natural nos edifícios:

  1. Eficiência energética: a ventilação não necessita de sistemas mecânicos para a circulação do ar, sendo uma opção energeticamente mais eficiente.
  2. Economia de custos: por ser energeticamente eficiente, a ventilação pode ajudar a reduzir os custos de energia associados ao resfriamento e ventilação.
  3. Melhor qualidade do ar interno: a ventilação traz ar externo fresco e remove o ar interno viciado, melhorando a qualidade geral do ar dentro do edifício.
  4. Conforto: a ventilação pode ajudar a criar um ambiente interno mais confortável, fornecendo um fluxo constante de ar fresco e fresco.
  5. Sustentabilidade: a ventilação é sustentável, pois não depende do uso de sistemas mecânicos intensivos em energia.
  6. Durabilidade: os sistemas de ventilação não possuem partes móveis, portanto, são menos propensos a quebrar e exigir manutenção.

No geral, a ventilação natural é uma maneira simples e eficaz de resfriar e ventilar edifícios. Ele oferece vários benefícios em eficiência energética, economia de custos, qualidade do ar interno, conforto, sustentabilidade e durabilidade.

Qual a relação entre ventilação natural e saúde?

Existe uma forte relação entre ventilação natural e saúde, pois uma ventilação honesta pode contribuir para a saúde e o bem-estar geral dos ocupantes.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais a ventilação natural pode afetar a saúde:

  1. Melhor qualidade do ar interno: a ventilação traz ar externo fresco e remove o ar interno viciado, melhorando a qualidade geral do ar dentro do edifício. Isso pode ajudar a reduzir o risco de poluição do ar interno e os riscos à saúde associados, como problemas respiratórios e alergias.
  2. Controle de temperatura: a ventilação pode ajudar a manter uma temperatura interna confortável, essencial para a saúde e o bem-estar dos ocupantes do edifício. Edifícios superaquecidos podem levar ao estresse térmico, que pode ter efeitos adversos à saúde, enquanto edifícios mal ventilados podem levar a ar úmido e estagnado, o que também pode ter consequências negativas para a saúde.
  3. Saúde mental: a ventilação pode ajudar a criar um ambiente interno mais agradável e confortável, o que pode afetar positivamente a saúde mental. Um espaço bem ventilado pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar geral.

No geral, a ventilação natural é um aspecto essencial do projeto de construção saudável e pode contribuir para a saúde e o bem-estar geral dos ocupantes.

Ao considerar cuidadosamente o design e a localização das aberturas, é possível aproveitar os movimentos naturais do ar para criar um ambiente interno confortável e saudável.

Como posso melhorar a ventilação natural da minha casa?

Se você deseja melhorar a ventilação natural em sua casa, existem várias etapas que você pode seguir:

  1. Abra janelas e portas: Uma das maneiras mais fáceis de melhorar a ventilação é simplesmente abrir janelas e portas para permitir que o ar fresco flua pela casa. Isso pode ser especialmente eficaz quando o ar externo está mais relaxado do que o interno.
  2. Instale aberturas ou persianas: adicionar aberturas ou persianas às paredes ou telhado de sua casa pode ajudar a aumentar o fluxo de ar para dentro e para fora do edifício. Estes podem ser abertos ou fechados conforme necessário para controlar a quantidade de fluxo de ar.
  3. Use toldos ou saliências: toldos ou saliências acima das janelas podem ajudar a sombrear o interior da casa, reduzindo a necessidade de resfriamento artificial. Eles também podem ajudar a aumentar o fluxo de ar, direcionando o vento para dentro do edifício.
  4. Use uma torre eólica: Uma torre eólica é um eixo vertical projetado para capturar e direcionar o fluxo de ar para dentro de um edifício. Eles podem ser uma maneira eficaz de melhorar a ventilação natural em residências e outras instalações.
  5. Instale um ventilador de teto: um ventilador de teto pode ajudar a circular o ar dentro de uma sala, melhorando a eficácia da ventilação natural.

Ao seguir essas etapas, você pode melhorar a ventilação natural em sua casa e criar um ambiente interno mais confortável e saudável.

É essencial considerar cuidadosamente o projeto e a colocação das aberturas para garantir que sejam eficazes na promoção do fluxo de ar.

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Quais são os diferentes tipos de sistemas de ventilação natural?

Vários tipos diferentes de sistemas de ventilação natural podem ser usados ​​para resfriar e ventilar edifícios:

  1. Ventilação de janela: Esta é a forma mais básica de ventilação natural e envolve simplesmente abrir janelas para permitir que o ar flua através do edifício.
  2. Ventilação de portas: como a ventilação de janelas, isso envolve a abertura de portas para permitir que o ar flua pelo edifício.
  3. ventilação são poços verticais projetados para capturar e direcionar o fluxo de ar para dentro de um edifício. Eles podem ser uma maneira eficaz de melhorar a ventilação em residências e outras instalações.
  4. Louvers: Louvers são ripas ajustáveis ​​que controlam o fluxo de ar para dentro e para fora de um edifício. Eles podem ser abertos ou fechados conforme necessário para controlar a quantidade de fluxo de ar.
  5. Toldos e saliências: são usados ​​para sombrear o interior de um edifício e também podem ajudar a aumentar o fluxo de ar, direcionando o vento para dentro do edifício.
  6. Ventiladores de teto: Embora não seja um sistema de ventilação tradicional, os ventiladores de teto podem ajudar a circular o ar dentro de uma sala, melhorando a eficácia da ventilação natural.

Em geral, muitos tipos diferentes de sistemas de ventilação natural podem ser usados ​​para resfriar e ventilar edifícios, e a melhor opção dependerá das necessidades e características específicas do edifício.

A ventilação natural pode reduzir os custos de energia?

Um dos principais benefícios da ventilação natural é que ela é energeticamente eficiente, pois não requer sistemas mecânicos para circular o ar.uso da ventilação pode ajudar a reduzir os custos de energia de várias maneiras:

  1. Redução do consumo de energia: como a ventilação natural não depende de sistemas mecânicos, ela consome menos energia do que outros métodos de resfriamento e ventilação.
  2. Custos operacionais mais baixos: os sistemas de ventilação natural não possuem partes móveis, portanto, são menos propensos a quebrar e exigir manutenção. Isso pode ajudar a reduzir os custos operacionais ao longo do tempo.
  3. Necessidade reduzida de ar condicionado: Em muitos casos, a ventilação natural pode fornecer refrigeração e ventilação suficientes, reduzindo a necessidade de ar condicionado. Isso pode ajudar a reduzir ainda mais os custos de energia.

No geral, a ventilação natural é uma maneira simples e eficaz de resfriar e ventilar edifícios e pode ajudar a reduzir os custos de energia e melhorar a qualidade do ar interno.

Ao considerar cuidadosamente o design e a localização das aberturas, é possível aproveitar os movimentos naturais do ar para criar um ambiente interno confortável e saudável.

Quais são as limitações da ventilação natural?

A ventilação natural é uma maneira simples e eficaz de resfriar e ventilar edifícios, mas nem sempre é suficiente para fornecer resfriamento e ventilação adequados em todas as situações. Aqui estão algumas limitações da ventilação natural:

  1. Dependência do clima: a ventilação depende dos movimentos naturais do ar, que são influenciados pela temperatura. Em dias sem vento ou com alta umidade, a ventilação natural pode não ser suficiente para fornecer resfriamento e ventilação adequados.
  2. Controle limitado: Com a ventilação, não é fácil controlar a quantidade de fluxo de ar e a temperatura do ar que entra. Isso pode dificultar a manutenção de uma temperatura interna consistente e levar a condições desconfortáveis.
  3. Incapacidade de remover poluentes: a ventilação pode ajudar a melhorar a qualidade do ar interno, trazendo ar externo fresco, mas nem sempre é suficiente para remover contaminantes, como fumaça de tabaco ou vapores químicos.
  4. Uso limitado em determinados climas: a ventilação pode não ser eficaz em ambientes específicos, como regiões quentes e úmidas onde o ar externo não é muito mais relaxado do que o interno. Nesses casos, ventilação mecânica ou ar condicionado podem ser necessários para fornecer resfriamento e ventilação adequados.

No geral, embora a ventilação natural seja uma maneira simples e eficaz de resfriar e ventilar edifícios, ela tem limitações e pode não ser adequada em todas as situações.

É essencial considerar cuidadosamente as necessidades e características específicas de uma edificação ao decidir se a ventilação natural é a melhor opção.

Como a ventilação natural afeta a qualidade do ar interno?

Um dos principais benefícios da ventilação natural é que ela pode ajudar a melhorar a qualidade do ar interno, trazendo ar externo fresco e removendo o ar interno viciado.

Isso pode ajudar a reduzir o risco de poluição do ar interno, que pode afetar negativamente a saúde dos ocupantes do edifício.

No entanto, a ventilação natural nem sempre é suficiente para remover todos os poluentes do ar. Nos casos em que o ar interior está fortemente contaminado, como num edifício com níveis elevados de fumo de tabaco ou vapores químicos, podem ser necessárias medidas adicionais para melhorar a qualidade do ar.

No geral, a ventilação natural é uma maneira simples e eficaz de melhorar a qualidade do ar interno, trazendo ar externo fresco e removendo o ar interno viciado.

Ao considerar cuidadosamente o design e a localização das aberturas, é possível aproveitar os movimentos naturais do ar para criar um ambiente interno confortável e saudável.

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A ventilação natural pode ser usada em combinação com a ventilação mecânica?

Em alguns casos, a ventilação natural pode não fornecer resfriamento e ventilação adequados. Pode ser necessário usar ventilação mecânica e natural para atingir o nível desejado de fluxo de ar.

