Bioconstrução: Entenda o conceito

TORNE-SE UM HERÓI VERDE EM APENAS 5 MINUTOS POR DIA!

Receba a sua dose diária de ecoinspiração com a newsletter Green Connection. Descubra as mais recentes tendências, tecnologias e ferramentas práticas, tudo isso de forma divertida e gratuita.

Ao clicar no botão, você concorda com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade, incluindo o uso de cookies e o envio de comunicações.

Você que está aí do outro lado lendo esse artigo, deve estar se perguntando: Quais materiais locais de baixo impacto ambiental podem ser usados em uma construção?

Seja você um arquiteto, engenheiro ou profissional da área; é importante zelar pelo meio ambiente, buscando sempre técnicas que causem um menor impacto ao construir.

Se você ficou curioso e quer saber como fazer isso, continue lendo. Não se esqueça, também, de compartilhar com seus colegas de trabalho na sua rede social favorita. Esse é um trabalho que deve ser feito por todos.

Então, vamos começar?

O que é Bioconstrução?

A bioconstrução é uma forma de construir que tem como princípio causar o menor impacto ambiental possível. Isso é feito tanto na implantação, quanto na escolha dos materiais utilizados.

Além disso, há o uso de uma integração paisagística no entorno do projeto. Esse projeto é feito de modo a privilegiar o uso de técnicas da arquitetura vernacular. Algumas delas possuem centenas de anos de história.

Sua principal característica é o uso de materiais do próprio local. Assim, temos a diminuição dos gastos com fabricação e transporte e, as habitações são construídas com custo reduzido oferecendo, também, conforto térmico.

A fim de promover a bioconstrução, o Ministério do Meio Ambiente disponibiliza de forma gratuita, online, uma cartilha para que haja a capacitação e informação sobre o tema e suas metodologias.

A bioconstrução, geralmente, usa técnicas simples incluindo grandes doses de criatividade. As bioconstruções são importantíssimas na Permacultura, pois buscam a integração entre as construções e o ambiente. Sendo assim, essa forma de construção busca o máximo aproveitamento dos materiais com o mínimo impacto desde o planejamento, execução e finalização.

O que não esquecer no planejamento da bioconstrução

Ao optar por essa forma de construção, o arquiteto, engenheiro ou profissional da área deve atentar-se a alguns detalhes. Observe abaixo:

Uso Passivo dos Recursos Naturais:

  • nessa parte é incluído o aquecimento da água para banho através da energia solar;
  • a captação e armazenamento da água das chuvas para uso em jardins e nos sanitários;
  • controle de temperatura através do uso de ventilação cruzada.

Uso de Materiais Ecológicos:

  • construção com terra crua (adobe, taipa, pau a pique, etc);
  • teto vivo ou verde;
  • pisos externos que sejam permeáveis.

Gestão dos Resíduos:

  • tratamento de esgoto de banheiros secos ou fossas assépticas;
  • tratamento das águas cinza (chuveiro, tanque, etc) através do uso de canteiros de raízes;
  • redução e eliminação do entulho durante a construção.

Paisagismo exuberante:

  • usar a maior área verde possível para deixar a edificação mais bela;
  • lembrar de cercar a paisagem com todo cuidado;
  • fazer uso de um projeto que seja adequado à região e suas necessidades.

Algumas técnicas

Superadobe

Conhecida como a técnica da terra ensacada, o superadobe é um processo em que sacos são preenchidos com solo argiloso comprimido para construir paredes e coberturas. Esses sacos são moldados através do apiloamento dos mesmos, no próprio local de construção, com o uso de pilões.

O solo umedecido é colocado em sacos de polipropileno e é socado com a ajuda de um socador manual ou mecânico. Depois desse processo, os sacos são colocados no local, geralmente para construção de paredes, em fiadas de 20cm de altura. Ao atingir a altura que se deseja, os sacos são retirados e a parede é rebocada.

O Superadobe é mais simples e rápido do que o adobe comum. É, também, um material com baixo custo e que possibilita conforto térmico e acústico. Esse tipo de construção é bem resistente, suportando conturbações variadas.

Adobe

Bioconstrução

Na técnica de adobe, o tijolo é feito a partir de uma mistura de areia, em pequena quantidade, estrume, barro cru e fibra vegetal. Esse tijolo deve ser revestido com massa de areia e cal. Eles são mesclados, moldados e secos de modo natural. A palha presente nesse tijolo irá propiciar um conforto térmico. O termo adobe veio do árabe attobi, que designa seixos rolados dos leitos dos rios.

Essa técnica foi muito usada nas regiões mais quentes e secas. No entanto, com a evolução da arquitetura, essa forma de construir foi caindo em desuso e sendo substituídas pelo uso de tijolos de cimento.

Ecologicamente falando, o adobe é benéfico, pois além de ser econômico, regula a temperatura interna da construção. Contudo, o uso desse material só é indicado para locais em que há pouca umidade.

COB

Bioconstrução

O COB possibilita moldar areia, palha, argila e água numa mistura até que atinja o formato que se deseja. É bastante antiga e permite o uso da criatividade na construção.

Essa forma de construção é bem similar ao adobe. A mistura feita é a prova de fogo e resistente a abalos sísmicos. Suas paredes são grossas e servem para manter a construção quente no inverno e fresca no verão.

A técnica é muito simples, consistindo apenas em moldar as paredes como se fossem uma escultura. Além de construir paredes, também é possível criar algumas partes das mobílias da casa como estantes e bancos.

Pau a Pique

Bioconstrução

O Pau a Pique também é chamado de Taipa de mão ou somente de Taipa. Essa técnica é antiga e possui baixo custo. Nela, são construídos painéis de madeira entrelaçados. Esses painéis são compostos por varas verticais, que são fixadas no solo, e horizontais amarradas por cipó, corda, ou, em alguns casos, fixadas por pregos. Esses espaços nos quadros são preenchidos com barro depois de feitos os espaços para portas e janelas.

Leia mais sobre o Pau a Pique no nosso artigo: https://www.ugreen.com.br/taipa/

Fardos de Palha

 

Nessa técnica, as paredes são protegidas contra o frio ou calor, pois são grossas. É um processo barato e rápido, além de muito durável. Existem casas feitas de fardo que duram mais de 100 anos.

Quando se iniciaram as construções com essa técnica, os fardos eram usados de forma prismática. Hoje, eles foram substituídos pelos fardos cilíndricos, sendo mais adequados para o manejo por máquinas.

 

Agora, caberá a vocês escolher uma das técnicas propostas para o seu projeto.

 

Quer Ter Uma Construção Sustentável de Verdade?

Desenvolva um projeto e consultoria UGREEN e posicione-se rumo a um futuro sustentável.

Quer Aprender Construções Sustentáveis?

Obtenha acesso a +10 Cursos sobre Green Buildings e seja um protagonista do novo futuro.