Isso geralmente ocorre em edifícios com altas taxas de ocupação ou em climas quentes e úmidos, onde a ventilação natural pode não ser suficiente para remover o excesso de umidade do ar.

Os sistemas de ventilação mecânica podem complementar a ventilação natural e fornecer um fluxo de ar fresco consistente para o edifício. Eles também podem ser usados ​​para controlar a temperatura e a umidade do ar interno.

No geral, a ventilação natural e mecânica podem ser usadas juntas para criar um ambiente interno confortável e saudável nos edifícios.

Ao considerar cuidadosamente as necessidades e características específicas do edifício, é possível projetar um sistema de ventilação que aproveite os pontos fortes da ventilação natural e mecânica.

Ventilação natural: um problema difícil de ser tratado em algumas regiões

Um estudo realizado em Harvard indica que edifícios verdes oferecem uma maior taxa de renovação de ar e por consequência, um menor nível de CO2 nos espaços.

As funções cognitivas tornam-se superiores quando os níveis de CO2 são reduzidos. Os itens que mais se destacam estão:

  • Atividades de nível básico.
  • Resposta a crise.
  • Uso da Informação.
  • Atividades estratégicas.

Mesmo com este nível de consciência, muitos sistemas mecânicos falham em fornecer ar fresco com uma taxa de renovação do ar adequada para seus ocupantes.

Quais são os principais problemas encontrados?

Questão da Ventilação Natural #1: Descaso com a ventilação natural na fase de projeto.

Nós, como arquitetos, muitas vezes pensamos em nossas fachadas como um objeto contemplativo para fotos bonitas. Intensa utilização de vidro, pouco sombreamento e aberturas que não são projetadas para uma entrada e saída de ar efetiva pelos conceitos já conhecidos da ventilação cruzada e efeito chaminé.

É importante compreendermos este potencial, e a melhor forma de fazermos isto é observarmos o clima:

  • Quais são as direções que agem os ventos predominantes?
  • Quantas horas do ano podemos utilizar a ventilação natural em uma temperatura adequada?
  • Quais são as principais estratégias bioclimáticas indicadas?

Informações deste tipo podem ser encontradas facilmente no Brasil no site do Projeteee, e é certamente um bom lugar para começarmos.

A segunda questão é que a ventilação natural está extremamente ligada com a iluminação natural.

Portanto, podemos verificar desde os projetos conceituais se são possíveis plantas-tipo com orientação adequada e menor profundidade (máximo entre 7,5 – 8m). Desta forma podemos obter uma planta mais eficiente a nível de iluminação e ventilação.

Caso seja possível, o próximo passo é avaliarmos a viabilidade. Podemos utilizar ventilação natural, ventilação mecânica ou um modo misto?

Esta análise é extremamente importante e não podemos avaliá-la de modo pontual, apenas considerando o presente. Ambientes estão em constante transformação e podem afetar também nossos espaços. Alguns dos aspectos em destaque são:

Poluição

É um aspecto que pode prejudicar drasticamente uma estratégia de ventilação natural. Em certas regiões do mundo, como diversas cidades da China, simplesmente não podemos contar com ventilação natural dentro dos edifícios sem um sistema de filtragem.

A poluição pode ainda ser variável durante o dia tanto a nível de intensidade quanto de poluentes químicos predominantes, dificultando uma estratégia assertiva de ventilação natural para mitigar estes efeitos.

Pode ainda afetar mais certas orientações, como algumas vias de trânsito intenso, ou mesmo certas alturas. Tende a permanecer em alturas mais baixas, então edificações altas podem usufruir do benefício da ventilação natural sem ser tão afetada.

Uma questão social relevante é que a baixa qualidade do ar muitas vezes está ligada a regiões com baixo poder aquisitivo, pois tentem estar próximos a fábricas ou rodovias. Nestes casos, dificilmente podemos contar com a ventilação natural sem algum tipo de controle rigoroso ou um partido de projeto mais apurado.

Já para ambientes onde a poluição é amena, uma forma de diminuir este impacto é a utilização de paredes verdes, que funcionam como um sistema de filtragem natural dos poluentes.

Acústica

É claro que, abrindo nossas janelas, teremos interferências acústicas que podem afetar bastante os usuários dependendo de onde sua edificação esteja localizada.

Usuários de escritórios com plantas abertas sofrem ainda mais, por este motivo é recomendável seguir boas práticas para controle de reverberação e transmissão sonora dos espaços.

Mudanças climáticas

Outra questão de grande relevância. Um sistema de ventilação natural pode ser adequado hoje, mas pode não ser amanhã, de forma que as temperaturas tendem a ficar mais altas.

Resiliência Urbana

Outra questão muito importante: caso uma cidade sofra por falta de energia, edificações que possuam um sistema de ventilação natural continuam funcionando de maneira eficaz, ao contrário de edificações que confiam totalmente em sistemas mecânicos.

ventilação natural

Questão da Ventilação Natural #2:Falta de previsibilidade

Outro problema da ventilação natural é que ela não é totalmente previsível.

Como analistas de edificações, sabemos que uma das questões mais difíceis de serem avaliadas em uma simulação são as questões de conforto térmico. Dependendo do clima ou do tipo de edificação – como aquelas com muito vidro, por exemplo – existe dificuldade em analisarmos com precisão se uma estratégia é efetiva pelos softwares atuais.

Somando estes fatores com a ventilação natural, que muda de intensidade, sentido e temperatura durante o dia e no decorrer do ano, esta análise torna-se ainda mais difícil de ser realizada com precisão.

Alguns profissionais podem até dizer que a ventilação natural não funciona para edifícios de escritórios, mas a verdade é que eles ainda não conseguem compreendê-la totalmente. É por este motivo que muitos preferem trabalhar em ambientes totalmente previsível e controlável pela ventilação mecânica.

Questão da Ventilação Natural #3: Estratégia Passiva ou Ativa?

Apesar de ser chamado de sistema passivo, a verdade é que uma fachada com ventilação natural acaba sendo uma envoltória ativa, afinal, atribui aos ocupantes da edificação o controle do seu conforto.

E se existe o controle humano, também existe o erro humano.

Sim, existem diversos pesadelos que ocupantes de uma edificação podem enfrentar por não haver um controle adequado nos sistemas da edificação.

Caso os usuários não saibam o que fazer enquanto os sistemas de automação são utilizados, por exemplo, pode haver um aumento desnecessário no consumo de energia.

Para combater estes problemas, uma estratégia eficiente e cada vez mais acessível são os sensores de ocupação com luzes que indicam quando os níveis de CO2 estejam baixos, alertando os usuários para a abertura das janelas.

Ainda assim, os ocupantes podem simplesmente esquecer de abrir a janela. Por este motivo, é imprescindível a educação dos usuários no controle dos seus espaços.

ventilação natural

Questão da Ventilação Natural #4: Custo da ventilaão natural e mecânica

Muitos empresários não gostarão da ideia de pagarem por uma edificação ventilada mecanicamente em conjunto com um sistema de ventilação natural. Parecerá um custo desnecessário.

Até porque as cargas térmicas da edificação são dimensionadas conforme as piores horas – quando estará bastante quente/frio e não podemos confiar na ventilação natural – não gerando economia significativa no sistema de ar condicionado.

É por este motivo que muitos optam em apenas manter o ambiente controlado pela ventilação mecânica, com a vantagem de não ter que lidar com a poluição que a ventilação natural poderá trazer.

Os custos adicionais que uma edificação de uso misto terá são uma modelagem de CFD, controles como sensores de ocupação e atenuadores de vento, janelas operáveis e também um partido arquitetônico que usufrua deste sistema, com plantas de menor largura conforme dito anteriormente.

Mas existem grandes vantagens: menos equipamentos serão necessários caso a edificação possa usufruir de ventilação natural o ano todo. Haverá ainda uma sinergia com outros sistemas, como a iluminação natural e vistas de qualidade.

Outro fator que pode contribuir positivamente é o uso de economizadores, levando um pouco de ventilação natural em uma edificação ventilada mecanicamente. Podemos obter uma boa economia de energia quando a ventilação natural é utilizada de forma eficiente em conjunto com a mecânica.

Questão da Ventilação Natural #5: Calor e Umidade

É um conceito bastante simples: se possuímos 32oC em um ambiente externo, a ventilação natural irá levar 32oC para dentro da edificação. Por este motivo a ventilação natural será difícil de ser utilizada o ano todo em edificações.

Uma estratégia que pode ser adotada é resfriamento evaporativo, resfriando o ar pelo aumento da sua umidade. Porém, em climas climas quentes e já úmidos, como na amazonia, esta ação não se torna possível.

Outra possibilidade interessante é o uso de árvores ou mesmo de paredes verdes entre a edificação e os ventos predominantes. Estes elementos tendem a diminuir a temperatura do ar antes que este adentre a edificação.

Como projetar um sistema de ventilação natural?

Projetar um sistema de ventilação natural envolve considerar vários fatores, incluindo o tamanho e layout do espaço, o clima em que o edifício está localizado e o nível desejado de qualidade do ar interno.

Aqui estão algumas etapas que você pode seguir para projetar um sistema de ventilação natural:

  1. Determine o tamanho e a disposição do espaço a ser ventilado: A ventilação natural depende do movimento do ar pela edificação, por isso é essencial considerar o tamanho da área e sua layout. Grandes espaços abertos, como armazéns ou fábricas, podem exigir aberturas de ventilação maiores do que espaços menores e mais fechados.
  2. Considere o clima: O clima em que o edifício está localizado também afetará o projeto do sistema de ventilação natural. Pode ser necessário incorporar mais aberturas de ventilação em climas quentes para permitir um excelente fluxo de ar externo. Em temperaturas mais baixas, pode ser necessário incluir isolamento e outras medidas para evitar a perda de calor pelas aberturas de ventilação.
  3. Determine o nível desejado de qualidade do ar interno: A ventilação natural visa melhorar a qualidade do ar interno, introduzindo ar externo fresco no espaço. Para determinar o nível adequado de ventilação, considere fatores como o número de ocupantes na área, o tipo de atividades realizadas e a presença de possíveis poluentes.
  4. Escolha o tipo de sistema de ventilação: Existem vários sistemas de ventilação natural, incluindo ventilação acionada pelo vento, ventilação chaminé e ventilação cruzada natural. O método mais adequado dependerá do tamanho e layout do espaço, do clima e do nível desejado de qualidade do ar interno.
  5. Projetar as aberturas de ventilação: O projeto dependerá do sistema de ventilação utilizado. Por exemplo, a ventilação impulsionada pelo vento pode exigir espaços maiores no lado de barlavento do edifício, enquanto a ventilação chaminé pode exigir portas mais altas no topo do edifício. É essencial considerar a direção do vento e a localização das aberturas para garantir um fluxo de ar adequado pela edificação.
  6. Considere outros fatores: Existem vários outros fatores a serem considerados ao projetar um sistema de ventilação natural, incluindo o impacto na eficiência energética, o potencial de ruído ou correntes de ar e a necessidade de controles ou amortecedores para regular o fluxo de ar.

Ao considerar esses fatores e seguir essas etapas, você pode projetar um sistema de ventilação natural eficaz que melhore a qualidade do ar interno e ajude a manter seu edifício confortável e saudável.

Como faço para calcular a taxa de ventilação para ventilação natural?

Calcular a taxa de ventilação para ventilação natural é essencial para garantir que um edifício receba ar fresco suficiente para manter um ambiente interno saudável e confortável.

Vários fatores podem afetar a taxa de ventilação, incluindo o tamanho do edifício, o número de pessoas que ocupam o edifício e o nível de poluição do ar interno.

Para calcular a taxa de ventilação para ventilação natural, você precisará determinar o seguinte:

  1. O volume do edifício: Este é o volume total de ar que precisa ser ventilado no edifício. Pode ser calculado multiplicando o comprimento, a largura e a altura do edifício.
  2. A taxa de ventilação: Esta é a quantidade de ar fresco que precisa ser trazida para dentro do prédio por unidade de tempo. Geralmente é medido em pés cúbicos por minuto (cfm).
  3. A taxa de ocupação é o número de pessoas que ocupam o edifício a qualquer momento. A taxa de ventilação precisará ser maior em instalações com taxas de ocupação mais altas.

Para calcular a taxa de ventilação, use a seguinte fórmula:

Taxa de ventilação (cfm) = (volume do edifício (pés cúbicos) / 60 minutos) / taxa de ocupação (pessoas)

Por exemplo, se o edifício tiver um volume de 10.000 pés cúbicos e uma ocupação taxa de ventilação de 50 pessoas, a taxa de ventilação seria:

Taxa de ventilação (cfm) = (10.000 pés cúbicos / 60 minutos) / 50 pessoas = 166,67 cfm

É importante observar que esta é apenas uma diretriz geral e a taxa de ventilação real pode precisam ser ajustados com base em fatores específicos, como o nível de poluição do ar interno, o clima e as necessidades dos ocupantes do edifício.

Conclusão sobre ventilação natural

Em conclusão, a ventilação natural é uma maneira simples e eficaz de resfriar e ventilar edifícios, e traz inúmeros benefícios, incluindo melhor qualidade do ar interno, economia de custos e sustentabilidade.

Embora não seja adequado para todas as situações, é uma consideração essencial para quem procura criar um ambiente interior saudável e energeticamente eficiente.

Se você estiver interessado em aprender mais sobre ventilação natural e outras técnicas de construção verde, considere consultar um especialista em construção verde ou se inscrever em um curso de construção verde.

A ventilação natural é essencial para a saúde dos seres humanos. Uma taxa superior de ventilação garante uma melhoria drástica nas funções cognitivas, porém, é necessário uma análise criteriosa para que os objetivos sejam atingidos com eficiência.

Portanto, simulações computacionais são imprescindíveis e devem ser encaradas como um processo natural do fluxo de projeto de arquitetos e consultores.

E você, está pronto para mudar este paradigma?

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Fontes:

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conforto térmico
Qualidade Interna

Estratégias Fundamentais do Conforto Térmico

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Cada vez mais arquitetos buscam relacionar espaço e meio ambiente, na procura de atender exigências técnicas e proporcionar qualidade de vida para os ocupantes de uma edificação.

É neste contexto que entra o conforto térmico, onde o bem estar é proporcionado pelo equilíbrio humano em relação as interpéries.

Mas como compreender este fenômeno e utilizar os conceitos de forma assertiva em nossos espaços?

É o que você aprenderá neste artigo.

Mas primeiro, precisamos compreender…

A Relação do Conforto Térmico e Nosso Organismo

É importante dizer que o conforto térmico é um estado. Um organismo está termicamente confortável quando está em estado de equilíbrio com o meio que o envolve.

Caso a temperatura não esteja adequada, o corpo apela para à termorregulação para estabilizar a temperatura corporal.

Portanto, um indivíduo experimenta a sensação de conforto térmico quando seu corpo não necessita recorrer a nenhum mecanismo de termorregulação.

Assegurar o conforto térmico em nossos ambientes seria fácil caso fossemos todos iguais…mas como você sabe, não somos.

Possuímos metabolismos diferentes, utilizamos roupas variadas e até mesmo passamos por estados mentais distintos durante horas do dia. Por estes motivos o conforto térmico não pode ser definido com exatidão, sendo necessário o encontro de um denominador comum.

Conforto x Performance Humana

Falando de forma mais prática, qualquer um que tenha tentado trabalhar quando está muito quente ou frio sabe o quanto o conforto térmico afeta nossa produtividade.

Estudos importantes, como o da REHVA Scientific, demonstram que, quanto maior o nível de desconforto em nossos ambientes, menos iremos produzir.

Já parou para pensar que existem empresas que podem estar sendo afetadas em 30% da sua produtividade em determinados dias do ano?

Por desconhecer os malefícios que temperaturas inadequadas podem infringir aos seus funcionários muitas empresas jogam dinheiro no lixo diariamente.

É justamente aqui que encontra-se uma grande oportunidade de atuação para arquitetos ou consultores: na elaboração de projetos de maior conforto térmico, garantindo um bem estar dos ocupantes de edificações.

Mas como atuar?

Estratégias Arquitetônicas

Para proporcionar conforto térmico em uma edificação é necessário fazer uso dos estudos da geometria solar, do fluxo dos ventos e dos dados climáticos da região.

Adequar a arquitetura e seus elementos de acordo com os estudos aplicados, estabelecer posicionamento dos ambientes, elementos de fachadas, e matérias que permitem a troca gasosa e térmica dos ambientes são algumas das estratégias.

Dentre os elementos que podemos utilizar, existem alguns bem conhecidos pela arquitetura brasileira como os brises, cobogós e venezianas.

Outros ótimos materiais para se trabalhar são o tijolo de adobe e a madeira, ou mesmo a adoção de técnicas bioarquitetônicas, como a Taipa de Pilão.

A ASHRAE 55 – Conforto Térmico Ambiental para Ocupação Humana

Para obtermos um critério de Conforto Térmico em edificações existem algumas normas que foram desenvolvidas. A mais famosa é a ASHRAE 55, definida pela Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (ASHRAE).

A primeira publicação ocorreu em 1966, delineando condições aceitáveis de conforto térmico em ambientes internos. É atualizada de tempos em tempos, e a última atualização ocorreu em 2017.

Como é o critério de análise?

O PMV (Voto Médio Estimado)

Para o desenvolvimento de uma simulação de conforto térmico, a norma determina o uso do PMV (Predicted Mean Vote, ou Voto Médio Estimado).

Considera-se o valor médio de um grupo de pessoas em um determinado ambiente para a determinação do fator de conforto térmico, levando em consideração uma escala de 7 sensações térmicas. Ela vai de -3 a +3, sendo:

O objetivo de uma simulação de conforto é manter os ambientes internos dentro do nível de conforto entre -0.5 e +0.5.

Isso quer dizer que a sensação térmica não pode ultrapassar “metade” da sensação de “ligeiramente frio” ou “ligeiramente calor” para aproximadamente 9% dos ocupantes da edificação em 98% dos horários em que esta estiver ocupada.

O gráfico abaixo ilustra esta situação, sendo o azul o parâmetro de conforto.

Critérios de Análise

Quais critérios são levados em conta em uma simulação de conforto térmico? Entre eles estão:

  • Temperatura de bulbo seco
  • Temperatura radiante média
  • Umidade relativa
  • Velocidade do ar
  • Valor da roupa de cada pessoa
  • Taxa metabólica de cada pessoa

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Os primeiros parâmetros são determinados pelo software de simulação — como por exemplo o EnergyPlus — utilizando os arquivos climáticos de uma região.

Já o valor da roupa é calculado dinamicamente, utilizando a fórmula da ASHRAE baseada na temperatura do ar externo às 6h em todos os dias do ano, conforme vemos abaixo.

Projetos Mais Consistentes pelo Conforto Térmico

Empregar diretrizes de conforto térmico pode contribuir muito para a saúde dos indivíduos e a salubridade dos ambientes.

Sob a ótica da saúde, um ambiente termicamente confortável previne doenças respiratórias, dermatológicas e cognitivas.

Através dos recursos arquitetônicos utilizados para a termorregulação do ambiente pode-se obter uma maior qualidade do ar e temperaturas que evitam na proliferação de fungos.

Vários estudos comprovam a importância de um ambiente termicamente confortável para o desempenho cognitivo, contribuindo para a aprendizagem em ambientes escolares e produção em ambientes profissionais. É também muito importante no ambiente hospitalar, solidarizando no quadro de melhora dos pacientes internados.

O conforto térmico é uma atribuição incrível para um projeto, pois pode ser proporcionado por meio da radiação solar e das correntes de ar, que são fontes gratuitas, naturais e renováveis. Comprova o compromisso dos arquitetos com projetos eficientes, garantindo satisfação e bem estar a seus clientes.

Você está disposto a começar?

Referências

Batiz, E. C.; Goedert, J.; Morsch, J. J.; Kasmirski-Jr, P.; Venske, R. AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO NO APRENDIZADO: Estudo de Caso Sobre Influência na Atenção e Memória. Produção, v. 19, n. 3, set./dez. 2009, p. 477-488

Frota, A. B.; Schiffer, S. R. MANUAL DO CONFORTO TÉRMICO. São Paulo: Ed.Studio Nobel, 2003.
Sorgato, M.J. DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS E UNIFAMILIARES VENTILADAS NATURALMENTE. Florianópolis, 2009.

www.ashrae.org/technical-resources/bookstore/standard-55-thermal-environmental-conditions-for-human-occupancy

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cobogó
Eficiência Energética, Qualidade Interna

Construções Sustentáveis: A Importância do Cobogó

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No mundo da arquitetura existem diversos elementos construtivos que, quando bem utilizados, podem tornar ambientes muito mais belos, confortáveis e funcionais. Um deles é certamente o Cobogó.

Mas o que é um cobogó e o que é possível ser feito com ele?

Leia o artigo para aprender. Mas antes…

Os Cobogós na História

O Cobogó é um elemento construtivo brasileiro, criado na década de 1920. Seu nome é batizado com as primeiras sílabas dos sobrenomes de seus criadores, Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis.

Foi criado em Recife, com o intuito de manter a ventilação natural através dos planos de parede – uma solução encontrada para auxiliar na termo regulação dos ambientes perante o calor Nordestino.

Em alguns lugares do Nordeste Brasileiro o nome cobogó sofreu variações interessantes. Alguns exemplos são comogócomogol, comungó, combobó e combogó.

Sua criação baseou-se nos Muxarabis, elementos arquitetônicos oriundos da arquitetura árabe, que permitem a ventilação e preservam a privacidade familiar.

Constitui-se em um elemento vazado, criado primeiramente em concreto e que teve sua difusão em diversos materiais como cerâmica, cimento, vidro, acrílico, PVC, resina e madeira.

cobogo

Porque o cobogó é importante

Usar cobogós é um recurso muito utilizado em estratégias que conferem maior eficiência bioclimática. A função principal é dividir ambientes e permitirem a entrada da luz natural e ventilação. A beleza do elemento é inegável nas áreas externas.

Seu uso proporciona a racionalização da construção, elencando ventilação, iluminação e controle solar como agentes de qualidade e conforto ambiental.

Empregando-o de forma adequada nos ambientes, eleva o índice de qualidade do ar através da troca constante. É recomendável para criar ambientes salubres e reduz gastos energéticos, com redução no uso da climatização artificial.

Quanto à iluminação, o uso de cobogós torna-se um ótimo dispositivo, protegendo a edificação contra a incidência direta dos raios solares, os direcionando e redistribuindo pelo ambiente.

A escolha deste elemento contribui com a uniformidade luminosa de acordo com a orientação solar em que é empregada, equilibrando a distribuição de luminâncias em superfícies internas.

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Como utilizar um Cobogó?

Um cobogó pode ser utilizado em praticamente qualquer tipo de construção, seja residencial, comercial e até mesmo industrial.

Popularizado pelo modernismo nas décadas de 1950 e 1960, foi empregado em várias obras de grandes nomes da arquitetura moderna como o arquiteto Lúcio Costa. Inicialmente utilizados na composição de divisões internas e posteriormente na composição de fachadas ventiladas.

Existem diversas formas criativas para se utilizar um cobogó. O mais usual é na divisão de ambientes externos e internos, mas outras possibilidades podem ser utilizadas. A separação de ambientes internos é uma destas formas, ou mesmo a divisão entre mesmos ambientes, gerando áreas mais íntimas por meio do bloqueio visual.

O custo de uma peça de cobogó é bastante variável. Podemos encontrar modelos mais simples de até R$1,50 no valor unitário chegando até R$90,00 nos modelos com um design diferenciado e maior qualidade de acabamento. Os tamanhos também variam, partindo as 19x19cm chegando até 40x40cm.

Em relação ao acabamento, podemos encontrar desde modelos rústicos em cerâmica crua, até peças esmaltadas ou acetinadas. Destaque para os Ecoblocos, que podem ser encontrados na faixa de R$17 e que possuem em seu processo de fabricação menos emissões. Para saber mais sobre o processo de fabricação ecológica de blocos ecológicos, leia este artigo.

É necessário um cálculo minucioso quando aplicado em planos com altura superior a 3 metros. Uma parede de cobogó não deve substituir qualquer parede de alvenaria, pois não é indicado em caso de grandes cargas de compressão.

Normas Técnicas Relacionadas à Cobogós

  • NBR 05712, que trata de blocos vazados modulares de concreto.
  • NBR 07173, que orienta no uso de blocos de concreto simples sem função estrutural.
  • NBR 07184, que fornece parâmetros para determinar a resistência e compressão.

O sucesso do cobogó também depende da orientação solar e das correntes de ar. Para orientar o desempenho térmico e a iluminância dos ambientes, contamos com as normas:

  • NBR 15220, que fornece instruções para análises térmicas em fachadas ventiladas
  • NBR 8995, que informa níveis mínimos de iluminação de acordo com a atividade e função do ambiente.

Grandes Exemplos de Cobogó

Casa Cobogó, por Márcio Kogan

casa cobogo

Residência Los Algarrobos / MasFernandez Arquitectos + Claudio Tapia

cobogó

Em meio aos cheios e vazios, entre paginação e composição, uma parede de cobogós concebe formas e gera plasticidade. Além da diversidade dos materiais é imensa a variedade de cores e formas, sendo possível brincar com a criatividade empregando personalidade em seu projeto.

Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), por Oscar Niemeyer:

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A Relação do Cobogó com o Clima

Como cobogós são elementos de controle solar, age filtrando a incidência da radiação e correntes de ar. Entendendo isso, deve-se atentar para a região e o clima onde se pretende trabalhar com esses elementos.

Pode ser utilizado como uma excelente estratégia bioclimática para regiões com climas equatoriais, tropicais e subtropicais. É muito útil na resolução de problemas termo-higroscópicos.

Em climas frios, onde se admite a insolação, ou secos, onde a qualidade do ar é imprópria, não se recomenda a aplicação em fachadas, pois considerando os condicionantes, o cobogó pode tornar-se um adversário.

Deve-se tomar cuidado com a aplicação de cobogós de formas duvidosas e principalmente cobogós em vidro. Apesar de parecerem interessantes à primeira vista, podem não cumprir seu papel de gerar ventilação e ao mesmo tempo sombreamento. Logo, pode gerar mais iluminação do que o necessário, comprometendo o conforto lumínico e até mesmo térmico da edificação.

Alguns Usos Para o Cobogó

Os cobogós podem ser utilizados para praticamente qualquer tipo de superfície. Porém, estas são as aplicações mais comuns:

  • Fachadas: É o modo de uso mais tradicional. Se implementado da forma certa, é obtido o misto de ventilação natural e iluminação no ambiente.
  • Hall de Entrada em Casas ou Escritórios: permite transparência e uma boa transição visual do ambiente público para o privado.
  • Muros: é aplicável em perímetros menos extensos em regiões mais tranquilas, gerando um visual diferenciado.
  • Banheiros: geralmente aplicável em box de banheiros. Porém, deve se tomar cuidado para não ocasionar vazamentos para o piso do banheiro.
  • Cozinhas: geralmente utilizadas em bancadas ou transições entre espaços.
  • Quartos: permite a transição entre uma áreas mais íntimas. Abaixo um exemplo aplicado pela arquiteta Flávia Kloss de Curitiba:

Cuidados Com o Cobogó

Projetar com cobogós requerem cuidados bastante especiais. Veja alguns abaixo:

  • Certos modelos de cobogó podem acumular poeira e até mesmo mofo. Portanto, realize limpezas periódicas tanto internamente quanto na parte externa.
  • Em climas frios, o cuidado com o uso do elemento deve ser maior. É provável que o elemento não obtenha o resultado esperado nestes climas.
  • Como os cobogós reduzem a luminosidade, o posicionamento correto é crucial. Em alguns casos podemos optar por vazios maiores, mantendo o conceito e aumentando a taxa de iluminação.
  • No caso do uso de cobogós para proteger equipamentos, é necessário deixar espaços para o acesso a manutenção.
  • No caso de uma reutilização, é necessário a remoção com extremo cuidado. Muitas peças são frágeis e podem sofrer ruptura quando desconectadas da argamassa.

Cobogó: Um Triunfo da Arquitetura Sustentável

Entendemos que o cobogó é um grande triunfo das edificações sustentáveis e da arquitetura brasileira. É um ótimo aliado nas regiões quentes com presença de umidade e fortalece inclusive o design de interiores.

Compreendemos que quando bem empregado, torna-se um avanço nas estratégias bioclimáticas. Sua participação em um projeto é a prova do uso racional nas tecnologias construtivas.

Emprega beleza, plasticidade e controle de recursos naturais, distribuindo luz do sol e permitindo a circulação do ar.

Sua competência é comprovada por grandes nomes da arquitetura, capaz de garantir sucesso na qualidade espacial e no conforto ambiental. É um fenômeno arquitetônico tipicamente brasileiro.

Referências

Araújo, M. R.; Gonçalves, V.; Cabús, R. ANÁLISE DA LUZ NATURAL A PARTIR DE ELEMENTOS VAZADOS. IX Encontro Nacional e V Latino Americano de Conforto no Ambiente Construído, Ouro Preto, p. 96-102. 2007.

Marçal, V. G.; Soares, G. B. N.; Souza, H. A. ANÁLISE DE ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS: Cobogós e Fachadas Ventiladas. XII Encontro Nacional e VIII Latino Americano de Conforto no Ambiente Construído, Brasília, p. 02-10. 2013.

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Arquitetura de Alta Performance, Eficiência Energética, Qualidade Interna

Batalha Energética: Parede x Pele de Vidro

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Conhecer as possibilidades para a eficiência energética de uma edificação com pele de vidro é muito importante para qualquer profissional da construção civil, não necessitando ser algo restrito apenas para consultores.

É importante que arquitetos tenham a consciência dos parâmetros que elevam o desempenho de edificações para que eles possam contribuir com o máximo de eficiência e não descubram grandes oportunidades tarde demais.

Se você acompanhou nosso último artigo, já sabe da importância dos vidros na arquitetura e seus principais índices de performance. Sabe também que edifícios aparentemente idênticos em sua forma podem possuir níveis de consumo energético extremamente diferentes.

Agora nós vamos mais a fundo, mais precisamente compreendendo o PAF (Percentual de Abertura de Fachada) em uma edificação e a sua relação com os vidros. Vamos descobrir:

  • Qual é a importância do PAF?
  • De quais fachadas geralmente podemos extrair os maiores benefícios?
  • Qual a reação dos fechamentos de acordo com a eficiência dos vidros utilizados?

O que é PAF?

PAF é conhecido também como o Percentual de Abertura de Fachada, ou WWR (Window to Wall Ratio) em outros países. É obtido pela divisão da área de vidro pela área total de uma fachada. Se possuímos 2,00m² em uma fachada de 10,00m², possuímos um PAF de 20%. Se a área fosse 4,00m², seria 40%, e assim por diante.

O conceito do PAF é importante porque as janelas são geralmente o elo mais fraco quando falamos em eficiência energética em edificações no mundo todo.

Uma avaliação dessas proporções geralmente servem como um bom parâmetro inicial de projeto e podem ser extremamente benéficas para a eficiência energética de uma edificação.

modelo de simulacao energetica

O Modelo Utilizado para Simulação

O modelo que iremos utilizar será exatamente o mesmo utilizado no artigo passado: uma edificação de escritórios genérica em Curitiba, toda em vidro, de 30×30 metros, com 15 pavimentos de 3,60m de altura, posicionada 90° em relação ao norte.

Lembrando que os valores obtidos pelo Energyplus são apenas uma noção de grandeza, pois não foram considerados tratamentos de sombreamento, ajustes no uso da edificação, taxas de infiltração, nem transmitâncias precisas em elementos da edificação como paredes internas, pisos e cobertura.

A análise será realizada considerando 3 passos:

  • A melhor orientação da edificação.
  • A avaliação de quais fachadas serão as mais impactadas em uma edificação com vidros com SHGC de 0,8 e Valor U de 5,6.
  • A mesma avaliação anterior, apenas alterando o SHGC dos vidros para 0,25;

Round 1: A Melhor Orientação

orientacao edificacao

Como estamos avaliando uma caixa simples, sem considerações sobre condicionantes como edifícios vizinhos, sombreamentos, e possuímos o mesmo tratamento nos vidros em todas as fachadas, a edificação não apresentou grandes diferenças na economia energética com a mudança de orientação.

No entanto, esta relação será extremamente importante em qualquer caso real, então fica o alerta.

Mas aqui, considerando o melhor caso, em que rotacionamos a edificação 100° no sentido anti-horário, significa que podemos obter uma redução de 0,5% no consumo anual da edificação com pele de vidro.

Por este motivo mantivemos a orientação 90° em relação ao norte para facilitar o critério de análise.

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Round 2: Análise de PAF em cada fachada – SHGC 0,8 e Fator U de 5,6

shgc

Avaliar as proporções em cada fachada com pele de vidro é uma análise criteriosa que deve ser realizada com cuidado, pois os impactos energéticos podem ser imensos.

Nesta análise, consideramos sempre 3 fachadas totalmente em vidro e para a última fachada realizamos diversas simulações no Energyplus para obter curvas de análise.

Avaliando as 4 fachadas com vidros incolores, é notável que as fachadas leste e oeste são as que mais oferecem benefícios energéticos quando diminuídas as proporções — exatamente conforme estudamos nas aulas de conforto na faculdade — obtendo benefícios de até 10-12%, se comparados com a diminuição de proporções apenas na fachada norte ou sul.

Ainda, percebemos que a diminuição de proporção de vidro nessas fachadas leste e oeste representam economias energéticas de 17%-20% em relação ao vidro incolor.

No entanto, devemos nos atentar para a intensidade luminosa dentro dos ambientes e principalmente avaliar a qualidade a nível térmico, afinal vidros incolores não são indicados para edifícios.

Round 3: Análise de PAF em cada fachada – SHGC 0,25 e Fator U de 5,6

shgc e fator u

Para esta análise mudamos “apenas” o SHGC dos vidros, o que representa uma mudança significativa de performance geral.

Considerar que 3 fachadas já estão com um SHGC de 0,25 e a última com uma redução na porcentagem de vidros já estabelece um nível de performance energética pelo menos 10% superior ao caso anterior.

Adicionalmente, é importante notar que os benefícios pela mudança de proporção não dão tão drásticos quanto o primeiro caso. Se anteriormente os ajustes representavam de 17-20% de economia, agora representam no máximo 5% de eficiência energética.

Comparando os 2 Casos de PAF x Pele de Vidro

pele de vidro

Avaliando na prática em uma simulação, percebemos que o PAF em pele de vidro é extremamente importante em edificações, mas que ele também é atenuado quando utilizamos vidros de controle solar.

No gráfico acima essa diferença apresenta-se de forma clara, pois trabalhamos em um nível energético mais otimizado quando estamos trabalhando com variações do PAF em fachadas que já consideram controle solar.

No entanto, ainda não consideramos aqui a aplicação cuidadosa do PAF em cada fachada individualmente, considerando visuais, um nível de iluminação aceitável em grande parte das superfícies e até mesmo dispositivos de sombreamento, que podem ajudar na economia por evitar o uso de vidros de alta performance em todas as fachadas.

Ignorar análises mais criteriosas poderia, por exemplo, sugerir que utilizássemos um PAF de 0% (parede cega) em uma das paredes da edificação para obtermos a maior economia energética conforme apresentadas nos gráficos, mas esquecermos da distribuição luminosa, o que geraria pontos de baixa luminosidade na edificação e um consequente custo adicional pela iluminação artificial, conforme podemos observar abaixo.

simulacao iluminacao natural

Conforme a conclusão do artigo passado, precisamos avaliar edificações com pele de vidro de forma completa para que possamos obter perfis energéticos aceitáveis. Regras, tecnologias e gráficos ajudam, mas não são tudo. O critério humano continua sendo essencial para obtermos a mais alta performance.

Esperamos que o conteúdo tenha sido útil para lhe ajudar a pensar mais sobre edificações de alta performance.

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vidros para a eficiencia energetica
Arquitetura de Alta Performance, Eficiência Energética, Qualidade Interna

Como utilizar vidros para a eficiência energética

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Uma boa arquitetura possui uma relação de equilíbrio com o design, conforto e eficiência energética.

Se você chegou até aqui, sabe que os vidros são muito importantes para a eficiência energética, e gostaria de aplicá-los de forma mais assertiva em sua arquitetura, certo?

Afinal, desde que Mies Van der Rohe criou um dos primeiros conceitos da torre de cristal em 1921, a Freidrichstrasse Skyscraper, muita coisa mudou.

Hoje possuímos tecnologias muito mais avançadas de construção, como softwares em 3D, BIM e estratégias de simulação, só para citar algumas mudanças.

Mas…eu espero que você não esteja projetando como 1921, certo?

Então leia este artigo para entender sobre um dos principais aspectos primordiais do conforto e eficiência energética em edificações: as características principais dos vidros.

Os principais fatores em vidros para a eficiência energética

Quais são os principais fatores relacionados em vidros para a eficiência energética?

Na verdade existem diversos itens importantes que iremos abordar em outros artigos, tais como:

  • As transmitâncias em paredes, pisos e tetos
  • Edifícios vizinhos
  • Elementos de sombreamento
  • O uso da edificação
  • A ventilação natural
  • A caracterização das zonas térmicas
  • A aplicação de placas fotovoltaicas no final do processo.

Outro índice muito importante – talvez primordial – é o WWR (Window to Wall Ratio) também chamado de PAF, que é a proporção entre as janelas em relação a cada fachada da edificação.

No entanto, o objetivo deste artigo é demonstrar como apenas 3 índices nos vidros de uma edificação podem mudar drasticamente os fatores de eficiência energética, por mais que visualmente uma edificação seja praticamente igual a outra.

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Portanto, possuímos 3 índices primordiais em vidros para a eficiência energética:

  • O SHGC (Solar Heat Gain Coefficient)
  • Fator U (U Value)
  • O VLT (Visible Light Transmittance).

Cada um deles terá um papel diferenciado na eficiência energética da sua edificação, e nenhum pode ser ignorado.

A compreensão por uma simulação

Para que você entenda da forma mais didática possível, realizamos a simulação de vidros para a eficiência energética em uma edificação de escritórios genérica, toda em vidro, de 30×30 metros, com 15 pavimentos de 3,60m de altura, posicionada 90° em relação ao norte.

Serão realizadas 2 análises por índice:

  • A primeira será realizada comparando os índices em 5 cidades brasileiras.
  • A segunda será realizada comparando mais profundamente 2 cidades brasileiras com as condições mais diferenciadas — Curitiba e Manaus.

Lembrando que os valores obtidos são apenas uma noção de grandeza, pois não foram considerados tratamentos de sombreamento, ajustes no uso da edificação, taxas de infiltração, nem transmitâncias precisas em elementos da edificação como paredes internas, pisos e cobertura. Sempre considere avaliar todos elementos de uma edificação para obter melhores índices de eficiência energética.

O SHGC – Solar Heat Gain Coefficient

É sobre o ganho solar na edificação. Quando menor o seu índice – que vai de forma genérica de 0 até 1 – menor será o ganho solar dentro de um ambiente, pois ele se torna mais capaz de resistir à radiação.

Este fator é importante em todas as regiões brasileiras, principalmente as mais quentes, que irão geralmente sugerir índices baixos de SHGC nos vidros para que possamos manter um índice de conforto aceitável.

É importante mencionar que na maioria dos folhetos de fabricantes de vidros índice mais comum utilizado é o FS (Fator Solar). No entanto, o SHGC é mais completo, pois considera ganhos solares diretos em indiretos dentro da edificação e é mais amigável para softwares de simulação.

Como é o SHGC na prática?

Simulação da Edificação pelo Brasil

Podemos perceber no gráfico abaixo resultante da simulação de todas as fachadas em vidro simultaneamente que o consumo de energia anual aumenta de forma drástica dependendo do SHGC utilizado.

Esse aumento acontece de padrão similar nas 5 cidades analisadas, com aumentos no consumo energético quanto mais quente o clima da região.

Utilizando vidros de controle solar com SHGC`s próximos ao Baseline da ASHRAE 90.1.2013 – o principal padrão internacional para Otimização do Desempenho Energético em edificações — possuímos uma redução energética média de 20-25% em relação ao vidro incolor em todos os 5 estados brasileiros analisados.

Uma Lupa em Curitiba: Simulação da Edificação por Fachadas Individuais

Avaliando uma cidade de clima mais frio, podemos reconhecer claramente as diferenças os aumentos no consumo de energia pela utilização do SHGC em cada fachada.

Se utilizamos, por exemplo, 3 fachadas com o SHGC dentro do baseline da ASHRAE 90.1 e apenas a fachada oeste com vidro incolor, o aumento do consumo é mais drástico do que realizar o mesmo com 3 fachadas e considerar um vidro sem controle solar na fachada sul.

Se utilizarmos vidros de controle solar próximos a 0,33 de SHGC, podemos manter um bom nível energético não necessitando de diferenciações em cada fachada.

Uma Lupa em Manaus: Simulação da Edificação por Fachada

O mesmo padrão de resultado apresentado em Curitiba acontece também em Manaus, com a diferença de que o consumo energético é maior em condições idênticas de análise.

As fachadas leste/oeste também se destacam no consumo energético, e utilizar vidros com SHGC perto de 0,30 possibilitaria o uso do mesmo tipo de vidro em todas as fachadas mantendo um bom nível de performance.

Fator U (U Value)

Este é o fator de condutividade térmica do vidro. Quanto menor o fator U – que vai de forma genérica de 0.1 até 6.9 – menos calor ou frio será transferido para os ambientes.

Este fator será imprescindível principalmente em regiões onde a diferença da temperatura externa é muito diferente da interna, afinal, quanto mais o vidro deixar passar a temperatura externa/interna, mais energia será necessária para manter a edificação dentro de níveis aceitáveis de conforto.

Como é o Fator U na prática?

Simulação da Edificação pelo Brasil

Analisando as 4 fachadas de uma edificação simultaneamente em 5 estados brasileiros, podemos perceber o mesmo padrão de comportamento na edificação, com o natural aumento do consumo energético em regiões mais quentes utilizando o mesmo padrão nos outros índices — transmitâncias, perfis de uso, etc — da simulação.

É importante perceber também que em regiões mais quentes conseguiríamos uma eficiência de 3-5% caso utilizássemos um vidro com um Fator U próximo ao baseline da ASHRAE 90.1.2013.

No entanto, é imprescindível uma análise mais detalhada desses índices para cada fachada, que é o que faremos logo para Curitiba e Manaus.

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Uma Lupa em Curitiba: Simulação da Edificação por Fachada

Analisando Curitiba, podemos perceber claramente que poderíamos obter ótimos benefícios utilizando índices próximos a 3,51 no Fator U, em todas as fachadas — com destaque novamente pra a fachada oeste — contrariando inclusive o baseline da ASHRAE 90.1.2013 que exige índices mais criteriosos.

As fachadas oeste e leste, mantendo o padrão do SHGC, são novamente as fachadas onde podemos extrair os maiores benefícios.

É importante ressaltar que a ordem de grandeza do Fator U é muito menor que a do SHGC, portanto é muito importante avaliar o custo dessa solução x a economia energética obtida, que tende a ser menor do que os resultados obtidos pelo SHGC logo acima.

 

Uma Lupa em Manaus: Simulação da Edificação por Fachada

Já um outro extremo, como Manaus, exigiria um Fator U próximo a 2,27 para obtermos uma otimização energética máxima considerando a fachada toda em vidro.

Outro fator importante é que, acima do Baseline da ASHRAE, ocorre um salto no consumo, novamente nas fachadas leste oeste. É importante mais uma vez notar que este avanço não representa tanto quando comparado ao SHGC na edificação.

VLT – Visible Light Transmittance

É sobre a Transmitância de Luz Visível. Quanto maior – que vai de forma genérica de 0 a 1 – mais luz visível este vidro permitirá passar.

É lógico que o valor do VLT vai se relacionar diretamente com o SHGC em vidros para a eficiência energética, pois quanto mais luz uma janela passar, a tendência é que o valor também passe.

Como é o VLT na prática?

Simulação da Edificação pelo Brasil

Para entender como este índice se comporta em vidros para a eficiência energética, utilizamos os critérios de iluminação natural da IES (LM) 83-12, que é o método mais recomendado pelo LEED e consiste em 2 fatores de análise:

  • O Sda (Spatial Daylight Autonomy), que se refere a Automomia da Luz. São as áreas na altura do plano de trabalho em que conseguimos obter pelo menos 300 lux nos ambientes regularmente ocupados da edificação em um período entre as 8:00 até as 18:00 por 50% das horas do ano, ou 1825 horas.
  • Já o Ase (Annual Sunlight Exposure), é sobre a exposição da luz do sol nos ambientes para 250 horas do ano. Obter mais que 1000 lux pontuais significa que a edificação possui áreas com ofuscamento excessivo pela luz do sol. Uma exposição maior do que 10% da área da edificação pode ser considerada excessiva para os ambientes e é punido em certificações como o LEED.

Avaliando por este critério, podemos observar que, utilizando um VLT médio de 0,42 em 4 cidades brasileiras em vidros para a eficiência energética, obtemos diferenças importantes por fachada, como por exemplo a inexistência de ASE nas fachadas sul de Curitiba e São Paulo.

Outro fator que é importante observar é que não possuímos áreas regularmente ocupadas com um baixo índice de iluminação natural (sDA), o que acontece por não consideramos partições internas na edificação.

É perceptível também que, embora os principais impactos estejam ao oeste da edificação, cidades como Curitiba e Rio de Janeiro apresentam índices de ASE são superiores à São Paulo e Manaus, o que exigiria mais performance dos sistemas de sombreamento na edificação, como persianas horizontais, verticais, ou mesmo venezianas internas ou externas.

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Uma Lupa em Curitiba

Avaliando Curitiba individualmente com vidros utilizando índices de VLT de 0,16, 0,42 e 0,69 respectivamente, podemos notar que o índice de 0,16 geram áreas com baixa iluminação natural. Este índice seria ainda pior caso utilizássemos partições internas na edificação.

Para solucionar a baixa iluminação mantendo o baixo VLT, algumas soluções seriam possíveis, como diminuir a profundidade da planta, ou a utilização de sistemas de sombreamento tipo light shelf, que permitiria uma penetração maior da luz.

Mas o mais recomendado para esta edificação seria o aumento nos índices de VLT entre 40-50%.

Uma Lupa em Manaus

Manaus de comporta de forma parecida com Curitiba, no entanto a intensidade da iluminação no oeste se intensifica drasticamente com o VLT de 0,69, tornando praticamente obrigatório o uso de sistemas de sombreamento caso esse índice seja mantido.

Conclusão

conclusao eficiencia energetica

A conclusão básica que podemos tirar desse estudo é que não existem verdades absolutas quando falamos sobre vidros para a eficiência energética.

Edificações aparentemente idênticas podem apresentar padrões de consumo energético completamente diferentes dependendo da consideração dos vidros.

No entanto, os vidros são apenas um fator importante entre diversos outros, como as transmitâncias em paredes, pisos e tetos, elementos de sombreamento, o uso da edificação, a ventilação natural e a proporção de janela por fachada.

Considerar apenas a possibilidade de uma edificação vizinha existente ou futura poderia alterar drasticamente os índices apresentados neste estudo.

Outra conclusão simples é que precisamos entender que a análise energética não pode mais ser realizada como um diagnóstico tardio sobre “onde estamos”, e sim sobre “onde estamos e podemos ir”.

E para sabermos onde podemos ir, as simulações precisam ser realizadas logo no início do projeto, para que possamos realmente obter edificações de alta performance.

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vidros na arquitetura
Eficiência Energética, Qualidade Interna

A Importância da Escolha Adequada de Vidros na Arquitetura

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Vidros na Arquitetura – Os fenômenos principais

O uso de iluminação natural tem se tornado cada vez mais relevante, e consequentemente a seleção de vidros na arquitetura. 

Esta consideração aumentou principalmente após estudos demonstrarem que partículas dessa luz aumentam a percepção humana, garantindo maior produtividade e conforto no espaço em questão.

Contudo, para que haja a entrada de luz nos ambientes, principalmente em escritórios e salas fechadas, é preciso a instauração de janelas, claraboias ou átrios de vidro, sendo os últimos financeiramente inviáveis para a maioria dos projetos.

Portanto, ao analisar a luz que chega pelas janelas, cabe ao arquiteto compreender os fenômenos ali existentes e projetar algo que seja rentável, sustentável e que seja agradável aos olhos.

No caso da iluminação natural existem três pontos principais a serem considerados: os ganhos solares, a condutividade e a quantidade de luz obtida pelas janelas.

Janelas: Equilíbrio Entre Design e Funcionalidade

É através das janelas e todas as suas peculiaridades que o arquiteto poderá encontrar uma solução viável para o uso de iluminação natural nos edifícios. Um primeiro ponto a ser analisado é a localização das janelas e suas devidas proporções.

Uma janela bem localizada e com tamanho médio consegue oferecer maior quantidade de iluminação natural que uma grande janela posta na direção errada.

Conhecer o caminho do sol e compreender como o mesmo age no edifício é importante para que as alternativas de tamanho e geometria sejam estudadas.

Em seguida é importante observar o tipo de vidro, se o mesmo é refletivo, se possui uma ou mais lâminas para conter a temperatura, se é claro ou escuro, entre demais fatores.

Os materiais utilizados também fazem diferença no resultado final, principalmente em relação ao isolamento térmico. As janelas de alumínio sem quebra térmica, por exemplo, não são recomendadas para locais onde a temperatura interna e a externa são discrepantes.

Colocando em Prática

O arquiteto deve analisar todas as peculiaridades das janelas e dos vidros, observando possibilidades de redução de custo ou de aprimoramento.

Embora existam tabelas auxiliares para a comparação de dados, o ideal é que o profissional realize simulações em programas especializados, onde há maior verossimilhança.

Cada ambiente terá sua necessidade específica, e dependerá de fatores externos (região, prédios adjacentes) e de fatores internos (usabilidade, tipo de edifício), logo, a análise deve ser minuciosa e os cálculos simulados diversas vezes. O arquiteto deverá buscar o equilíbrio entre conforto térmico e iluminação natural e artificial, tudo isso sem desconsiderar o design e o orçamento de seu cliente.

A consideração desses fatores irá gerar uma escolha assertiva de vidros na arquitetura, gerando edifícios confortáveis belos e energicamente eficientes.

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acustica
Eficiência Energética, Qualidade Interna

Como Desenvolver uma Boa Acústica em Seus Ambientes?

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A Relevância da Acústica na Arquitetura

Desenvolver um projeto arquitetônico é uma tarefa árdua e que exige muita atenção aos detalhes, uma vez que pequenas falhas podem arruinar completamente um projeto. Com o setor acústico da arquitetura não é diferente, para que exista uma boa relação dos habitantes com o ambiente é necessário que a acústica esteja em perfeito equilíbrio, sem causar incômodos ou dificultar a comunicação naquele espaço.

O som é uma onda que se transporta pelo ar e que, através de fenômenos como Reflexão, Difração, Reverberação, Eco, Ressonância e Absorção interage com o ambiente, tanto para ampliar quanto para reduzir seu potencial. Cabe ao arquiteto manipular, utilizando-se de materiais e cálculos espaciais, tais fenômenos para atingir o resultado desejado.

Controle Acústico

Para que exista uma harmonia entre sons externos e internos, é preciso que o cliente determine o grau de privacidade que o projeto exigirá, dessa forma o arquiteto poderá trabalhar em cima das possibilidades de tratamento do som e oferecer as melhores opções. Locais como escolas e hospitais, por exemplo, possuem regras fixas acerca do volume permitido em seu interior, cabendo ao profissional apenas projetar de acordo com as regras visando o melhor resultado.

A acústica faz total diferença na comunicação do ambiente, principalmente quando é necessário concentração e foco por parte dos habitantes. Uma sala de aula não deve receber sons externos e, consequentemente, necessita de uma estrutura que facilite a comunicação entre professor e aluno em qualquer lugar.

Embora o conceito de nível sonoro (decibels) seja relevante, os arquitetos trabalharão com o ajusta da frequência do som (Hertz), onde será determinada, através de cálculos e medições.

Principais Pontos Analisados

Os cinco pilares da arquitetura acústica envolvem a compreensão e manipulação ideal do ruído. Primeiramente, cabe ao arquiteto pesquisar se há Ruído de Fundo de HVAC, ou seja, desencadeado por sistemas de ventilações e ar condicionado, podendo assim encontrar maneiras de atenuar o incômodo causado pelos aparelhos. Em segundo lugar, é preciso analisar os Ruídos Externos e suas fontes, dessa forma o profissional poderá encontrar alternativas para extinguir o som externo e garantir o conforto acústico ideal.

O terceiro ponto diz respeito ao Isolamento Acústico, onde cabe ao arquiteto incluir no projeto materiais que consigam impedir a passagem do som entre diferentes ambientes. Os materiais podem ser divididos em refletores, absorventes e difusores, cada qual cumprindo uma diferente função acústica.

Na quarta posição está a importância das reduções do Tempo de Reverberação, pois é através dele que o que é dito no ponto A chega de maneira compreensível e inteligível ao ponto B. A estrutura do projeto faz toda a diferença nesse segmento, um exemplo de comparação está entre as salas de teatro e espaços para shows, enquanto um precisa que o espectador compreenda o que foi dito, o outro exige a passagem do volume e da intensidade do som.

Por fim, é importante que o arquiteto consiga trabalhar conceitos como Sonorização e Mascaramento, onde prezará pelo conforto do cliente, ou seja, priorizar a clareza do som mesmo que atrapalhe outros setores do projeto, e mascarar ruídos que estarão sempre presentes com a sonorização diferenciada, onde aqueles que estiverem presentes não sentirão incômodo ou distração, aumentando o foco e melhorando o ambiente.

A acústica é um dos pontos essenciais à serem trabalhados em um projeto, portanto, é necessária atenção a cada detalhe, principalmente quando há intenção de uma certificação LEED. Se atentar às normas é o primeiro passo para a edificação ideal.

Aplicando os Conceitos Teóricos

A acústica é um dos fatores essenciais no desenvolvimento de um projeto arquitetônico. Uma sala mal projetada, por exemplo, pode transmitir conversas através das paredes e também pode captar sons e ruídos externos, tornando o ambiente improdutivo. Cabe, portanto, ao arquiteto, elaborar um projeto no qual a acústica é colocada como algo inerente ao conforto dos futuros ocupantes.

Embora existam diversos modos de controle acústico, cada ambiente possui exigências únicas, variando também com a necessidade de privacidade daquele espaço. Não bastando isso, também é necessário atentar-se aos ruídos externos, como rodovias, prédios vizinhos e o nível sonoro médio ocasionado por transeuntes. Tudo isso deve ser colocado no papel para que, futuramente, o projeto venha a ser adaptado para atender todas as necessidades legais e também as necessidades colocadas pelo cliente.

Controlando os Fenômenos do Som

Após compreender as necessidades acústicas de cada ambiente, o arquiteto tem de primeiramente verificar se o espaço atende aos Critérios Acústicos, para em seguida lidar com fenômenos como a reverberação, a reflexão, a transmissão e o mascaramento do som. Nesse momento podem ocorrer mudanças estruturais na própria planta, como por exemplo a substituição de materiais da construção e o desvio de correntes de ar para manter determinados ambientes acusticamente limpos.

No design de interiores a colocação de painéis e o uso de materiais isolantes e até mesmo reflexivos pode fazer total diferença na percepção acústica. O posicionamento de cada objeto deve ser calculado de maneira minuciosa, visando assim uma taxa menor de erros e garantindo a possibilidade de alterações financeiras para economizar na obra como um todo. Nesse caso, o uso de tabelas auxiliares facilita os cálculos e oferece maior segurança não só para o arquiteto como, principalmente, para o cliente.

Ao conhecer os sons que rodeiam o espaço, as funcionalidades do mesmo e o grau de privacidade exigido, o arquiteto pode trabalhar em cima das possibilidades e dessa forma encontrar um equilíbrio estético, sonoro e financeiro, oferecendo, ao final, a melhor opção de projeto.

Escolas e Hospitais

Contudo, embora cada prédio tenha sua peculiaridade sonora, dois tipos de edifícios possuem regras ainda mais restritas e exigem maior atenção dos arquitetos durante o desenvolvimento, esses edifícios são as escolas e os hospitais. As escolas, por exemplo, necessitam de salas de aula com menor tempo de reverberação e isolamento total de sons e ruídos externos, pois tais exigências garantem maior inteligibilidade naquilo que é dito pelo professor.

Já os hospitais necessitam de isolamento acústico ainda mais objetivo, tanto dentro quanto fora das salas e quartos. Por se tratar de um ambiente relacionado à saúde e ao bem estar, a arquitetura de hospitais possui regulamentos específicos, cabendo ao arquiteto seguir todas as implementações sem tanta liberdade para realizar alterações.

A padronização da acústica em tais ambientes é uma forma inteligente de auxiliar os arquitetos, uma vez que são colocados leis e parâmetros a serem seguidos e tudo é explicado detalhadamente. Os profissionais têm, portanto, um guia para projetar um edifício de altíssima qualidade e que consiga oferecer o melhor no quesito de conforto e praticidade.

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algoritmos na arquitetura
Eficiência Energética, Qualidade Interna

Algoritmos na Arquitetura

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O Que São Algoritmos na Arquitetura?

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Você gosta de chá?

Quem não gosta, certo?

Então vamos dizer que você resolva fazer um chá de camomila para relaxar depois de um dia cheio de trabalho.

Se você já fez um chá, você conhece como é o processo.

Os ingredientes são:

  • Uma xicará.
  • Uma água.
  • Um sachê.

Você esquenta a água, coloca o sachê, e pronto. O chá de camomila está pronto.

Como você sabe, existe uma fórmula para se fazer um chá. Um processo que pode ser repetido…e sempre quando você o fizer, uma vez, duas, mil vezes….você terá um chá.

Mas houve um problema. Você não percebeu, mas escolheu um sabor errado. Você sem querer fez um chá com o sabor de hortelã ao invés do chá de camomila.

Você agora possui duas escolhas:

  1. Uma é você tomar o chá de hortelã e esquecer do chá de camomila.
  2. Outra é jogar fora todo o chá de horrelã e fazer o chá de camomila.

Mas se você é como Marty Mcfly, você teria outra possibilidade. Você poderia pegar o seu Delorean e voltar no tempo. Quando você chega no passado, você apenas grita da janela para você mesmo 5 minutos mais novo:

“- Presta atenção e pega o sachê de camomila!”

Você volta para o presente e tem um chá de camomila quentinho esperando por você.

Mas….e se você pudesse fazer mais do que um simples chá…e pudesse utilizar esse poder para seus projetos de arquitetura?

HOJE VOCÊ IRÁ APRENDER SOBRE ARQUITETURA POR ALGORITMOS. O QUE VOCÊ DESCOBRIRÁ:

  • O que é isso.
  • Algumas possibilidades.
  • Programas que permitem realizar esses passos.
Bonus em PDF: Este Artigo possui 1.598 palavras. Clique para fazer o download completo em PDF desta lição, para que você possa ler melhor depois.

Elementos paramétricos estão se tornando cada vez mais parte da arquitetura, demonstrando possibilidade de marcar as próximas décadas de forma bastante impactante.

A indústria da construção busca na grande maioria das vezes o máximo resultado com o mínimo de recursos, promovendo uma racionalização industrial, linhas predominantemente retas e a economia de elementos. A complexidade arquitetônica é considerada inúmeras vezes inviável pela dificuldade do raciocínio espacial nessa concepção e na sua posterior transição para a construção. Nossos projetos são realizados por linhas ou elementos estáticos, resultante de linhas de comando que, quando são colocadas no papel ou no computador, não são feitos para sofrerem mutação.

Um exemplo…quando você desenha uma parede, ela está no eixo x, y e z, e quando você move essa parede no seu projeto, você necessita invariavelmente alterar outras paredes para que o projeto se torne algo funcional e harmônico. Então sua mente consegue pensar nessa complexidade até um certo limite, e é por isso que sistemas complexos demais não são bem vindos, pois dificultam as alterações no desenvolvimento de um projeto que acontecem em 90% das vezes, e também podem gerar riscos aos custos e ao cronograma de uma construção.

Como resultado a pratica da arquitetura é um reflexo direto desse modus operandi que busca a simplificação. Apesar de possuirmos ao nosso dispor o bom e velho croqui, que facilita a intuitividade da criação, o desenvolvimento do projeto final é geralmente elaborado em plataformas vetoriais como o Autocad, passando pelos benefícios das plataformas 3D e de forma mais comum hoje por BIM.

Essas plataformas geram benefícios imensuráveis aos nossos projetos, pois sistematiza e comunica de forma universal o projeto para todos os envolvidos, mas em contrapartida perde-se uma parte do âmbito criativo, afinal o arquiteto torna-se querendo ou não refém das limitações de cada plataforma como elas foram programadas pelos seus desenvolvedores. Existe sempre uma grande distância do lampejo criativo do que pode ser executado de fato, principalmente em plataformas mais arrojadas, mas mais “travadas” como o BIM.

O QUE É

A parametrização de elementos arquitetônicos, ou também a chamada de arquitetura por algoritmos, vem nos auxiliar para nos levar muito mais longe na concepção e desenvolvimento de nossos projetos, alinhando a complexidade a uma linguagem cada vez mais aceita no mercado. O abstrato e o preciso se tornam mais próximos, e sua criatividade pode ir ainda mais longe do que sua própria imaginação com o auxílio de algoritmos.

Parametrização é uma aproximação matemática para a arquitetura, elaborada por meio de algoritmos. Resumindo, é uma programação do seu raciocínio de projeto. Junte ele e sua intenção arquitetônica e você pode criar uma “fórmula” para seu projeto ou elemento arquitetônico, que pode ser vista, analisada e revisada tanto no começo quanto no final do processo, gerando inúmeras possibilidades, e o mais importante, sem retrabalho. Diferente do que acontece hoje…que é que se uma mudança ocorre, ocorre também um grande retrabalho.

Aqui nós podemos brincar a vontade com o “e se”? E se o edifício possuísse 11 pavimentos? E se cada pavimento possuísse ele tivesse três metros e quinze ao invés de três metros? E se o edifício rotacionasse 2 graus por pavimento? Como seria a estrutura, como seria o conforto térmico, como seria a construtibilidade desses elementos? Você poderia analisar essas questões com muito mais facilidade.

torre evolutiva
Torre evolutiva. Por soma architects.

 

Finalizando essa programação de projeto, seus parâmetros poderiam ser modificados com facilidade, transformando o projeto em um “organismo vivo” resistente as diversas mudanças que o projeto geralmente sofre em seu desenvolvimento. Elementos que fazem parte do raciocínio de projeto, como áreas, pavimentos, detalhes de envoltória, todos podem ser revistos. Se, por exemplo, possuímos um código de lajes curvas e complexas que resultam em vigas de 60cm mas o projeto estrutural foi modificado para 65cm, o parâmetro pode ser ajustado com um único comando, modificando automaticamente todas as partes relacionadas.

POTENCIALIZANDO O RACIOCÍNIO COM PLUGINS

É possível instalar “plugins” dentro desse seu raciocínio de projeto programado para otimizar uma abertura de janela perfeita para a quantidade de lux em cada ambiente do edifício…e se ele rotacionar 1 grau, ele é re-analisado novamente, e se rotacionar 2 mais uma vez, e assim por diante.

Os programas mais utilizados nessa programação mais avançada é o Grasshopper, que hoje possui integração com o Archicad, e em segundo lugar o Dynamo que possui integração com o Revit. Ambos os programas possuem suas particularidades e estão ficando cada vez mais compatíveis com metodologias de projeto mais conservadoras.

O conceito da parametrização se torna possível hoje por consequência da convergência tecnológica, cujos os fatores principais são o desenvolvimento da tecnologia de processadores que permitem tais cálculos, a evolução dos sistemas de corte CNC e a computação na nuvem. A viabilidade do sistema é obtida com a transferência segura dessas informações para a aplicação na indústria e a posterior construção, possibilitando programar tudo até mesmo para uma separação em partes ou mesmo a impressão em 3D.

 

algoritmos
Demonstração do uso do Plugin DIVA para análise da luz natural.

 

UMA RE-REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A parametrização não é um contraponto para a racionalização da industria. É na verdade uma evolução desse pensamento industrial, que leva esse raciocínio para um novo patamar procurando se aproximar mais com o ser humano e suas exigências, atendendo de forma mais profunda questões como o conforto térmico, ambientes personalizados e a sustentabilidade.

Existe a vantagem de aceitar a inserção de variáveis geralmente muito complexas para serem considerados em projetos usuais, possibilitando embutir nesse código elementos reativos a simulação energética, ensaios de iluminação, melhores visuais, análise estrutural e a racionalidade construtiva quase que em tempo real, e de forma simultânea.

Um brise por exemplo pode até mesmo ser calculado levando em consideração todo o ambiente ao redor e selecionados individualmente conforme seleção natural por meio de milhares de cálculos até o encontro da melhor solução, da mesma forma que um peixe encontrou sua forma atual em sua evolução por meio de um processo contínuo relacionado as variações do ambiente natural, como densidade da água, espécies locais e predadores em potencial.

Algoritmos devem estar longe de ser tratados como mero formalismo. Eles ajudarão cada vez mais arquitetos a levar seu design para mais longe, sistematizando de uma forma única e otimizada um processo predominantemente industrial. Como resultado teremos soluções mais adequadas, exaltando nossas questões individuais em um mundo onde as diferenças estão sendo cada vez mais aceitas.

É mais um passo na transição da era da Produção em Massa para a Customização em Massa, em que termos a liberdade de criar produtos personalizados para qualquer pessoa com as facilidades que a indústria nos fornece, sem precisar perder essas qualidades.

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Qualidade Interna
Construções Sustentáveis, Qualidade Interna

A Importância do Projeto de Qualidade Interna – Conceitos Básicos

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  • Por que privilegiar a Qualidade Interna é primordial?
  • Como a qualidade interna do ambiente afeta diretamente na qualidade de vida de quem ocupa um edifício?
  • Ainda, como afeta os custos gerados durante o ciclo de vida da edificação?

Assista ao vídeo para saber mais.

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